Love Or Hate?? escrita por Ray Potter


Capítulo 39
Suspeita...


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente, me desculpem pela demora, podem me matar dessa vez se quiserem, sei que demorei muito dessa vez e nem dei aviso, é que fiquei muito ocupada com minha formatura e á procura de uma nova escola pra estudar e os seletivos...fiquei sem tempo. MIL PERDÕES, a minha internet irá chegar apenas daqui á um mês ou antes, pois é a vida tá difícil, houve alguns problemas na família e tá bem complicado, mas não se preocupem porque eu jamais irei deixar de postar, nem desistirei da fic, JURO PELO RIO ESTIGE. Espero que gostem do capítulo. BEIJOOOS!



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Capitulo 41- A Suspeita...

Pov’s Percy
Eu mal podia conter as lágrimas que caiam insistentes dos meus olhos. Já estávamos no hospital, meu ligava avisando a família, Atena estava do meu lado, chorando, também.
– vai ficar tudo bem – eu disse, tentando convencer á mim mesmo disso.
– sim, vai – concordou Atena chorando. Estávamos todos inconsoláveis, era difícil de acreditar no que tinha acontecido. Depois que Annabeth foi levada, os investigadores do FBI, chegaram e começaram seu trabalho, ninguém foi chamado pro interrogatório, até agora, eles disseram que tinham que primeiro “averiguar” pra ver o que tinha acontecido. Horas depois, estava toda a família aqui, Thalia estava sentada do meu lado, e Nico do lado dela, estavam abraçados, ambos chorando. Piper estava de pé, abraçada com Jason, Apolo estava conversando com Ártemis, mas, não parecia estar dando em cima dela, ou, chamando ela pra sair, pareciam estar conversando como duas pessoas normais, coisa, que eles não são. Já meus tios, estavam conversando com meu pai tentando anima-lo, Afrodite e Silena estavam chorando mais que qualquer um de nós presentes aqui, e elas já gastaram bem uns 5.000 lenços. Atena já estava abraçada com sua irmã, explicando que não sabia o que tinha acontecido. Chris estava tentando puxar assunto com Clarisse que revirava os olhos e ameaçava bater nele, se ele não calasse a boca. Cada um lamentava do seu jeito, mas, todos tinham esperança, de que nada de mal ocorresse com Annabeth, e Léo tentava animar todos nós, com suas piadinhas sem graças, ele sentou do meu lado. E suspirou.
– sabe, gente, vocês três são muito deprê – disse Léo se referindo á mim, Thalia e Nico, assim que disse isso, Thalia olhou pra ele com uma cara de “Como queria que a gente estivesse ?? Sorrindo e cantando Happy Day ?”
– como queria que a gente estivesse ?? Sorrindo e cantando Happy Day ?! – ela disse confirmando o que eu pensava, eu sei, isso é assustador, mas, eu conheço tão bem a Thalia, que posso decifrar seu olhar e sua postura direitinho, eu cresci ao lado dessa louca.
– Léo, óbvio que estamos na depre, nossa melhor amiga, está em perigo de vida – disse Nico.
– eu sei, mas, eu vou contar uma piada, só pra descontrair – disse Léo.
– conta – eu disse suspirando.
– meu tênis é branquinho, e o da Katniss Everdeen kkkkkkkkkkkkkkk entenderam ? – disse Léo rindo (n/Katniss: piada sem graça) (n/Annie Cresta: pois é) (n/Léo: vocês de Panem não tem senso de humor)(n/Katniss: bitch please, temos sim, somos hilários) (n/Léo: aham, sei, te ilude). Eu não entendi.
– entendemos, e é sem graça – disse Thalia.
– eu não entendi – eu disse.
– novidade – disse Nico. Nossa conversa foi interrompida, com os investigadores chegando no hospital, eles chamaram, meu pai, Atena e eu, e nós os seguimos.
– muito bem, vocês serão os primeiros á serem interrogados – disse o investigador moreno com olhos castanhos, ele era alto, e magro, e era simpático. Ao seu lado tinha uma investigadora de cabelos castanhos ondulados, e olhos azuis.
– tá suspeitando da gente ? – perguntou meu pai.
– não, senhor. Estamos averiguando, conhecendo a vitima – disse a investigadora.
– afinal de contas, o que aconteceu com ela ? – perguntou Atena.
– Sra. Olympus, sua filha foi atropelada, outros investigadores fecharam a cena, e estão investigando melhor – disse o investigador e Atena assentiu.
– bem o hospital cedeu uma sala pra nós. Vamos começar – disse a investigadora.

Depois de Atena e meu pai serem entrevistados, foi a minha vez. Descobri os nomes dos investigadores, ele era Cristian Kyle, e ela Analice Miller. Eles me levaram pra um dos escritórios vazios, e me fizeram perguntas sobre Annabeth e eu respondi todas.
– á quanto tempo se conhecem ? – perguntou Kyle.
– cinco anos – respondi.
– soube que antes do casamento dos seus pais, os dois se odiavam, e viviam brigando. Pode me dizer, como isso mudou tão de repente ? – perguntou Analice, é impressão minha, ou, eles tão suspeitando de mim ? Eu nunca, jamais, faria isso com a Annie, eu amo ela. Quem eles pensam que são, duvidando e suspeitando de mim ?.
– eu me apaixonei por ela, somos namorados, caso você não saiba – eu disse meio irritado.
– não estamos suspeitando de você, mas, sabemos que a mensagem que foi mandada pra ela, marcando um encontro foi do seu celular – disse a investigadora.
– mas, eu não sabia onde meu celular estava – disse.
– Atena disse isso, mas, diga, quando foi a última vez que você viu seu celular ? – perguntou o investigador.
– antes de eu tomar banho, depois de ter brigado com a Annabeth...
– ah, então, vocês dois brigaram. Pode nos contar o motivo da briga ?
– claro, foi, por que, eu troquei ingredientes na aula de química, e acabei explodindo nosso trabalho, Annabeth ficou com raiva, e começou á brigar comigo e discutimos, ela disse que me odiava, e eu disse o mesmo.
– hum, continuando, sobre o celular, você foi banhar, e...?
– e quando eu sai, a porta da varanda que eu jurava que tinha fechado, estava aberta, e meu celular havia sumido, no inicio eu não tinha me dado conta, mas, agora, tudo se tornou mais claro – eu disse.
– então, vamos investigar e colher digitais do seu quarto – disse a investigadora.
– e tem outra coisa, no sábado, a Annabeth jurou ter visto alguém no jardim, e disse que a tal pessoa estava nos observando, mas, quando percebeu que a Annie olhava, ela correu. E Thalia, minha prima, jurou ter ouvido alguém correr – acrescentei.
– vamos averiguar isso também. E mais uma pergunta, tem alguma pessoa que poderia fazer mal á Srat.Chase ?
– bem, tem minha ex, a Rachel, só que ela tá no hospício...e tem o Elliot, o ex dela, ele ligou pra ela, faz alguns dias, eu me lembro de como ela ficou.
– e como ela ficou ?
– estranha – eu disse e contei á eles, sobre aquela noite, em que, minha Annie, estava insegura. É claro que ocultei algumas partes.
– hum...iremos investiga-lo – disse a investigadora.
– isso é tudo, Sr. Jackson, pode ir, agora vamos investigar o resto dos seus familiares – disse o investigador.
– o.k – eu disse, me despedi, e sai de lá. Voltei á sala de espera, onde ainda não tinha noticias da Annabeth, me sentei ao lado de Thalia que ainda estava do lado de Nico.
– então como foi ? – perguntou Thalia. Eu contei tudo á ela.
– só acho que, você deveria pensar antes de falar sobre o Elliot – disse Nico.
– por que ?
– não quero defender, mas, o cara não faria isso – disse Nico.
– ele tá certo, o Elliot não faria isso, ele iria tentar separar vocês, não matar a Annie – disse Thalia.
– mas e se de repente a coisa saiu do controle ?
– impossível, Percy, ele é bem controlado – disse Nico.
– olha, nós não sabemos quem é, ainda. Temos apenas suspeitos – eu disse e eles assentiram. Minutos depois, o médico chegou, toda a família olhou pra ele com expectativa.
– ela está fora de perigo – ele disse. E todos nós comemoramos, até que lembramos que aquilo era um hospital.
– podemos vê-la ? – perguntou Atena.
– falar com ela ?- perguntei.
– ver, sim, falar, não – respondeu o médico.
– por que ? – perguntou Thalia.
– a Srat. Chase, está fora de perigo, mas, sofreu uma pancada na cabeça, e está em coma – disse o médico, aquilo foi como um choque pra mim, eu desabei, porém, não chorei, pelo ou menos, ela estava fora de perigo.

Pov’s Annabeth
(n/Thalia: ela não tava em coma ?) (n/Annabeth: só por que a pessoa tá em coma, ela não pode ter um pov ?) (n/Nico: é) (n/Autora: não é não, agora, deixem ela narrar). Meu corpo todo doía, eu não conseguia me mexer, o que era angustiante, eu estava na completa escuridão. Não me lembrava ao certo que tinha acontecido, nem sequer, sei onde estou. Foi tudo tão rápido...ESPERE...eu consigo escutar vozes, vozes ao longe, e elas estão se aproximando, cada vez mais próximas.
– eu não entendo – disse uma voz, que fez meu coração palpitar mais rápido, “Percy” e escutei um barulho de uma maquina ressonar “Pi...Pi...Pi”
– ei, parece que a nossa paciente está bem animada – disse outra voz, que eu não reconheci.
– sejam breves, depois, nós teremos que analisar o corpo da vitima – disse uma voz feminina, que também não reconheci.
– o que você não entendi, filho ?
– por que Atena não quis ver a Annie ? – perguntou Percy. Ah céus, minha mãe não quis me ver ? O que aconteceu comigo ? Gostaria de saber onde estou.
– ela não aguentaria ver a filha dela assim – disse a voz de Poseidon. Assim...como ?! – Isso poderia prejudicar o bebe.
Tá legal, alguém pode me dizer o que está acontecendo ?.
– eu ficar com ela, por um tempo – disse Percy. Escutei o barulho de uma porta sendo fechada, e depois, o silencio completo – Eu sou o culpado disso, se não tivesse acabado com nosso trabalho de química, se não tivesse explodido com você, talvez, você poderia estar bem – sua voz estava cheia de angustia, eu realmente quero saber, o que aconteceu comigo. E agora, eu quero abrir os olhos, quero vê-lo, mas, estou em completa escuridão, quero toca-lo, mas, meu corpo não responde mais meus comandos, ele apenas doí, uma dor que eu não sei de onde vem, e nem me lembro por que esta lá, minha cabeça está doendo tanto, que eu mal consigo processar direito o que aconteceu comigo, nem sei dizer, onde estou, o que aconteceu. Só quero, ver o Percy, tocar nele, e sentir seus lábios nos meus, novamente, e é claro, lhe pedir desculpas por minha idiotice.
– eu queria que você acordasse, Annie. Será que você ficará assim pra sempre ? Eu espero que não, eu não encontraria o amor em outra pessoa, que não fosse você. Não importa quando tempo você durma, eu vou estar junto de você, pra sempre, apenas, te esperando acordar – ele disse, sentir ele pegar minha mão, tentei segurar á dele, mas, a mesma coisa aconteceu, meu corpo não correspondia – Dizem que quando falamos com pessoas que estão assim, elas escutam. Será que você pode me escutar, Annie ? Eu gostaria que sim.
Pessoas que estão assim...assim como ?!. Pensa Annabeth...como vou pensar se minha cabeça parece que vai explodir...vou fazer um esforço.
ESPERA !! Eu estou em coma...?! COMO ?? Merda de cabeça estupida, PENSA...NÃO DÁ, tá doendo.
– Se pode me escutar, aperta minha mão, ou, mexe seus dedos...sei lá, qualquer coisa, apenas me dê um sinal – ele pediu...MISSÃO IMPOSSIVEL, eu mal consigo pensar, como vou me mexer.
– é bom acordar logo, senão vai perder prova – ele disse. E então, sua voz, foi ficando mais distante, algo estava me puxando pra completa inconsciência, ah céus, será que estou morrendo ? Ou apenas adormecendo ?. Não sei responder...nunca fiquei em coma antes...droga de incerteza...merda...não quero ir, eu não quero.

Pov’s Percy
Pelos próximos dias, os investigadores, investigarão quase toda a escola, professores e alunos, eles também investigaram Elliot, que é o principal suspeito, as investigações estão á todo vapor, Calipso também se tornou suspeita, mas, tinha fortes álibis, e ninguém acha que seja ela. Descartaram Rachel por que ela esta no hospício, pelo ou menos, é isso que nós sabemos, comparado á última vez que á vimos, porém, Thalia colocou na cabeça dela, que é a Rachel, mas, todos nós sabemos que ela está no hospício, e ninguém quis ir lá pra verificar se é verdade. Agora eu estava sentado, em uma cadeira, numa sala branca, ao lado de uma cama de hospital, onde minha sabidinha, dormia como um anjo, quero dizer, ela estava em coma, mas, eu prefiro pensar que ela está dormindo. Ela tem curativos na cabeça, está com o braço esquerdo enfaixado, e uma tala no pé direito. Nossas mãos estão entrelaçadas, embora, ela não fizesse nenhum esforço para mante-las unidas. Annabeth estava imóvel, não se mexia, nem fazia esforço pra isso, sempre que eu ficava sozinho com ela, pedia pra que ela mandasse um sinal de que estava me escutando, mas, ela nunca mandou.
– eu queria que você acordasse logo – eu disse suspirando e acariciando sua mão. Ela estava tão perfeita, poderia estar dormindo, embora estivesse machucada. Decidir não pensar mais em coisas ruins, e sim direcionar meus pensamentos pra coisas e lembranças boas. Me lembrei do dia em que nos conhecemos.
Flash Back On
AULA... eu odeio isso, odeio tanto, que acabei dormindo nela. Impressionante, no primeiro dia de aula eu já tava dormindo, se bem, que eu estudo nessa escola desde do ano passado, os professores me conhecem, sabem que se a aula for realmente chata, eu durmo. Acordo, com o barulho do sinal tocando. Abro meus olhos, que focam em uma garota que vinha na minha direção, passo as mãos nos olhos pra ver se é verdade mesmo. A garota era linda, parecia uma princesa, e veio na minha direção com um sorriso tímido, eu me lembro dela, ela estava sentada atrás da Thalia, na fileira do lado, mas, ela estava vindo da frente da sala, acho que estava no quadro. Quando ela finalmente chega até mim, eu pensei que ela falaria “Você é o Percy, certo ? Prazer eu me chamo...” , mas, o que ela disse, superou minhas expectativas.
– você baba quando está dormindo – ela disse sorrindo. Poxa, essa é frase ideal pra se começar uma amizade, leram isso ? APRENDAM, é assim que se começa uma amizade...sinta a ironia e o sarcasmo nas minhas palavras.
– nossa que jeito legal de se começar uma amizade – eu disse e ela riu.
– é sério, só quis avisar – ela disse dando os ombros.
– oii, Annabeth, posso te chamar de Annie, né? É, ótimo, vou te chamar assim, você mandou muito bem no quadro, viu a cara da professora ? Ela ficou tipo “NOSSA”, eu também fiquei assim, e...ah oi Percy - disse Silena como um furacão.
– oi – eu disse.
– ah, valeu ?! – disse a garota, meio confusa.
– de nada, fofinha. Vou pro intervalo, to com fome. Léo, me espera – disse Silena correndo.
– bem, acho que não nos apresentamos direito. Eu me chamo Perseu, mas, pode me chamar de Percy – eu disse estendendo a mão pra ela, que logo que ela tratou de pegar com a sua.
– prazer, eu me chamo Annabeth – ela disse sorrindo.
– nome bonito – eu disse.
– valeu – ela disse.
– quer ir pro intervalo comigo ? Posso te apresentar á alguns amigos meus – eu disse e ela assentiu.
– claro.
– ótimo, vamos – eu disse me levantando. E fomos conversando até o refeitório
Flash Back Off

Eu apertei a mão dela contra a minha, faço questão de pensar, que ela apenas está dormindo, e que logo ela irá acordar. Embora saiba, que no fundo, ela possa ficar assim pra sempre, por minha culpa. Eu olho pra ela novamente, tentando me lembrar de um, dos muitos, momentos que passamos juntos, seja brigando, ou, apenas conversando como pessoas normais. Eu sorrio ao me lembrar de quando ela confessou pra mim, seu maior medo...aranhas.
Flash Back On
Eu e Annabeth recebemos uma espécie de castigo, do Sr.D, havíamos – sem querer, eu juro – derrubado um balde de tinta no Sr.D, mas, juro, por todos os deuses, que foi sem querer, quem mandou ele se intrometer ? A gente ia jogar no Chris, por ter trollado a gente, então fomos obrigados á limpar uma pequena sala que fica no fundo da biblioteca, a sala tem filmes e documentários antigos, ninguém vai lá, e o zelador e a faxineira se recusaram á ir lá, então sobrou pra nós dois. A sala era pequena e cheia de caixas, que continham os filmes e documentário super antigos. Eu e ela decidimos cada um, limpar e arrumar um lado da sala, assim, talvez, a gente conseguisse mais rápido.
– então, Annabeth, a gente ainda não se vingou no Chris – eu disse.
– eu tenho uma ideia.
– pode falar.
– trollagem, o Luke pode ajudar.
– Luke não trollaria o próprio irmão...
– ah ela trollaria sim, você não conhece o Luke como eu conheço – ela disse enquanto retirava uma caixa e colocava em cima de outra – AHHHH – ela gritou e correu pra trás de mim.
– Annabeth, o que foi ?
– aranha, tira ela, Percy, por favor– ela disse parecendo desesperada, e apertando meu ombro forte.
– você tem medo de aranhas ?
– s-s-im, tira ela de lá Percy, por favor – ela pediu.
– calma, Annie, você não acha injusto matar uma aranha que não fez nada pra você?
– e se ela for venenosa e quiser me matar ?
– Annie, calma, eu to aqui com você, eu vou te proteger, tá ?
– não !! Mata ela, Percy.
– tá bom, Annie, sua assassina – eu disse, mas, ela não riu.
– vai logo – pediu. Eu fui em direção á onde Annabeth estava, e quando vejo na parede, uma aranha pequena, bem pequena, que não é perigosa, é aquele tipo de aranha que não faz mal á ninguém.
– Annabeth, sério que você ficou com medo disso ? – perguntei, e ela assentiu meio sem graça.
– relaxa, essa aranha não faz mal á ninguém – eu disse.
– mas, eu tenho medo, Percy.
– percebi, então, vamos trocar de lugar, o.k ?
– o.k – ela disse sorrindo. Eu continuei meu trabalho e ela o dela. Depois que terminamos, fomos embora, e juntos, ficamos sentados na porta da escola, esperando nossos pais chegarem.
– nossa, olha só a arquitetura, não é linda e simples ? – disse apontando para um prédio, um conjunto de apartamentos.
– é, eu acho. Não entendo de arquitetura – disse sinceramente.
– mas, eu entendo, e muito. Minha mãe é arquiteta, e sabe, eu quero seguir os passos dela.
– quer ser arquiteta também ?
– claro, e você ?
– e eu o que ?
– quer trabalhar em que ?
– eu acho que serei biólogo marinho.
– combina bem com você.
– e você será uma brilhante arquiteta.
– você acha ?
– tenho certeza, Annie. Você é um gênio, e desenha muito bem.
– obrigada.
– de nada – eu disse e escutamos o barulho de uma buzina.
– é meu pai, tchau, Percy – ela disse se levantando e sorrindo pra mim.
– tchau – eu disse. Ela saiu correndo em direção ao carro, os cabelos loiros ao vento, que refletia a luz do sol da tarde. Ela entrou no carro, e antes dele dar a partida, ela acenou pra mim, e eu acenei de volta.
Flash Back Off

– iai, priminho – disse Thalia entrando do quarto e me tirando dos meus pensamentos.
– Lia, não fala alto – preciso dizer, quem falou isso ?! Óbvio que foi o Nico, né.
– como tá a bela adormecida ? – perguntou Thalia ignorando Nico.
– ela tá...dormindo – eu disse. A verdade é que, eu, Thalia e Nico, nos reunimos aqui, toda tarde, eu chego mais cedo pra ficar com a Annie mais tempo. E meu pai, trabalha em casa, ou aqui mesmo no hospital, quando se tem um notebook ou tablet, você pode trabalhar até no banheiro, já Atena, embora seja a mãe, foi obrigada á voltar pro trabalho, meu pai, obrigou ela é ir, por que, é muito pra Atena aguentar, ela está gravida e isso pode prejudicar o bebe, ela está tentando se controlar ao máximo, e está quase conseguindo, eu disse quase.
– oi, Annie, não sabemos se pode nos ouvir, mas, tamo falando contigo mesmo assim – disse Nico sorrindo. Nós três falamos com a Annabeth, só que ela não responde, óbvio, mas, é que a gente fez pesquisa, e a maioria das pessoas que ficam em coma, escutam o que os outros dizem.
– por que, a vaca da Annabeth não acorda logo ?- disse Thalia e nós rimos – Sua dorminhoca, espertinha, tá fazendo isso pra não ir pra escola, né ?
– se fosse você , tenho certeza que faria isso. Mas a Annie não tá fingindo – eu disse.
– eu sei, e é claro que eu faria, tudo pra não ir pra escola – disse Thalia se sentando no braço na poltrona, e Nico se sentou na poltrona.
– Annie, cê nem sabe o que eu fiz ?! – disse Thalia rindo.
– Lia, é claro que ela não sabe – disse Nico.
– cala a boca, Nico. E deixa eu falar, pois é, eu trollei a Calipso...ah esse vídeo vai pro you tube, ela escorregou e caiu de bunda, depois um balde de tinta vermelha caiu em cima dela...você tinha que ver...foi hilário – disse Thalia rindo, como se estivesse se lembrando da cena.
– posta logo, eu quero ver – disse Nico.
– seu apressado – disse Thalia dando um selinho nele.
– OW, eu to aqui – eu disse.
– pega a sua namorada – disse Nico.
– não sei se percebeu, mas, ela tá em coma – eu disse.
– e isso importa ? Deixa eu e Nico sermos felizes – disse Thalia dando um beijo nele.
– vocês não querem um quarto só pra vocês ? – perguntei.
– até que seria bom – disse Nico e Thalia deu um tapa em seu ombro.
– idiota – disse Thalia.
– AI, Lia, doeu – disse Nico.
– era pra doer mesmo.
– ei, vocês dois, sem brigas, perto da Annie – eu disse.
– não estamos brigando – eles falaram juntos.
– ah claro – eu disse irônico. A porta do quarto se abriu, revelando o investigador Kyle, e investigadora Miller.
– olá, Srat. Grace, Sr. Di Ângelo e Sr.Jackson – disse o investigador.
– oii – falamos em uníssono.
– bem, temos uma informação pra vocês, já falamos com o seu pai, e ele pediu pra avisa-los – disse a investigadora.
– pode dizer – eu disse.
– o Sr. Smith tem álibis suficientes, investigamos detalhadamente o que ele fez nos últimos dias, rastreamos suas ligações, tinha algumas pra Srat.Chase, ouvimos, mas, nenhuma era ameaça de morte, ou, acidente. E ele não tem ligação, com ninguém que possa ter feito. Comparamos as formas dos pneus encontradas no local do crime, com os carros que tem na casa do Elliot, porém, não são compatíveis – disse a investigadora.
– então, não foi o Elliot – eu disse.
– não foi ele, e a Calipso também não tem nenhuma ligação com o crime. Ou seja, voltamos á estaca zero – disse o investigador.
– e as digitais ? Não encontraram nenhuma ? – perguntou Thalia.
– bem, se você não tivesse fechado a porta da varanda, talvez, tivesse digitais, mas, não se preocupe, estamos á todo vapor, tentando apagar a sua digital, pra conseguir a que está em baixo – disse o investigador.
– podem fazer isso ? – perguntou Nico.
– claro, só vai demorar um pouco,se tiverem algum suspeito ou suspeita, nos avise – disse a investigadora.
– o.k, avisaremos – disse Nico. Eles saíram do quarto, nos deixando sozinhos novamente, Thalia me olhou com uma cara de...”Você sabe, o que eu acho, não sabe ?”.
não foi ela, Thalia – eu disse.
– ele tá certo – disse Nico.
– eu já disse, foi a Rachel, minha intuição feminina, me diz isso – disse Thalia.
– ótima, então, vamos lá no hospício onde ela está – eu disse.
– ótimo, assim, eu mostro pra vocês, que eu estou certa, intuição feminina, não erra – disse Thalia.
– bem, é isso que vamos ver – eu disse – Só acho que não foi a Rachel.
– eu também.
– já disse que foi ela – disse Thalia.
– não foi – eu disse e sentir algo apertar minha mão...espera...é a Annabeth, ela tá apertando minha mão – Annabeth ?!
– oh meus deuses – disse Thalia.
– shii, está nos escutando ? – perguntei, e sentir minha mão apertar de novo, como resposta.

Pov’s Annabeth
FORÇA...FORÇA...tenho que conseguir.
– Annabeth, escuta, você tem que acordar – disse Percy. Ah claro, como se fosse fácil, não é ele que está em coma.
– Percy, seu idiota, ela tá em coma – disse Nico.
– mas, ela tá apertando minha mão – disse Percy.
– isso não quer dizer nada – disse Thalia.
– seus chatos – disse Percy.
– bem, Annie, sinto informar, mas, temos que ir. Vou provar que foi a Rachel que te atropelou – disse Thalia...ah não...apertei a mão do Percy novamente, tirando forças de onde não tinha, ele tem que entender, precisa entender.
– espera, acho que ela está tentando me dizer alguma coisa – disse Percy. Nossa, ele está menos lerdo...não é hora pra piadinhas, há qualquer momento, aquela força estranha, vai me puxar de novo, e eu vou estar tecnicamente dormindo, só que eu não consigo controlar, minha cabeça ainda doí, e quando a dor aumentar, sei que, não poderei mais fazer nada, nem escutar, pois entrarei em inconsciência.
– sim, ela está tentando dizer que foi a Rachel – disse Thalia, espera...ah não, a dor dá aumenta.
– Annie, se foi ela, aperte minha mão uma vez, se não for, aperte duas vezes – disse Percy. Não tenho mais forças, não consigo, não consigo, a dor, a dor, ela tá vindo mais forte.
– Annabeth, responde – disse Nico.
– Annabeth cê ainda tá aí ? - as vozes foram ficando mais distantes, e mais...e mais...e não escutei mais nada e...ADORMECI...contra a minha vontade...

Pov’s Percy
– ela não respondeu – disse Nico.
– por que ? – perguntei já com lágrimas nos olhos.
– não sei, vamos chamar o doutor e contar o que aconteceu, depois, vamos pro hospício – disse Thalia.
– a gente aproveita e te interna lá – eu disse.
– é mais fácil internar você – disse Thalia. Nós avisamos o doutor, sobre o que tinha acontecido, ele disse que ia fazer alguns exames, então seguimos pro hospício.

Chegamos na sala de espera do hospício onde Rachel estava, tinha um balcão de mármore branco, e atrás dele, uma mulher de mais ou menos 30 anos, com seus cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo alto. Estava com uma camiseta branca, e quando nos viu arqueou as sombrancelhas. Caminhamos até ela, e quando chegamos ela deu um sorriso simpático.
– posso ajuda-los ? – perguntou.
– claro, estamos procurando uma paciente que está internada aqui – disse Nico.
– o.k, qual o nome dela ?
– Rachel Elizabeth Dare – eu disse.
– ah, sinto informar, que a Srat. Dare não está mais aqui.
– e onde ela está ? – perguntou Thalia.
– ela fugiu.
– EU DISSE – gritou Thalia.
– Lia, não grite – disse Nico.
– foi mal – disse Thalia.
– algo mais ?
– quando ela fugiu ? – perguntei.
– faz duas semanas.
– já tem noticias dela ? – perguntou Nico.
– não, os pais viajaram.
– obrigada, pela informação – disse Thalia.
– de nada, boa tarde pra vocês – disse a moça. Nós assentimos e saímos, paramos em frente ao hospício, e olhamos pra Thalia com uma cara de “E agora, gênio?”
– vamos avisar os investigadores, temos uma nova, e boa suspeita pra eles – disse Thalia...


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Notas finais do capítulo

Beijos gente, tenho que sair, meu tempo vai acabar. Prometo voltar o mais rápido que puder.