Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 23
Capítulo 20 - Em briga de irmão e irmã não se mete o...Sutiã...


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo. Nesse só a Ever vai narrar. Quero agradecer a linda da "Camile" por ter favoritado a história *--*. Assim que eu chegar de viagem prometo postar o novo capítulo,
I hope you enjoy,
Kissus



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Everlyn Clockwork

Aquilo definitivamente não era uma casa. Era uma mansão. Era um negócio todo moderno, gigante e que refletia elegância. Cheio de vidros, com um jardim perfeito e muito bem cuidado, na garagem tinha simplesmente uma Corvette vinho e um... Impala 67, Oh Meu Deus aquilo era um Impala 67. Acho que eu gritei isso, porque Will arqueou a sobrancelha para mim com um sorriso irônico e Sean começou a dar risada.

— Vejo que você assiste Supernatural — ele fala.

Assenti e paramos em frente a casa. Vi pelo canto do olho, Will engolindo seco. Era até que interessante ver o Will que é todo eu-sou-gostoso-e-badass ficar nervoso.

Sean entrou primeiro, pensei que era uma boa hora de ser útil para Will então segurei sua mão e dei um sorriso de apoio. Ele olhou para mim e percebi que ficou mais calmo, devolveu o sorriso. Entramos na casa. Que realmente exalava alta classe e dinheiro. Acredito que o Seu Sirigueijo iria adorar essa casa.

Estávamos parados no que eu acreditava que era o hall da casa. Olhei para os lados, de um lado tinha uma sala de estar com uma TV 3D e sofás de couro com mais alguns apetrechos, do outro eu vi que tinha uma reluzente cozinha. Eu achei a casa bem bonita, um tanto quanto monótona porque as cores predominantes eram preto e branco. Ela era uma casa, como Will disse, meio fria.

Ouvi passos vindos de uma escada, e levantei o olhar. Uma menina, provavelmente Lydia, estava descendo as escadas. Ela tinha olhos da mesma cor que Will e era loira. Seu cabelo era cacheado, assim como do Will.

— Sean — ela disse com uma voz doce — achei que você nunca iria voltar...

Ela congelou quando viu eu e Will, mais precisamente Will.

— William? — ela sussurrou com os olhos espantados.

Will estava muito sem graça. Se fosse uma ocasião normal eu teria rido, mas achei que era meio ruim eu rir naquele momento. Soltei sua mão para deixar subentendido para ele ir lá, falar com ela.

— O-Oi Lydia... Quanto tempo...

Lydia saiu correndo e pulou em seus braços, abraçando-o. Depois ela começou a estapeá-lo.

— VOCÊ TEM ALGUMA IDEIA DO QUANTO EU E MAMÃE FICAMOS PREOCUPADAS? VOCÊ AO MENOS FALOU COM O SEU PAI? ONDE VOCÊ SE METEU? QUALQUER DIA VOCÊ VAI NOS MATAR DE SUSTO...

Will me olhou como se estivesse pedindo pra ser ajudado. Ele queria QUE EU FIZESSE O QUE? É como dizem né? Em briga de irmão e irmã não se mete... O sutiã.

Tudo bem, eu tinha acabado de inventar aquilo...

— Tá legal, Lydia, você vai continuar com seu inútil monólogo ou vai deixar eu explicar a situação? Ah, mas chame a mãe para que eu não precise repetir tudo...

Falando na criatura...

Uma mulher saiu (sei lá de qual dos trezentos cômodos) e congelou. Acho que congelamento estava na lista de afazeres do dia. Ela tinha o cabelo de Lydia e os olhos de Sean. Ela parecia uma modelo, era muito bonita e tinha uma maneira elegante de andar... E de congelar...

— Olá, mãe...

E ela correu pros braços dele. É o que dizem: Tal mãe, tal filha, mas ao invés de estapeá-lo, ela começou a chacoalhá-lo. Era engraçado de ver. Ela fez um interrogatório/monólogo parecido com o de Lydia e Will respondeu a mesma coisa.

— Então vamos nos sentar... — ela disse — eu preciso falar com você também, William.

Foi então que ela percebeu a minha presença. Sério, eu devo ser um ninja, fiquei muito tempo sem ser percebida.

— E você seria...

— Minha namorada, Little Rainbow.

As duas se espantaram. Lancei um olhar pro Will do tipo: “que tal me apresentar direito? Tipo com O MEU NOME DE VERDADE?”.

— Sou Everlyn Clockwork e estou morando com o Will desde que ele saiu daqui...

Os olhares das duas ficaram alternando de mim para Will. Até que Lydia comentou.

— Tome cuidado para ela te conhecer de verdade, William.

William fuzilou ela com o olhar, e um pouco tempo depois, estávamos tomando café no quintal dos fundos que tinha uma vista para uma piscina. Sentamos envolta de uma mesa de vidro.

— Então... — disse Sean — acho melhor você começar, William.

Will voltou seu olhar para as duas mulheres.

— Eu achei que não tinha que explicar nada. É tão simples quanto uma soma. Eu nunca me senti em casa aqui e vocês nunca deram a entender que me queriam aqui, então eu fui embora quando tive a oportunidade. Simples assim.

Acho que tem outra pessoa aqui que precisa parar de ser tão sincera. Olhei para as duas. Seus olhares estavam repletos de dor e de tristeza. Lydia se pronunciou primeiro.

— Mas mesmo assim, Will, você sabe o quanto ficamos preocupadas? Mas bem, você fez o que achava que era certo, não queremos que faça isso novamente. E também, eu NUNCA disse em momento algum que queria você longe. Você é meu irmão, Will. Podemos brigar, mas como pôde pensar que eu não te queria?

Will ficou em silêncio. A mãe deles continuou.

— Foi minha culpa. Eu percebi, logo depois da ida de Sean que eu não era o que as pessoas chamam de “mãe presente” — ela suspirou — eu sempre achei Will que você gostava de passar maior parte do seu tempo com o seu pai, por isso eu mantive distância para não fazer você ficar confuso ou chateado.

— Então — disse Will — não tem nada a ver com o fato de eu ser quase igual a ele? Ou o fato da sua família ficar colocando defeitos em mim?!

— Ela é sua família também... E sim, preciso admitir que no começo da separação eu não sabia o que fazer direito por sempre acabar me lembrando dele quando olhava para você. Eu não queria que você pensasse que eu te odiava... Então eu...

— Se afastou mais ainda — completou Sean.

— E também, bem eu não podia simplesmente ignorar os comentários dos nossos parentes, mas não significa que eu os segui. Se eu tivesse feito isso, acredito que você estaria num intercâmbio de negócios na França agora...

— Então, você me fez vir aqui para...

— Pedir desculpas e poder recomeçar... Se você quiser é claro...

— E por que eu não iria querer? — perguntou Will com carinho.

A mãe dele desatou de chorar e o abraçou. Lydia também o abraçou e eu e Sean ficamos sorrindo, de boa na nossa.

Depois de um tempo, o assunto foi focado em mim. Merda... E eu contei sobre a vinha pra Londres, sobre minha antiga vida (salvo detalhes) e sobre a nossa casa. Ficou que um dia elas iriam nos visitar.

Ficamos quase que a noite toda lá. Depois Sean nos ofereceu carona de volta, e eu só aceitava se fosse no Impala. Will rolou os olhos e segurou minha mão. Fiquei feliz por ele, ele pareceu ter sofrido muito, então um recomeço sempre era bem-vindo.

Decidimos comer, já que Sean nos tinha raptado antes do jantar. Ficamos conversando. Fomos jantar numa pizzaria. Porque pizza é vida.

— Então você me contou apenas a sua história de família, mas e o resto? Ah, tirando as bolachas e o fato de você nunca ter namorado sério.

— Bolachas?

— É, seus “passatempos”.

Will riu e começou a me contar. Aparentemente ele ganhou uma competição júnior de violino em Viena quando tinha doze anos, gostava de cavalgar, tinha uma casa em Paris, um apartamento no Caribe, outro na Irlanda, e que ele não era Londrino. Ele era do País de Gales, se mudou para Londres quando tinha três anos.

Enquanto estávamos comendo, percebi que tinha alguém vindo em nossa direção. Parei de comer e vi que parou em nossa mesa uma menina alta, loira, de olhos verdes e corpo muito esbelto.

— Olá, Will, sentiu minha falta?

Will olhou pra cima.

— Nicole??


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Notas finais do capítulo

Ele ficou meio curtinho, mas eu achei legal. Afinal, era só pra "afirmar" todo esse lance da vida do Will. Agora, quem será Nicole?? Tamtamtamtammmm. Ok, parei, até o próximo capítulo,
Byebye



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