Dαяk αиgєl escrita por Isa2017


Capítulo 12
Cαρiŧułø 12


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, o penúltimo e um tanto sombrio... Espero que gostem!



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Estava tudo escuro e tudo o que eu via era uma luz forte no meu rosto, meus pulsos estava nas minhas costas amarrados a um tipo de viga, sentia um dor forte na cabeça e o gosto de sangue na boca, ouvia alguém falando ao longe, mas ao mesmo tempo parecia perto de mim.

– Quem esta aí? - eu disse sentindo minha cabeça latejar de dor.

– Olha só, nossa convidada acordou, acendam as luzes. - disse uma voz masculina gritando em tom de deboche.

– Quem é você? - eu disse reparando no jovem homem alto e cabelo arrepiado que estava na minha frente, ele era bonito e me lembrava alguém.

– Acho que já ouviu falar de mim, vamos lá... Pense! - disse ele ainda no mesmo tom.

– Irmão do Gil. - eu disse rapidamente, era incrível como eram parecidos até na personalidade.

– Isso mesmo querida, o que ele te disse sobre mim? - disse ele se ajoelhando bem perto, e me olhando nos olhos.

– Com certeza não me contou da sua arrogância. - eu disse também o encarando, ele soltou uma risada alta.

– Soltem ela... - disse ele se levantando e dando costas, enquanto um rapaz soltava as cordas que prendiam meus braços.

– O que você quer de mim... - eu gritei enquanto ele continuava andando sem nem mesmo olhar para trás.

Ainda estava meio tonta, mas pude notar o belo lugar, era bem grande, o teto era de telhas o que me fez pensar que talvez estivéssemos na cabana na floresta.

– Venha! - disse o irmão de Gil por fim, e logo em seguida outro homem me puxou pelo braço e me deu um empurrão nas costas me fazendo andar mesmo que com dificuldade em direção ao rapaz.

– Ahhh... - eu gemi baixinho sentindo dores, provavelmente ferimentos do acidente.

– Sabe querida... - começou o Grisson mais velho colocando os seus braços em volta de meu pescoço, eu tentei protestar mais ele apertou mais forte o que me fez sentir uma dor no local e deixar que ele continuasse. - Tem muitas coisas que você não sabe.

– Vai me contar o que eu não sei? - eu disse curiosa, enquanto passávamos pela porta que dava para uma grande fogueira, já era noite.

– Claro... Por onde quer que eu comece? - ele disse ainda com aquele tom irritante.

– Comece do começo. - eu disse já irritada com suas gracinhas.

– Esta bem, faça as perguntas que quer fazer, eu as responderei.

– É verdade que são uma ceita?

– Eu não chamaria de "ceita", somos só um conjunto de pessoas que só querem o bem maior... Viver eternamente. - seu sorriso ficou assustadoramente maior.

– O quê? - eu disse incrédula.

– Cada cidade em que passamos, cada sacrifício que fizemos, era só para chegar ao bem maior... - eu podia ver o quão doente ele era, foi quando eu temi pelos meus amigos.

– Seu irmão, não quer que ele viva pra sempre? - assim que disse o sorriso sumiu de seu rosto.

– É claro que eu quero. - ele disse parecendo um pouco pensativo.

– Então porque ele não faz parte do culto, seja lá como chamam.

– É claro que ele participa... - ele disse e quase pude sentir ele ficando mais sombrio.

– Como assim?

– Oi Sara. - E lá estava Gil, de frente para a grande fogueira que se encontrava no centro do pátio, daquele estranho lugar.

– Gil? - eu estava assustada, e não sabia mais em que acreditar.

– Sou eu... - ele estava sério como eu nunca vi antes.

– Porquê? Você tinha me dito que não tinha nada haver com isso.

– As pessoas mentem o tempo todo Sara, porque eu não mentiria. - disse ele vindo em minha direção.

– Eu quero saber a verdade, toda a verdade! - eu disse tentando dar um passo para trás, mas fui segurada pelo braço pelo irmão de Gil que ainda estava ao meu redor.

– Solte ela Simon! - disse Gil com confiança, como se mandasse no irmão, penso assim pois o mesmo obedeceu rapidamente.

– Você estava nisso desde o começo? - eu disse agora andando em direção a Gil.

– Não, mas meu irmão me convenceu o que era melhor para mim, eu só precisava trazer você aqui para ser aceito, trazê-la para ser sacrificada como todos os outros, certo Simon?

– É claro que sim... Vê Sara, meu irmãozinho finalmente me ouve.

– Desde quando.... - eu respirei fundo, até os meus pulmões doíam. - Desde quando esta envolvido Gil?

– Desde cheguei na cidade, por isso me aproximei de você, fiz de tudo para ganhar a sua confiança e te trazer até aqui. - ele continuava sério, e agora o medo já tomava conta de mim.

– Os bilhetes? - eu disse já sentindo meus olhos esquentarem com as lágrimas.

– Era eu... Queria te assustar, te avisar...

– Brincar comigo! - eu disse baixo, quase para mim mesma.

Houve um silêncio, e por alguns instantes tudo que se ouvia era o vento uivando e batendo forte contra as árvores.

– Vocês vão me matar... - eu disse olhando em volta, pensando por onde escapar.

E foi quando a parte mais sinistra começou, dezenas de pessoas começaram a sair da mata escura e formar um circulo em volta de mim, meu coração bateu mais rápido, meu peito pulsava com a velocidade da minha respiração, e eu me diagnostiquei definitivamente desesperada.

– E Cath? Ela esta envolvida também?

– Não, ela não sabe de nada... Por isso tive que mata-lá na escola depois que você saiu. - disse Gil friamente.

– Oh meu deus. - e de alguma forma meu coração que já estava a mil, agora estava literalmente na boca. - E Greg?

– Também não, eu liguei para ele e disse que estava tudo cancelado, que meu irmão já tinha ido para outra cidade que eu não sabia qual era, e que me havia deixado para trás, e que assim ele não precisava sentir mais medo, que quando vão embora eles não voltam... Acho que ele acreditou.

– Porquê? Porquê fez tudo isso?

– Todos os sacrifícios, cada alma que mandamos para Deus. - agora era Simon quem falava. - Era tudo para conseguirmos o que o livro das almas dizia, a vida eterna.

– Livro das almas? - eu estava curiosa, se eu havia de morrer, pelo menos queria saber de tudo antes disso.

– O livro que Cath viu na casa de Nick, o livro que Hodges leu antes de ser atacado... - disse Gil novamente.

– Aquele livro não é de deus. - eu disse com certeza. - e Oliver veio até mim em passos largos e acertou um tapa forte em meu rosto que me fez cair com o impacto, já que estava bem enfraquecida com o acidente.

– NÃO FALE ISSO... É SIM DO SENHOR... É DE DEUS... É DE DEUS. - e de repente todos que estavam lá começaram a repetir o que Simon dizia em um tipo de coro sinistro, e eu pude perceber o quanto aquelas pessoas eram doentes.

Minha bochecha ardia, e meu coração doía em desespero... As lágrimas já começaram a rolar pelo meu rosto, afinal como pude ser tão boba e confiar tão facilmente, agora Cath estava morta e não havia mais esperança, Greg achava que tudo estava bem e eu não tinha mais ninguem que soubesse minimamente dessa história estranha, nem mesmo a fantasia de que meu pai ainda estará vivo podia me consolar, eu estava sem chão.

Eu olhei em volta, e meus olhos correram para Gil que continuava no mesmo lugar, seu olhar se dirigia ao chão e ao contrário daqueles malucos ele parecia estar pensando em algo por conta própria, o vi passando a mão em seu bolso e retirando uma pequena bola, como uma de golfe.

– Só falta dez minutos para a lua de sangue! - disse Simon parando de recitar aquelas palavras irritantes juntamente com sua tropa de loucos.

– O que é isso? O que é uma lua de sangue? - e agora todos aqueles olhos doentios estavam sobre mim.

– Acontece muito raramente de 20 em 20 anos, é a hora em que o ultimo sacrifício tem que ser feito. - falou Simon com confiança, assim várias pessoas começaram a caminhar em minha direção.

Eles iam me pegar e me jogar na fogueira, estava tudo acabado.

Até que o inacreditável aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Gostei muito de escrever e espero que também tenham gostado de ler, enfim até o grande final... o



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