Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 6
Capítulo 5 - O intrigante cupcake de Blueberry


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!! *--* Nele vai aparecer uma música que o Will vai tocar, então eu vou deixar o link da música nas notas finais.
I hoje you enjoy,
Kissus



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William Kenwitch

Quando acordei no domingo, eu ouvi um barulho de um carro. Quando olhei pela janela, vi que era uma van que estava descarregando umas caixas. Foi aí que eu lembrei que a casa estava meio vazia.

Agora que eu lembrei que eu precisava pegar as minhas coisas na casa daquela mulher. Acho que farei isso de noite, quando eu sei que ela está fora com o meu pai.

Lembrar daquelas pessoas só me traz raiva e tristeza, então decidi tomar café. Ao descer as escadas reparei que Tristan e Edmund estavam tirando as caixas da van enquanto Everlyn assistia tudo comendo cereal com. Café com leite?

Ok, quem em sã consciência coloca café com leite ao invés de só leite quando põe no potinho pra comer com o cereal. Essa menina é louca. Bem, isso eu já sabia desde o momento em que ela me acertou com um guarda-chuva. Eu fiquei muito puto. NINGUÉM me acerta com alguma coisa. Todas as meninas das quais eu saí sempre ficaram aos meus pés e se eu as visse nuas... Bem, não seria a primeira vez. Mas essa garota ao invés de ficar envergonhada ela me acertou.

Com um guarda-chuva.

E depois me chutou pra fora do quarto.

Mas ia ter volta. Ah, se ia. Enquanto eu estava perdido em meus pensamentos de como me vingar da selvagem, os dois meninos terminaram de descarregar a van e eu peguei um copo de café puro e rosquinhas.

A selvagem já tinha terminado de comer, quando passou por mim me ignorou completamente. Outro BELO motivo pra eu querer me vingar dessa coisa.

Sentei no sofá pra ver se estava passando algo de bom na TV. Enquanto mudava os canais, Tristan sentou-se no sofá do lado e o Edmund no outro. Ambos conversando sobre ter de separar tudo aquilo que realmente não iriam usar porque duvidavam que fosse caber tudo num quarto só.

Alguns minutos depois, quando desisti de procurar algo bom na TV, os meninos decidiram ligar o videogame (que por sinal era um Xbox) para ficar jogando. Eu e eles ficamos jogando durante umas duas horas.

Eles eram bem legais, os tipos de amigos que eu nunca tive.

Uns dez minutos depois a selvagem apareceu, com o cabelo semi-molhado. Agora que eu parei para olhar ela realmente era bonita.

Podia não ser alta, mas tinha um corpo bem definido, cabelos negros e cacheados iguais aos meus que chegavam até a metade de suas costas, olhos azuis claros e mechas coloridas californianas. Azuis, rosas e rochas.

Caramba, quanta cor!! Sorri torto, já sei como encher o saco dela. Ela percebeu que eu estava olhando diretamente pra ela e virou-se para mim.

— O que foi? — perguntou com um ar de tédio.

— Só imaginando o que te fez levar a pintar tantas cores em mechas californianas. Tipo, você queria virar um “My little poney” ou simplesmente deu um jeito de armazenar um arco-íris e tacar no seu cabelo? — dei um sorrisinho de deboche.

Ela ficou vermelha de raiva. Era bem engraçado de se ver, suas bochechas de tão coradas pareciam inchar e seus olhos lembravam um tom de cinza claro. Parecia que ela queria rebater meu comentário, mas ela ignorou e virou-se para Tristan.

— Tris...

— Everlyn, quantas vezes eu já te pedi pra parar de me chamar de Tris?

— Por que mesmo? — parecia que ela queria segurar o riso.

— Porque me lembra aquela garota, Tris, de divergente. E eu não sou uma garota que tem súbitos desejos de morte e medo de intimidade.

— Mas você é loiro — selvagem sorriu.

— O que você quer? — Ed perguntou.

— Quero comer cupcakes de blueberry! — exclamou feliz.

Eu acabei indo também. E assim foi, nós quatro, indo a pé para uma confeitaria que tinha na outra esquina para comprar cupcakes.

A loja era pequena. Fofa demais. Era decorada com paredes rosa e amarelo claras, as cadeiras eram brancas e delicadas. Algo que garotas típicas gostariam. Eu fiquei chocado que Everlyn gostava daquilo.

— Por quê? — ela me perguntou.

— Porque você é uma selvagem — disse casualmente enquanto eu pegava o cupcake da mão da garçonete.

Ela era gata. Era alta, magra, loira de olhos azul-escuros e tinha um sorriso sedutor direcionado a mim. É claro. Quando ela colocou o meu prato, dei uma piscadela. Ela ficou vermelha.

Viu selvagem? Porque você não pode ser assim?

— Eu não sou selvagem — ela disse retirando meus pensamentos narcisistas — e eu tenho nome do qual você está muito bem informado.

— Aé, Everlyn — disse com cara de deboche — é comum Ever ou Evelyn, sem o “r”. O que levou os seus pais a criarem um nome tão tosco?

— Meu pai queria Ever e minha mãe Evelyn, então eles decidiram juntar os dois — ela disse com o olhar distante.

Pensei em parar de tocar nesse assunto. Enquanto comia meu cupcake, olhei para ela novamente. E tive uma ideia.

— Tudo bem, então ao invés de te chamar de selvagem eu vou te chamar de Little Rainbow ou de cachinhos coloridos.

Sorri sedutoramente, um lindo sorriso do qual... Ela ignorou completamente.

— Caramba, você realmente está pensando sobre mim enquanto come esse cupcake, não? — ela sorriu torto — O que que será que tem nesse cupcake de Blueberry?

Ela sorriu desafiadoramente para mim. ELA REALMENTE QUERIA BRIGA! Então que comecem os jogos!

No dia seguinte, eu sabotei o seu shampoo (que era muito cheiroso por sinal, era de pitanga, esqueça que eu disse isso) trocando ele por creme para os pés. Resultado: ela ficou com um cabelo todo empapado, e teve que lavar no mesmo dia, mais de quatro vezes para seu cabelo COMEÇAR a voltar ao normal.

É claro que ela sabia que era eu. Então ela decidiu entrar na briga. Ela colocou pimenta em todas as minhas garrafas de Coca-Cola e eu fiquei com a sensação de língua queimada por quase dois dias.

Então eu decidi esconder a sua guitarra, mas não foi uma boa ideia, desde que ela pegou uma frigideira e começou a me ameaçar com ela, até eu contar aonde eu tinha escondido e até o Ed e o Tristan conseguiram fazê-la parar de me acertar com a panela.

Na outra semana eu saí com aquela gata da confeitaria cujo nome era Cindy, foi bem legal, mas é claro que nada longo. Eu me canso fácil.

Quando cheguei em casa, Ed estava rocando numa poltrona, Tristan estava na cozinha lavando a louça (ele me lembrava às vezes uma boa mãe dona-de-casa), e Everlyn estava cochilando, enrolada numa cobertinha do Mickey no sofá.

Aproximei-me dela para decidir qual pegadinha eu ia fazer com ela, mas eu perdi a vontade quando eu reparei no seu rosto, ela estava muito tranquila como se ela fosse um anjo que não atacasse as outras pessoas com panelas e guarda-chuvas. Ela tinha um meio-sorriso como se estivesse amando dormir (quem não??) e ela me lembrava um bolinho de quão enrolada na manta e encolhida ela estava.

— Boa noite, Little Rainbow — sussurrei enquanto subia as escadas.

Quando cheguei no meu quarto decidi tocar violino. Desde que eu tinha chegado aqui, eu não tinha tocado. Comecei a tocar Shadows de Lindsey Stirling (URL da música nas notas finais), mas é claro sem a parte de dançar e da música eletrônica.

Eu fiquei tocando por um pouco mais de tempo, até eu cansar e decidir parar porque provavelmente eu iria acabar acordando as pessoas dessa casa.

Pera, eu estava me importando?

Não, não, não. Não podia ser. Eu não me importo com os outros. Devia ser só uma vontade altruísta depois de tanta bebida no bar com Cindy.

Devia, mas não era.


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Notas finais do capítulo

Aqui o link da música : http://www.youtube.com/watch?v=JGCsyshUU-A
Ah e pra quem não sabe, Divergente é um livro fantástico, mas que eu realmente fiquei meio entediada no segundo pelo fato da principal, Tris, querer o tempo todo se sacrificar/morrer.
Espero que tenham gostado,
Byebye



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