Bruna, Jean, Renata, Leonara e o professor Fabiano estavam reunidos na sala do apartamento de Josh.

– Agora que estamos todos reunidos, posso contar o que está acontecendo. – disse Josh.

–Não sei o que a Leonara está fazendo aqui. – resmungou Renata.

– Acho que é porque meu notebook contém as fotos daquele dia, né queridinha?! – retrucou Leonara.

– Chega gente! O assunto é sério! Aquele dia quando saímos do ginásio por causa da minha visão, mexemos com a morte. Não era para termos sobrevivido. Aquele dia era o nosso último dia! E eu sinto algo sombrio, terrível nos rondando, como se fosse uma presença. – explicou Josh.

– Algo sombrio? Tipo a morte?! – perguntou Jean.

– Não tipo, mas ela própria. E essa não é a primeira vez que aconteceu, pesquisei e descobri que no ano de 2000, um rapaz disse ter visto o voo 180 explodir e ele conseguiu tirar seus colegas de lá, mas logo depois cada sobrevivente morreu de acordo com a ordem que morreria no avião. – respondeu Josh.

– Espera! O voo 180 foi o acidente que minha irmã morreu! – exclamou Leonara.

– Ai meu Deus! Sabem aquele acidente na estrada 23 no km 180? Minha prima Katy foi salva por uma menina que disse que haveria um acidente, mas um tempo depois ela morreu de uma forma muito bizarra! – disse Bruna.

– Lembram-se daquele acidente numa montanha russa do Diabo em 2006? Meu amigo de infância Jason morreu nela, e sua namorada tinha dito que tinha tido uma premonição de que o acidente aconteceria. – falou Jean.

– Gente, em 2009 houve aquele acidente no autódromo de McKinley, era para eu estar lá com minha tia e primos, e eles foram salvos por um menino que disse que tudo isso aconteceria e um tempo depois minha tia morreu com um olho perfurado por uma pedra lançada por um cortador de grama. – disse Renata.

– Então, nós todos temos alguma ligação com pessoas que foram salvas e depois morreram ou com vítimas de um acidente. A morte quer fechar o ciclo e fazemos parte dele. Ela já pegou o Rafael e vai vir atrás de cada um de nós, na mesma ordem que morreríamos na minha premonição. – disse Josh pausadamente.

– Ah, nada ver isso! Vocês estão ficando doidos acreditando em histórias de terror? Até parece, vou pra minha casa isso sim! – disse se levantando o professor Fabiano.

– Espera professor! Acredite! – pediu Josh.

O professor Fabiano passou pela porta batendo-a bruscamente. Todos ficaram perplexos, olhando um para o outros, preocupados e temerosos com o que podia acontecer. Tantas descobertas e ligações entre os acidentes passados e eles. Não sabiam nem o que e pensar direito.

– Quem é o próximo a morrer?! – perguntou Leonara olhando para o Josh.

– O professor Fabiano! – disse Josh.

– Vamos ver a foto dele! – exclamou Renata.

A foto do professor era assim: Ele estava sentado segurando uma faca e uma laranja. Sob a mesa havia um pano de prato, um copo de vidro. Mas o mais sinistro é que com o reflexo seus olhos saíram vermelhos...

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Fabiano chegou em casa, tirou sua camisa e sentiu uma sede incomodativa.

– Vou fazer um suco de laranja. – pensou.

Entrou na cozinha, ele pegou a máquina de espremer laranja (aquela com o motor que fica girando e apertando a laranja ela é espremida). Pegou duas laranjas um copo de vidro, uma faca e colocou sobre a pia.

– Vou colocar uma musiquinha... – falou ligando o rádio na estação 0.81.

A música da Pink, Blow me, começou a tocar. Fabiano abriu a janela um vento estranho entrou derrubando um pano de prato em cima do copo. Ele até pensou ter visto uma sombra atrás dele pelo reflexo da janela, mas deixou para lá.

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– Liga pra ele Josh! - disse Jean.

– Ele não vai acreditar! Temos que ir até a casa dele! Não é longe daqui! – respondeu Josh.

– Vamos no meu carro! – disse Renata.

Todos saíram juntos rumo à casa do professor Fabiano.

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TZIUMM... era o barulho que a máquina de espremer laranja fazia.

– Droga! – disse Fabiano cortando seu dedo com a faca.

Ele colocou seu dedo sobre a água e puxou o pano de prato derrubando o copo, que se quebrou em vários pedaços, e água no chão.

– Meu Deus do céu! Mas o que foi que eu fiz?! Hoje tá difícil heim! – reclamou voltando a espremer laranja na máquina.

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Renata parou seu carro na frente da casa do professor e todos desceram. Josh chegou à porta e tocou a campainha. Fabiano ouviu, se virou para ir atender a porta e pisou em um caco de vidro e instantaneamente, tentando colocar a mão sobre a pia para se equilibrar, enfiou a mão na máquina de espremer laranja, e parte de sua mão foi triturada. E sua reação foi correr, mas escorregou sobre a água e suas costas foram penetradas por pequenos pedaços de vidro, e caindo puxou o fio da máquina, fazendo com ela caísse com o motor ligado sobre seus rosto... (sem mais detalhes, aqui vocês devem imaginar o que aconteceu).

Do lado de fora todos ouviram um barulho estranho, e Jean arrombou a porta. Josh saiu correndo na frente, somente para encontrar o professor Fabiano morto em sua própria cozinha. Josh não aguentou ver aquela cena e teve um refluxo. Pediu para que nenhuns dos seus amigos entrassem lá, e que chamassem a polícia. Assim que a casa foi fechada e o corpo retirado, todos voltaram completamente abalados, para o apartamento de Josh.

– Há algum jeito de impedir a morte? – perguntou Bruna.

– Não sei. Mas vamos tentar! Temos um compromisso de salvarmos uns aos outros. Ok?

– Ok! Todos responderam menos Leonara.

– Não há jeito de impedir a morte! Todos que já a enganaram morreram. E não vai ser diferente conosco! – transtornada falou Leonara.

– Mas vamos tentar! - respondeu Josh.

Leonara se levantou e saiu chorando e correndo pela porta. Um silêncio pesado se espalhou na sala.

– Quem é o próximo? Sou eu? – quebrando o silêncio perguntou Bruna.

– Acho que sim Bruna. Você morreria logo depois do professor Fabiano. – respondeu Josh.

– Vamos ver minha foto então. Assim, posso evitar minha morte. - disse pegando rapidamente o notebook da Leonara.

– Ma... Mas, gente não tem mais fotos! Acabaram! A última foto era do professor Fabiano! – gritou Bruna...