A Origem da Energia - O Reino de Alucard escrita por OrigamiBR


Capítulo 7
Sobrevivência


Notas iniciais do capítulo

Foi um capítulo esquisito de escrever, já que tinha dado uma parada e tava meio sem ideia. A partir daqui, não sei se as intenções que eu queria passar se mantiveram, por isso o feedback.



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Já era noite quando Vergil se deu conta que estava perdido. Apesar de ter achado a praia mesmo depois de ter despistado as Reflexões Vazias, não encontrou ninguém do grupo por lá. Correu por alguns minutos, procurando sinais deles até decidir voltar para a mata. Enquanto mais se embrenhava por lá, mais era constante a visão de olhos brancos e brilhantes na crescente escuridão, bem como a alta concentração de Energia que esses olhos possuíam. Tentando manter o pensamento longe (e os olhos), continuou correndo até que a lua cheia estivesse no ar. Nesse momento, olhou para os lados e não conseguiu distinguir onde estava. Um pouco temeroso, resolveu confiar em sua Percepção. Não era tão boa quanto sua Alteração, mas era razoável.

Sonor Quaerere... – e fechou os olhos. Estava tudo escuro, até seus ouvidos se aguçarem e conseguir sentir as vibrações que o ar provocava. Sentia as pisadas de criaturas, farfalhar de pequenos insetos por baixo das folhas e movimentações de animais voadores. Ficou parado até conseguir encontrar alguém. Com o tempo, sua Energia foi esgotando e ele teve que parar. Procurou um lugar para se esconder e tentou dormir.

No dia seguinte, voltou à procura do grupo na praia. Escolheu uma direção e partiu correndo. Para seu alívio, encontrou uma pessoa após passar por várias árvores iguais. Chegou até ela, disse “Graças a Deus” e caiu cansado. Quando levantou, viu Lillian comendo uma pinha sem se sujar. Ela virou para o lutador e disse:

– Finalmente acordou. Como está?

– Descansado, mas com uma dor de cabeça tremenda.

– Isso é fome. Coma aí – e apontou para um pequeno acúmulo de frutas que havia pegado. Ele escolheu uma e cravou os dentes. Após a pequena refeição, continuaram.

– O que aconteceu com o ponto de retorno? – perguntou Vergil, enquanto caminhavam por uma clareira, com alguns troncos caídos e pedaços de grama espalhados por um chão de terra escura, com vários musgos e pequenas samambaias. – Assim que cheguei por lá, não encontrei ninguém.

– Eu também não. Vim várias vezes nessa ilha e nunca aconteceu nada parecido.

– Tem alguma noção de onde os outros estão?

– Nenhuma. Talvez dos soldados da minha divisão, mas a Ilha é muito grande.

– Só saberemos se tentarmos.

– Vamos então: não deixo ninguém para trás.

Após meio dia de procura, já com o sol castigando a floresta, fazendo subir um vapor constante que dificultava a percepção, eles conseguiram achar a especialista do contrato. Ela estava inconsciente (Lillian certificou seus sinais vitais), estirada sobre algumas pedras de um deslizamento não natural, com sinais claros de uma luta com algo maior que um humano. Ela trajava uma roupa parecida com a de Jane, que era uma armadura de couro trabalhado com camuflagem de floresta e uma calça justa de tecido escuro. Por cima de seu corpo estava um arco curto com uma flecha perto do elástico. Tinha cabelos loiros e pele alva, com sardas nas bochechas. Estava muito machucada, com marcas de impacto por toda a pele exposta e cortes de garras e mordidas na armadura.

– Vergil: procure por mais alguma coisa nas redondezas... – sussurrou Lillian.

– Mas eu não sou tão bom de Percepção.

– Você consegue. Preciso de sua ajuda.

Parou, se ajoelhou e disse “Sonor Quaerere”: com os olhos fechados, foi percebendo o toque que Lillian fazia nos machucados da especialista, o som de esticar as bandagens, pequenas pedras rolando, areia caindo, pés vindo em sua direção... Espere, pés vindo em sua direção? Interrompendo o comando, ele se virou a tempo de interceptar um grande animal que se jogou em direção às duas.

– Arg! – reclamou quando as garras dela se cravaram em sua pele. Os dois caíram rolando pela ladeira de rochas, até que o lutador conseguiu se desvencilhar e parar antes do final. Foi aí que teve uma visão clara do que atacou o grupo. O humanoide de 2 metros de altura era feito totalmente de madeira, com pequenos galhos e folhas por sua cabeça. Em sua mão direita, estava uma espada longa com vários espinhos afiados. Não possuía rosto ou qualquer tipo de roupa. Era como um manequim animado por Energia. Sem perder tempo, Vergil correu e aplicou um chute lateral. A criatura recuou um pouco com o impacto, mas ao mesmo tempo balançou a espada em sua direção. Recuando a perna rapidamente, aplicou um chute de costas na cabeça dele. Segurando seu pé, preparou uma estocada que desviou por pouco. Recuando, circulou a criatura e gritou:

Fulgur Iaculat! – segurando uma das mãos na base enquanto a outra apontava os cinco dedos em direção ao alvo, uma distorção elétrica entre eles lançou um relâmpago longo e quase instantâneo que bateu no monstro. Ele apontou a espada em direção ao golpe, e o mesmo foi dissipado ao chão. Incrédulo, Vergil desviou muito tarde do ataque ascendente que seu inimigo aplicou: um corte em diagonal abriu em seu peito, rasgando sua roupa em duas partes distintas. Atordoado, se ajoelhou, mas foi obrigado a desviar mais uma vez quando a criatura liberou espinhos do bloco de madeira que parecia a mão.

Com mais uma investida, Vergil chegou dentro de sua área de ação e começou uma sequência de chutes rápidos, todos com o máximo de eletricidade que podia segurar. Mas, por mais que chutasse, apenas suas pernas sem nenhum melhoramento estavam fazendo algo, e ainda assim muito pouco. Toda a eletricidade era dissipada através do corpo de madeira. Recuou respirando acelerado. Não conseguia pensar em uma forma de derrotar com sua Energia. Tentou se acalmar e se preparou, firmando terreno e reassumindo pose de luta. Enquanto isso, o monstro deu um salto e atacou com a espada cortando até o chão. O lutador seguiu o movimento e colocou o corpo de lado, passando pelo braço e golpeando com o cotovelo na cabeça dela. Com um passo para o lado, ela evitou parte do dano, e aproveitando o movimento, girou a espada num grande arco lateral. Nesse momento, o lutador estava no ar. Girou o corpo e apontou o calcanhar, mirando na cabeça. A criatura viu e atacou, fazendo um corte profundo na panturrilha de Vergil. Nesse momento, uma mão encostou-se a seu ombro e disse:

– Minha vez.

Lillian caminhou até o inimigo, que estava correndo. Sacou a espada e bloqueou a investida feroz, desviando-a para o lado e aplicando um soco que literalmente explodiu no impacto. Uma marca de punho e uma mão fumegante resultaram dessa reação. Cuidando dos machucados, Vergil observou o combate mais atrás. A espadachim golpeou com ferocidade, forçando o humanoide de madeira a ficar na defensiva. Num dado momento, ele tentou atirar novamente os espinhos de sua mão-bloco, mas Lillian previu isso e rolou, parando num toco de árvore cortada, bloqueando os últimos com golpes da espada. Apontou o cabo para o inimigo e disparou a seta-corrente. Ele desviou, mas a corrente se amarrou num de seus braços. Deu um puxão para trás, porém ela não cedeu. Lillian foi puxada pelo monstro, que a aguardava com a espada letalmente apontada.

Perflo...

Uma explosão localizada partiu a arma do inimigo em dois assim que a espadachim a tocou. Com um corte ligeiro, ela fez um talho profundo no braço dele, continuando a rajada no outro braço e cabeça. Com cinco cavidades, a criatura parou por um instante, dando a brecha para a mulher chegar perto e perfurar o meio dele. O monstro tentou balançar os braços para acertá-la, mas ela parecia saber exatamente aonde iriam os ataques. Porém, ela teve um erro de cálculo, e foi atingida com uma cabeçada quando retirou a espada. Observando a situação, o humanoide foi mudando de forma, retorcendo seus membros e mudando para um tamanho menor. Dessa vez, seu rosto parecia mais com uma pessoa, mas retinha a pele de madeira. De trás de seus braços, brotavam longos e grossos espinhos. Em sua coluna, folhas largas e verdes cobriam as costas em totalidade e suas pernas estavam invertidas. Lillian havia tentado atacar, mas seus cortes e perfurações nem arranhavam a superfície rígida.

– Que coisa é essa?! – exclamou Vergil.

– Um Sentinela Cortex. – disse Lillian, enquanto recuava a passos curtos. – Devemos estar próximo à uma árvore de Purgo.

– Mas uma árvore de Purgo nunca teve isso!

– É porque você nunca viu uma selvagem. – logo após falar, ela bloqueou um ataque duplo que o Sentinela fez com os espinhos do braço. Ela cedia cada vez mais ao ataque, até que escutaram um grito ao longe.

Combustio Spiculum! – um volume em chamas avançou em direção ao monstro, até ser todo concentrado em uma lâmina de espada e liberado assim que o perfurou. A criatura se debateu com o fogo em seu corpo, mas não cessou seus ataques. Do outro lado da lâmina estava Suzan, com chamas brotando dos olhos, vários galhos no seu agora alto cabelo cacheado e inúmeros arranhões pela armadura. As duas mulheres se olharam e ambas saltaram em direção ao humanoide que se recuperava das chamas.

Flamma Ensis!

Perflo Neo!

Suzan e Lillian aplicaram um corte descendente, onde um incendiou a parte boa do monstro e o outro a explodiu em vários pedaços. Lenha em chamas se espalhou pela clareira, quase acertando Vergil e a especialista. Ambas respiraram fundo, olhando uma nos olhos da outra e batendo os punhos da espada em cumprimento. A espadachim das chamas veio andando pesado com uma expressão de raiva até o lutador, que estava de pé apoiado numa árvore olhando com cara de assustado. Em sua cabeça, as palavras “Ela vai me bater” repetiam num ritmo frenético. No penúltimo passo, ela hesitou, e caiu por cima dele, com os olhos fechados. A outra espadachim deu um riso sincero e se juntou ao grupo.

Com o final da tarde, Suzan ainda dormia. A especialista acordou após algumas horas e contou o que aconteceu quando estavam por lá: os três haviam ido para a Ilha para eliminar um monstro poderoso. Porém, o curandeiro ficou louco e começou a atacar os aliados, invocando todo tipo de criatura manufaturada através de suas poções. O furioso e a especialista tentaram contê-lo, mas era muito perigoso e fugiram. Assim que conseguiram, toda aquela Energia liberada despertou as Reflexões Vazias, que mataram o furioso e quase a mataram também.

– Você já está melhor para andar, Madeleine? – perguntou Vergil.

– Sim. Mas não sei se posso lutar ainda. Estou sem flechas e minha Energia não está recuperada.

– Descanse mais – disse Lillian, se levantando – Eu vou verificar o que está nos observando.

– Cuidado... Se precisar de ajuda... – disse Vergil, fechando a mão.

Ela apenas confirmou com a cabeça e adentrou a escura floresta. Madeleine se recostou perto de Suzan e tentou dormir. O lutador ficou alerta. Ele havia percebido e avisou à espadachim de uma presença que olhava o campo deles. Não mostrava agressividade, mas não se identificou. Um minuto depois ela voltou, clamando não ter encontrado nada.

No primeiro turno de vigia, Vergil se prontificou. Os arredores continuavam assustadores, com olhos brilhantes, respirações animalescas e intenção assassina, mas as criaturas que habitavam não ousaram lhe atacar. O cricrilar era constante e monótono, combinados a um forte cheiro de folhas em decomposição e pouca luminosidade vinda da lua. Mesmo com isso tudo, ele permaneceu com os olhos, já acostumados com a escuridão, bem abertos e atentos. Só relaxou um pouco quando Lillian levantou do descanso e foi para o segundo turno, percebendo o quanto estava cansado.

Seu sono foi profundo, como se não dormisse a tempos, acordando recuperado do ferimento sofrido. O ar era gélido, úmido e enevoado. Ao levantar, viu Suzan de pé junto de Madeleine, que cuidava de seus cabelos. Lillian estava dormindo sentada, com a espada embainhada apoiada no ombro. O lutador puxou um dos cobertores e a deitou cuidadosamente no chão. Virou-se para Suzan:

– Oi...

– Ah, oi. Bom dia Vergil. – respondeu com um sorriso.

– Bom dia. Como você está?

– Melhor agora. – coçou a testa – Não havia encontrado ninguém na praia. Procurei sem dormir por qualquer um de vocês, enfrentando monstros e tentando encontrar a Energia de alguém. Foi aí que vi vocês enfrentando aquela coisa e fui atrás.

– Hm... Não encontrou mais nenhuma trilha quando estava vindo para cá? – perguntou pensativo.

– Infelizmente não.

– Madeleine, já está melhor?

– Sim, sim.

– Pode encontrar alguma pista sobre o paradeiro de nosso grupo?

– Sim, só vou terminar de arrumar o cabelo de Suzan.

– Obrigado. E Suzan: estou grato por você estar bem – disse Vergil e foi até onde o Sentinela Cortex jazia. Não havia nenhuma alteração no seu corpo, apesar de que sua espada estava se reconstruindo em duas lâminas distintas. O lutador resolveu coletá-las: podiam ser úteis mais pra frente.

Com Lillian acordada e Madeleine concentrada em seguir a trilha dos outros, a manhã passou rápido, com eles encontrando Cole e Kenneth. Os dois haviam se encontrado em uma borda, tendo enfrentado duas Aparições Duradouras no segundo dia. Eles também tiveram o mesmo problema de não encontrar o grupo na praia. A capitã parecia cada vez mais pensativa, por vezes até se distraindo quando o grupo seguia as trilhas. À tarde, ela escolheu um ponto numa caverna abaixo de uma grande árvore para se sitiarem. Nas redondezas, o grupo se dispersou um pouco à procura de mais membros. Com o cair da noite sem nenhum sucesso, eles retornaram à abertura.

O local era do tamanho de uma sala de estar comum. O teto era inclinado e irregular, com raízes percorrendo as fissuras. As paredes eram de rocha sólida, com finos caminhos por onde a água escorria do tronco e furava a pedra. A árvore que segurava aquelas pedras tinha um tronco de largo calibre e se elevava facilmente a 60 metros. Segundo Madeleine, esta árvore podia ter mais de 300 anos.

– O que faremos agora? – perguntou Vergil.

– Não vai dar pra continuar enfrentando essas coisas desse jeito – disse Cole.

– Eu e Cole discutimos sobre um treino que poderíamos fazer. – disse Kenneth, complementando.

– Que tipo de treino? – perguntou Lillian, interessada.

– Um para aumentar nosso potencial de Energia.

– Entendi. Já tenho uma ideia do que fazer – disse Vergil, se encaminhando para a entrada da caverna. Os outros o seguiram. Ele então parou e se concentrou. Foi lembrando da sensação quando tinha total confiança de suas habilidades, quando conseguia liberar mais Energia para os ataques, conseguindo aumentar seu potencial, dado através do...

Consurgo Uno!

Para sua falta de sorte, não aconteceu nada. Cole riu sem dó. Kenneth estava pensativo, mas assentiu na tentativa. Madeleine ficou sem entender. Lillian estava perplexa. Suzan não mostrou reação alguma.

– Mas por quê? Eu tinha total confiança que ia dar certo...

– Não acho que só pronunciar as palavras e ter a sensação que vai dar certo são suficientes... – comentou Kenneth – Lembre-se do que Claire disse e pelo que nos passamos.

– Mas não há situação de perigo.

– Como vocês...? – começou Lillian, depois limpou a garganta e continuou – Vocês conseguem usar o Primeiro Nível?

– Hm... – ponderou Suzan – Sim, por quê?

– Não é uma técnica comum de se encontrar por aí. – deu uma longa pausa e prosseguiu – Eu posso lhes mostrar o básico, mas varia de pessoa para pessoa. Se eu soubesse que temos Sensitivos de tanto potencial... Vou dar uma surra em Jim quando voltar.

“Prestem atenção: O Primeiro Nível de Energia é um estado em que os Sensitivos conseguem liberar Energia numa taxa duas vezes maior que a natural. É ativado quando se entra em uma situação perigosa, como medida de defesa, ou então pela emoção mais forte que consegue reconstruir.”

– Então é isso... – ponderou Vergil.

– Já sei! – disse Cole.

Ficou imóvel e fechou os olhos. O ar a seu redor mudou. Começou com uma leve brisa, até que foi acelerando e uma rajada de vento era emanada do mago. Aos poucos, pequenas gotas de cor cinza flutuavam por cima de sua pele, por vezes entrando e saindo de suas costas, até formar um fluido que lhe cobria.

– Isso! – comemorou, e devagar foi diminuindo até cessar o fluxo. Assim que o parou, sentiu-se meio tonto, mas se manteve de pé. Caminhou até um dos lados e se sentou, respirando fundo.

– Como você conseguiu? – perguntou Vergil, com pressa.

– Eu... Hah... Pensei no desejo de ser mais forte...

– Mas como assim?

– A... Emoção mais forte que eu tenho...

Dúvidas surgiram em sua mente. Tinha o desejo de ser mais forte também. Tentou pensar nisso quando esperou ativar o Primeiro Nível, mas sem sucesso. Não soube dizer o que era mais intenso para ele. Kenneth, logo depois de um tempo, conseguiu ativar o Nível, com as gotas de cor branca circulando, ganhando um sinal positivo de Lillian. Estava distraído quando ela lhe perguntou.

– Não vai tentar, Vergil?

– Não consigo pensar numa forma.

– Tenha paciência.

Nesse momento, Suzan conseguiu, emanando cores azuis de sua pele, com pouco vento, mas uma Energia bem concentrada. Assim que ela parou, seus olhos se encontraram com os dele. Ele virou o rosto envergonhado e inquieto. Ela se sentou a seu lado.

– E então? Foi fácil para você também?

– Não, tive problemas para acertar. Mas lembrei do porquê de querer ser mais forte.

– Hm...

A noite já clamava por seus olhos, mas ele não se conformou em não conseguir. O grupo havia arrumado os pertences e sacos de dormir, porém Vergil insistiu. A lua minguante permanecia alta no céu, várias estrelas sobrepondo aos poucos a luz que ia se extinguindo. Se concentrando no desejo de ser mais forte, tentou liberar Energia. Não houve sucesso. Olhou para seus amigos, lembrando-se de seus sentimentos por Suzan. Imediatamente, sentiu um calor percorrendo o corpo. O ar a seu redor começou a girar. Impulsos elétricos começavam a estalar por sua pele até que pequeninas bolhas de Energia vermelha surgiam a seu redor.

Aquela sensação era a mesma ao usar o Primeiro Nível, porém havia algo a mais: estava mais intensa do que nunca, aumentando tanto a quantidade de esferas que elas pareciam um fluido ao redor de seu corpo. O vento provocado acabou acordando os outros. Ao virarem para o lutador, o mesmo estava com uma intensa Energia vermelha translúcida cobrindo todo seu corpo. Pouco tempo depois, ele cessou o fluxo, respirando um pouco mais acelerado depois.

– Parabéns, Vergil! – disse Lillian. – Sabia que conseguiria.

– Isso foi forte... – disse Kenneth, retornando para o seu saco de dormir – Me acordou fácil.

– Acho que descobrimos onde você é resistente – comentou Cole.

Suzan apenas deu um sorriso e voltou a dormir. Lillian ainda permaneceu um pouco, mas dormiu logo depois. Vergil foi deitar feliz, conseguindo finalmente tirar esta dúvida que estava desde que enfrentaram a Serpente de Anima. Seu Primeiro Nível vinha do seu puro amor por Suzan.


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Notas finais do capítulo

Não tenho muito o que falar, só que coloquei um quê de romance. Sou ruim nesse gênero, por isso nem considerei classificar a história como tal ^^
Os próximos capítulos, vou deixá-los para mais à frente. Tenho que adiantar a história ^^