Memórias - Interativa escrita por Cassiela Collins


Capítulo 5
Cativeiro


Notas iniciais do capítulo

Ainda preciso de fichas masculinas. Quem quiser mandar... podem mandar quantas fichas quiserem!



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Logo depois do discurso, um túnel sai da parede atrás de mim e se encaixa na lateral da redoma, que se abre para que eu passe. Sem outra opção visível, é exatamente isso o que eu faço.

Logo me vejo numa sala de metal quadrada. Deve ter cerca de 5 por 5 metros. Olho em volta com calma.

Há uma cama branca em um dos cantos da sala, bem ao lado de uma mesa de cabeceira de metal com um abajur em cima. Toda a luz do cômodo vem do abajur, que ilumina notavelmente bem.

Há um pequeno móvel, como um armário, com algumas gavetas, também de metal, no outro canto, ao lado do que parece ser uma pequena estante. Na estante vejo poucos livros de assuntos variados e algumas pilhas de papéis e canetas-tinteiro.

No meio da sala há uma mesa circular, de cerca de 1,5 por 1,5 metro. Não há nada em cima dela, e ela não me parece uma mesa comum.

Me aproximo dela e toco sua superfície. Imediatamente, ela se acende.

Uma voz feminina, na média perfeita entre o monótono e o melodioso, diz:

– Seja bem-vindo. Clique numa das opções para começar o treinamento.

Vários nomes de diferentes atividades aparecem na superfície da mesa, projetados alguns centímetros acima do móvel. Luta com armas. Luta um versus um. Técnicas de sobrevivência.

Não toco em nenhum. Penso no discurso que acabei de ouvir. Eu e os outros jovens fomos jogados aqui para disputarmos um contra o outro, e, apesar de não terem nos dito o que acontecerá com os perdedores, fica bem claro que viemos aqui para uma disputa que terminará em morte para quase todos nós.

E então descubro que a única regra é ‘é proibido matar os outros jogadores’, e que o meu ‘cativeiro’ acontecerá em um pequeno apartamento com tecnologia de ponta. Porque eles gastariam tanto tempo, dinheiro e recursos com jovens que colocarão para – mesmo que indiretamente – matarem uns aos outros?

Desisto de entendê-los. Ignoro a mesa e as projeções, e resolvo examinar ainda mais o meu novo quarto.

Há uma porta em duas das paredes – à minha direita e à minha esquerda – e, nas portas, há pequenos quadrados, pouco maiores do que a palma da minha mão, de uma superfície semelhante à da mesa de centro.

Me aproximo dela. Hesitante, toco-lhe a superfície, com a mão espalmada.

Vejo a porta se abrir lateralmente à tempo de ver a garota pink saltando com o susto, a menos de um metro de mim.


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