New York, Jungle of Love. escrita por Clary07pmore


Capítulo 2
Capítulo 2 - O 1 dia do resto do ano.


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelas visualizações! Vocês são os melhores! Queria agradecer especialmente a Laryssa Valdez Di Ângelo pelo 1º comentário e ao meu amigo Thaigo Gomes pelo apoio e a ajuda que ele sempre me dá. Amo muito vocês!!



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Eram aproximadamente 16h00min. Na sala de estar dos Chase, todos estavam muito entusiasmados. Katharine limpava a casa como alguma distração para não pensar na partida da filha. Sim, Annabeth, agora com seus 15 anos estava indo viver na casa de uns antigos amigos da família na grande Nova Iorque. Não é que sua mãe não estivesse feliz pela filha, que estivera alimentando esse sonho por anos e agora poderia realiza-los, porém ela sentiria muita falta de sua filha. Seu pai ainda estava no trabalho, mas chegaria a tempo de leva-la para o aeroporto. Frederick era um homem bem simples, trabalhava numa oficina de ferramentas, e sempre prezou a grande inteligência e dedicação de sua filha. Ele sempre quis poder dar o melhor a sua garotinha, porém Littleton não era lá uma grande cidade dos Estados Unidos, então não havia muito que ele podia fazer, a não ser dar muito apoio nas decisões de Annabeth. E a menina então? Não poderia estar mais animada. Já tinha arrumado as malas, estava com tudo pronto, segurava sua passagem muito esperançosa observando seu caderno de desenhos. Annabeth amava desenhar. Nunca pode fazer uma aula para se aperfeiçoar, mas seus traços eram ótimos, seus desenhos eram maravilhosos, e foi o bastante para ela poder passar pra uma boa escola com cursos especificados. Ela não via a hora de ir logo... Tinha tantos planos! Assim que chegasse, ia desfazer as malas e procurar agradecer o máximo que pudesse, para que os Jackson saibam o quão grata ela está. Depois, irá dormir, pois não quer acordar indisposta e o voo provavelmente será cansativo. Assim que chegasse a escola, procuraria ter o máximo de concentração nas aulas e quem sabe como atividade extracurricular entrar em alguma aula de dança, resumindo, ela já tinha tudo em mente. O dia passou rápido, e quando menos se esperava Annabeth já estava prestes a embarcar e ia se despedir de seus pais.

– Ah pai! – Ela correu para dar um abraço em Frederick, que tinha os olhos cheios d’agua, porem se conteve.

– Nós a amamos muito, minha filha. – Ele a apertou forte nos braços. –você se sairá tão bem.

Annabeth virou-se para a mãe.

– Minha querida! – Katharine não conseguiu se segurar, e rompeu em lágrimas no ombro de Annabeth. – Minha garotinha! Estamos tão orgulhosos de você!

– Obrigada mãe! – Ela tentava não chorar junto.

– Ligue assim que chegar! Não, quer dizer, depois que você descansar e se acomodar, digo... Ah, escreva quando puder! – A mãe riu entre uma lágrima e outra.

– Não vou esquecer-me de vocês! E quando menos esperarem eu estarei de volta, vocês vão ver! – E dando um ultimo abraço coletivo, Annabeth virou-se para o que era o início de seu futuro e seguiu para o embarque.

Por mais que quisesse, Annabeth não dormiu no voo. Logo ao decolar, foi observar sua ultima vista do estado. Colorado não ela lá um estado muito habitado ou desenvolvido, porém ela se sentia muito feliz observando-o. Foi tudo muito tranquilo, e Annabeth passou o resto do voo escutando musica, até que seu coração quase saiu pela boca: Ela olhou na janela, e viu pela noite as milhões de luzes de Nova Iorque. Ela estava encantada! Sem palavras! De todos os desenhos que ela já fez, do Empire State, da Times Square, era tudo mil vezes melhor. E então, depois daquele mar de maravilhas, o avião começou a pousar, e só aí o medo bateu em Annabeth. E se não se lembrassem de como ela era? E se não gostassem dela? E se tiverem mudado de ideia e não quiserem mais que ela fique em sua casa? “Calma Annabeth” pensou ela, “Vai dar tudo certo.”.

Saindo do desembarque, Annabeth pegou suas malas, que graças a deus estavam em perfeito estado e foi até a saída do aeroporto. Chegando lá, Sally e Paul logo a reconheceram, e vieram com um enorme sorriso, o que fez Annabeth se sentir muito, muito bem.

– Annie! Como cresceu! – A Sra. Jackson estava realmente ótima. Tinha seus cabelos escuros numa trança que caía pelo seu ombro, e usava um grande casaco vinho.

– Sra. Jackson! É muito bom ver a senhora! – Annabeth avançou e deu um abraço sincero em Sally e esperou que ela entendesse tudo que ela estava pondo naquele abraço.

– Ah, me chame de Sally querida. E é muito bom ver você também! Estou tão feliz por você ter optado ficar conosco! – Sally parecia feliz de verdade, e isso aqueceu o coração de Annabeth em frente ao frio da noite de NY.

– Você está ótima Annabeth! Tão crescida! Sinto como se tivesse perdido minha própria filha para a adolescência. – Paul deu uma risada e abraçou Annie. Ela o considerava um segundo pai. – Você deve estar cansada! Vamos indo então, Percy está nos esperando em casa para o jantar. –

Nesse momento Annabeth quase teve um ataque do coração. Percy, aquele garotinho de cabelos escuros e olhos bem, bem verdes. Aquele garotinho de quem Annabeth corria no quintal de sua vizinha nos dias de almoço de família. Aquele menino que seus pais diziam que seria seu namorado no futuro... Não, ela não se permitia pensar assim. Ela estava prestes a morar com o menino e estava lá apenas para ter um bom ensino. Mas agora que havia se lembrado desse pequeno grande detalhe, a imagem dos olhos de Percy não saía de sua cabeça, até que foi interrompida de seus pensamentos por sentir Paul puxando a mala de sua mão para guardar no carro.

Passear de carro por Manhattan à noite? Ponha na sua lista de coisas para fazer antes de morrer. Luzes e prédios enormes por todos os lados, festas e folias em todos os cantos, sem dúvida, era aonde Annabeth queria morar um dia. Chegando mais perto da casa, Sally olhou pelo espelho retrovisor e sorriu contente ao ver que Annie parecia estar gostando da cidade.

– Vamos levar você pra conhecer a cidade toda. – Disse Sally com orgulho.

– “Star spreading the news... – Paul começou a se mexer no assento.

– Querido, por favor, não! – Sally estava tentando abafar uma risada.

–... I’m leaving today... – Annabeth soltou uma risada. Sally não aguentou e começou a rir.

– ... I want to be part of it… - Sem perceber, todos estavam cantando juntos.

– New York, New York! – E então todos começaram a rir juntos, o deixou um clima super aconchegante de família dentro do carro, e tinha certeza de que com pessoas tão legais quanto aquelas, seria assim para sempre. O carro então virou, e Annabeth percebeu que já estavam em casa. Era uma casa realmente gigante! Saindo do carro, Sally foi ajudar Annabeth com as malas. Ela estava tão encantada com a estadia da menina. Tinha fotos dela brincando com o Percy quando eles tinham 5, 6 anos, e ela amava aquelas fotos. Como ela queria que os dois se dessem bem.

–Então chegamos! Seja bem-vinda ao seu novo lar! – Ao abrir as portas deparava-se com uma sala de entrada enorme, com uma escadinha que dava num enorme quadrado com dois sofás de uma mesa de chá. Segundo a parede, vinham lindas pinturas, com um móvel circular que obtinha vários porta-retratos da família, e ao centro atrás dos sofás, uma enorme escadaria que no meio se abria para esquerda e para direita. Seguindo para a esquerda havia um grande vão que dava na cozinha com a porta do quintal dos fundos, e para direita um escritório com uma janela que ia do chão ao teto, com vista pra piscina, o enorme campo e o estábulo (Sim, eles têm um estábulo.). Sally percebeu que Annabeth olhava os cavalos, e então foi até ela.

– O branco se chama Jasper. – Ela começou a passar a mão no cabelo de Annie, como sua mãe às vezes fazia. – Os marrons são Buttler, e nossa única fêmea Sugar. E o preto é Jack. São excelentes cavalos... Você monta? –

– Ah... Não. – Ela virou-se para Jack. – Mas adoraria aprender. –

– Percy pode te ensinar! – Sally tinha esperança de que isso pudesse aproxima-los. E para surpresa de Annabeth, ele estava escutando tudo.

– Percy pode ensinar o que, mãe? – Ele claramente não estava feliz com a ajuda oferecida.

– Ensinar Annabeth a andar a cavalo, filho. – Na voz de Sally havia algo como “seja educado e concorde ou arcará com as consequências depois.”.

– Veio do meio do mato e não sabe andar a cavalo? – Aquilo com certeza lhe renderia um belo de um castigo.

– Pelo menos vim pra cidade já sabendo que garantirei um bom futuro, ao contrario de você que mal consegue manter as notas na média. – A raiva tomava conta de Annabeth e Percy naquele momento.

– Ei vocês dois! Já chega! Parece até que tem cinco anos! – A mãe de Percy estava realmente inconformada.

– Desculpe. – Disseram os dois em um coro.

Após isso, tudo não passou de um desconfortável silêncio. Paul ajudou Annie a levar as malas para seu quarto, que ficava no final do corredor aonde se encontrava o quarto de Percy, e Sally a ajudou a desfazer as malas. Do jantar até a hora de dormir, foi tudo muito tranquilo, porém ainda muito silencioso. Annabeth foi dormir esperando que o dia seguinte pudesse ser bem melhor.


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Notas finais do capítulo

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