Capítulo 3: Conhecendo o inimigo.

A semana passou rápido, fria e gélida como era de costume. Renesmee mal sentiu os dias passarem, ela tinha muitos eventos em que comparecer, e tinha que deixar tudo pronto para nova coleção de Alice, que de ultima hora encarregou a menina de cuidar de tudo. Dissera ela que tinha um compromisso e que não teria tempo de cuidar de tudo. Nunca foi problema para Renesmee cuidar desse tipo de coisa, cresceu fazendo isso. Mesmo com tantos eventos e coisas para fazer ela ainda tinha tempo para se irritar com seu capanga, que fazia de tudo para tirá-la do sério.

Jacob decidiu que o novo passatempo dele seria irritar a menina, já que a mesma por ser delicada demais não revidaria as afrontas, e muito menos contaria ao pai. Qualquer coisa era motivo pra irritá-la, ele a acordava cedo demais, comprava o sabor errado do suco da menina, demorava a levá-la aos lugares que julgava fúteis demais, e vivia jogando piadinhas sobre ‘os riquinhos’ como ele mesmo nomeava.

Mas a menina estava cada vez mais no seu limite, ela não conseguia mais aguentar o Jacob, na realidade tudo a fazia ficar irritada, mas o motivo de tudo isso era um segredo. O segredo que sua família estava escondendo. Era uma injustiça ela ser excluída dos assuntos da família. Ela ainda estava magoada com todos, e Alice estava jogando todas as responsabilidades em cima dela, até a festa de natal ela quem teria de organizar. Esse ano eles não fariam um evento publico, Edward havia proibido sem motivos aparente, portanto seria somente sua família, alguns amigos próximos e os funcionários. Sentia-se cansada, magoada e irritada. Talvez fosse a TPM, ou talvez não.

Ela terminou de escolher os últimos detalhes da festa de natal, contratou todos os funcionários necessários, encomendou os presentes de todos, e com a ajuda de sua amiga da faculdade, Claire, escolheram os últimos detalhes da decoração.

Claire era bolsista, mas Renesmee não tinha vergonha de ser amiga de uma bolsista, muito pelo contrário, a considerava muito inteligente. Mas a amiga não se sentia bem na presença da família de Renesmee. Portanto a amizade das duas resumia-se na faculdade.

– Nessie. – Disse Jacob que estava espalhado no sofá da sala.

– O que disse? – Perguntou ela.

– Nessie, já nos conhecemos há um bom tempo, já posso te chamar pelo apelido. – Anunciou o moreno sorrindo sedutoramente.

Depois de uma semana, ela chegou a conclusão de que Jacob era um conquistador, e de que ele agia assim com todas as mulheres, ele gostava de dar em cima de todas, isso já não incomodava mais a ruiva, ou melhor ela gostava de pensar que não incomodava mais. Mas que ela ficava sem graça toda vez que ele chegava perto demais ela ficava.

– Não gosto do meu apelido. – Disse a menina não tirando os olhos do iphone.

– Eu gosto mais do que Renesmee. – o modo como ele disse o nome da ruiva a incomodou, ele disse como se fosse um palavrão.

– Minha mãe criou em homenagem as minhas avós. È incomum. – Disse ela encolhida na poltrona.

Fazia muito frio lá fora, e hoje era sexta-feira e ela teria de encontrar os pais para conversarem sobre o ano novo, Renesmee odiava essas reuniões com a família toda, ela nunca era ouvida e sempre ficava excluída dos planos. Então ela decidiu que ficaria em casa, ao lado da lareira, ouvindo as ladainhas de Jacob que mesmo sendo irritante era confortador. Ela tinha que admitir que odiava ficar sozinha e ele era espaçoso.

Então ela nunca se sentia sozinha com ele por perto. Ele riu roucamente da careta que ela fez.

– Vamos comer o que hoje? – Perguntou ele se aconchegando mais entre as almofadas.

Ela o olhou por um momento, e se arrependeu disso. Ele estava um pecado. Somente com a calça preta de moletom, que fazia contraste com sua pele avermelhada, ela nunca havia reparado em homens musculosos, mas era impossível não perceber o lindo corpo que Jacob tinha. E tudo isso com um sorriso de tirar o fôlego. Ele conseguia ser encantador e ao mesmo tempo sedutor. Ele era perigoso, concluiu ela.

– O que quer comer Jake? – Perguntou ela mexendo no celular.

– Jake? – Perguntou ele arqueando a sobrancelha.

– Se vai me chamar pelo apelido tenho o mesmo direito. – Disse ela se defendendo.

– O que eu quero comer eu não posso. – Disse ele rindo ironicamente com seus olhos medindo-a.

– E o que seria? – Perguntou ela prestando atenção nele.

– Esquece. Vou pedir comida japonesa. – Disse ele se levantando.

A ruiva demorou a entender que aquilo foi uma deixa, que ele estava dando em cima dela. Ela corou violentamente. Não que nunca tivesse sido cantada na vida, mas ele era quente. Não era nada parecido com os garotos que costumava sair, era um homem de verdade, e além do mais ele era mais velho. E isso era sexy.

Com calor não só por causa dos aquecedores internos do apartamento, ela decidiu tirar o cardigã e ficar de regata e calça do pijama, olhando a neve cair lá fora, ela se lembrou de que tinha combinado de sair com um amigo no sábado, Steve, mas ele não poderia ver Jacob, não quando ela queria conquistar o mesmo. Steve pensaria que eles tem alguma relação. E seria no mínimo estranho ter um segurança.

Quando Jacob voltou, ele se sentou no sofá e encarou a menina demorando os olhos em seu decote, virando o rosto para televisão.

– Jake. – Chamou a menina.

Ele acenou mostrando que escutava. E ela decidiu que era melhor assim, o que ela pediria não era nada certo.

– Amanhã eu combinei de sair com um amigo, e será que sei lá você não podia ficar aqui? – Perguntou a menina.

Ele riu e balançou a cabeça encarando-a logo em seguida.

– Steve não é? Devia desistir do playboyzinhos eles só querem uma vez Nessie. Devia sair com um homem de verdade. – Disse ele.

– E quem seria esse homem de verdade? Você? – Vociferou a menina impulsivamente.

Para começar como ele sabia sobre o Steve? Ela não tinha mais privacidade? Ela havia chego ao limite.

– Eu não sou pro seu bico garota. – Disse ele convencido. – Sou homem demais.

Ele riu incrédula com tamanha ousadia.

– Acho que tem medo isso sim. – Disse ela se levantando.

– Medo? – perguntou ele agora confuso.

– Do meu pai. – disse para irritá-lo saindo e indo em direção ao quarto encerrando a conversa.

Ela sabia que ele estava irritado, ela havia mexido com o ego dele, se arrependeu, não devia ter deixado-o assim, desse modo ela não conseguiria sair com Steve no dia seguinte. Mas não podia deixa-lo desdenhar dela. Jacob a chamou para comer.

Nada falou, e ele mal olhou na cara da menina, ou ele estava muito magoado, ou estava muito bravo com ela. Ela tentou se desculpar mas ele mal ouvi-a. Já era de tarde quando ela se voltou ao quarto, ele não trocou nenhuma palavra com ela e não largava o celular. Parecia importante então Nessie não quis ficar por perto.

O pai da menina ligou diversas vezes e ela não atendeu. Foi quando o pai da menina ligou no celular de Jacob, ela deu uma desculpa dizendo que não tinha terminado as coisas que Alice mandou e que não iria. O pai aceitou de mau gosto.

Ela decidiu tomar um banho, tirou a roupa e deixou o corpo em baixo da ducha quente. Distraída em seu banho ela se assustou com o corpo quente atrás do seu. Era Jacob, nu. Em seu banheiro.

– O que você tá fazendo aqui? – Perguntou ela tentando tampar a nudez.

Ele sorriu ironicamente e prensou o corpo da menina no vidro do Box, ela sentia a ereção dele em sua bunda. E isso a deixou molhada.

– O que acha que estou fazendo aqui Nessie? – Perguntou ele em roucamente em seu ouvido.

Ela quase gemeu em resposta, mas mesmo ele estando daquele modo e sussurrando no ouvido dela, não poderia se entregar dessa maneira.

– Acho que é um tarado. – Disse ela rindo em seguida.

Ele não riu, e beijou o pescoço da mesma. Maltratando, chupando com as mãos apertando partes que a deixou quente. Ele a virou de frente para ele beijando-a.

O beijo foi como uma explosão de fogos de artifícios, os dois pouco se importavam com a classe de cada um, só queriam explorar um ao outro. Ele mordeu o lábio inferior da menina e teceu beijos em seu pescoço descendo, descendo.

Ela já estava mais molhada do que nunca como se isso fosse possível. A ereção dele batia em sua barriga. E ela se sobressaltou com o tamanho dele. Ele apertou a bunda dela fortemente, e ela teve certeza que isso deixaria uma marca.

Seus lábios quentes chegaram aos seios dela, e não conseguiu conter um gemido quando ele começou a maltrata-los. Ela já estava louca por mais. Ele a pegou no colo com as pernas da menina em volta de sua cintura, a ereção dele roçava na entrada dela deixando-a louca por ele.

– Fala pra mim o que você quer. – Mandou ele.

– Jake.- Gemeu ela rebolando em cima dele.

E por pouco o moreno não perde o controle. Ela gostou de saber que causava sensações nele. Da mesma forma como ele a pegou no colo ele a largou lá.

– Ainda acha que tenho medo do seu pai garota? – perguntou ele segurando o rosto dela entre sua enorme mão.

Ele apertou com tanta força conforme era sua raiva, que devo salientar, não era pouca.

– Responde. – Mandou ele puxando os cabelos da mesma.

– Na..Não.

Ele a deixou lá, ela molhada e dolorida por ele. Ela já estava magoada e agora sentia-se suja e humilhada. A ruiva mal terminou o banho de nada adiantaria – disse pra si. Ela colocou uma roupa quente e trancou a porta do quarto. Na cama deitada ela se permitiu chorar. O que não gostava de fazer, já que julgava isso como fraqueza.

Ela chorou, pelos pais que não falavam com ela, por ela se sentir sozinha e por tudo que havia acontecido desde a chegada de Jacob. E por ter se permitido ser tão humilhada. Mas Renesmee era uma Cullen, e como todos naquela família ela era vingativa. Naquela noite ela jurou que se vingaria de Jacob. Se vingaria da forma mais suja e terrível de todas.

Ele conheceria o lado mais feio e vingativo que havia herdado de Edward.

Ele conheceria Renesmee Carlie Cullen.