A Viagem nas Sombras + Audiolivro escrita por R G Assis


Capítulo 18
Reyna


Notas iniciais do capítulo

Fiquem ligados, pois haverá dois capítulos focados em outro semideus, para termos uma outra perspectiva da estória (mas isso, só um pouquinho mais pra frente). O que acham disso? Quem vocês acham que é?
Dica: é um semideus muito querido por todos, mas vou avisando, não é o Percy.
Não ajudou muito, né?
Desculpem, se eu der qualquer outra dica, vocês saberão quem é.



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Audiolivro - Capítulo 18

XVIII

Reyna

Depois de entrar na casa grande, se arrumar para dormir e deitar-se em sua cama, num dos quartos, com seus cães a seus pés, Reyna não conseguia pregar os olhos, deitou-se olhando para o teto e assim permaneceu por um longo tempo, até que sem perceber pegou no sono.

Reyna teve uma noite de sonhos conturbados, se remexendo nas cobertas, não sabia quanto tempo tinha passado quando acordou com um barulho constante. Vestiu-se o mais rápido que a armadura permitiu. Deu uma ordem para seus cães a seguirem e desceu correndo pelas escadas.

Quando Reyna chegou do lado de fora, viu o que estava causando tanto alvoroço, três ciclopes estavam urrando e arremessando coisas na barreira em direção à árvore, Reyna percebeu que só atingiam metade da árvore, aparentemente a barreira tinha esse problema, podia-se destruir a árvore por fora, metade dela pelo menos, apesar do velocino a curar rapidamente, mas a julgar pelas raízes, Reyna suspeitou que se algum monstro tivesse a ideia de puxa-la, a árvore cairia no abismo.

Vários campistas corriam de um lado para o outro, Quíron foi até o lado de Reyna.

“Que horas são?”

Reyna perguntou.

“Umas quatro da manhã.”

Ótimo, pensou Reyna, ela não dormira mais que duas horas.

Tomando a posição de líder, Reyna encontrou Clarisse La Rue, filha de Ares e líder de chalé para avaliar a situação.

“Relatório da área, por favor.”

Reyna pediu à Clarisse, que com uma cara de desgosto respondeu.

“Temos esses três ciclopes tentando destruir a árvore de Thalia, por enquanto só estão jogando pedras nela, a árvore ainda não foi muito danificada. Também temos uma movimentação na praia, achamos que algo grande está vigiando o acampamento na água. Também na área da floresta foram avistados cães infernais e uma mantícora. Na minha opinião, acho que eles estão cercando o acampamento para assim que a barreira for destruída eles atacarem com força total.”

Reyna avaliou o que Clarisse disse.

“Já esperava por isso, provavelmente quando a barreira cair, Gaia fechará aquele abismo em volta de nós para facilitar o acesso dos monstros. Temos que fazer nossa própria barreira, verei com os filhos de Hefesto, enquanto isso, Clarisse continue com suas patrulhas ao redor do acampamento, mas foque um grupo na distração dos ciclopes, temos pégasos, quero quatro voando para distrair os ciclopes enquanto outros arremessão arpões daqui de dentro, o foco não é na destruição, mas sim na distração. Não quero baixas por agora.”

Clarisse afirmou positivamente e foi ao trabalho. Reyna foi conferir com os filhos de Apolo, tanto gregos, quanto romanos, como estava o estoque de néctar e ambrosia. Dividiu o grupo deixando alguns cuidando dos assuntos medicinais e outro como arqueiros.

O sol ainda não tinha aparecido quando finalmente eles se livraram dos ciclopes, estes saíram depois de um tempo linchando a árvore, como se tivesse perdido a graça, já era 05:35 e Reyna estava exausta, foram tantas ordens, tantas decisões que teve de tomar naquela noite que sentia sua mente cansada.

Mesmo assim ainda tinha uma última tarefa, junto com os campistas de Hefesto e alguns romanos, Reyna bolou o plano de fazer uma cerca de fogo grego ao redor do acampamento, bem não exatamente uma cerca de fogo, o plano seria executado somente quando a barreira caísse, assim que acontecesse e os monstros viessem atacar, eles explodiriam fogo grego queimando a maior quantidade de monstros possível, criando assim uma cerca de fogo.

O plano era muito perigoso, pois eles tinham de colocar os explosivos o mais longe possível do acampamento, pra não correrem o risco de queima-lo no processo, eles analisaram a planta do acampamento e marcaram locais estratégicos para a colocação das bombas.

Toda a colocação e ativação das bombas ao redor do acampamento levou a manhã inteira e metade da tarde, mesmo os irmãos de Leo sendo muito habilidosos. Durante o dia inteiro não houve mais ataques, parecia que os monstros só estavam à espreita aguardando o melhor momento. Reyna pensava que eles só iriam atacar realmente no mesmo dia que Gaia tentaria se reerguer, o que tirando aquele dia seria daqui seis dias.

Reyna não havia visto Nico em nenhum lugar naquele dia, ela lutou contra a vontade de ir até o chalé de Hades procura-lo, mas não o fez, pois ainda sentia-se estranha depois da conversa com Mellie, lembrando-se de Mellie e Anemone, Reyna decidiu comer algo e depois visitar o treinador para ver se ela já tinha ido para a casa da Mãe.

Reyna saiu andando da casa grande e olhou para a colina onde estava a árvore, viu o vislumbre prata e dourado de seus cães, um de cada lado fazendo a guarda, Reyna os deixou lá depois que o dragão que cuidava da árvore sumiu durante a noite.
Antes mesmo que pudesse chegar até os chalés, Octavian a interceptou.

“O que deseja Octavian?”

Octavian estava com um olhar sombrio e irritado, Reyna conhecia muito bem aquele olhar.

“O que acha que você está fazendo?”

“Você sabe muito bem.”

Reyna disse e continuou caminhando.

“Você está protegendo o inimigo!”

Reyna parou e o encarou.

“Não são eles nossos inimigos e você sabe disso.”

“Oh, sabemos? Pois bem, então, você acha que eles não sabem que ter você aqui protegendo o acampamento deles, deixa o acampamento Júpiter totalmente desprotegido? Ou você não tinha pensado nisso?”

Reyna realmente não tinha pensado nisso, poucos soldados ficaram para proteger o acampamento e Nova Roma, o restante estava lá com ela. Reyna rapidamente tentou se livrar da dúvida que Octavian a estava impondo.

“Nosso acampamento não será atacado, todas as forças de Gaia estarão ocupadas ou conosco ou com o Argo II, não há porque atacar o acampamento Júpiter. E você sabe disso.”

“Você não pode ter certeza.”

“Posso não ter certeza, mas não irei abandonar o acampamento Meio-Sangue agora enquanto precisam de nós. Percy não nos abandonou depois que conseguiu sua memória de volta, ele lutou ao nosso lado.”

“Você ainda vai se arrepender Reyna, eu li a mesma profecia que Rachel viu.”

Octavian olhou ainda mais sombriamente para Reyna e sussurrou.

“Ele pode não sobreviver.”

E depois da declaração, Octavian saiu com seu sorriso presunçoso deixando Reyna parada, sem expressão, depois de um longo minuto, ela retomou seu caminho para a casa de Hedge tentando não pensar nas palavras.

Ele pode não sobreviver.


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Notas finais do capítulo

Deem suas opiniões, previsões, chutes, quero saber o que estão achando!



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