– Querida, acho melhor irmos embora. – falou Blair se desvencilhando do abraço e trazendo a filha consigo – Serena está me esperando, ainda tenho que dar as instruções para Dorotta fazer nosso almoço, ir até a Waldorf Designs...

– Na verdade eu gostaria que vocês almoçassem aqui hoje. Meu pai está fora a negócios, e eu tenho certeza que você pode ligar para Serena... E dizer que esta tudo bem. E quanto aos negócios, acho que até você chegar em casa, passar as instruções a sua empregada, ira demorar muito mais tempo.

Blair sorriu, mas seus olhos demonstravam raiva. Como ele conseguia ser tão irritante? Ela suspirou, tentando manter o controle e olhou pra filha. Amanda parecia tão feliz com a ideia...

– Por favor mamãe... Agora que eu conheci meu pai – fez cara de cachorrinho perdido.

– Claro, mas por favor. Não chame ele de pai. Amanda, você... Só não chame, tá? – pediu Blair com cuidado, Chuck sentiu que não era momento de intervir, então apenas falou que ia falar pra empregada por dois lugares a mais na mesa.

A verdade era que ele estava muito confuso com aquilo tudo, ter uma filha... Ele ainda estava em choque. Nem sabia ao certo se a menina era realmente sua filha, e convidar elas pra almoçarem ali... Realmente não era de seu feitio. Ele não poderia dizer que aquilo era um golpe, Blair tinha as melhores jóias, ia as melhores festas, tinha status.

Definitivamente não era interesse em seu dinheiro ou posição social.

Além do mais, se fosse o golpe do casamento, ela aplicaria em um dos homens ricos da alta sociedade que estão aos seus pés e não em um galinha que vive se envolvendo em escandalos.

Então só podia ser verdade.

Mas nada se provaria até o exame de DNA, certo?

Bom, em seu coração, Chuck já sabia a verdade.

[...]

Blair andava de um lado para o outro na cozinha, a empregada dos Bass fazia o almoço enquanto Amanda a enchia de perguntas, cada uma mais bizarra que a outra. A morena estava nervosa, queria sair dali o quanto antes possivel, mas nao podia negar isso a filha. Ela já tinha sido esperta o suficiente pra encontra-lo, então agora que o conhecesse.

Tudo poderia estar em ordem se não fosse a curiosidade da menina... Porque mesmo que ela tinha que ter herdado os genes da mãe? Era tão impossivel quanto Blair era, quando queria algo. As vezes até pior, considerando a idade.

Ai, ela queria um buraco pra se esconder.

– A senhorita poderia ir até a sala de jantar? Logo estarei servindo e...

– Eu terei que ficar junto dele? - Blair perguntou, horrorizada com a ideia que a empregada lhe apresentou

– Vamos mamãe, eu quero conhecer melhor o pap... Senhor Bass - ela se corrigiu ao ver o olhar severo da mãe. - Quero conhece-lo.

– Amanda, você me mete em cada uma filha... - Blair suspirou - Vamos. Mas só porque você esta pedindo com muito jeitinho, e eu realmente preciso falar com ele. Afinal de contas...

As duas sairam da cozinha - Blair com uma expressão de desgosto e Amanda com o maior dos sorrisos no rosto - e foram para a sala, onde Chuck tomava um gole de seu uísque importado. Ele tinha a mesma expressão de sempre, de superioridade e um sorriso de canto. Maldito sorriso.

– Sr. Bass, a mamãe esta tão chateada por o que eu fiz. - Amanda se sentou ao lado do suposto pai.

– Eu imagino. Afinal a senhorita veio até aqui sem autorização dela, qualquer mãe preocupada se aborreceria - ele falou e Blair apenas revirou os olhos. Só o que faltava era ele bancar o puxa-saco. - Sente-se Blair, por favor.

Ela o fez, ainda que a contragosto.

– Não vai me convencer com essa atitude de pai bondoso... Alias nem sei como pode acreditar com tanta facilidade, quer dizer, eu tenho certeza do que falo, mas sem teste de DNA... Ela definitivamente não te chamara de pai antes disso. - Blair soltou as palavras, sem se importar que a filha estivesse ali.

– Confio em você Waldorf. - ele simplesmente falou - E confio que a genética de outra pessoa não faria esse sorriso na menina.

– Eu tenho o seu sorriso, não é mesmo? - Amanda sorriu ainda mais feliz.

– Minha mãe diria que é a minha cópia - Chuck confessou.

– Sério? E onde ela está?

– Infelizmente ela morreu quando eu ainda era da sua idade - ele contou, Blair não pode deixar de sentir pena dele quando viu a tristeza com que ele falava do assunto. - Mas não vamos falar disso, não agora. - ele voltou a sorrir.

– Tudo bem - a menina sorriu de canto - O que você mais gosta de fazer pap... Senhor Bass - Amanda se corrigiu novamente.

– Viajar. Londres principalmente. Alias vou viajar até lá semana que vem, se você e sua mãe quiserem me acompanhar... São mais do que bem vindas. - ele as convidou. Amanda só faltou pular de felicidade. Alias não faltou, ela pulou, abraçou o pai... Não podia estar mais feliz.

– Isso é serio Charles? - Blair perguntou com frieza e ele assentiu, com a menina em seu colo lhe abraçando - Mas... Que tolice. Claro que não vamos. Ainda nem foi feito o maldito teste de DNA!

– Se eu quiser ele fica pronto amanhã de manhã, afinal eu sou Chuck Bass! - falou como se aquilo fosse apenas um mero detalhe.

– Ah sim, você é Chuck Bass - ela revirou os olhos.

– Aceita ou não? - ele perguntou com as sobrancelhas arqueada, no colo dele Amanda implorava que a mãe deixasse

– Argh... - ela olhou para a filha, a menina tinha os olhos marejados. - O que eu não faço por você hein Amanda?

A menina voltou a abraçar o pai e os dois comemoraram, afinal Chuck podia gostar dessa ideia de ser pai.