Evermore escrita por ApplePie


Capítulo 15
Capítulo 13 - Brincando de agentes 007


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, aqui está outro capítulo. Saibam que eu ando postando tanto porque minha escola está de greve e eu estou entrando em desespero. Porque isso NÃO É BOM, afinal provavelmente terei reposição de sábado e os professores vão judiar da minha pessoa. Enfim, nesse capítulo a Ever fala "Rá" como o deus egípcio do sol e blábláblá e não como uma onomatopeia, ok? Zeus e Hera acredito que vocês já saibam quem são. Leiam as notas finais, por favor,
I hope you enjoy,
Kissus



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Everlyn Clockwork

Fui conversar com Lu para tentar decidir o que iríamos fazer. Ele disse que tinha o contato do dono do terreno, mas este recusou a ver Luan. Eu decidi tentar então.

Após uma longa e civilizada conversa, o homem não cedeu a oferta então eu mandei ele se fuder e disse para tomar cuidado em lugares públicos.

Decidi apelar pro plano B: ser uma James Bond... Ou agente 007 sei lá, tanto faz. Eis o meu magnífico e sem falhas (hello, ironia): eu iria seguir o cara do terreno, afinal eu até a essa hora eu tinha já conseguido até descobrir aonde ele vai nos domingos (e não é uma igreja).

É claro que eu deixei à parte dos meninos o que eu realmente iria fazer porque senão eles iriam surtar, até mesmo Ed (e olha que é difícil). Quando eu estava dobrando a esquina para chegar numa loja de fantasias (eu precisava de um disfarce) umas mãos conhecidas me puxaram.

Era William. E ele queria ir comigo.

POR QUE SENHOR? POR QUE TU FAZES ISSO COM A MINHA PESSOA? ZEUS DEVE ME ODIAR, ACHO QUE HERA QUER ME VER SOFRER. RÁ DEVE ESTAR SE VINGANDO DE TODAS AQUELAS VEZES QUE XINGUEI O DIA COM TANTO SOL.

Decidi aguentar a criatura (senão ele iria contar pros meninos tudo) e entrei na loja.

— Little Rainbow?

— Hm?

— Se nós nunca vimos esse cara, por que precisamos de disfarces?

— Se vamos fazer isso, precisamos entrar no clima de espionagem. E espionagem não se faz sem um disfarce.

— Aé, porque um disfarce de bruxa de Halloween vai mesmo passar despercebido.

Atirei-lhe um olhar, e adentrei no provador. Coloquei um casaco “like a Sherlock Holmes”, e prendi meu cabelo. Quando saí do provador, Will usava uma boina e um suspensório. Parecíamos ter vindo de Paris, porém de uma época um pouco mais passada.

— Sério que você vai me fazer usar isso?

— Você que quis vir — retruquei.

Passamos o dia inteiro perseguindo o Sr. Terreno, mas não encontrei nada que eu pudesse usar contra ele para eu conseguir um preço menor. Ah, e se você se perguntou aonde ele vai aos domingos, aqui está a resposta: ele vai para uma praça ficar lendo jornal. Sério, esse cara é muito CHATO. A vida dele é muito monótona. Não me admira ele querer ferrar com a vida dos outros.

Liguei para Luan, falando que não tinha conseguido nada. Ele disse que tinha entrado em contato com a empresa que queria o Sunlight e tentou convencê-la de que o lugar não era tão favorável assim. Não deu certo.

Depois que tirei meu disfarce, eu andei sem rumo com o idiota do William até um parquinho de criancinhas abandonado. Fiquei sentada no balanço, girando e girando, rezando para que algo acontecesse.

William Kenwitch

Ver Little Rainbow tão chateada estava acabando comigo. Foi então que eu tive uma ideia. Por que precisava ser especificamente aquele terreno e não outro? Tawaret não falou que fazia questão de ficar naquele lugar, ela só queria o Sunlight.

— Little Rainbow?

— O que?

— Eu tive uma ideia.

— Minha Nossa. Vai chover sorvete de chiclete.

— Sorvete de chiclete? — perguntei, incrédulo.

— Sim, é muito bom por sinal.

— Enfim, Tawaret faz muita questão daquele terreno? Ou poderia ser num outro lugar?

Ela virou-se com tanta força que achei que o balanço ia quebrar. Ela arregalou os olhos como se tivesse entendido aonde eu queria chegar. Ela sacou o telefone e em menos de cinco minutos, eu e ela estávamos procurando edifícios que poderiam ser o orfanato, Ed estava acessando a internet, Luan estava correndo até Tawaret para falar sobre o assunto e Tristan estava conversando com conhecidos.

Ficamos procurando por umas duas horas até que Ever recebeu uma ligação. Eu e ela corremos para encontrar com uma idosa, que estava vendendo um edifício que antes era uma escolinha, mas estava abandonada. O local era bem barato e eu entendia a razão. Ele estava DETONADO. As cercas estavam cheias de fungos, as pinturas das paredes estavam horríveis, o chão imundo e tinham fios elétricos soltos.

Ever ligou para Tawaret e alguns minutos depois todos estavam vendo o local. Tawaret decidiu comprar, afinal era barato e nada que não pudéssemos dar um jeito.

No dia seguinte, todos nós acordamos cedo para arrumarmos o local. Ever saiu com Tawaret para comprar tintas e alguns móveis novos, Ed ficou retirando as cercas mofadas, Tristan ficou limpando a casa, Luan ficou arrumando os fios e eu fiquei cortando a grama.

Quando Tawaret chegou, Ed saiu para buscar madeiras para a nova cerca e para fazer brinquedos lembrando um parquinho, Tawaret saiu novamente para comprar flores para por no jardim, Tristan ainda estava limpando a casa (sério, e ele ainda pergunta porque nós achamos ele uma verdadeira dona-de-casa) e Luan começou a instalar as lâmpadas novas. Eu e Little Rainbow ficamos com a função de pintar tudo.

Ela estava com o cabelo preso num coque, e tinha tinta em sua bochecha, mas não parecia se importar. Estava profundamente focada em passar o rolo na parede.

Então eu decidi fazer arte. Literalmente e ao mesmo tempo não. Peguei um pote de outra cor e com o pincel taquei em sua cara. Ela começou a cuspir e a me xingar.

— O que diabos, William?

— Ah, desculpe querida, não reparei que você estava aí, você é tão pequena que achei que fosse um pote de tinta colorido, ninguém mandou você ter roubado a bandeira gay e colocado em seu cabelo...

Plaft! Ela jogou tinta verde no meu peito. Eu peguei a tinta azul e joguei na sua barriga. Ela pegou o pote branco e tacou no meu cabelo. E assim começou uma guerra de tintas, e começamos a acertar as paredes também.

Quando terminamos (porque a tinta tinha acabado) olhamos para as paredes. Tinham ficado bem legais, como se fosse uma arte abstrata, aquela que você taca tinta do pincel como uma forma de expressão. As paredes coloridas não ficaram chamativas por serem cores muito claras, como verde erva-doce e azul bebê.

Ao chegar, Tawaret começou a nos dar bronca, mas nem ouvimos direito, e eu não me importava, não enquanto eu podia ver Little Rainbow sorrir.

Quando eu estava sozinho, Tawaret começou a me perguntar se deixava Sunlight apenas, ou se deveria adicionar algo. Eu pensei um pouco. Quando um nome me ocorreu, eu contei para ela e sorri.

Everlyn Clockwork

Tive que tomar banho umas seis vezes pra tinta sair (e olha que ainda tinha um pouco). Estávamos arrumando tudo para sair no hotel. Tawaret começou a fazer um discurso sobre como não devemos deixar de ligar para ela, e que devemos visitá-la nas férias. E eu aproveitei o discurso para brigar com Luan falando que tinha que ligar pelo menos uma vez por mês para nós. Ele concordou (sob pressão).

Eu estava no saguão, quando vejo William chegando meio tímido (Will tímido? Eu tinha bebido?). E entregar uma carta para mim.

— Bem, assim como Mr. Darcy conseguiu perdão através de uma carta, eu espero ansiosamente pelo seu.

— Bem, talvez eu não tenha lido “Orgulho e Preconceito” para saber disso.

Ele apenas sorriu, estava tão na cara que eu tinha lido esse livro?

E ele saiu. Pera, ele tecnicamente estava pedindo desculpas. Será que ele percebeu que aquilo que ele fez comigo foi horrível? Abri a carta.

Talvez você venha me odiar por toda a eternidade pelas palavras que acabei usando, mas quero que saiba que não achei que teriam tanto impacto sobre você. Naquele momento, vendo a sua expressão achei que iria te perder, então pensei que era mais inteligente te fazer me odiar de volta do que enfrentar sua apatia. Foi algo egoísta e cruel, mas espero que me perdoe. Eu lhe peço para me dar mais uma chance. Nunca pensei que teria que voltar atrás com minhas palavras, mas você me fez fazer isso e saiba que eu lhe admiro por isso. Se você continuar ao meu lado prometo que não irá se arrepender.

Com esperanças afinal, William Kenwitch.

Congelei no meu lugar. Depois que estávamos no aeroporto, não falei nada e Will não se dirigiu a mim, acho que ele estava esperando que eu me manifestasse. Quando finalmente chegamos em casa, e eu o vi sozinho na sala, eu toquei no assunto.

— Muito bonita a sua carta — disse segurando o papel — e saiba que eu não fiquei tão chateada por você, não se vanglorie-se, Will.

Ele deu um sorriso torto.

— Eu sei — ele disse. Aquilo também me pegou desprevenida.

Eu geralmente não confio nas pessoas uma segunda vez. Posso perdoar, mas a cicatriz ainda fica lá, me lembrando a ser cautelosa, mas ninguém nunca me pediu desculpas dessa maneira, e também foi o que eu disse, não foi tudo por Will.

Bufei, sinalizando que eu tinha desistido.

— Tudo bem, Will. Eu te darei uma nova chance. Faça bom proveito dela, porque para mim confiança é como vidro.

Ele fez uma continência.

— Sim, senhora. Então... Já que está tudo bem, eu devo lhe avisar que nós vamos sair amanhã.

Eu olhei incrédula para ele, esse com certeza era o Will, num momento todo fofo e carente, no outro todo cheio de si.

— Sair??

— Sim. Eu preciso ir a muitos lugares amanhã, e é chato sozinho. E como os rapazes estão ocupados amanhã, você virá comigo.

Eu estava muito cansada pra protestar, até porque eu sabia que seria muito difícil, Will era tão teimoso quanto eu. Falei que tudo bem e fui dormir. Antes de me deitar, um barulho no meu celular me chamou a atenção, era uma foto de Tawaret que tinha o orfanato, todas as crianças com ela e uma placa que ela mandou fazer que tinha acabado de ficar pronta do nome do orfanato. A placa me chamou a atenção. Dizia “Sunlight’s Rainbow”. Não pude evitar de abrir um sorriso enorme ao pensar em quem deu o nome.


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Notas finais do capítulo

Eeee acabou (oh, really?). Gente, eu nem sei se existe "Sunlight's Rainbow", pra mim ficaria algo do tipo "Arco-íris de luz solar, ou de raios de sol, tanto faz"é meio estranho, mas da pra perceber que não é o sentido que importa, até mesmo porque existem bandas com nomes mais esquisitos que esse, kkkk, ah, e vocês se perguntam "mas tecnicamente a carta de Will não foi uma confissão?", olha depois de escrever eu também achei isso, mas ainda precisa mostrar a vida dele, o porquê dele ser assim, e a Ever-lerdona precisa cair na real que todos (inclusive ela) amam o Will e o Will precisa aceitar os seus próprios sentimentos, porque ele sabe que gosta dela, mas não sabe como agir em relação a isso. Enfim, então ainda vai demorar um pouquinho. Nos próximos capítulos a Ever vai narrar bastante (ou mesmo que seja pouco, ela vai ter participação) porque....Sim, porque precisa, kkkkk. Então é isso, até a próxima,
Byebye



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