Numa cafeteria, próxima à W.M.H.S., Mary chegou com um vestido florido, e se sentou em frente a um rapaz de preto. Não dava pra reconhecer seu rosto, ele estava com óculos escuros, chapéu, sobretudo, e um cachecol. Ela botou a bolsa numa cadeira vazia ao lado. Eles estavam perto da janela, num lugar discreto assim como o companheiro da Mary queria.

–Oi. Finalmente deu as caras, não é?

–Mary, você sabe muito bem o que pode acontecer se eu simplesmente aparecer por aí. Iam aparecer diversas perguntas...

–É só não responder. Não é isso que sempre tenho que fazer?

–Mas com você é diferente...

–Ta, esquece. O que você quer?

–Quero saber como estão as coisas.

–Só isso? Me chamou pra conversar num sábado pra saber como estão indo as coisas?

–Espero que você não fique assim perto do Finn, se não ele vai te largar rapidinho.

–Desculpa, é que tem uma garota naquela escola que está me tirando do sério! Pelo menos eu já dei um jeitinho nela, mas preciso que ela sofra mais!

–A Quinn?

–Isso mesmo.

–Olha, só tenha cuidado pra essa vingança contra a Rachel não se tornar contra a escola toda, viu? Foca apenas nela e...

–Peraí! Tem mais alguém?

–Isso era outra coisa que eu queria te falar. Quero que você foque nela, mas quando tiver uma oportunidade vire melhor amiga dessa pessoa aqui.

Ele pegou uma caneta do bolso e um guardanapo. Escreveu alguma coisa e lhe entregou.

–Jura? Melhor amiga? Vai ser difícil...

–Você precisa fazer isso! E depois, como uma facada, esfregar na sua cara o quanto idiota ela foi, em acreditar na Mary James.

–Bom, vou tentar...

–Alguma outra notícia boa?

–O Finn está caindo direitinho no nosso plano, e a Rachel ta muito brava! E além disso eu achei isso aqui.

Mary abriu a bolsa e pegou um folheto. Ela o desdobrou e entregou para o rapaz em sua frente.

–Um baile?

–É. E provavelmente eu vou com Finn, e todos vão com seus pares, mas se vocês fizer as contas vai faltar um par pra Rachel.

–E daí?

–E daí que eu posso pedir para o Jesse a convidar.

–Ele topa?

–Ele faz parte desse plano. Ele ta cheio de contas pra acertar com a Rachel.

–Que bom. Então ele vai criar intimidade com ela e na hora certa vai acabar tudo, deixando ela mais sensível ainda!

–Exatamente!

–Só tem um probleminha: o ciúmes do Finn.

–Ele me ama. Pode acreditar.

–Ótimo, por que eu já to acreditando. Mais alguma coisa?

–Acho que não.

–Então...

–Peraí! Eu queria saber... Por que você resolveu criar essa vingança toda contra a Rachel?

–Digamos que nosso passado não foi... Perfeito.

–E posso saber porque?

–Na hora certa você vai. Até lá, eu e o meu passado tem que ser segredo! Todos devem pensar que isso tudo foi bolado só por você!

–Claro.

–Então é só isso. Quer um café?

–Fica pra próxima, vou sair com o meu namorado.

Ela pegou a bolsa e se levantou.

–Mary! –ela virou pra trás. –Não confunda amor com negócios, entendeu?

–Não precisa ficar com ciúmes. É só o Finn.

Ela saiu e ele ficou mexendo em seu café com a colher.