Lost It All escrita por Alice Antivist


Capítulo 11
The New National Anthem - Segunda Parte


Notas iniciais do capítulo

MÚSICA: The New National Anthem - Pierce the Veil
POV: Jason



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Os lábios de Nico tinham um gosto forte de álcool que inebriava meus sentidos, fazendo com que eu derretesse internamente. Não fazia a menor ideia do que fazer ou onde por as mãos, afinal nunca beijei um garoto em toda a minha vida. O medo que fez-me procrastinar tanto, por alguns segundos foi substituído por uma coragem insana, o que resultou no que estamos agora. Ainda seguro firme o braço de Nico, impedindo-o de fugir.

A mão esquerda do moreno alcança minha nuca e se entrelaça nos fios do meu cabelo e, finalmente, o solto. Envolvo sua cintura com meus braços, alcançando sua lombar com meus dedos, exatamente como faria se fosse uma menina ao invés de Nico. Aqueles lábios macios em contato com os meus me faziam perder o controle da minha mente; se Nico quisesse enfiar uma garrafa quebrada no meu peito agora, com certeza não daria a mínima. Tudo que eu conseguia era reagir com arrepios devido ao piercing gélido deslizando contra minha boca.

O toque não foi aprofundado e, de certa forma, agradeci por isso, já que não sei quem deveria tomar o primeiro passo. Nico arranhou minha nuca de leve com suas unhas curtas e eu estremeci, ao que apertei um pouco sua cintura. Senti o moreno suspirar levemente sem descolar os lábios dos meus e, por conta disso, repeti o ato.

Nos separamos e, novamente, eu não sabia o que fazer.

Nico me empurrou, fazendo com que ficássemos uns três passos de distância. Seus lábios se abriam e fechavam, como se estivesse procurando algo para falar. Os olhos, brilhando de lágrimas, escaneavam meu rosto, provavelmente procurando algo que justificasse minha ação. Estendi o braço para tocá-lo, mas tudo que recebi foi um tapa em minha mão:

— Não! - gritou - Você é um babaca, Jason!

Abri minha boca por um instante, mas acabei ficando em silêncio. Maldita dificuldade em me expressar em palavras.

— Você não tem PORRA NENHUMA para dizer?!?

Eu deveria ter imaginado que ele não entenderia. Nico acha que tudo que fiz foi abusar dos sentimentos dele. O que realmente parece, uma vez que eu estava por aí com Piper, levando ela a mil lugares diferentes. Sou um babaca. Nico me conta que está apaixonado por mim, eu o beijo e não consigo mover um músculo para dizer que retribuo? Que tipo de imbecil sou?

Observo os olhos dele, aquelas orbes negras que me trazem fortes arrepios. Vejo o medo por traz delas. Cansaço, ódio, raiva... E ao mesmo tempo alegria, alívio e paixão. Dá muito bem para se imaginar todas as emoção dançando pela mente de Nico, deixando-o confuso e irritado consigo mesmo. Sei muito bem o que ele vai fazer quando for para casa e, mesmo assim, não saem palavras de minha boca.

Então seu adquire outra expressão: decepção.

— Certo. - sua voz é tão baixa, que quase chega a ser um sussurro - Certo, tudo bem.

Ele inspira e expira, lentamente, antes de dar seu primeiro passo em direção a saída do cemitério. E esse passo é seguido de outro, e outro, e outro... São tantos passos que tenho que virar meu corpo para encarar suas costas sumindo por entre as sepulturas. Eu poderia ir atrás dele. Mas não. Tudo que faço e ficar lá, em pé, sentindo a chuva voltar como que um castigo.

[...]

Passaram-se cinco dias desde o episódio do cemitério. Acabei com o que estivesse acontecendo entre mim e Piper, aturei-a por uns bons minutos dizendo que eu ia pagar caro por isso, que ela iria acabar com minha vida; essas coisas chatas e estúpidas que no fim nunca acontecem. Principalmente porque no dia seguinte ela me ligou, dizendo que estava sendo infantil e que, se eu precisasse de alguma ajuda com Nico, estaria disposta a cooperar. A coisa mais fantástica foi que eu ainda não contei para ninguém sobre o que acontecera entre mim e ele.

Por falar em Nico, ele sumiu nesse tempo, pelo menos para mim. Não atende minhas ligações, não responde minhas mensagens, sequer me visualiza no facebook. Só não estou entrando em desespero porque Bandit me assegurou que ele está bem na última vez que fui no grupo (que por sinal, ele faltou). O fato é que, não estou gostando nem um pouco desse negócio de me evitar.
Sinto como se fosse um alcoólatra em abstinência, confinado em uma clínica de reabilitação. Perdi a conta de quanto tempo passei chorando antes de dormir ou simplesmente pensando em uma maneira de reverter a situação. Tudo que penso acaba sendo algo tão... Idiota. Nada soa como bom o suficiente para fazer com que Nico me perdoe. A frustração de saber que não vou acordar de manhã e conversar com ele já começou a doer muito. Sinto como se, naquela noite ao sair, ele tivesse levado meu coração junto. Agora, perambula por aí com ele fazendo o que bem entende e com toda a razão.

— Jason? - chama tia Sally - Você já vem ou vou precisar chamar de novo? Vamos almoçar.

— Ahn? Claro, desculpe.

Saio do quarto, indo para a cozinha, onde a mesa está posta sob o ventilador de teto, ligado no máximo. Ultimamente tem sido um calor dos infernos, uma vez que estamos no verão. Mesmo assim, não me sinto nem um pouco desconfortável em usar minhas roupas pretas, ao contrário do que pensam. Sento no balcão, no momento em que tia Sally põe uma bandeja com sushi na mesa. Achei que hoje ela ia fazer macarronada...

— Comida japonesa? - pergunto.

— Fiquei com preguiça de cozinhar e pedi do restaurante aqui perto. - ela dá uma risada leve - Sei que você adora sushi e ainda mais num dia quente desses... Cai muito bem.

Sorrio.

— Com toda certeza.

O almoço se passa em silêncio, até o momento que tia Sally decide quebrá-lo.

— Aconteceu alguma coisa?

— Huh? - engulo o sushi - Por que a pergunta?

Ela me encara, colocando os palitinhos ao lado do prato.

— Você parece triste e preocupado. O que aconteceu?

— Ah... É meio... Complicado, acho.

Tia Sally dá um sorriso divertido.

— Problemas com garotas?

Ah. Ah.

— Bem, mais ou menos - sorrio amarelo.

— O que aconteceu?

— Sabe tipo...

Conto tudo para ela. Pulando o fato de que Nico estava bêbedo, que estávamos em um cemitério, que ele tinha dirigido até lá sem carteira, que ele se cortava, que ele atirou garrafas de vidro em mim e que ele era um garoto. Minha tia não precisava saber das pequenas "turbulências" da relação.

— Bem, isso é complicado mesmo. - o sorriso de minha tia sumiu e ela franziu o cenho, pensativa - Principalmente se você tem essa dificuldade em verbalizar seus sentimentos. - ela suspirou - Me diga uma coisa que vocês tenham em comum.

— Música.

Sorrio com a lembrança de nós dois acordados até tarde, compartilhando nossos gostos musicais estranhos. Tendo pequenas discussões sobre quem ficaria com o "lado do solo" do fone e meu surto ao descobrir que Nico odiava Megadeth. Como assim ele não gosta de Megadeth?!?

Tia Sally pôs a mão sobre a minha, olhando em meus olhos e sorrindo, de certa forma feliz.

— Então demonstre seus sentimentos com isso.


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Notas finais do capítulo

Então... Oi hehe

PORRA ME DESCULPEM SERIÃO EU NÃO QUERIA DEMORAR MAS DEMOREI GSJDBAKDBSKF PROBLEMAS + PROVAS + PROBLEMAS GWJDBAKBAKDN

Enfim.

Esse capítulo ta curto, pq o resto TEM QUE SER no ponto de vista do Nico. Sem brincadeira. Eu amo o próximo capítulo sz Awn sz Eu queria que um garoto se declarasse assim para mim sz

Enfim2.

Novamente sem flashback... Nesses dois capítulos não quero por nada focado nos outros personagens, quero focá-los apenas no Jasico. Talvez o próximo também não tenha, sei lá.

Agora vemk.

ADMITAM QUE VOCÊS ACHAVAM QUE IA SER TODO KAWAI O CAPÍTULO HUEHUEHUE Admita que vocês tavam achando que eles iam começar a sair, se beijar e ia ter toda aquela melação de início de namoro típico do fic huehuehuehue Eu ia por, mas mudei de ideia. Bem melhor Nico raivoso e sofrido que Nico alegrinho e viadaum.

B| Sou liendja -sqnunca

Enfim3/4/perdi a conta.

A tia ama vocês :3 Comenta se não mato seu personagem preferido :3 Bj



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