Memórias - Interativa escrita por Cassiela Collins


Capítulo 19
Kally, Jake ,d'Artagnan e Athos


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou escolhendo algumas personagens que serão importantes nos últimos capítulos da fic. Quem quiser mandar, eu provavelmente usarei um Rubi e um Turmalina - os outros já foram escolhidos.



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Estou lendo – desculpe, relendo – os Três Mosqueteiros. Deus sabe que horas são, e hoje participaremos da 10ª Prova.

Além do 5º capítulo – de longe, meu favorito; de alguma forma, as frases são tão bonitas naquele capítulo... e soam tão bem.... – gosto de reler meus outros trechos prediletos.

Página 547. ‘Pouco me importa que mate ou mande matar o duque de Buckingham! Não o conheço; além do mais, é um inglês. Mas não toque num fio de cabelo de d’Artagnan, que é um amigo leal que amo e defendo, ou, juro-lhe pela cabeça do meu pai, o crime que terá cometido será o último’.

Página 569. ‘– Silêncio para a ideia do Sr. Porthos! – disse Aramis.

– Peço uma licença ao sr. De Tréville, sob um pretexto qualquer que vocês arranjarão, não sou muito bom em pretextos. Milady não me conhece, me aproximo dela sem que ela desconfie e, quando estiver com a minha bela, estrangulo-a.

– Querem saber? – disse Athos. – Não me desagrada muito a ideia de Porthos.'

Página 575. '– Quanta incompetência... – desdenhou Athos. – Quantos matamos? Doze?

– Ou quinze.

– Quantos soterramos?

– Oito ou dez.

– E, em troca, nenhum arranhão? Ah, sim! O que tem na mão, d’Artagnan? Parece sangue.

– Não é nada – disse d’Artagnan.

– Uma bala perdida?

– Nem isso.

– O que é então?

Como dissemos, Athos amava a d’Artagnan como a um filho, e esse caráter sombrio e inflexível, az vezes, tinha para com o mosso desvelos de pai.'

Página 156. '– Mal, patrão, mal – respondeu uma voz que o rapaz reconheceu como a de Planchet. Enquanto monologava em voz alta, à maneira das pessoas muito preocupadas, enveredara por uma passagem que levava à escadinha de seu quarto.

– Como, mal? Que quer dizer, imbecil? – perguntou d’Artagnan. – O que aconteceu?

– Todo tipo de desgraças.

– Quais?

– Para começar, o Sr. Athos está preso.

– Preso! Athos! Preso! Por quê?

– Foi encontrado em nossa casa, confundiram-no com o senhor.

– E quem o prendeu?

– A guarda chamada pelos homens de preto que o senhor escorraçara.

– Por que ele não se apresentou? Por que não falou que não tinha nada a ver com esse caso?

– Foi de propósito que não o fez, senhor, ao invés disso ele se aproximou de mim e declarou “É seu patrão que precisa de liberdade neste momento, não eu, uma vez que ele sabe tudo e eu nada sei. Pensarão que está preso, e isso lhe dará tempo. Daqui a três dias, direi quem sou e serão obrigados a me soltar.”

– Bravo, Athos! Nobre coração!'

Página 345. '– Mudemos então de assunto – falou d’Artagnan – e queimemos essa carta, que, provavelmente, comunicava-lhe alguma nova infidelidade de sua costureira ou de sua empregada.

– Que carta? – exaltou-se Aramis.

– Uma carta que chegou na sua casa durante esses dias em que você não estava lá. Ela me foi dada para que eu a fizesse chegar em suas mãos.

– Mas de quem é a carta?

– Ah, de alguma subalterna desconsolada, de alguma criada desesperada, talvez da camareira da sra. De Chevreuse, que viu’se obrigada a voltar para Tours com sua patroa e que, para parecer chique, roubou um papel perfumado e lacrou sua carta com coroa de duquesa.

– O que está dizendo?

– Ih, acho que a perdi. – disse hipocritamente o rapaz, fingindo procurar. – Ainda bem que o mundo é um sepulcro, que os homens e, consequentemente as mulheres, não passam de sombras, que o amor é um sentimento que você desdenha!

– Ah, d’Artagnan, d’Artagnan! – exclamou Aramis. – Você vai me matar!

– Enfim, achei! – disse d’Artagnan.'

As cenas que me atraem nesse livro não são aleatórias, mas tampouco possuem muita coisa em comum. Não gosto do machismo demonstrado na história, mas acho a ironia divertida; esperamos de um mosqueteiro que seja honesto, sincero, justo e Deus sabe mais o quê. Em vez disso, os temos trapaceiros, aproveitadores, assassinos, mentirosos interesseiros e que, nas horas vagas, gostam de quebrar a lei, duelando entre si ou com os guardas do sr. cardeal.

Gosto da indubitável e admirável lealdade entre os amigos. Às vezes, quando leio trechos entre, principalmente, Athos e d’Artagnan, minha respiração e meu coração aceleram tanto que mal consigo ouvir meus pensamentos, e, os que ouço, estão inteiramente concentrados na frase lida, a qual posso ler 10 ou 15 vezes, e a reação sempre será a mesma. Mesmo depois de ler mais de 25 vezes o livro em um período aproximado de 30 dias, nada mudou no que se diz à minha ansiedade e minhas reações ao lê-lo.

‘Mais tarde’, penso, ‘acho que vou chamar Sam e Mitchel para participarem da história’.

Andei testando meus dons, e estamos quase descobrindo os de Mitch, Sam e dos outros. Acho que, para eles, está sendo mais difícil pois eu descobri o meu por acidente, mas eles não sabem o que esperar ou procurar.

Acabo de ler um trecho engraçado do livro – onde Aramis diz ‘Porthos, Athos já lhe disse que você é uma besta, e sou da mesma opinião’ – e resolvo contar a Tanni e a Sam – estou tentando convencê-las a ler o livro, mas está sendo difícil, por causa da opinião geral sobre clássicos -, então vou até a porta esquerda de meu quarto, que é o caminho mais curto até o quarto de Sam.

E, dentre tantas coisas que eu poderia ver lá, a única que não passou pela minha cabeça é a que se desenrolava à minha frente.

.

Jake e Kally estão sentados um ao lado do outro no meio do quarto. Jake segura um livro, enquanto Kally apoia a cabeça em seu ombro, lendo junto com ele. A mão direita de Kally está sobre a mão esquerda de Jake.

Ao me ouvir, ambos se viram para trás, surpresos, e se afastam rapidamente.

Ambos coram, mas, se Kally corou de vergonha, esse não é necessariamente o motivo de Jake.

– O que você está fazendo aqui? – ele pergunta, acusador, como se eles não estivessem no quarto de Tania, e eu fosse culpada por passar por aqui.

Não respondo – não estou a fim de começar uma briga agora, então apenas fecho a porta e volto ao meu quarto, dessa vez pegando um caminho mais longo.


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Notas finais do capítulo

Sim, esse capítulo é quase exclusivamente para convencê-los a ler o melhor livro do mundo, mas também há outros motivos:
— Eu tinha que fazer isso em algum momento; esses trechos estourariam minha mente se eu não contasse para alguém.
— Eu precisava introduzir o romance de Jake e Kally. Vai ser muito importante para algo que talvez aconteça no próximo capítulo.
Bom, eu recomendo o livro. Ficadica!
Para quem estiver interessado, o meu livro é esse:http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3529442