Tokyo/Japão – 12: 00

Naruto levantou-se da cadeira agradecendo milhares de vezes a Iruka.

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– Por Deuses, você não sabe o quanto estou grato. – Comentou caminhando em direção a saída.

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– É o meu trabalho, não me agradeça, Sr. Uzumaki.

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– Sabe, eu vim aqui várias vezes em busca de que alguém pudesse me ajudar mas nenhum de vocês mexeu um pauzinho para mudar alguma coisa.

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– Para ser sincero, eu nem sei o porquê de alguns deles ainda estarem aqui. – Iruka sussurrou gargalhando.

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– Mas enfim, obrigado, de verdade.

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– Disponha.

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Hoje se completam duas semanas desde que fui á delegacia. Nesse período, não tive nenhum sinal de Iruka sobre o desaparecimento de Hinata, mas vou deixar esse caso nas mãos dele. Espero que ela esteja bem e que ninguém a tenha ferido, de algum modo. Confesso estar um pouco apreensivo, já que minha esposa estava carregando um filho com si. Isso realmente me preocupa, muito.

Sentei-me no sofá junto de Sakura. Sasuke estava banhando Kim novamente, já que perdera no Jo-ken-po para a rosada. Esta certo, ele era pai, mas não tinha nenhum modo corretor de segurar um bebê.

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– Estou preocupada com a Hina. – Sakura comentara apertando a mão esquerda.

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– Sei como você se sente. Iruka me disse que assim que conseguir algo ele vai me comunicar. – Respondi.

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– O real problema é meu sobrinho. Acredito que a Hinata seja forte, ela lidará com isso até nós chegarmos lá... Mas sabe, não ter ela aqui é meio doloroso para mim. Estou tão acostumada com as brincadeiras idiotas que ela faz, com aqueles sermões que só ela me dá. Apesar de termos a mesma idade, ela é como uma mãe para mim e esta me fazendo muita falta.

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– Eu prometo que vou resgatá-la. – A passei confiança, despenteando seu cabelo.

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– Dói tanto, Naruto.

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Vi lágrimas escorrerem de seus olhos e apenas consegui abraça-la. Apertei seu pequeno corpo contra o meu, lhe passando tranquilidade. Deixei que a mesma desabasse em volta meus braços, apertando minha camiseta.

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– Vai ficar tudo bem, eu vou garantir que fique. – Sussurrei.

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– Eu preciso tanto dela. – Sua voz falhara em seus soluços.

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Olhei para Sasuke que acabara de descer as escadas com Kim em seu colo e abaixei a cabeça. Ele caminhou com passos lentos até nós e nos abraçou, mesmo com Kim nos braços.

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– Eu acredito nela. – Sasuke falara.

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– Eu também, mas não confio nessas pessoas. – Sakura respondera no meio do abraço.

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– Sei que é doloroso, mas a Hinata esta bem e logo logo estará conosco novamente.

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Depois de algum tempo consolando a rosada, fui para casa. Tranquei a porta de entrada e preparei um sanduíche natural rapidamente. Sentei-me na cadeira da cozinha e encarei o outro lugar vago a minha frente. Realmente ela esta fazendo falta.

Após comer, caminhei até o banheiro e tomei um rápido banho. Enrolei a toalha na cintura após secar o cabelo e fui para o quarto. Vesti uma bermuda moletom e calcei o chinelo, descendo novamente. Assisti a um episódio de Supernatural e desliguei a TV, deitando no sofá. Encarei o teto milhares de vezes, pensando em como Hinata estaria. Sequei algumas mínimas lágrimas ao pensar que talvez nunca mais a veria e suspirei pesadamente, afastando esses tipos de pensamentos.

Assustei-me ao ouvir o telefone tocar. Levantei-me lentamente atendendo a ligação.

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– Sr. Uzumaki?

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– Iruka?

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– Sr. Uzumaki, precisamos de você aqui. Urgente!

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– Mas o quê...

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– Isso é super sério! – Ele me interrompeu. – A Srta Hinata corre grandes perigos! Venha o mais rápido que puder.

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Iruka nem mesmo me dera tempo para responder e desligou a chamada. Apanhei uma blusa qualquer dentro do guarda-roupas e saí de casa. Liguei o carro e liguei para Sasuke.

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– Sasuke, avise a Sakura que vai ficar tudo bem daqui para frente.

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– O quê?

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– Iruka me ligou e disse que Hinata corre perigo, mas apenas diga a Sakura que vai ficar tudo bem.

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– Pra onde você vai? Estou ouvindo o barulho do seu carro, Naruto!

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– Vou me encontrar com o Iruka! Não diga isso a Sakura, por favor.

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– Não vou dizer!

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– Onde ela esta?

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– Preparando a mamadeira da Kim, estou no quarto.

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– Apenas cuide dela!

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– Minha esposa, é o meu dever. Toma cuidado dobe, não se mete com esses caras.

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– Fala sério, eles estão com a minha mulher! Tenho que desligar, teme.

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– Beleza, se cuida.

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– Você também.

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Desliguei a ligação e saí do carro após estacioná-lo no estacionamento da delegacia. Encontrei com Iruka em sua sala e ele me pediu para aproximar-me da tela de seu computador.

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– Eu descobri coisas sobre o caso da Srta Hyuuga e aparentemente ela não esta muito longe daqui. Há um homem chamado Orochimaru que costuma raptar grávidas para usar as crianças em um tipo de experimento, ainda recém-nascidas. Desconfio que ele esteja envolvido com isso, mas ele não poderia agir sozinho. – Virou-se para mim. – Naruto, você conhece alguém que já foi, ou ainda é, bastante próximo a Hinata?

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– Eu não sei, tinha a Karin e a Shion, mas não acho que eles fariam uma coisas dessas, é meio sem lógica e tudo mais... Não, espera... A Hinata tinha um motorista que sempre andava com ela, onde quer que ela fosse ele sempre estava junto. Era estranho, vou admitir. Mas não me lembro do nome dele exatamente, sei apenas que o primeiro era Sorei.

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– Por quem você quer começar?

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– Quê? Você só pode estar brincando, acha mesmo que ele faria isso com ela?

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– Naruto, não seja inocente! Do jeito que nosso mundo esta hoje em dia eu desconfio de tudo.

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– Ele não faria isso!

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– Como você mesmo disse, Sorei andava sempre com a Hinata. Não acha isso estranho? Chega ser grudento. Não percebe que ele poderia ter causado toda essa confusão por dinheiro? Até porque, como todos já sabem, a Srta Hyuuga vem de uma família podre de rica e acho que ele não perderia tempo para ganhar algo em troca.

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– Não acredito!

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– Temos que tentar, Naruto.

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– Okay! – Suspirei. – Vamos.

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Ouvi barulhos estrondosos na entrada da delegacia. Iruka e eu nos assustamos e fomos até a porta principal onde vimos seguranças abordando um homem que se encontrava num estado totalmente descontrolado.

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– Eu quero a minha filha de volta! Me larguem!

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Arregalei os olhos ao reconhecer a voz. Passei por entre a multidão e encontrei com Hiashi. Ele puxou-me pela camisa, ameaçando socar-me a qualquer instante.

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– A culpa é sua, Uzumaki! Nem mesmo cuidar de uma grávida você consegue, seu inútil! Graças a sua desordem e sua inutilidade, minha filha pode estar morta nesse momento!

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Iruka o empurrou e o mandou se acalmar, mas não surtiu efeito algum. Alterou-se junto de Hiashi e todos os seguranças assustaram-se de repente. Acho que Iruka não costumava ser estressado desse modo.

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– Mil perdões, Sr. Hiashi! Eu não costumo me alterar desse jeito, mas não permito gritaria nesta delegacia. Mas a única pessoa culpada pelo desaparecimento de sua filha é você mesmo!

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Hiashi arregalou os olhos, acalmando-se.

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– Você contratou uma pessoa de fora para ser motorista dela e ainda se acha no poder de gritar com o Sr. Uzumaki? Sabe, eu cansei! O sequestrador de sua filha foi a mesma pessoa em que ela confiou. O sequestrador dela já foi o motorista da sua família, Sorei!