We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 3
Primeiro dia - Avião com a emo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei e tal, mas é que eu estava tentando pensar no que fazer com essa fic, porque eu nunca, nunquinha mesmo, recebi DEZESSEIS comentários nos dois capítulos iniciais. No máximo recebo uns sete em dois kk. Espero que estejam gostando, então.
Bem, caso não saibam, eu estou pensando em uma forma de concurso ou sei lá, que o que precisam fazer é apenas me mandar uma MP contando uma história de amor das suas vidas super movimentadas e tal.
Para mais informações, aqui fala mais sobre o concurso:
http://mayy-chan.blogspot.com.br/2014/02/concurso.html

Beijocas e espero que gostem XD



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Acordei com uma mão me mexendo de um lado pro outro freneticamente, como se eu fosse apenas uma bonequinha estúpida de pano que não consegue nem se mover sem ajuda.

— Acorda, fia! O avião vai zarpar e eu vou ficar aqui em Nova York com uma nerd problemática!

Olhei para cima e eu estava com a cabeça apoiada nos ombros de Percy, uma cena nada agradável de se ver quando se está em uma sala de embarque. Realmente existe um humano estúpido que acredita que uma pessoa consegue dormir de forma linda e charmosa? Eu mesma durmo parecendo uma lesma asquerosa.

Empurrei o Jackson da cadeira, fazendo com que ele caísse no chão junto com a mala enorme dele.

— Ai, sua idiota! Eu não sabia que a Wikipédia tinha uma sessão reservada pro MMA.

Mesmo não entendendo merda nenhuma do que ele falou, o deixei estirado no chão e segui o nosso grupo de pessoas para o lugar de onde o avião ia sair.

Nunca vi tanta gente junto e misturado sabendo que, pelo menos, metade iam dormir no mesmo hotel e alguns no mesmo quarto. Tomara que eu não fique com a emo doida e nem com a lutadora profissional de MMA, porque eu prefiro dormir com os dois olhos bem fechadinhos em posição fetal. Cara, eu tenho problemas seríssimos de “posição-dorminhal-feminina”. Preciso de ir em um profissional nisso.

Estava perto da cabine quando vi Percy passar por mim correndo pra pegara a cadeira perto da janelinha.

Ah, esse idiota não vai conseguir isso tão cedo. Não mesmo.

As janelas são minhas! Só minhas! Nenhum idiota, retardado, vagabundo, com problemas mentais e futuro doador de rins vai roubar o meu lugar na janelinha!

Corri com a mala, passando por debaixo do seu braço e me sentei. Só que logo logo ele veio pra acabar com a minha felicidade e me colocou nos seus ombros, me jogando na cadeira do meio. Merda.

— Será que você pode, pelo menos, me deixar colocar a merda da minha nécessaire nessa coisa aí em cima?!

— Duvido que você consiga com esse tamanho de anã, mas beleza.

Bem, em pé eu nem cheguei perto. Quando subi encima do assento e fiquei na ponta dos pés, não levei em conta o peso da mala e acabei perdendo o equilíbrio.

Com a minha sorte, adivinha onde eu fui cair? Adivinhou de disse que a minha cabeça bateu na da punk problemática e os meus pés nas pernas do Cabeça de Alga.

— Ai! — resmungaram os dois juntos.

— Passageiros, peço que se sentem adequadamente em seus respectivos assentos... — indagou a aeromoça me encarando enquanto Percy colocava a minha bagagem no bagageiro e eu tentava arrumar a minha postura. Nem preciso falar que depois ela começou a dar todas aquelas instruções idiotas, né?

Quando o avião começou a andar, senti um par de garras enfiando nos meus braços finos. Acho que a emo passou tanto esmalte preto nas unhas que elas viraram aço, porque meu Deus! Aposto que isso vai sangrar depois.

Os olhos carregados por uma maquiagem carregada estavam extremamente fechados, como se abri-los fosse uma operação de alto risco.

O pior foi quando o avião finalmente tomou altura e ela me apertou com tanta força que eu sinto como se a carne estivesse sendo perfurada por inúmeras agulhas grossas.

Admito que a minha primeira reação foi puxar o braço de Percy para mim e apertar com muita força, o que fez com que ele gemesse em protesto.

— Quer me rasgar, sua doida?!

— Não viu que a punk resolveu me fazer sangrar, retardado?! — sussurrei alto em seu ouvido, soltando todo o meu ar.

Ele começou a rir da minha cara como se eu fosse apenas uma piada, e tudo o que eu pude fazer foi largar o seu braço pra tomar impulso e chutar a cara dele com toda a minha força.

Quando o avião de estabilizou e finalmente a emo com sérios problemas emocionais me soltou, resolvi pegar um travesseiro para usar como de escuro contra aquela bruxa doida.

Mas, ao tentar tal ato, senti as mãos de Percy puxarem meu queixo para cima e dizer:

— Não abaixa a cabeça, princesa, se não a coroa do Burger King cai, sua gorda.

Cara, se eu pudesse definir o tanto que ele riu, acho que era bem mais possível que morresse tentando. Suas gargalhadas altas ecoavam todo o avião fazendo com que todos os passageiros ficassem nos encarando com cara de: “o que eles moleques estão aprontando?”

Eu podia chutá-lo, socar a cara dele, ou mesmo pensar em colocar pequenos aracnídeos como sua companhia noturna. Mas acho que a humilhação de mais de duzentas pessoas te encarando é mais do que qualquer um merece.

Sorri para mim mesma, de uma forma mais que satisfatória, o que fez com que ele risse mais ainda.

Logo logo a aeromoça estava do nosso lado com a sua voz irritantemente idiota.

— Querem alguma coisa, senhor e senhoritas?

Olhei para Percy e ele me olhou cúmplice. Não sei d eonde arrumamos essa afinidade do nada, mas de repente parecíamos Watson e Sherlock Holmes.

— Senhorita? Senhorita? Caso não tenha notado, essa mulher do meu lado é a minha esposa! — indagou Percy com cara de intrigado.

— Ela, senhor Jackson? Você jurou amor eterno por mim, seu vagabundo! — gritou Thalia.

Acho que finalmente estava começando a entender a brincadeira...

— Então você também jurara à ela, Perceus? À Joanine, minha maior inimiga que roubou meu namorado? Eu não te amo mais! — joguei minha bolsa na cara dele e comecei a chorar falsamente.

— Você me pagará, aeromoça! Você me pagará! Não devia ter revelado aos meus amores que nós éramos amantes!

Cara, mal deu tempo pra acabarmos e a moça saiu perplexa de perto de nós, o que, no fundo, foi mais engraçado que eu achei que poderia ser.

— Qual é?! Eu queria ter pedido suco de laranja antes! Estou desgostosa com vocês, senhor e senhora “não-Jackson”.

— E qual seria o seu complemento, Chase? Um prato cheio de Travis Maddox?

— Quem ousa usar meu nome em vão? ­­— fala o menino que se mantinha recostado na poltrona da nossa frente com um fone de ouvido verde.

Travis Stoll não é apenas um dos garotos mais charmosos que eu tive o prazer de conhecer, como também, de fato, é um dos mais idiotas. Vamos dizer que o definimos com esses fatos: cabelo bagunçado, sorriso perverso, olhos animados, mãos ágeis e velocidade praticamente desumana.

Não é um badboy, nem um nerd. O menino é apenas ele mesmo. Errado de todas as maneiras certas, digamos assim.

O curioso é que, mesmo com quatro filhos ilegítimos e apenas um criado judicialmente legal, todos eles perecem ser as mesmas pessoas, apenas com realidades diferentes.

— Estamos falando de um cara gostoso, Stoll, e não um bambu igual você.

Ouvimos as risadas tímidas de Katie Gardner nos fazendo virar pra ela, a única pessoa capaz de “domar” o senhor problema e também a garota que tem um jardim dentro do próprio quarto.

Sim, o maior perigo para a humanidade é emocionalmente controlado por uma menina que, por pouco, ganha de mim no quesito corpo. Ambas palmitas ambulantes. Só que, bem, ela pelo menos tem os cabelos escuros.

— Antes um bambu solteiro em qualquer ocasião, do que uma árvore de uvas namorando.

— Uva não nasce em árvore, panaca. — indaguei.

— Que se dane, eu vou tirar um cochilo.

— Não chega perto de mim porque... — mas já era tarde demais. — você baba, Cabeça de Alga.

O sono também me atacou, então eu apoiei a minha cabeça no seu peitoral.

Roubei os seus fones de ouvido e coloquei play. O curioso é que aquela música continuava no mesmo lugar, fazendo com que Percy cantarolasse baixinho.

— “As your shadow crosses mine. What it taskes to come alive”...

E, quando eu fui ver, sua respiração já estava controlada.

Meus olhos acabaram apenas por ficar mais e mais pesados.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e eu estarei esperando tanto os reviews, como as MPs, okay?
Beijocas, com amor, Mayy *O*