A Viagem nas Sombras + Audiolivro escrita por R G Assis


Capítulo 26
Reyna


Notas iniciais do capítulo

Emfim a guerra começou, estão preparados?



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Audiolivro - Capítulo 26

XXVI

Reyna

Depois de falar com Nico, Reyna foi para a casa grande tentar descansar, mas como estava acontecendo todas as noites, o acampamento fora atacado novamente.

Se o plano de Gaia era mata-los de cansaço por falta de sono, estava dando maravilhosamente certo. Reyna não dormira nem três horas quando os ataques começaram. Já faziam umas três ou quatro noites que estavam assim? Reyna não conseguia se lembrar.

Naquela noite, pelo cansaço que estava, Reyna nem se quer havia tirado a armadura, quando acordou, já estava vestida. Essa noite eles vieram por volta da meia noite e ficaram até o amanhecer. Eles fizeram o de sempre, dracaenaes tentaram destruir a árvore e quebrar a barreira.

Faltando três dias, Reyna e Nico ainda não descobriram nenhum lugar bom o suficiente para Nico ter seu sono de morte. Outro ataque noturno acontecera, dessa vez um Drakon passou a metade da noite cuspindo acido na árvore de Thalia, o que não foi muito bom, a terra em volta das raízes que estavam expostas começou a ceder, e parecia que o velocino não estava curando a árvore rápido o suficiente.

Dois dias. O tempo nunca passara tão rápido assim para Reyna. Ela e Nico, ainda não tinham uma solução, Nico estava decidido que se não encontrasse um lugar seguro, ele ficaria no chalé mesmo, mas Reyna não ia deixa-lo fazer isso, no penúltimo dia, Reyna pegou a semente de Nico, sem que ele percebesse e escondeu.

Nico ficara furioso com ela, e dissera que era o único jeito de salvar o acampamento, Reyna sabia disso, mas disse que só faria isso quando tivesse achado um lugar seguro, onde Reyna poderia garantir sua segurança.

Na noite que antecedia o oitavo dia, todos se reuniram no anfiteatro, já com suas armaduras, fizeram uma fogueira grande e sentaram para ouvir alguns discursos, principalmente de Quíron, ele os inspirava, já Reyna não estava tão inspirada assim, tudo estava passando por ela como uma névoa, Reyna não prestava atenção em nada, nem ninguém.

Quando estava lá sentada ouvindo o discurso de Quíron, segurando a semente de Romã em sua mão, Rachel veio falar com ela.

“Como você está? Preparada?”

Reyna a olhou miserável, não havia por que mentir para Rachel.

“Não.”

Rachel segurou em sua mão.

“Sei que vocês dão conta. Já conheci semideus o suficiente para saber o quão bravos e teimosos vocês são.”

“Obrigada, espero que esteja certa.”

“É claro que estou! Sou o oráculo afinal.”

Reyna sorriu, gostava muito mais do oráculo dos gregos do que seu áugure, Rachel era decididamente melhor que Octavian, em todos os aspectos. Rachel se despediu e saiu do lado de Reyna. Os campistas começaram a se dispersar, tomando suas posições, todos já sabiam onde deveriam ir. A noite estava acabando, logo amanheceria, fora uma noite calma e isso assustava Reyna ainda mais.

Enquanto todos saiam, Reyna ainda ficou um tempo sentada, olhando para a fogueira, o calor que atingia o seu rosto era reconfortante. Sem que Reyna percebesse, Nico sentou ao seu lado, os dois encaravam o fogo, não se atreveram a olhar um para o outro.

“Você sabe que é preciso, não é?”

Reyna respirou fundo.

“Eu sei.”

“Tudo bem Reyna, eu ficarei bem. Confio em você.”

Um gemido baixo saiu da garganta de Reyna.

“Às vezes eu queria que não confiasse.”

Pegando a pequena semente, Reyna a entregou para Nico. Os dois se encararam por um momento, seus olhos se encontraram, as chamas dançavam nos olhos de Nico, Reyna não pode se mover por um momento, mas logo virou o rosto.

“Se essa for nossa última noite, Reyna eu queria dizer...”

Nico respirou fundo.

“Queria dizer... que estou feliz por ter te conhecido melhor, eu queria que nós tivéssemos nos conhecido assim no acampamento Júpiter, mas não pense que eu mudaria alguma coisa que aconteceu, por que eu não mudaria.”

Reyna olhou para o chão.

“Também estou feliz, por ter te conhecido melhor.”

Os dois se encararam novamente, naquele olhar eles diziam tudo que não conseguiam dizer, ficaram assim até ouvir cascos se aproximarem.

“Será que os pombinhos têm tempo pro velho treinador aqui?”
Reyna e Nico se afastaram, o treinador já estava com um taco novo e o sacudia enquanto andava até eles.

“O que me dizem? Preparados para chutar muitas bundas fedidas de monstros?”

Nico sorriu.

“É, mal podemos esperar.”

“Então que venham os monstros!”

Treinador gritou com todo o seu folego e como uma resposta para o seu grito de guerra, a terra tremeu. A guerra tinha começado.

Eles se olharam e correram para perto da árvore de Thalia. A lua estava auto no céu, a luz que refletia dela, cobria todo o acampamento, ao menos eles teriam pelo menos isso a seu favor.

Vultos escuros rondavam o acampamento, alguns outros monstros estavam à vista, Reyna percebeu que alguns deles ela mesma já tinha enfrentado e mandado de volta para o tártaro, eles encaravam os semideuses como cobras olhando ratos em um vidro.

O mesmo drakon de antes se precipitava em direção à árvore, ele deu um salto através do precipício e encravou as garras na parte esquerda da árvore, ficando pendurado.

Rapidamente, o drakon começou a arranhar a terra onde as raízes estavam se fixando e a árvore começou a tombar. Todos seguraram o folego, um silêncio mórbido dominava o acampamento, eles não atacaram, esse era o plano de Reyna, não adiantava tentar mais proteger a árvore e preservar a barreira, Gaia quebraria de qualquer jeito.

Ao invés de se concentrar na proteção da árvore, Reyna mandou todos aguardarem as barreiras caírem e seu plano com fogo grego ser executado antes que qualquer baixa ter acontecido, não valia a pena perder campistas no ataque a uma criatura, Reyna queria todos juntos, até a guerra realmente começar.

Em menos de um minuto, o drakon arrancou a árvore e deixou-a cair no precipício, o coração de Reyna apertou ao ver a cena, o drakon pulou para o outro lado antes que caísse com a árvore. No mesmo instante um terremoto se iniciou, Reyna notou que era a fenda se fechando, agora era a hora, quando os monstros avançassem, eles explodiriam o fogo grego.

Reyna olhou para Nico, que tinha seus olhos arregalados, de repente mudou a expressão, como se tivesse tido uma ideia.

“Treinador, preciso do seu prisma e de alguns dracmas. Vou enviar uma mensagem.”

Quando Nico disse isso, várias coisas aconteceram ao mesmo tempo, primeiro a fenda se fechou, depois o tremor passou e no instante que dezenas de monstros avançaram em direção ao acampamento, ouve uma explosão e uma barreira de fogo grego cresceu e cercou o acampamento inteiro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Agora as coisas vão começar a ficar tensas, se preparem, guerras não são nada bonitas de se ver.



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