It started with a rabbit escrita por Ailyn


Capítulo 3
And ended with a dream.


Notas iniciais do capítulo

Yamato estava acostumado a passar as noites em que ele acordava tremendo e suando frio de sonhos que mal conseguia lembrar sozinho. Hibiki tem outros planos.



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Chapter 3 – And ended with a dream.

Yamato não se lembra muito bem dos sonhos – pesadelos – em que costuma acordar suando frio e com o coração tentando escapar por sua garganta.

O máximo que consegue recordar são alguns flashes – sangue, pessoas mortas, tantas, tantas pessoas mortas – de imagens e alguns ecos de vozes que parecem ser tão dolorosamente familiar que às vezes ele tem duvida se está realmente sonhando ou não.

Os sonhos se tornaram uma ocorrência tão comum que Yamato simplesmente teve que se acostumar a funcionar com algumas horas de sono a menos do que um ser humano normal precisa – geralmente quatro horas, talvez cinco se tivesse sorte.

Em outras palavras, assim como tantas outras coisas em sua vida, que eram definitivamente desagradáveis em sua opinião, Yamato se adaptou e metaforicamente varreu o problema para debaixo do tapete.

Isso é, até que Hibiki descobriu que ele estava sobrevivendo graças a uma dieta intensiva de cafeína. Yamato ainda se encolhe um pouco ao se lembrar do sermão que o outro lhe deu por vinte minutos seguidos.

Então, uma situação levou a outra e para evitar futuros conflitos e complicações, – porque um Hotsuin nunca admitiria em sã consciência ter sido manipulado por um pedaço de pudim e uma nova, maravilhosa comida chamada takoyaki – resolveu fazer uma cópia da chave de seu apartamento.

Era uma decisão diplomática e totalmente sensível, Yamato decidiu. Ele também decidiu ignorar a pequena voz em sua cabeça que parecia estranhamente contente com a chance de provar novas comidas.

Resumidamente, foi assim que depois de ser obrigado a aceitar a amizade de um completo estranho que invadiu seu apartamento pela janela de sua cozinha, tal estranho se tornou seu auto proclamado cozinheiro... Bom, só pelo café da manhã. E não, Yamato definitivamente não estava contente com tal acontecimento.

Yamato, você ainda está de mau humor por eu ter escondido seus pacotes de café?

Não.

Você está, não está? Posso ver você fazendo careta daqui...

Não. Cale a boca, Hibiki.

E foi assim que em uma manhã normal, após ter tido outro de seus sonhos, Yamato acordou as cinco horas da manhã e encontrou Hibiki sentando na sua mesa da cozinha, calmamente lendo um livro e comendo panquecas.

– Oh, hey Yamato. Desculpe, ainda não fiz o seu café da manhã, achei que você ia dormir por mais uma meia hora, então... – O mais velho parou de falar e piscou algumas vezes, olhando Yamato de cima abaixo antes de concluir com um tom de finalidade – Você está parecendo com alguém que teve seu cachorrinho assassinado.

Yamato encarou Hibiki e piscou. Lentamente, levou uma das mãos a cabeça e começou a massagear a sua testa.

–... É cedo demais para me estressar com idiotas que comem panquecas as cinco da madrugada. – Concluiu.

– Oh, wow, você realmente deve se sentir horrível, geralmente suas respostas são bem mais cortantes e cruéis do que isso... E bem mais criativas, parando para pensar.

– Hibiki, pode me fazer um favor?

– Isso depende do favor. Se for algo contra lei, mas divertido, pode contar comigo, só aviso que se formos pegos eu vou jogar toda a culpa em você e dizer que me forçou. Agora, se for algo imoral–

Kuze Hibiki.

– E eu vou parar de falar agora e escutar o que você tem a dizer.

– Não fale mais nada, só... Só continue de boca fechada por alguns minutos. – Yamato viu o outro adolescente abrindo a boca para fazer o que ele havia acabado de dizer para não fazer e adicionou – Por favor.

Hibiki imediatamente fechou a boca.

O silêncio durou por alguns instantes. Yamato ainda de pé tentando se livrar da dor de cabeça que seu sonho causara e Hibiki sentando inquieto na mesa da cozinha, panquecas temporariamente esquecidas.

Yamato se perguntou quando sua vida havia se tornado tão surreal, e o dia ainda nem havia começado direito. Era culpa de Hibiki, decidiu. Desde que conheceu o estranho adolescente mais velho, começou a culpar várias ocorrências estranhas e desagradáveis nele. Era estranhamente terapêutico.

– Então... – Começou Hibiki com um tom que grande parte das pessoas usariam ao tentar se aproximar de um cão raivoso ou uma pessoa mentalmente alterada – Você quer falar sobre isso?

Yamato demorou alguns instantes para processar a pergunta.

– Falar sobre o que?

– Bom você sabe... Sobre o seu, er... Pesadelo?

Yamato cerrou seus olhos.

– Não faço a menor ideia sobre o que você está falando.

– Eu ouvi você, sabe. – Hibiki responde quase imediatamente, voz inexpressiva – Se revirando na cama e pelo barulho que você estava fazendo, achei que estivesse chorando. Pensei seriamente em te acordar, mas se eu fizesse isso você provavelmente tentaria me esganar, ou algo do tipo.

Yamato abriu a boca imediatamente para responder que não, ele definitivamente não estava chorando, ele era um Hotsuin, e chorar por algo tão patético quando um pesadelo era algo para pessoas fracas, quando ele finalmente registrou o que Hibiki acabara de dizer.

– Você... Ouviu o que aconteceu enquanto eu estava sonhando? Por quanto tempo você esteve aqui me escutando?

Hibiki teve a decência de parecer envergonhado.

– Aha, você sabe, só alguns minutos... Ou talvez uma meia hora... Erm, uma hora, duas horas talvez? Eu não prestei muita atenção no tempo passando.

Yamato olhou para o relógio da cozinha.

– Kuze Hibiki, são cinco e quinze da manhã. Está me dizendo que acordou em uma hora aleatória da madrugada e decidiu passar seu tempo na minha cozinha enquanto esperava eu acordar?

– Er... Sim?

Encarou o adolescente por mais alguns instantes, antes de dar um suspiro e se sentar na cadeira da cozinha que Hibiki não estava, porque realmente, o que diabos ele podia dizer?

– Então... Panquecas? – Hibiki perguntou depois de alguns segundos de silêncio.

Suspirou, o que Hibiki imediatamente traduziu como um sinal positivo depois de semanas convivendo com o adolescente mais novo e prontamente foi ao fogão para começar a preparar o café.

“Minha vida se tornou perturbadoramente doméstica.” Não pode deixar de pensar ao ver o outro colocar um avental que estava pendurado em uma das cadeiras de sua mesa, e começar a preparar o café enquanto murmurava uma melodia enjoativamente animada como se aquela situação fosse a mais normal do mundo.

Naquela noite, Yamato não sonhou com sangue, mortes e monstros deformados.

Ele sonhou com um capuz branco que tinha, inexplicavelmente, orelhas de coelho, olhos azuis e takoyaki. Foi a primeira noite em meses que ele dormiu relativamente bem.

Consequentemente, Yamato acordou atrasado na manhã seguinte porque depois de tantas noites sem precisar do despertador de seu celular, esqueceu de programar o relógio.

Hibiki, é claro, ao invés de ser útil, apenas o provocou, o que fez com que se atrasasse mais ainda porque o sorriso que o adolescente mais velho estava portando era uma das coisas mais insuportáveis que Yamato já vira, então logicamente ele precisou socar o outro para tirar aquela expressão do rosto dele.

E alguma coisa em sua mente sentiu que o soco foi completamente justificável, pois por algum motivo, dessa vez ele tinha certeza de que havia acordado atrasado por causa de Hibiki.

... O que honestamente, não o surpreendia.

XxXxXxX


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Notas finais do capítulo

Welp, eu deveria ter postado o capítulo da Z antes desse mas... Está insanamente dificil terminar de escrever o chap *vira mesa*.
Atualmente são 4.000 palavras de cenas deletadas, e aumentando saidjoasidj
Cof, anyway, como alguns podem notar eu alterei um pouco os títulos dos chaps porque achei que combinava mais com o titulo da história, and because I can, rs.
Para quem não sabe inglês e/ou está com preguiça de abrir o google tradutor, basicamente a tradução é:
Começou com um coelho...
chap1: E terminou com um encontro.
chap2: E terminou com doces.
chap3: E terminou com um sonho.
Welp, acho que isso é tudo.
Mereço reviews? ;w;



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