Memórias - Interativa escrita por Cassiela Collins


Capítulo 25
Os Cinco Sobreviventes


Notas iniciais do capítulo

Taí você, 'Kristen'.
Não falei que você ia ser importante? XD

~tensão na história~



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Por muito pouco consigo segurá-la com firmeza.

A corda continua a subir, e o helicóptero começa a se mover.

Sinto que meus ombros estão a ponto de arrebentar. A garota é a menor de nós, mas só é menor do que eu por pouco, e seu peso é quase demais.

Percebo que o garoto Esmeralda está atento, para o caso de precisar nos segurar, e o agradeço com um sutil gesto de cabeça; não tenho forças para fazer mais do que isso.

Já estamos a quase 70 metros de altura e muito longe da Arena quando a corda é completamente recolhida.

.

O alívio que sinto nas articulações dos ombros é algo difícil de descrever.

Respiro profundamente quando consigo apoio firme para meus pés e finalmente puxo a garota à bordo.

Há bancos de couro dentro do helicóptero. O lugar me lembra o interior dos transportes que levam os Tributos para a Arena nos Jogos Vorazes, mas sem todos os cintos e apoios; apenas as cadeiras confortáveis.

Desabo em uma delas, bem perto do lugar por onde entramos – que, por acaso, é um simples retângulo com o formato de uma porta grande na parede, mas sem porta, e nem parede. Um simples buraco vazio.

A garota pequena também desaba. Nós duas acabamos de sair de uma situação de vida ou morte juntas; se as histórias são reais – pelo menos nesse quesito – nós logo viremos a ser melhores amigas, o que me agrada.

– O-obrigada – a garota gagueja.

– Não há de quê – digo, numa voz que mais parece um suspiro. – Are you Ok?

Ela confirma com a cabeça.

– E você? Está bem?

A voz vem do meu lado esquerdo – do meu lado direito, está a ‘entrada’, de modo que, obviamente, a voz não poderia vir dali.

– Estou – respondo para o garoto Esmeralda.

Todos os Jogadores parecem ter conseguido alcançar a corda, e estamos todos sentados próximos uns aos outros.

– Hey, gente, meu nome é Isabel - cumprimento-os.

– Eu sou Kristen. Kristen Lawrence. – diz a garota Âmbar.

Seus olhos são verdes, meio puxados para o castanho. Os cabelos são longos e ondulados de um jeito desordenado, mas charmoso. São marrons e vivos, mas seu reflexo dá um aspecto avermelhado. É uma bela cor. A pele é clara e rosada, e tem uma fisionomia um pouco mais forte do que o resto de nós, garotas, mas a diferença é sutil.

– Hey you all, sou Maya Falker. – A Diamante se apresenta.

Seus olhos são negros, e refletem ainda mais brilho do que os meus, mas enquanto os meus me dão um ar ingênuo e infantil, os dela a tornam... não sei como descrever melhor...fofa – embora eu, mais do que ninguém, posso perceber bem como ela realmente é.

Seus cabelos também são longos, e ondulados de um jeito mais organizado e, de certa forma, bonito, do que os de Kristen. Os cabelos marrom-escuros são ainda mais escuros do que os da outra garota. Ela é apenas um pouco menor do que Kristen, mas parece bem mais delicada. Se houvesse uma fila por aparência delicada, ela estaria apenas um pouquinho na frente da garota pequena Água Marinha. Seus cabelos estão presos em um rabo de cavalo, que dá uma aparência mais próxima da realidade do que seus olhos e estatura sugerem.

– Eu sou Noah O’Connel – o garoto Esmeralda cumprimenta.

Diferente do resto de nós, ele tem uma estatura mais forte, mas ainda não demarcada daquele jeito feio que a maioria dos garotos sonha em ter. A pele é salmão e os cabelos são castanho-escuros e curtos, lisos. Os olhos são de uma mistura de castanho-claro e verde, mas mais puxados para o castanho.

– Eu sou Saly. – diz a garota Água Marinha.

Seus cabelos são cinzas de uma cor uniforme, e estão presos em uma trança de raiz que mal passa dos ombros. Os olhos são azuis, enormes e infantis, e ela parece ser a mais nova, mais baixa e mais frágil de todos nós.

Ela me lembra Tania, de certa forma, e a cor única de seu cabelo lhe cai igualmente bem.

Nesse momento, uma porta se abre na parede que nos separa dos motoristas do veículo. Uma moça se vira para nós.

– Estão todos bem? – ela pergunta.

Todos confirmamos com a cabeça, e ela volta para dentro.

Assim que não pode mais nos ouvir, não consigo conter um comentário:

– E é só agora que ela veio perguntar...


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