Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 22
Capítulo 19 - A história do Sir Batatinhas


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, primeiramente eu quero agraceder a "mich" por ter favoritado essa história *--* e a todos(as) que estão acompanhando. O próximo capítulo que acho que vou começar a fazer hoje, vou amanhã programar para algum dia da semana que vem, ahh outra coisa, pra quem não sabe só como uma curiosidade mesmo eu esqueci de escrever nas notas do capítulo anterior que aquele jogo "Dirty 2" é um jogo de corrida MUITO legal, hahahaha, bem então é isso aí,
I hope you enjoy,
Kissus



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Everlyn Clockwork

IRMÃO?? I-R-M-Ã-O? Agora para parar pra pensar, eu não sei NADA sobre a vida do Will. Eu só sei que ele é rico, mas isso é por causa das suas coisas e pelo fato dele não precisar trabalhar. Fiquei lá, parada, esperando alguém pronunciar algo.

Até que Tristan e Liz ficaram curiosos para saber o que estava acontecendo e pausaram o jogo, vindo em nossa direção, seguidos por Ed. Finn estava muito empolgado olhando os jogos que não notou nada.

— Podemos ajudar? — perguntou o sempre-polido-e-simpático-Tristan.

O irmão-que-se-me-lembro-se-chama-Sean deu um sorriso, e que sorriso ein. Tá legal, foco Ever.

— Eu vim para falar com meu irmão, William.

Os três ficaram tão chocados quanto eu. Bem, pelo menos eu não era a única estátua idiota.

— Meu Deus... — sibilou Ed.

— Vish — murmurou Liz.

— Então, queria me desculpar, acredito que seu assunto seja apenas com Will. Everlyn deixe-os a sós.

— Mas por quê? Tá na cara que Will não está à vontade.

Tudo bem, eu preciso parar de ser tão sincera. Às vezes posso me passar por idiota. Mas é só às vezes, tá bom?

Will ainda era uma estátua. Não consegui enxergar nenhum sentimento através dos seus olhos. Ele era como um livro indecifrável. Até que eu me virei e vi que Sean estava me encarando com um sorriso divertido no rosto. Mas não era um sorriso malicioso do tipo “eu sou o vilão, e você é a mocinha sincera de quem farei virar a vítima”. Era um sorriso do tipo “você foi sincera e achei isso interessante/divertido”.

— Sua namorada, William?

— O que faz aqui, Sean?

Ah, qual é? Você poderia ter respondido a droga da pergunta, né, Will?

Sean que antes estava com um sorriso, estava sério e percebi um fio de preocupação em seus olhos negros.

— É a mãe... Você precisa...

— Eu não preciso nada, eu saí daquela casa. Não quero mais ver ninguém. Você sabe muito disso Sean.

— Will, você também não precisa... — comecei ao ver a cara de tristeza de Sean.

— CALA A BOCA, Ever, isso não te diz respeito! — ele gritou ficando vermelho de fúria.

Não me diz respeito?! Não me diz... Ah, William, você se esquece com quem você está falando...

— NÃO ME DIZ RESPEITO? EU POSSO LHE DIZER O QUE NÃO ME DIZ RESPEITO QUE COM CERTEZA NÃO É CERTAMENTE ASSUNTOS SEUS, WILLIAM!

Sean e Will ficaram calados e perplexos. Os outros já tinham voltado ao que quer que estavam fazendo antes.

— Little Rainbow... — disse Will, com uma cara de cachorrinho — é que...

— Eu estou num ótimo humor para histórias. Das quais você pode muito bem me contar no carro, a caminho da sua casa.

Sean ficou radiante e Will horrorizado.

— Ever... Você não vai...

— ESTAMOS SAINDO.

Minutos se passaram dentro do carro, e estava um silêncio. Sean dirigia e Will olhava para fora, como se pudesse se teletransportar para beemmmm longe dali. Ele estava bravo comigo, eu podia sentir, e talvez a mãe dele fez algo de horrível, mas Sean parecia ter penado para achar Will e talvez essa seja uma chance de tudo ser consertado.

— Will.

Silêncio.

— William.

Silêncio.

— WILLIAM KENWITCH!

Ele se virou no banco para me olhar. Ele parecia uma criança que acabara de receber um não. Todo emburradinho. Suspirei.

— Will — disse numa voz suave — por que você não me conta a história?

Ele pareceu pensar para depois de um suspiro, dar início a história.

William Kenwitch

Somos em três irmãos, eu, Sean e minha irmã, Lydia. Éramos felizes, mas eu sempre me sentia deslocado, como se aquele não fosse meu lugar desde a morte de meu avô. Minha família sempre ligou demais para negócios e dinheiro, menos meus avós, minha avó morreu um pouco tempo depois do meu avô. Meus pais eram maravilhosos, mas eram bem distantes, ocupados com trabalho ou com qualquer outra coisa que possivelmente consideravam mais importante que a família.

Quando fiz treze anos, minha mãe descobriu que meu pai a traía com outra e se divorciou, mas o problema é que meu pai, mexendo os pauzinhos, conseguiu ficar com a nossa guarda. Mas ele não fez isso porque ele queria estar perto de nós, ele fez isso para se vingar da ex-mulher. Para mostrar que ao perdê-lo, ela também nos perdia parcialmente.

Eu só conseguia vê-la de final de semana. E aquilo estava me chateando muito. Em contrapartida eu brigava muito com a minha irmã que era dois anos mais nova, e sempre Sean que é três anos mais velho, tinha que nos parar.

Chegou um tempo que meu pai quis se mudar para o Canadá. Eu, é claro, não quis ir. Fiquei chocado por Lydia não querer, afinal ela sempre afirmava que gostava de viajar. Sean também rejeitou a ideia e acabamos ficando com a nossa mãe.

Nunca tive um amigo, as poucas pessoas que se aproximavam de mim era por causa de meus pais ou por causa do meu dinheiro. Eu estava farto de pessoas, eram vazias e fúteis, por isso comecei a tratá-las apenas como passatempos.

E minha mãe continuou sempre daquele jeito, fria e distante. Eu considerava que eu não tinha pais, pois não fazia diferença alguma, sempre que minha mãe me prometia alguma coisa, ela nunca cumpria. Sempre tinha uma desculpa. Sean sempre a defendia, mas pude ver que, com o tempo, ele deixou de defendê-la e passou a apenas a me acalmar.

Lydia não, Lydia SEMPRE ficou ao lado de nossa mãe, não importasse o quão errada ela estivesse. Eu sabia que muitas vezes eu chateava nossa mãe, porque dos três, eu era o que mais se parecia com Ele. Não totalmente de jeito, eu tinha um pouco de jeito dela também, eu era meio frio, gostava de música e sempre gostei de independência, porém eu possuía a teimosia do meu pai e sua fisionomia com os cabelos pretos e olhos azuis.

Mesmo ela nunca admitindo, eu sempre percebia que ela tinha “um pé atrás” comigo por causa de meu pai. Já ele, nos ligava de vez em quando, sempre falando de marcarmos para viajarmos juntos, mas é claro algo sempre se punha no caminho, até que eu desisti de tentar marcar de vê-lo.

Quando me vi fora da escola, sabia que era o momento perfeito para eu ir embora daquela casa. Sean já morava fora, só ia em casa no final de semana, pois fazia faculdade em Oxford.

Eu, sem dizer, nada, saí e fui para os dormitórios da faculdade. Eram caros, mas não eram impossíveis de se pagar. O problema é que eu usava quase toda minha mesada (as duas, do meu pai e da minha mãe) para pagá-lo.

Eu sabia que iria querer seguir algo relacionado às artes, por isso prestei logo a melhor que por sinal era pública. Ninguém me falou nada sobre a faculdade, apenas Sean que me desejou boa sorte.

Não estava a fim de ir no primeiro dia, mas não estava a fim de ficar trancado no dormitório. Eu me sentia infeliz, infeliz por meus pais não darem a mínima, infeliz por não ter nenhum amigo de verdade e infeliz por ninguém ser capaz de me compreender.

Afinal, sempre que tínhamos festas de natal e essas coisas, a irmã mais velha da minha mãe, minha tia, Rose, sempre afirmava que eu era “fora dos padrões” da família. Por ter uma língua afiada, por ter gostos diferentes, por não querer seguir com os negócios da família, por não gostar das mesmas coisas que eles gostavam.

Foi então que no primeiro dia de aula, um menino loiro que percebi na hora que não era inglês começou a conversar comigo. A me contar suas histórias, a me contar sobre seus amigos e percebi o quanto eu era parecido com eles.

Então alguns dias depois, esse mesmo garoto se mostra capaz de confiar em mim (que ninguém confiou direito) para morar com ele e seus melhores amigos. E quando eu chego na casa, me sinto realmente em casa. Era exatamente o estilo que fazia parte de meu gosto. Não era moderna, toda tecnológica e fria. Era aconchegante, antiga e sofisticada.

Toco a campainha, mas ninguém atende, mas a porta estava aberta entrei e então ouço um murmuro cantando “Salvation” do Skillet, uma das minhas bandas preferidas. Subo as escadas, para conhecer a pessoa que canta e vejo uma menina linda só de toalha. Ela me encara e eu encaro ela. Só consigo ser o bom e velho irônico William para “quebrar o gelo” percebendo o quanto estávamos estáticos.

E ela faz algo que nunca pensei que ocorreria. Me ataca com um guarda-chuva, me acusa de ser um bandido e ainda me chuta para fora do quarto quando sua toalha cai de seu corpo.

E no meio de todas essas loucuras fiz algo que não fazia muito tempo, eu me diverti.

Everlyn Clockwork

Eu ouvia atentamente a história de William. Sean não parou nenhuma vez e vi em seu olhar que estava triste, mas nunca fez algum comentário.

Will realmente poderia ter deixado de lado quando ele me conheceu porque daquele acontecimento eu estava bem a par de tudo. Mas ignorei e deixei ele falar até se cansar. Mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele vira para Sean.

— E então, o que aquela mulher quer comigo?

— William, ela é sua mãe — falou Sean.

— Bem, uma mãe se preocuparia Sean. Ela não fez nada que parecesse uma mãe. Então diga-me, o que ela quer comigo agora?

— Ela quer vê-lo. Ela disse que sente sua falta, Lydia também. E acho que elas merecem uma explicação do porquê você ter deixado todo mundo.

— Achei que era bem óbvio — teimou Will.

— Para elas não.

— Então se elas querem TANTO assim uma explicação, por que não ligaram? Por que não foram atrás de mim?

— Porque nem tudo gira ao seu redor, Will, e porque elas são orgulhosas...

— Ah — comentei baixinho — então é de família...

Sean começou a dar risada e Will corou. Não sei se foi de vergonha ou de raiva.

— Uma conversa, William, é tudo o que te peço.

Will estava em conflito. Então “entrei” no vão dos dois bancos da frente e puxei a gola de William. Dando um selinho, fiz uma coisa que duvido que uma namorada normal faria.

— Não seja mulherzinha — murmurei desafiante e sorri ironicamente.

Voltei para meu lugar, mas pude perceber que ele estava sorrindo torto.

— Próxima parada, casa dos Kenwitch — disse Sean.


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Notas finais do capítulo

Pessoas lindas eu acho que eu vou programar para segunda-feira o capítulo. Ok? Bem, eu sei que a história do Will não é TÃO triste que nem geralmente é nas outras fics, mas pra mim uma das piores coisas é isso que acontece com o Will, se sentir excluído, com uma família que quase não da a mínima etc.. ENFIM, é isso, no próximo capítulo vai mostrar eles na casa do Will com a mãe e a irmã. Até lá,
Byebye



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