Memórias escrita por natthy


Capítulo 3
Capítulo 3




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Galera, por favor, dêem uma olhadinha no aviso no fim do capítulo, ok?


Memórias

Capítulo 03

Edward

Após Carlisle sair da sala e ela se acalmar, ficamos conversando por duas horas inteiras – o que era bastante tempo pra mim, considerando que eu nunca passara tanto tempo com uma paciente antes. Conversávamos sobre banalidades, coisas completamente sem importância, e eu evitava ao máximo tocar no assunto anterior, que a levou as lágrimas. Não queria vê-la chorando de novo. Nunca mais.

Ela era muito bonita para chorar; lágrimas não combinavam com seu rosto.

Não sei dizer o que aconteceu comigo lá dentro, mas estar com ela me trazia uma sensação tão boa!

Era como se eu tivesse conseguido congelar o tempo – mesmo que as duas horas tivessem passado rápido demais – e, de alguma forma, conseguido cumprir por Carlisle a sua promessa. Eu estava conseguindo fazê-la feliz!

Mesmo que por breves duas horas.

Mas ela estava feliz e isso era tudo o que importava.

Por um momento, eu percebi que ela estava se sentindo tão estranha quanto eu, mas depois ela ficou completamente à vontade para puxar assunto também. Isso foi reconfortante - eu não queria ser um pé no saco para ela. Mas assim que ela abriu aquele sorriso, todos os meus medos e inseguranças se esvaíram. Afinal, ela estava sorrindo daquele jeito pra mim! O que mais poderia me amedrontar? Absolutamente nada.

Desde que eu passara por aquela porta pela primeira vez, o que mais me cativou e me chamou a atenção foi seu lindo sorriso. E, bem, modéstia parte, de alguma forma, eu consegui fazer com que ela sorrisse muitas vezes.

E eu me deliciava cada vez mais com essa visão.

Cada vez que ela sorria, seus lindos olhos brilhavam em uma intensidade tão forte que eles praticamente me hipnotizavam, e ela sempre acabava corando quando percebia que eu estava a encarando – não havia outro termo para descrever.

Era uma sensação estranha e completamente nova pra mim, mas apesar da forma de ter conhecido a Bella, eu estava muito feliz por tê-la ao meu lado. Mesmo que por breves duas horas por dia.

# Um mês e meio depois #

Estava andando rápido pelos corredores do hospital.

Correndo, praticamente.

Eu não podia deixar que me pegassem, então a única forma de conseguir realizar meu objetivo era correr.

Ri sozinho, de mim mesmo. Quem diria que o ‘certinho’ Edward Cullen contrabandearia chocolate para uma paciente, huh?!

Bom, mas esse era um outro caso. Uma história diferente. Eu realmente precisava fazer isso!

Por Deus, como uma pessoa consegue sobreviver sem nem ao menos conhecer o sabor do chocolate?! Ninguém podia me castigar por estar levando o paraíso a uma pessoa. Deveriam me agradecer, na verdade.

Desde minha última conversa com Bella, eu não conseguia tirar da cabeça que ela nunca experimentara chocolate e nem sorvete. O máximo de doce que já saboreou foram os bolos caseiros que sua mãe fazia, quando ainda era viva. E, bem, isso fora há bastante tempo atrás. Ela merecia uma folga das comidas de hospital! Não que uma barra de chocolate fosse comida, mas enfim...

Bati três vezes levemente na porta, com medo de acordá-la, caso ainda estivesse dormindo.

“Entre, Edward.”

Sorri ao ver seu enorme sorriso de ‘boas-vindas’ direcionado a mim. Eu não podia acreditar em como estava me deixando ser envolvido por uma paciente; mas também não podia deixar de me envolver. Amaldiçoei-me mentalmente por todas as besteiras que pensei de Carlisle. Agora eu podia entendê-lo.

“Como vai?” Perguntei sorrindo.

“Bem, obrigada. E você?”

“Muito bem, também.” Melhor agora, na verdade.

Bella ergueu uma sobrancelha, questionando-me em uma pergunta muda que entendi claramente, sobre o por que de estar com as mãos para trás do corpo. Se fosse em qualquer outra ocasião, eu já teria chegado perto de sua cama para afagar seu cabelo, como sempre fazia quando chegava pela manhã.

“Bem...” Sentei-me em uma cadeira ao lado de sua cama. “Saiba que se descobrirem, eu serei expulso do continente!” Murmurei baixo, em tom de segredo. Bella apenas riu e revirou os olhos, diante de meu exagero. “Não ria, eu falo sério!” A repreendi, sorrindo. “É o seguinte: lembra-te sobre o que conversamos ontem? Pois bem, tenho em mãos um pedaço do paraíso! O qual você certamente terá de dividir comigo.” Brinquei.

“Não me enrole!” Ela repreendeu. “Estou ansiosa. Diga logo o que é!”

“Tchã-rã!” Murmurei em forma de suspense e lhe entreguei a barra de chocolate.

Assisti seus olhos brilharem e se encherem de vida como nunca havia visto antes. Sorri, orgulhoso de mim mesmo.

Bella abriu a barra de chocolate e enfiou um grande pedaço na boca.

“Isso é tãããão bom!” Ri, enquanto ela aumentava a palavra e falava com a boca cheia. “Opa. Desculpa. Estou sendo mal educada... Você quer?”

“Não, obrigado. Pode comer... Alice leva vários desse para a escola todos os dias. Qualquer coisa, depois eu roubo mais alguns dela.” Dei de ombros.

“Bom, eu acho que deveria ficar com raiva por você ter roubado o chocolate de sua irmã mais nova, mas isso é bom demais para fazer com que eu me sinta culpada.”

.

Conversamos, rimos e brincamos por mais ou menos meia hora. Apesar de não acontecer nada de extraordinário em minha vida, Bella parecia estar sempre curiosa sobre o que acontecia comigo e com Alice. Se as duas se conhecessem, não duvido nada que se tornariam grandes amigas.

O que me deixava incrivelmente feliz.

Bella demonstrava ter um carinho especial por crianças, e isso me deixava fascinado, imaginando como seria, caso Alice pudesse fazê-la uma visita.

Não que não seja como se elas já se conhecessem, afinal de contas, eu falo tanto de Bella para Alice, que a pequena já até me dá conselhos. Conselhos!

Não que eu vá segui-los algum dia... Mas até que Alice deu uma dentro, concordando com o chocolate-importado-ilegalmente, e me dando o melhor de todos os seus, para que eu pudesse trazer.

Bem, mas por outro lado, enquanto eu conto cada detalhezinho de meu dia, eu não sei absolutamente NADA da vida de Bella. A não ser que sua mãe morreu há alguns anos atrás, que fora do hospital ela divide uma casa com seu pai e seu irmão mais novo e que ela ama demais esse seu irmão.

Fora isso, nada!

Já tentei puxar assunto algumas vezes e perguntar algumas coisas de sua vida também, mas ela sempre acabava mudando de assunto e fugindo da pergunta.

Algo em mim me dizia que isso não era bom, mas eu tentava ignorar essa voz em minha cabeça. Pensar em coisas negativas nunca foi o meu forte.

E se eu começasse a pensar demais sobre isso, eu ficaria meio que obsessivo pela resposta. Ela não tentaria fugir da pergunta caso não houvesse nada demais, certo? Mas eu sabia que não podia agir assim. Eu sou seu médico e não seu pai. Eu não posso exigir nada dela, muito menos uma resposta pessoal.

Três batidas na porta despertaram-me de meu transe.

“Entre.” Bella pediu.

Uma mulher abriu um pequeno pedaço da porta, de forma que somente sua cabeça aparecesse.

“A Srta. Swan poderia estar recebendo visit-“ A enfermeira não pôde terminar sua pergunta, já que um garotinho empurrou a porta e entrou no quarto correndo em direção a cama.

“Bella!” Ele gritou e se jogou em seus braços.

Isso não era bom, afinal, ela tinha uma agulha no braço levando soro para seu sangue, mas eu resolvi não interferir.

“Oh, Emm, que saudade!” Bella murmurou com lágrimas nos olhos, enquanto abraçava fortemente quem eu imaginava – por causa do tamanho e do apelido – ser seu irmão.

“Eu estava com tanta saudade...”

“Eu também meu anjinho, eu também.” Ela murmurou e deu um beijo estalado em sua bochecha, enquanto Emmett se aconchegava em seus braços.

“Papai não me deixou vir te ver, acredita?” Ele murmurou ultrajado. “Eu tive que aproveitar que ele foi pescar fora da cidade para vir te visitar. Tive que vir SOZINHO! Que absurdo! Ainda bem que a mamãe do Jazz me ajudou a achar o caminho.”

Bella abriu um pequeno sorriso triste. Eu não gostava desse sorriso. Sua expressão era de quem sente dor. “Sim, meu amor, eu acredito em você. E não ligue para isso, está bem? Assim que eu fizer 18 anos, eu te tiro de lá e nós dois vamos morar sozinhos e bem longe daqui.” Ela fechou a cara e ralhou com ele. “Você lembrou de agradecer a ela, mocinho?”

Opa! Morar longe daqui? Senti lágrimas involuntárias aparecerem em meus olhos. Eu não queria ficar longe dela. Eu não conseguiria... Céus, eu sequer podia!

Sua última frase me abalou – surpreendentemente – de tal maneira, que fez com que a informação anterior sobre seu pai passasse despercebida. Como assim um pai não deixa os irmãos se verem?


Bom, primeiro de tudo, por favor, por favor, NÃO ME MATEM ! Eu tenho uma boa desculpa pelo gigantesco atraso.

Eu não abandonei e nem irei abandonar a fanfic. Assim como não abandonarei a "Just wana be with you" e nem a "Friends will always be friends" - apesar de estar há um bom tempo sem postar na última.

É o seguinte: tenho provas finais, trabalhos ENORMES de reposição para terminar de fazer (ODEIO COM TODAS AS FORÇAS A GRIPE SUÍNA!), uma formatura pela frente e ainda as provas de concurso. Sem falar nas provas do curso de inglês!

Esse capítulo nem ia sair hoje, nem eu mesma sei como ele saiu!

Desculpem pela demora; pelo capítulo que não ficou muito bom e pelos erros de português, caso tiver - não tive tempo para revisar. Daqui a duas semanas no MÁXIMO tudo voltará ao normal e então eu postarei com mais frequencia. Foi mal meeesmo! Assim que der atualizo as outras duas também. Amo vocês!


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