Apenas um olhar escrita por Eubha


Capítulo 120
Capítulo 120:




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Anita...

E de repente tudo muda completamente, o maior medo de alguém sozinho é perder suas forças por completo e não conseguir mais se manter erguido por si mesmo, por mais que ainda no fundo de seu coração há  a esperança de que alguém o ampare...

E mais do que nunca eu precisei acreditar nisso, pois minhas ações pareciam fugir de mim mesma, eu já não tinha controle sobre elas, não era eu que decidia a hora de parar, meu corpo fez isso sem meu consentimento e eu não sabia como retomar, talvez há muito tempo não soubesse, mas agora era diferente, eu parecia ter perdido minha lucidez, senti medo, mas talvez fosse tolice o que estava feito não iria se desfazer, talvez nem eu mesma pudesse me dar conta do final. A vida havia perdido o seu volume natural, o som das coisas parecia ser desconhecido, mesmo que desfigurado eu pude notar o Ben e também o Serguei me chamando, eu tentava mais não os escutava, nem entendia muito o que rolava a minha volta, estava tudo congelado, a única coisa que vinha a minha mente era o mal que eu havia causado a mim mesma e a todos que me amavam, talvez aquele estivesse sendo o último castigo que eu viesse a receber, senti vontade de chorar, meu peito se apertar e meu coração extremamente triste, angustiado, numa dor sem fim, não era só o meu corpo que parecia se entregar e não lutar mais, minha alma também  havia sucumbido às minhas próprias lamentações. Talvez estivesse mesmo tudo acabado...

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— Anita, fala comigo, fica aqui não desmaia, por favor. – Ben ainda implorava a menina, por mais que já entendesse que era inútil, enquanto todo medo que lhe invadiu mal o deixava pensar direito.

— É melhor ligar pra alguém. – Serguei disse encarando confuso a tela do celular, pensativo no que faria, só se sentindo abruptamente nervoso ao olhar para Anita ao chão, com a cabeça escorada ao colo de Ben. Por um segundo ele só pensou em chorar, e também talvez gritar, não havia número de telefone em seu agenda que lhe tiraria todo angustia daquele momento, nem mesmo o da Flaviana, nem a voz e presença da namorada lhe acalmaria naquele instante.

— Me perdoa, eu juro que eu não quis isso, tudo que eu fiz, foi porque eu te amo muito... – Anita murmurou fracamente e de forma descompassada, deixando uma lágrima cair junto, a última que ainda restaria depois todo terror, e contrariando o amigo e seu grande amor, o seu último gesto foi fechar  suas pálpebras que já estavam pesadas,  ela ainda tentou resistir mas seus olhos a levaram apenas a um sono pesado, que a tirava dali para um lugar desconhecido e vazio.

— Ben só me diz que. – Serguei desligou o celular nem terminando de contar o que dizia a Julia totalmente impactado. – Ela não, não... – o rapaz quis perguntar sem coragem alguma para ouvir uma resposta.

— Não, claro que não, ela desmaiou, mais a gente não pode ficar aqui esperando por uma ambulância que não chega nunca. – Ben afirmou nervosamente, por mais que já estivesse completamente perdido no tempo, sua angustia lhe dizia que anos já haviam se passado, mas talvez nem minutos daquele pesadelo haviam transcorrido.

— Talvez seja o melhor mesmo. – o ruivo concordou em tom aflito, auxiliando  Ben a apanhar  Anita no colo.

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— Anita, cadê ela. – Vera parecia ainda mais desesperada quando adentrou a sala de espera do hospital do que quando Ronaldo lhe informou o que havia se passado com a menina, desceu tão ensandecida do táxi que se quer esperou o marido e os filhos que também a acompanhavam,  e apenas correu para dentro do prédio.

— Ela esta lá dentro com o médico. – Serguei disse em tom falho, escorado ao ombro de Flaviana que o ajudava.

— Eu vou ver ela. – a mulher disse decidida.

— Impossível Vera, eles não permitiram que ninguém entrasse com ela, o Ben até que tentou insistir, mas ninguém permitiu que ele entrasse. – Serguei tentou argumentar também abalado.

— E onde está o Ben. – Ronaldo perguntou imediatamente ao ouvir Serguei discursando o nome do rapaz.

— Ele tava aqui a recém mais... – Julia não encontrou mais o garoto ao procura-lo com o olhar.

— To aqui. – ele disse surgindo no enorme corredor, bem que ele queria dizer que não estava, que tudo aquilo era apenas um grande engano, pura mentira, mas somente o que poderia ser notado era o olhar cansado do moreno.

— Oh meu filho. – tão desolado quanto todos que ocupavam aquele espaço timidamente, Ronaldo só conseguiu forças para abraçar o rapaz.

— Eu fui perguntar se alguém sabia do médico mais, a enfermeira falou que ele não tem notícias ainda. – respondeu Ben se soltando do pai e encarando o olhar dos irmãos que solenes e sem grandes movimentos ocupavam o grande sofá que havia no local, Vera ficou muda simplesmente parecendo remoer algo dentro de si.

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Angustiado devido a uma espera que parecia nunca mais ter fim, e pressentindo que estava prestes a desabar, demostrando que não suportaria viver aquele pesadelo sem fim mais um único segundo que fosse, Ben resolveu deixar a sala de espera do hospital e a família que também se encontrava ali agoniada, nos rostos de cada um havia uma dúvida que parecia “matar”, com uma maior intensidade a cada instante que se passava e ninguém aparecia, com uma palavra de consolo ou uma noticia que fosse boa o bastante para todos suportarem aquilo e a esperança se reacender novamente... O medo era o instinto que guiava a todos, e nenhum dos familiares  e amigos de Anita parecia conseguir mais disfarçar, cada um a sua maneira demostrava todo o medo que sentiam em um simples olhar lançado, tentar consolar o outro, parecia ser a maneira mais fácil de sucumbir a todo sofrimento, por isso todos partilhavam de um silêncio ensurdecedor, que fazia os corredores daquele lugar frio e muitas vezes um sinal das piores tristeza, ser ainda mais solitário.

Ben era o único que se quer conseguia usar todo seu estado de anestesia para sentar em um dos sofás, baixar a cabeça e suplicar em pensamentos, um final feliz para aquilo tudo, não entendia como os irmãos de um lado do grande sofá, conseguiam ficar sentados quietos uns apoiados os outros, assim como Vera e Ronaldo que dividiam uma poltrona a frente da prole, Sofia e Sidney em pé, parados próximos à janela de onde dava para observar a rua, cochichavam algo, mas se quer ele conseguia prestar atenção para saber o que era, mal sabia ele que contrariando todas as suas convicções a loira chorava baixinho  com a cabeça enterrada no ombro de Sidney, implorando em sua mente que aquilo fosse só uma mentira, que ainda veria Anita bem novamente, e que como sempre as duas ainda brigariam muito, até trocariam tapas e puxões de cabelo como fizeram muitas vezes, que ainda veria muito a irmã a chamar de fútil, porque comprou cinco pare de sapatos iguais, Sofia só queria  sua irmã de volta, e mesmo que muitos nunca acreditassem amava Anita, amava muito, e agora se arrependia ainda mais amargamente por tudo de errado que sempre fez contra a irmã mais velha sem pensar. Sidney de vez em quando olhava em volta, focando todo local sem saber o que fazer, avistava Ben andando nervoso, pensava em ir até ele, mas não sabia o que fazer com a loira que não o soltava, apenas tremia institivamente apoiada a si.

Julia, Serguei e Frédéric, também olhavam para o garoto sem conseguir tomar nenhuma atitude, Ben apenas notava que o olhar de Julia toda vez que o encarava dizia tudo, não era só ele que estava com medo, não era exagero, era realidade, a pior realidade... Ele poderia mais vez estar perdendo Anita, e como tantas outras, não estava conseguindo evitar, não sabia como, era a pior sensação, porque ele sabia que dessa vez não era alguém, não era só a inveja, a ira de pessoas sem a menor humanidade no coração, não era só o destino brincando com os dois, os testando, a vida estava levando Anita para longe dele, um curso que jamais nenhum ser humano iria compreender um dia, por mais que vivessem infinito anos. Era uma morte que era à sombra da vida, algo que ser humano nenhum se desfaz, em meio a tantos devaneios, onde seus olhos nem piscavam olhando tudo em volta, estava completamente hipnotizado, todos os sentidos estavam e ainda estariam em qualquer momento com Anita, e agora não seria diferente, Ben rumou o corredor que dava para várias salas, ele era tão grande que ele nem enxergava seu final, os demais presentes no local, nem o notarem desaparecer por ele, e os poucos que notaram não tiveram de onde tirar forças para o impedir.

Enquanto andava o rapaz foi pesando numa frase que sempre ouviu ser proferida pelo avô, “ Todos caminhamos para a morte , a cada dia que passe é um dia que perdemos nessa batalha, não a como fugir.”.

Podia até ser que ele estivesse certo, já diziam alguns sábios, os anseios sempre tem algo melhor a nos ensinar, do que possamos pensar...

 Mas Ben não poderia permitir, não  poderia jamais conformar-se, não poderia perdê-la, não sem nem ter tentado de verdade, não depois de todos os obstáculos, de toda felicidade que ainda queria ver estampado naquele rosto a cada sorriso, Anita não era só seu amor, era também seu alimento, a água que matava sua cede, a razão pela qual sua existência tinha sentido, que fazia viver não ser um simples vazio, algo abstrato, sem ter porque,  ela era sua alma, toda sua luz, sem ela, sua existência também seria morta, sua vida estaria nas trevas e escuridão, o dia nunca mais amanheceria, o sol não brilharia, ele se perderia em meio a escuridão.

Ben acabou cansado de andar sem saber pra onde, suas penas já nem respondiam as ordens dadas, estava mergulhado em pura exaustão, ele caiu se sentando em banco que havia escorado na parede do corredor, nem sabia o quanto realmente tinha trocado passes, próximo ali, ainda havia uma porta, na placa pendurada dizia centro cirúrgico para cárdicos, talvez aguem atrás dela também lutava por sua vida, talvez havia nos cantos e andares daquele  lugar alguém tão mais desesperado do que ele,  também  poderia ter  alguém que já chorava e lidava com uma perda, mas não era por ser muito egoísta, mas naquele momento só conseguia pensar em si, pensar em Anita, na dor que sentiria se a perdesse, se é que poderia haver uma dor maior a que sentia agora, todo medo dentro de si o havia feito parar no tempo, ainda estava preso ao  momento que via a menina cair em seus braços e ignorar ou nem ter lucidez para responder seus pedidos de acordar novamente.

A cruz com cristo crucificado a ela, pendurada a parede a sua frente, talvez o entendesse, como nunca parou pra refletir, ninguém no mundo seria mais generoso que jesus, era incontestável. Mais desejou tanto,  trocar de lugar com Anita, trocar qualquer angustia por uma dor física até maior, só não a queria ver machucada, sofrendo, e saber que ela não merecia isso a angustiou ainda mais, por um momento enquanto fitava a parede e o objeto, desejou mais que tudo que fosse ele que estivesse em algum cômodo daquele  lugar, lutando para continuar e não ela. Ben tinha certeza que não lidaria com a perda, ao contrário sucumbiria a ela por completo.

 Só conseguia pensar nela...

— Me perdoa, eu juro que eu não quis isso, tudo que eu fiz, foi porque eu te amo muito. – a última frase que ouviu a menina balbuciar antes desmaiar, não deixava o garoto em paz, naquele momento a culpa por não ter feito  nada que pudesse evitar tudo, também o consumia, seus olhos praticamente engoliam suas lágrimas para que elas não trasbordassem.

— Ai meu deus, por cristo, não deixa nada acontecer com ela, por favor, favor. – Ben forçou a cabeça contra a parede atrás de si, já sem forças, parecia que quanto mais pedia pra aquilo passar, o tempo travava, um minuto passava no curso de uma hora sem fim. Queria ainda ter animo para que suas preces não fossem tão desconexas, talvez se arrependeria por não ter as feito com mais louvor , elaborá-las com  paciência que fossem suficientes,  pedir para tudo acabar era também temer receber a pior noticia possível. O rapaz já não sabia mais o que desejar, tudo havia parado simplesmente.

— Ben, meu filho, você sumiu de lá. – Ronaldo caminhou por longos minutos por todo hospital atrás do garoto, quando finalmente notou que ele havia saído da companhia de todos, estava tenso demais para notar antes, andou por minutos sem também saber pra onde atrás do primogênito até avistá-lo com o corpo jogado em um banco no meio do corredor.

— Eu, eu... – Sai de lá, parece que, eu não sei, nada passa, nada aconteceu, não aguento mais isso. – Ben respondeu, com a voz rouca, quando escutou o pai lhe chamando.

— A Vera levou o Pedro, a Giovana e o Vitor até a cantina do hospital, você não quer ir também, desde ontem não te vejo comer nada. – Ronaldo sugeriu, tentando de alguma forma amenizar o jeito cabisbaixo de Ben.

— Pai eu,  não consigo nem respirar direito, quem dera colocar alguma coisa no estômago, sem chance. – justificou ele.

— Filho, vamos confiar no melhor certo, sem derrotismo. – Ronaldo sentou ao lado dele tocando seu ombro.

— Como, me diz? – Ben contrariou Ronaldo com olhar de medo, também queria ser otimista, mais o medo que sentia não o deixava. – Faz quantas horas, eu não sei quanto tempo faz que a Anita tá lá dentro, pra mim parece que passou já um mês, um ano, ninguém fala nada pai, eu não to aguentando mais, parece que é de propósito sei lá. – desabafa ele entra suspiros angustiados e expressão atormentada.

— Faz em torno de uma hora e meia filho, é que você tá mundo nervoso por isso. – Ronaldo informou, seu estado de agonia, não o impediu de contar cada segundo, ao contrário foi um jeito de não surtar, cravar os olhos no relógio.

— Nervoso não pai. – ele revidou já não suportando. – Eu to desesperado, eu já nem sei também o que eu to sentindo. – Só que, só que... – Ben fitou Ronaldo, em pleno susto, enquanto se pronunciava com a fala engasgada.  – Se acontecer qualquer coisa com ela, eu não vou aguentar, não vou, eu ou morrer junto pai, eu sei que eu vou. – Ronaldo abraçou-o, sem saber como conforta-lo.

— Ben não perde a fé, por favor.  – implorou o homem em tom de lamento.

— Que fé, e se eu tiver fé de que é tudo drama meu, pra depois descobrir que foi tudo mentira, que não  adiantou de nada, que ter fé e confiança, otimismo, não foi o suficiente pra não tirarem ela de mim. – Ben desabafou, sendo confortado por Ronaldo com a cabeça em seu ombro,  o homem ficou  apenas em um estado de pânico que era ainda maior, nunca havia visto o filho de tal forma, chorando compulsivamente como se o mundo realmente estivesse prestes a acabar, mas para Ben ele estava mesmo, cogitou por um segundo, sua família estava tremendamente abalada, nem o garotinho que ele deu adeus no aeroporto, quando estava prestes a deixar o Brasil, seu país, e sem data de volta com Cícera, chorou entristecido daquele jeito, definitivamente Ronaldo nunca tinha o visto assim.

— Ben calma, vamos manter a calma, se não o desespero vai nos consumir, não é. – Ronaldo quis usar como argumento, mesmo sabendo que era inútil, o rapaz não lhe ouviria, porque simplesmente já não conseguia, estava consumido por um medo sem fim.

— Eu acho que isso já aconteceu comigo, meu deus isso é uma loucura, uma loucura sem tamanho, semeada e arquitetada por aquele desgraçado, que pode custar a vida da Anita. – lamentou Ben totalmente envolto por sua tristeza e temores. – Como eu não percebi antes, onde eu tava com a cabeça quando eu não vi, quem ele era, eu podia ter me livrado de toda doença do Antônio pai, aí o que eu fiz, o trouxe pra dentro da nossa casa, eu deixei ele chegar perto da Anita, deixei aquele doido ficar obcecado por ela, e olha no que deu, eu não pude fazer nada pra impedir. – murmurou ele se sentindo de mãos e pernas amarradas, diante da situação de puro horror que se formou.

— Ben a única coisa que você fez, foi ajudar o Hernandez e a Tita, e até o Antônio, porque eles também eram tua família, meu filho, você não tem culpa. – Ronaldo tentou justificar, atordoado por ver o filho em tal estado.

— Eu tenho sim, claro que eu tenho, até me apaixonar pela Anita colocou a vida dela em risco sempre, ela não sofreu pouco por minha causa não, todo mundo condenou ela, julgou, mal tratou... – o garoto disse em pura agonia. - E ainda se bobear só porque tudo pode acabar da pior forma, vai todo mundo esquecer não é, vão  se limpar da culpa, fingir que jamais a condenaram de maneira errada. – perturbado, ele acabou acusando.  – Mais eu não vou esquecer, não vou nunca. – ele garantiu entristecido, procurando controlar a multidão de lágrimas que se formavam em seus olhos. – E se acontecer alguma coisa com ela pai, o Antônio ainda me deve uma, e ele vai me pagar por isso, nem ficar presa, se fazer de coitado pra todo mundo, e maluco que precisa de compreensão pelo historia difícil, vai me impedir, não importa o tempo que vai levar, ele vai me pagar por isso. – Ben só conseguia sentir ainda mais raiva do meio-irmão.

— Você tá nervoso, é normal que... – Ronaldo quis ponderar como justificativa pelas frases cheias de anseios e mágoa ditas pelo rapaz.

— Não, não é, você pode até não acreditar, ninguém acreditar nunca mais não é, vocês também julgaram a gente, nos afastaram tantas vezes, você sempre disse que a gente não se amava, que eu não amava ela de verdade, que um dia eu ia perceber que não era nada, não é isso.  – o garoto cobrou em um tom perturbado, enquanto Ronaldo ainda parecia sem nenhuma reação. - Só que eu nunca quis isso, eu nunca quis fazer nada pra machucar a Anita, pra acabar desse jeito, meu deus, eu só queria que a gente fosse feliz, impedir de qualquer forma, que qualquer coisa de ruim acontecesse pra ela, eu iria sempre proteger ela de qualquer coisa. – pronunciou ele.  – Eu falhei também, eu só culpado por tudo isso.

— Claro que não. – Ronaldo negou imediatamente não escondendo a preocupação que pairava em seu olhar.

— Ela perdeu muito sangue, eu vi, no meu casaco quando eu tentei parar a hemorragia no caminho pra cá, eu não vou aguentar esperar mais nem um minuto pai. – Ben confidenciava agoniado.

— Fica calmo, é apenas isso que você pode fazer agora. – suplicou Ronaldo não sabendo muito como conforta-lo.


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