Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana


Capítulo 9
IX - O Feitiço


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeee! Boa tarde amores of my life... (hihi)!!!
Enfim, trouxe o capítulo nove para vocês, espero que gostem. Desculpem a demora, eu estava meio que sem saber como colocá-lo no papel (coisa da minha cabeça embaralhada.. kkkkkk)

É isso, divirtam-se... Seus lindos!



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Flashback, 1998 (Salvation – Iowa)

Dean havia combinado com Sarah, de sair às duas da manhã, porque geralmente era a hora em que Bobby terminava uma garrafa de Whisky e estava bêbado o suficiente para colocar a cabeça no travesseiro e dormir feito uma pedra. Porém o loiro acabou escapulindo pela janela, meia hora antes, na tentativa de evitar que Sarah o seguisse. Pensou de dessa forma a garota desistiria daquela ideia louca de ir atrás dele.

A loira desceu no horário marcado, cuidando para não fazer barulho e não entregar o que os dois pretendiam fazer. Esperou por Dean, cerca de meia hora, antes de resolver subir para ver o porquê da demora.

Entrou no quarto do rapaz e descobriu o lugar completamente vazio, a cama arrumada, o abajur no chão e a janela aberta. Seguiu até a janela e viu uma corda pendurada nela. Aborreceu-se profundamente. Desceu as escadas sem se importar em fazer barulho.

Sam acordou assustado quando ouviu a porta da frente bater com força e desceu correndo as escadas. Encontrou Sarah retirando as correntes da bicicleta e se preparando para entrar na mata atrás de Dean. Quando ela o encontrasse, Deus sabe o que aconteceria.

– O que você está fazendo? Para onde está indo? – falou o moreno se aproximando.

– Vou atrás do idiota do seu irmão. – respondeu a garota que finalmente conseguiu tirar a corrente.

– Eu não vou deixar você ir.

– O que pretende fazer? – Sarah encarou Sam. – Eu sou maior que você.

– Eu sou mais velho e mais forte. – respondeu ele. – E sei colocar uma pessoa para dormir em dois segundos.

– Você não faria isso comigo.

– Quer pagar para ver?

– Samuel Winchester, se você se atrever a encostar em mim, eu juro por Deus que eu nunca mais falo com você, enquanto eu viver. – falou ela e encarou o rapaz que respirou fundo. Com a reação dele, Sarah puxou a bicicleta para perto dela e montou.

– Se eu não posso lhe impedir... – Sam pegou a chave que Sarah havia jogado no chão e tirou a corrente da sua bicicleta também. -... Eu vou com você.

– Nem pense nisso. – falou Sarah e desceu da bicicleta. – Você não vai arriscar a sua vida por minha causa.

– E você quer arriscar a sua? – gritou Sam. – Dean é um caçador, sabe o que faz. O que você vai fazer lá?

– Ajudar.

– Em que? – falou ele seriamente. Sarah respirou fundo. – Sabe ao menos como mata um vampiro?

– Corta a cabeça. – respondeu ela rapidamente.

– Não estou vendo um facão. – Sam encarou a menina. – Desista de ir.

– E o Dean?

– Eu vou acordar o Bobby e ele vai procurar pelo meu irmão. – respondeu Sam.

– Okay. – falou Sarah fingindo dar-se por vencida. Sam saiu da bicicleta e os dois seguiram para dentro de casa. O moreno deixou a garota no andar de baixo enquanto subiu para acordar Bobby e Sean.

Aproveitando o descuido de Sam, Sarah correu até onde havia deixado a bicicleta, montou e saiu rápido. Pegou a rua principal, depois o campo e por fim, entrou na floresta.

Flashback Off.

Salvation – Iowa, Duas semanas depois:

Sarah estava deitada no chão, buscando ar para se recuperar dos treinos. Ela nunca imaginou que Sam pegaria tão pesado com ela. Pesado no sentido de já estarem treinando a mais de cinco horas, parando apenas para tomar água.

– Vamos lá, Sarah! Levante-se. – falou o moreno. Esticou a mão para a garota que segurou e foi posta de pé.

– Você é forte demais. – falou ela ainda pegando fôlego. – e rápido também.

– Acredite em mim quando eu digo que eles são mais. – falou Sam em referência aos demônios.

– Eu não consigo mais. – falou ela curvando-se e tocando no joelho.

– Eu disse para você que ela não durava muito. – falou Dean sentado em cima de um carro antigo, tomando uma cerveja. – Espero que seja melhor em fazer magia.

– Cala a boca, Dean. – falou a garota. Esticou o braço na direção do loiro e fechou a mão. A garrafa de cerveja, que ele segurava, explodiu.

– Você é louca? – gritou o loiro sacudindo a mão e tentando enxugá-la na camisa.

– Seus poderes estão melhorando. – falou Sam.

– Obrigada. – agradeceu a garota e sorriu. – O meu tio tá sabendo me treinar direito.

– Por falar em treino, acabou a pausa. – falou o moreno e ergueu as suas duas mãos na frente da garota. – Tenta acertá-las com um chute.

– Eu já disse que eu não consigo. – falou a loira.

– Usa a mágica, senhorita moleza. – falou Dean pirraçando.

– Ótima ideia. – falou ela e virou a mão na direção do loiro.

– Eu estou brincando. Eu estou brincando. – falou o loiro assustando-se. Sarah começou a rir.

– Frouxo. – falou ela.

– Eu não sou frouxo. – respondeu o loiro.

– Prove. – desafiou Sarah e Sam levantou uma das sobrancelhas. Não acreditou que a garota estava desafiando Dean. – Sam, se importa?

– Claro que não. – falou o moreno e seguiu até onde estava o irmão. Dean, por sua vez, saiu de cima do carro, retirou a camisa azul marinho e seguiu para onde Sarah estava. Usando apenas uma camisa cinza e a calça jeans. Ele jogou o pescoço para um lado e para o outro e colocou as mãos na frente do rosto.

– Pode vir. – falou o loiro. Sarah sorriu e também colocou as mãos na frente do rosto. Com rapidez e sem que Dean esperasse, ela deu uma tapa no rosto dele e voltou a por a sua base.

– Eu não acredito nisso, Dean. Você apanhou para a Sarah? – perguntou Sam rindo muito.

– Ela só me pegou desprevenido e além do mais, eu sou um gentleman. – falou o loiro e então, recebeu outra tapa de Sarah. – Agora já chega. – Ele correu na direção da mulher que, com medo, deu a volta em alguns carros, tentando fugir de Dean que estava em seu encalço. Usando a magia, ela colocava coisas na frente dele, para impedi-lo, mas ele pulava ou empurrava as coisas para longe.

– Não fiquem nisso o dia todo. – falou o moreno balançando a cabeça, como se tivesse sido vencido pelo cansaço. – A aula acabou por hoje, Sarah.

– Obrigada, professor. – falou ela com um pouco de dificuldade, porque ainda corria. Sam entrou na casa segundos antes de Dean conseguir pegar Sarah pelo braço e a derrubar em uma poça de lama, próximo ao lago. – Okay, valentão. Agora que me pegou, o que vai fazer? Ainda posso fazer esse galho... – A mulher olhou para cima e Dean a acompanhou. Havia um pedaço de madeira, se aproximando dos dois. -... Cair em sua cabeça.

– Não se suas mãos estiverem presas. – falou ele e prendeu os braços de Sarah acima da cabeça da garota. O tronco despencou no chão, alguns metros de distancia dos dois. O rapaz a encarou seriamente.

– Não se atreva a fazer isso, Winchester. – falou ela prevendo o que estava para acontecer.

– Fazer o que? – perguntou Dean analisando cada parte do rosto da mulher, com aqueles grandes olhos verdes.

– Você sabe! Me beijar. – falou ela encarando o loiro que começou a se aproximar devagar da garota e chegar a quase encostar a sua boca na dela.

– Só em seus sonhos. – Ele sorriu vitorioso. - Eu nunca mais vou beijar você. – falou ele e Sarah se irou. – Eu aprendi com o primeiro chute. – Dean estava provocando a garota e a havia feito parecer uma adolescente idiota. Ela jogou o peso do seu corpo contra o dele e se libertou. Levantou-se com muita raiva. – O que foi? Está com raivinha?

– Você poderia ser mais criança que isso, Dean? – gritou ela e sentiu uma força sair de seu corpo. Achou que fosse porque estava chateada e que aquela fosse uma forma de se livrar de todo aquele estresse. – Vai se ferrar.

Ela limpou um pouco da lama e entrou na casa rapidamente. Dean ficou no chão rindo muito, ao ponto de lhe doer a barriga. Sarah passou por Sam e nem deu resposta, quando ele questionou o porquê dela estar completamente melada de lama. Subiu até o seu quarto e se trancou. Dean ia lhe pagar, era questão de tempo.

...~...

O relógio marcava dez e meia da manhã quando Sarah desceu de seu quarto. Estava tão cansada aqueles dias, que simplesmente dormia ao colocar a cabeça no travesseiro. Sam estava sentado na cozinha, conversando com Bobby que fazia o almoço.

– Bom dia! – falou ela e se dirigiu até a geladeira. Pegou um pouco de suco e colocou em um copo.

– Bom dia, dorminhoca. – respondeu Bobby. – Sam já estava sentindo a sua falta.

– Foi mesmo, Sammy? – falou ela e se sentou na cadeira em frente a de Sam.

– Estava comentando que você tem melhorado no treinamento. Conseguiu bater no Dean, ontem.

– Ele é um babaca. – falou Sarah ficando séria.

– Por falar nele, alguém o viu? – perguntou Bobby. – O impala não está ai.

– Ele saiu sem dizer nada? – perguntou Sarah.

– Eu também não o vi. – respondeu Sam. Imediatamente ao se calar, o loiro entrou pela porta.

– Que noite. – falou ele sorrindo.

– O que aconteceu? – perguntou Bobby.

– Não faço a mínima idéia. Só sei que acordei em um motel, ao lado de duas garotas, espelhos por toda a parte e tinha roupa até no lustre. Isso é o que eu chamo de ménage. – falou ele e sorriu.

– Informação demais, irmão. – falou Sam e pigarreou como se dissesse que era para ele maneirar por causa da garota que estava sentada na cadeira.

– Desculpa, eu não sabia que tínhamos uma garota em casa. – falou ele e sorriu desconcertado. Sarah encarou o rapaz seriamente.

– Não comece a palhaçada. Acabei de acordar e não estou de bom humor. Quer dizer, para você eu nunca estou de bom humor.

– Calma lá, gatinha! Eu nem te conheço. – falou ele sorrindo e encarando Bobby e Sam que franziram o cenho.

– Você está falando sério? – perguntou Bobby.

– Mas é claro que sim, eu lembraria se a conhecesse. – falou ele.

– Dean, é a Sarah. – respondeu Sam e o loiro colocou um bico. – Sarah Singer, sobrinha do Bobby. – Dean ergueu a sobrancelha ao perceber quem era a garota.

– Oi Sarah! – falou ele ficando surpreso. – Mas ela não tinha morrido? Quando tinha quinze ou dezesseis anos?

– Dean, você está bem? – falou Sarah.

– Eu estou bem. Porque eu não estaria?

– Porque vocês e a Sarah estão em minha casa já há duas semanas. – falou Bobby.

– Não! Estávamos procurando pelo papai. – falou o loiro.

– Seu pai está morto, garoto. – continuou o velho caçador, se aproximando do rapaz.

– Claro que não. – falou ele. – Sammy, diga a eles que ontem mesmo o papai nos ligou, dizendo para não procurá-lo. Nos mandou resolver aquele assunto do espantalho.

– Dean, isso foi há quatro anos. – falou o moreno. – O que aconteceu com você?

– Quatro anos? Está ficando louco? Foi há dois dias.

– Não Dean. – Sammy se levantou e se aproximou do irmão. – O papai morreu quando vendeu a alma pra trazer você de volta. Quando você quase morreu, depois do acidente. Lembra?

– Não. – respondeu ele. – Sam, isso não tem graça.

– Eu não estou rindo. – respondeu o irmão mais novo. – Daí eu morri e você vendeu a sua alma e me trouxe de volta, depois morreu, foi para inferno e Castiel te tirou de lá.

– Castiel? – perguntou. – Quem diabos é Castiel?

– Eu sou. – falou o anjo aparecendo mais atrás.

– Oh droga! – o loiro se assustou com a aparição repentina do anjo. – Isso foi ótimo, assustador, mas ótimo. Você vai ter que me ensinar como aparecer assim.

– Ele está bem? – perguntou o anjo de sobretudo.

– Não sabemos. – concluiu Bobby. – Parece que ele esqueceu os últimos quatro anos.

– Castiel, você sendo um anjo, pode descobrir o que há de errado? – perguntou Sam.

– Anjo? – perguntou Dean e encarou o moreno. – Isso não existe.

– Longa história, Dean. Vai por mim.

– Eu posso descobrir o que houve, mas você vai ter que ficar imóvel, porque vou analisar a sua alma e para isso, eu tenho que tocá-la.

– Okay, ninguém vai tocar em minha alma. – falou o loiro. – Sem chances. – Ele deu as costas para o grupo e se virou, mas ao fazê-lo, Castiel apareceu na frente dele e colocou a mão na altura de seu coração. Bobby e Sam seguraram o rapaz para que ele não se mexesse. Cerca de um minuto depois, Castiel liberou o loiro que começou a respirar fundo.

– Ele foi enfeitiçado. – concluiu o anjo.

– Enfeitiçado, por quem? – perguntou Bobby. Todos olharam para Sarah.

– Não olhem para mim. Eu nem sei lançar feitiço. – falou a loira.

– A assinatura é sua, Sarah. – falou Castiel.

– Qual é gente? Eu só consigo fazer as coisas levitarem e explodirem. - respondeu ela aflitamente. – Eu não sou uma bruxa completa ainda, não sei conjurar um feitiço. Ainda mais para apagar a memória.

– Não é um feitiço de apagar memória, como outro qualquer. – falou Castiel. – Esse é mais especifico.

– Como assim? – perguntou Sam ao lado do irmão. Dean estava sentado no sofá, ainda sentindo suas tripas se revirarem.

– Dean perde quatro anos, a cada noite dormida. – falou o anjo.

– Minha nossa. – falou Bobby.

– Quer dizer que em sete dias e meio, ele será apenas um bebe. – concluiu o anjo.

– Sarah, como você fez isso? – falou Sam.

– Eu não sei. – respondeu ela.

– Pensa garota. – falou Bobby. – Pode ter sido em um momento de raiva. Alguma coisa que você disse.

– Droga! – falou ela e fechou os olhos, na tentativa de lembrar-se do dia anterior. – Merda.

– O que?

– Eu perguntei se ele não poderia ser mais criança do que estava sendo. – falou a garota. – Droga, ele estava sendo infantil comigo.

– Meu Deus. – falou Sam.

– Desculpa, eu não sabia que o que eu falasse estava valendo.

– Sarah, você é uma bruxa. A sua palavra tem mais poder do que a de qualquer outro. Tem que tomar cuidado com o que deseja. – falou Bobby seguindo até a sua biblioteca.

– Você não pode curá-lo, Cas? – perguntou o moreno.

– Não posso. – falou o homem. – Somente o bruxo que conjurou o feitiço pode acabar com ele.

– E agora, o que faremos? – falou Sam.

– Só tem uma coisa. – respondeu Bobby e entregou um livro para Sarah. – Vamos começar a pesquisar uma forma de desfazer isso.

...~...

Era a quarta vez que Dean havia bocejado enquanto lia um livro extremamente grosso falando sobre bruxaria. Ele nunca foi fã daquilo, nem de pesquisa e nem de bruxas. Achava-as nojentas porque sempre deixavam seus fluidos por onde quer que fosse. Achava aquilo até o momento, porque Sarah não parecia ser nada daquilo. Muito pelo contrário, era um mulher muito bonita, ao seu ver.

Pegou o seu livro e seguiu até o sofá, onde a garota estava extremamente preocupada em achar um feitiço que desfizesse aquilo tudo. Sentou ao lado dela e puxou assunto.

– Porque ficou com raiva de mim? – falou ele.

– Porque você é um babaca. – falou ela e lembrou-se do que o tio disse. A palavra tem poder. – Quero dizer, porque você me tira do sério.

– O que foi que eu fiz?

– Esquece, Dean. – falou a loira. – Vamos achar um jeito de te trazer de volta.

– Eu sei que vão e escuta, você não fez por mal. – ele sorriu. – Não fica se sentindo culpa, está bem?

– Não vai pensar assim quando você se tornar criança outra vez. – falou ela. – Eu odeio ser bruxa. Até agora não me ajudou em nada. Apenas me colocou em perigo e me obrigou a ferir aqueles que estão cuidando de mim.

– Ninguém nasce sabendo de tudo. – falou ele e sorriu. – Você vai aprender a controlar isso. Eu tenho certeza.

– Como você ficou tão chato em quatro anos? – falou a garota e sorriu. Dean também sorriu e se levantou de onde havia sentado, seguiu até Sam e Bobby que estavam na mesma situação. Tinham que achar um feitiço que desfizesse aquilo, o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

É isso amores!!!
Um enorme beijo em vocês...
Suas Deangirls,

Flávia Rolim e Karol!



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