Era Bellini - Conjuradores da escuridão escrita por Penumbra da Alma


Capítulo 6
Capítulo VI - Amélia, a sanguinária.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo tanto quanto eu.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/471733/chapter/6

– Layla! – ela se virou para trás e seus cabelos longos fizeram o mesmo movimento, com tanta leveza, que pareciam estar em “câmera lenta”.

– Oi Luke.

– Vim te buscar, tenho uma coisa para você. – La me olhou fundo nos olhos – Vamos? O carro está logo ali – eu apontei na direção e que ele estava.

– Ah, claro.

Botei a mão no bolso e comecei a procurar pelo amuleto – Aqui está! É pra você.

– É muito bonito Luke, mas...

– Loira, nada de dizer que não pode aceitar.

– Tudo bem – ela sorriu. – eu agradeço.

– É um amuleto italiano. Eu realmente espero que nunca o tire do pescoço.

Layla sorriu – Vamos então? Tenho algumas coisas para fazer em casa.

– Luke! – Nica gritou, e veio em minha direção correndo – Você ficou bem, depois da briga no Finnegans? E Aliás, o que está fazendo aqui na escola?

– Que briga?

– Nenhuma briga, Layla. – ela me olhou desconfiada. – Vim buscar a Lay, Nicole – eu a respondi.

– Ah, achei que você soubesse Lay, mas quero que saiba que está tudo bem Luke. Agora eu estou indo.

– Até mais. Vamos Layla?

– Espera! Você me chamou de que? - eu e Layla olhamos para Nica, estávamos um pouco assustados. – Me chamou de Nicole? Nunca me chamou assim.

– Esqueci. Agora vamos indo.

***

Ter entregado a Cimaruta pra ela me deixou mais tranquilo, agora ela está a salvo.

Eu até iria procurar Aradia, por que acordei e ela não estava por lá, mas decidi fazer algo mais divertido antes de salvar Diana: Eu vou usar as pessoas pra que elas façam as coisas que eu quero, só não sei como farei.

Tudo o que eu sabia sobre magia e bruxaria eu tinha lido nas obras de JK Rowling. Harry Potter era o que eu conhecia sobre magia. Mas eu não tenho uma varinha mágica. Então eu teria que arriscar.

Fui até o centro da cidade, e o lugar mais cheio de gente vulnerável que pensei no momento foi o shopping.

A primeira pessoa que eu vi foi uma mulher. Ela parecia ter uns 25 anos de idade, seus cabelos eram curtos e negros. Ela se vestia muito bem, com muita elegância, e a saia que ela usava a deixava sensual. Ela estava olhando uma bolsa amarela na vitrine de uma loja muito cara.

– Boa tarde senhora. Vejo que gostou desta bolsa. Permita-me presenteá-la.

– Que gentil – ela me olhou – mas eu tenho dinheiro suficiente, obrigada senhor.

– Senhor? Eu possuo 18 anos.

– Parece bem maduro e educado para a sua idade.

– Obrigado. Deixe-me pagar – eu apontei para a bolsa.

– Não será preciso. – ela parou – Está vendo aquele homem lá dentro? – ela apontou – Ele é o meu marido.

Ela começou a se afastar.

– Espera! – eu coloquei a mão em seu ombro.

– Solte-me.

– Amor, quem é esse? –era seu marido falando.

– Ninguém querido, vamos...

– Escuta aqui...

– Escutar o que? Pirralho!

Eu o olhei fundo nos olhos dele – Quem o senhor chamou de pirralho?

– Acalmem-se!

– Cale-se, vadia – eu sussurrei.

Ainda olhando profundamente em seus olhos eu disse:

– Você vai sair daqui calmamente, como se nada estivesse acontecendo, e vai para algum lugar bem longe, e se esquecer do que viveu aqui, se esquecer de tudo.

Os olhos daquele senhor não conseguiam desviar dos meus, e por um instante eu pude me sentir constrangido, pois não sabia se avia funcionado.

– Adeus Amélia – ele disse com uma voz calma e vazia enquanto a mulher chorava discretamente. Eu percebia o medo dela.

– O que você fez? – ela estava apavorada.

–Eu a puxei discretamente até o banheiro feminino. Talvez ela estivesse pensando que seria vítima de estupro ou coisa do tipo, mas eu tinha reservado coisa pior para ela.

– Olhe para aquele espelho. –ela não olhou – Vamos! Estou mandando. – eu gritei. As pessoas que estavam lá não se importaram com o meu grito, parecia que não estavam me vendo lá, e nem vendo Amélia apavorada.

Ela olhou rapidamente depois de ter me ouvido gritar. Naquele momento lembro-me de ter dito “Donna che mangia il sangue” umas três vezes no mínimo e pensei em muito sangue. Isso provavelmente significasse “A mulher que bebe, ou come sangue”. Apenas isso. Como se tivesse se tornado outra pessoa, os seus dentes cresceram completamente, sua aparência ficou mais sombria, e sua pele pálida e gélida. Seus olhos escuros e desesperadores.

– Eu quero sangue! Ahhhh – parecia um rosnado. Ela pulou no pescoço de uma mulher, e bebeu o sangue dela, até quase matá-la. Amélia estava fria e irracional.

–E aí Amélia? O que achou?- eu sorri.

–Ela passou a língua por toda a boca para que pudesse limpar o sangue, e depois usou um pano branco. – Foi divino! Mas o que farei com ela?

– Se vira! – ela me olhou seria e desesperada – Estou brincando – eu ri alto.

Em um piscar de olhos eu consegui sumir com a mulher. Na verdade não sei bem para onde ela foi parar, mas eu gostei da sensação.

Naquele momento, era como se eu fosse dono de tudo.

– Vou indo nessa, Amélia. – ela pegou na em minha mão.

– E eu?

– Boa sorte para você. – eu abri a porta do banheiro e saí.

– Aradia, o que está fazendo aqui? – ela estava parada na porta do banheiro, do lado de fora.

– Senti que você estava aqui. – a aparência dela me assustava. E o fato de ela saber aonde eu estava também. Nem mesmo o GPS do meu carro era tão bom quanto ela. – Eu sei o que você fez Luciano. – eu sorri, quase que maleficamente, de canto. Eu me sentia bem por isso, mas ao mesmo tempo, culpado.

– Tudo bem, não precisa ficar assim, vamos sair daqui. Amanhã encontraremos os outros quatro do seu círculo.

– Que círculo? E, aliás, assim como? Está dentro da minha cabeça também?

– Você está melhorando. Acho que antes você era um babaca que não era capaz de matar nem mesmo uma formiga, mas deixe isso pra lá, apenas venha.

– Me conte sobre o círculo.

– Venha!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, quem gosta de vampiros? *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Era Bellini - Conjuradores da escuridão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.