Power And Love escrita por Tuany Nascimento


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, tive pequenos problemas!



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(BPOV)


Fui caminhando com Mary e George até o refeitório. Não entendo essa ansiedade por vê-lo. É como uma dependência. Durante todo o caminho, George estava emburrado, pelo que percebi, foi pelo fato dos meninos estarem babando por Mary e por mim. Entramos e percorri o ambiente com os olhos rapidamente. Ele estava lá, parado, ao lado de seus irmãos e de Sam e Ann, me olhando por sob seus cílios incrivelmente longos e curvados, com seus olhos de ouro líquido penetrantes. Fiquei por um segundo totalmente submersa naquele mar dourado. Ele deu um meio sorriso para mim e eu correspondi, como sempre. Despertei de meu transe com Mary e George.


- George, se controle! – Mary o advertiu.


- O que houve? – perguntei, reparando que meu irmão soltava um silvo baixíssimo.


- Mary. Você. Meninos. – ele disse pausadamente, entre dentes.


Olhei para Mary e desatamos a rir. Nossos irmãos sempre muito ciumentos. Peguei uma lata de Coca-Cola e um pedaço de pizza.Aparências. A comida humana é repulsiva para mim. Virei e fui em direção às duas mesas, postas lado a lado, ocupadas por meus irmãos mais velhos e pelos Cullen. Mary passou na minha frente e se sentou ao lado de Ann, George foi bufando e se sentou ao lado de Jasper, e o único lugar que me restava era ao lado dele. Caminhei e sentei. Todos estavam absortos em pequenas conversas. Carros, moda, poder, guerras... Eram esses os assuntos. Olhei ao redor, e percebi que muitos nos encaravam, alguns com repulsa, inveja outros com admiração e afeto. Na nossa mesa, apenas eu e Edward não conversávamos. Ele olhava para os irmãos, como se tivesse prestando atenção na conversa, mas percebia seu olhar meio perdido, às vezes me lançando olhares furtivos. Eu olhava para mesa ou para os humanos presentes.


Eu, assim como George e Edward, posso ler mentes. Algo absorvido, claro. A mente humana é algo que me fascina. A maioria pensa em futilidades, coisas frívolas e supérfluas. Mas outros têm pensamentos, idéias e ideais muito interessantes e bons. Outros se fecham em suas mentes, achando que usar uma máscara, na maioria das vezes poderá ajudá-lo. Mas aí sua personalidade se perde. Transforma-se. Humanos, sempre querendo impressionar os outros.


Uma menina, porém, não tinha pensamentos promíscuos, ou interesseiros. Ela estava pensando o que fazer para seus irmãos gêmeos, para seu namorado, para seus amigos. Uma menina verdadeira, boa. Algo tão difícil de encontrar hoje nas mentes humanas. Seu nome é Ângela Weber. Com certeza, adorarei ser sua amiga.


Assim comecei a devanear sobre as transformações que a humanidade passou desde meus tempos de humana. Uma época simples, mas com certas dificuldades. Uma época saudosa. Desconectei-me das mentes ali presentes, não gosto desse tipo de intromissão. Apenas uso essa leitura quando quero entender a humanidade que me parece ser tão complexa e simples ao mesmo tempo.


- Bella? – ouvi a voz aveludada me chamando.


- Não se preocupe, quando é assim ela está devaneando. Bella é um pouco introspectiva com relação a seus pensamentos. – Ann disse para Edward.


- Você me conhece muito bem. – disse.


- Lendo as mente “complexas” humanas do refeitório? – Mary perguntou.


- Sim. Uma menina me surpreendeu. Seus pensamentos são puros, bons. Gostei dela.


- Quem é? – Edward perguntou.


- Ângela Weber.


- Sim, ela também me fascina com isso. Ela nunca tem pensamentos maldosos em relação à suas amigas, que, diga-se de passagem, são irritantes.


- Ai, os dois vão começar a filosofar! Bellinha, minha querida, preparada para o racha? – Emm disse.


- Preparadíssima. E você?


- Bellinha, Bellinha. Só duas palavras: Se Prepare!


- Aposta quanto? – o desafiei.


Ele colocou dois dedos no queixo, como se pensasse em algo muito importante. Então abriu o sorriso de menino travesso.


- Nossos carros. Se eu perder, você fica com o meu. Se eu ganhar, o que acontecerá, eu fico com o seu bebê. Aceita?


- Emmett, não poste alto com a Bella. – Sam disse.


- Não tenho medo. Pode vir quente, que eu tô fervendo, baby! – ele disse passando a mão no corpo, de forma sensual, mas engraçada.


Ouvimos um monte de meninas suspirando e Rose fechando a cara na hora. Ela lançou o seu olhar fulminante nelas e em Emm, que estava embaraçado.


- Calma Ursinha. Você sabe que essa gostosura toda é só sua! – ele disse, lhe dando um beijo na bochecha.


Começamos a rir com o comentário de Emm para a sua “Ursinha”. Eles se levantaram junto com Ann, Jasper e Sam e foram para os prédios onde teriam suas aulas. Mary e Alice foram caminhando para o prédio 3 e 4 respectivamente. Elas foram falando sobre o plano para mudar o meu visual. Mereço! George olhou bem para Edward e depois se levantou, me deu um beijo na testa e foi para a sua aula. Estava me levantando para a aula de Biologia quando Edward me puxa pelo pulso.


- Eu posso te acompanhar? – ele me perguntou, com um brilho diferente nos olhos.


- Claro. – eu disse sorrindo por ficar mais tempo com ele.


Ele me deu um sorriso torto, que me fez arfar. Virei o meu rosto, me sentindo envergonhada com a proximidade. Se eu fosse humana estaria absurdamente corada. Fomos caminhando juntos, co uma distância pequena entre nós. Ele abriu a porta para mim e eu sussurrei um “Obrigada” para ele. Entrei e vi todos nos olharem embasbacados. Sentei-me em meu lugar, perto da janela. Edward sentou ao meu lado, aproximando mais as nossas carteiras.


- Se me permiti te dizer, você está linda hoje.


- Obrigada. Você também.


Ele sorriu abertamente com o meu elogio. Mas de repente, ele ficou sério, com uma expressão de raiva no rosto. Vi seus lábios se curvarem por cima de seus dentes rapidamente, então ele olhou para a porta. Vi entrar o menino com carinha de bebê, o que George usou para vermos os Cullen. Ele me olhou e começou a tremer, e suar. Edward me olhou, já recomposto, mas com raiva ainda em seus olhos.


- Prepare-se.


- Por quê? – perguntei confusa.


- O nome daquele menino é Mike Newton e ele pretende aproveitar os dois minutos que temos antes do professor chegar para, digamos, flertar com você.


- Oh não. Me ajuda, por favor? – perguntei fazendo biquinho.


- Claro. – ele me disse.


- Obrigada.


Ele se aproximou mais de mim e segurou a minha mão por debaixo da mesa, senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Ele então começou a conversar comigo sobre um livro que teríamos que ler para Inglês. Mike começou a andar na nossa direção, com os olhos focados no chão. Parou na minha frente.


- Oi B- Be- Bella. – ele começou a gaguejar quando o olhei.


- Oi Mike. – respondi com um sorriso.


Ele arfou sonoramente, e suou mais ainda.


- Você quer sa-sa-sair comi-mi-comigo? – ele gaguejou mais.


- Desculpe Mike, mas Bella já tem compromissos. – Edward disse mostrando nossas mãos entrelaçadas.


- Oh, desculpe – me. Eu não sabia. – ele respondeu.


- Não há nada. Fica para uma próxima. – eu disse.


Ele acenou com a cabeça e virou em direção a sua mesa. Mas escutei ele sussurrar.


“– Tinha que ser o Cullen.”


Edward riu, mas não soltou a minha mão. Nem eu as separei. O povo da sala começou a cochichar sobre nós dois. Falando em namoro, beleza, dinheiro e essas coisas.


Olhei para a janela, sem olhar para um ponto específico, quando eu o vi. Seus olhos vermelhos me observando como se eu fosse uma presa. Soltei um baixíssimo rosnado e me levantei.


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Notas finais do capítulo

Comentários, please :*

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