– Sakura!? Você está bem!? - Ouvi a voz de Ino, quando ela entrou para me procurar no banheiro, a voz dela já parecia distante. - Gente, achei ela! - Ela gritou para o resto do pessoal que estavam do lado de fora, enquanto corria até mim. - Ei, você está bem? - Ela perguntou se ajoelhando ao meu lado. Não respondi. Estava distante, muito distante. Encarava o nada, meus olhos estavam opacos e eu não sentia nada. Escutei mais passos se aproximando.

– Meu Deus! - Tenten gritou, escondendo o rosto quando me viu. Sangue escorria pelos cortes em minhas pernas, eu estava pálida. - Precisamos fazer alguma coisa! - Ela começou a chorar e abraçou Neji, que me olhava com tristeza.

Eu me perguntava: Por que me encaravam desta forma? Não tem nada de errado comigo, tem? Só alguns cortes, eu estou bem. O problema? Eu não conseguia dizer isto para eles, minha voz não saía. Foi quando eu escutei a voz que mais amo no mundo.

– Sakura?! Meu Deus, o que houve com você?! - Senti ele se aproximando e se ajoelhando ao meu lado, enquanto passava os braços em torno de mim.

– Sa-suke... - Consegui murmurar, senti as lágrimas voltarem aos meus olhos. Ele apertou o abraço, enquanto virou o rosto para que pudesse me encarar. Passou o polegar pelas minhas bochechas, limpando minhas lágrimas.

– O que houve? - Ele perguntou calmo, agora alisando meus cabelos, em uma tentativa de me acalmar. Apenas ergui minha mão esquerda, que estava fechada e a abri, revelando o pingente quebrado, que cortava a palma de minha mão. Ele piscou algumas vezes e então pegou o pingente, me encarando em seguida. Comecei a chorar mais, sabendo o que ia acontecer em seguida, mas não veio o que imaginei, ele simplesmente me abraçou forte, me apertando em seus braços.

– Não seja tão dura consigo mesma. - Ele murmurou. - Eu amo você, não se culpe por isso, você fez o suficiente, você cuidou disso tanto, eu quero cuidar de você agora, então não se preocupe. - Eu o abracei de volta, chorando, agora de alegria, aliviada pra falar a verdade. Sasuke é a pessoa mais importante pra mim, não me imagino sem ele.

– Obrigado, Sasuke, mesmo. Eu te amo. - Falei, afundando minha cabeça no pescoço dele. - Obrigada por não desistir de mim. - Murmurei. Ele se afastou de mim e me beijou lentamente, nos separamos logo depois e ele me puxou para seu peito.

– Nunca, você sabe que eu nunca vou desistir de você. Agora vamos, temos que limpar esses cortes. - Disse me ajudando a levantar, mas eu já nem sentia minhas pernas mais, e quase caí quando fiquei em pé. Sasuke me amparou e colocou meu braço por cima de seu ombro, passando um braço pela minha cintura. - Consegue caminhar assim? - Perguntou, fiz um sinal afirmativo com a cabeça.

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Voltamos todos até a enfermaria, que apesar de não ser muito agradável pelos momentos que passamos antes ali, era necessário para conseguirmos os suprimentos e curativos. As meninas me ajudaram a limpar meus cortes e então enfaixamos algumas partes das minhas pernas que tinham uns cortes mais profundos. Um tempo depois eu já estava me sentindo melhor e já conseguia andar normalmente.

– Tem certeza de que já está bem? - Sasuke me perguntou pela trigésima vez desde que saímos da enfermaria para irmos até o terraço ver como estão Ino e Gaara. Já estamos no último mistério, eu queria tanto que tudo acabasse bem.