Sete meses depois.

Hoje faz exatamente sete meses que estou casada, meu marido está em NY cursando escrita criativa, enquanto eu carrego nosso filho ou filha, estou com sós quatro meses de gravidez e a cada dia fico mais nervosa pra saber o sexo, Augustus vem pra Indianópolis quando pode então sempre marco os exames para quando ele vier, ele esta bem em NY mesmo a sua cabeça estando aqui, passamos alguns meses tentando engravidar e nossos pais concordaram porque não temos muito tempo de vida, não tanto quanto desejávamos.

– Quando Augustus vem?- Kaitelyn me pergunta, desde que ela descobriu que eu estava gravida não me deixou mais em paz.

– Acho que nesse final de semana.

– Tem gente com saudade do papai?- ela coloca a mão na minha barriga.

– Ele eu não sei mais eu estou.

– Ou ela não esqueça como vocês conseguem manter toda essa distancia?

– Eu não sei.

– Sua barriguinha está muito linda, deve ser ótimo estar gravida no inverno.

– É mesmo essa coisinha me chutando bastante é ótimo, nos últimos exames deu que o coração está perfeito.

– Isso é ótimo, mas e os seus pulmões?

– Estão aguentando bastante por enquanto, Dra. Maria disse para mim fazer uma cesariana no 8 mês se tudo já estiver perfeito e tentar não engordar muito, mas é difícil meu apetite está bem maior.

– Você está alimentando um monstrinho, que vai ser lindo.

– É vai, ainda tenho que escolher os nomes.

– E o Augustus?

– Ele trabalha e ainda tem a faculdade, acho que não vai ter tempo pra decidir os nomes.

– Ele está estagiando ainda no The New York times?

– Conseguiu um emprego- digo sorridente- ainda não escreve, mas o salario da pra manter ele lá.

– Ele manda algo pra você?

– Quando dá, compramos até agora só uma bolsa pro bebê e um bico.

– Uau, acho que ele só vai precisar disso mesmo- queria empurrar ela mas não posso.

– Deveríamos ter planejado melhor essa gravidez- eu digo.
– Deixa disso- Kaitelyn tirou uma sacola da bolsa.

– Não quero seu filho mal vestido, ou filha- era um casaquinho vermelho, bem comum, mas parecia bom- Kaitelyn vai embora e eu fico sozinha, minha mãe voltou a trabalhar então minha única companhia é o bebê, preparo algo para comer antes que meu estômago comece a reclamar.

– Hazel cheguei- avisa minha mãe- como está?

– Estamos bem.

– Ele chutou novamente.

– Só se acomodou na hora que eu fui tomar banho.

– isso não assustou você?

– Nenhum pouco, ele sempre faz isso quando vou tomar banho acho que é por causa da água quente.

– Verdade não vê a hora de saber o sexo, já são quatro meses o que você é Augustus estão esperando?

– Não sei, eu também quero saber o sexo.

– Se você quiser posso tirar o dia de folga e te levar ao hospital.

– pode ser- me alimento de três em 3 horas, mas às vezes não consigo saciar ele ou ela, durante o dia é bem calmo sem manifesto, mas a noite não me deixa dormir.

Cinco meses de gravidez.

É uma menina, Anna foi o nome que eu escolhi, faz mais ou menos um mês que eu não vejo o Augustus, ele não passou nem o aniversario dele aqui em Indianópolis, pois disse que não ia ter tempo pra vim e voltar, nós temos brigado bastante pelo fato de ele esconder de mim a sua vida de universitário, vejo as fotos de festas que ele vai e sempre com a Lola, mas confio no Augustus.

Seis meses de gravidez.

Anna está com 1 quilo, Dra. Maria disse que se continuar assim posso fazer a cesariana no 8 mês, ela só precisa engordar mais um quilo e meio e vai estar perfeito, seus órgão estão todos formadinhos e isso é ótimo.

Sete meses de gravidez.

Eu estou acabada, minha luz se foi, a única coisa que me suporta e me faz seguir em frente é Anna, ela ainda nem nasceu, mas é o meu escape.

– Hazel? Eu não queria dizer isso- diz Augustus.

– Mas já disse, quando você vem a Indianópolis para ver os papeis de divorcio?

– Você sabe que estou fazendo isso porque não tenho escolha.

– É claro que não tem escolha, mas eu escolho uma coisa por você não precisa se incomodar em vir no parto da sua filha, ela não precisa de você.

– É uma menina? Porque você não me contou?

– Você esta sempre cansado no telefone, mas nunca esta cansado para ir a festas da faculdade com a Lola.

– Ela é só minha amiga.

– Você a beijou na minha frente não lembra?

– Eu estava bêbado.

– Não quero discutir, te vejo no fórum em uma semana?

– Sim, eu te amo Hazel Grace- desligo o telefone, não quero mais escutar a voz de Augustus, encosto minha cabeça na minha barriga, Anna esta inquieta ela parece sentir meu desespero, minha raiva e principalmente minha tristeza.

– Hazel filha você ta bem?

– Eu vou me divorciar mãe.

– A querida, quem te disse isso?

– Augustus, ele disse que não tem escolha, que a distancia prejudica o relacionamento.

– Ele é um cretino.

– Um filha da...

– HAZEL.

– desculpa, eu estou com muita raiva.

– Mas você vai ter que segurar por ela- ela aponta pra minha barriga- falta menos de um mês para ela nascer- minha mãe pega a bolsa- Estamos quase entrando no verão então você tem que sair pra comprar mais roupinhas.

– Com essa barriga é difícil- é horrível ter que puxar o carrinho e ainda carregar o peso de Anna.

Vou ao médico para fazer uma das ultimas ultrassom, Anna está com 3 quilos e cinco gramas, os órgãos estão perfeitos e o coração bate incrivelmente rápido.

– Hazel daqui a duas semanas você vai ver o rostinho dela, você e Augustus devem estar muito emocionados?

– É estamos- minto.

Oito meses de gravidez.

– Em menos de duas horas, Anna vai estar aqui- diz minha mãe, ela está tentando tirar o meu pânico.

– Eu sei você pegou tudo?

– Peguei, não esqueça que muitos vão vim de visitar amanhã ou hoje mesmo- ela coloca a mão na minha barriga- não vejo a hora de te ver Aninha.

– Eu também, você viu Augustus?

– Eu falei com a mãe dele, ele chega hoje.

– Será que ele vai querer ver ela?

– É filha dele Hazel.

– Eu sei, ainda não quero ver ele.

– Já faz uma semana do divorcio.

– Eu ainda não acredito nisso.

– Pense pelo lado bom – ela beija minha testa- ele te deu Anna.

Eu, bom eu tenho que descansar um pouco- fico conversando com a minha barriga, Anna parece responder, consigo ver suas mãozinhas marcadas na minha barriga, ela vai nascer com 4 quilos fechados, adormeço com a mão na minha barriga.

– Hazel pronta?- Pergunta à doutora Angélica, ela acompanhou toda a minha gestação.

– Sim- os outros médicos já estão preparados, ela me aplica a anestesia. Não sinto nada e fico nervosa porque não posso ver.

– Que linda menina- diz a Dra. Angélica, escuto um choramingar parece mais uma reclamação do que um choro- parecia que tinha alguém dormindo.

– É parece- ela me entrega Anna, ela tem os olhos azuis de Augustus e é extremamente cabeluda- uau filha você tem muito cabelo.

– Ela é muito bonita Hazel, vai dar trabalho com os garotos.

– Acho que não- ela pisca pra mim, Anna é redondinha e suas bochechas são a coisa mais fofa que eu vi.

– Preciso ir lavar ela e tirar o cordão- ela pega Anna de mim- da tchau pra sua mãe.

– Tchau pequena Anna- a anestesia dura bastante, logo depois da cesariana já volto pro quarto, meus pais estão no saguão de acordo com a enfermeira que veio me trazer algo pra comer, durmo por mais ou menos meia hora, até ver minha mãe entrando com Anna no colo.

– Ela é muito fofa- minha mãe me entrega ela- os pais de Augustus estão ai, posso os deixar entrarem?

– É claro- a mãe de Augustus parece ter chorado- quer pegar ela?

– Eu posso?- a mãe de Augustus me pergunta.

– é claro- ela olha a Anna com os olhos cheio de lagrimas, Sr. Waters passa a mão na cabecinha dela- ela tem os olhos do Augustus- ela diz.

– Tem.

– Ela é linda Hazel- me entrega ela de novo, Anna se acomoda perfeitamente no meu colo, todos saem pra que eu possa amamentar, logo que ela começa a sugar o leite meio que entro em pânico, é uma sensação que nunca experimentei.