Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana


Capítulo 7
VII - Beijo, Virgindade e Demônios


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!!!
Gente, que coisa mais linda é ver os comentários de vocês sobre a nossa historinha. Eu fico dando pulos de alegria quando os leio. Por isso agradeço de coração a McQueen, Miss Hunter, My Name Is Death, Luana Pimenta, Verônica Winchester (e a amiga linda dela) e Acklesdede2014... vocês são uns anjinhos... obrigada mesmo!!
Enfim, espero que gostem desse novo capítulo!!!



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Eram cinco horas da manhã quando Sarah se levantou. Depois de tanta raiva que passou no dia anterior, era natural que seu corpo e sua mente não parassem em momento nenhum, o que lhe custou uma noite de sono.

Desceu as escadas e seguiu na direção da cozinha. Estava louca por uma cerveja porque desde quando chegou, seu tio não deixou que ela bebesse nem um gole das que estavam na geladeira.

A mente da garota não saia da discussão que tivera com o Dean no dia anterior. Achou que foi a coisa mais idiota que ela algum dia contou para alguém. Deveria ter guardado aquela droga de “eu já te amei” para ela mesma. Assim não daria a Dean um motivo para zoá-la quando estivesse irritado com ela.

Abaixou-se na geladeira e pegou uma cerveja que não era tão boa, mas de todas aquelas que estavam ali, era a melhor. Bebeu o que estava na garrafa de uma vez, parecendo que era água.

– Você é frustrante. – falou uma voz vinda do escritório de Bobby. Sarah se virou e encontrou um Dean tão bêbado que não conseguia ficar em pé se não estivesse apoiado no arco da porta.

– Vai se ferrar. – falou ela e respirou fundo. – quer saber, não vale a pena discutir com você estando nesse estado. Toma um banho gelado e cura essa tua ressaca. Quando estiver sóbrio você fala comigo. – Ela seguiu em direção as escadas outra vez, mas antes que pudesse passar pelo escritório do tio, Dean segurou em seu braço. Sarah olhou para baixo e respirou fundo.

– Eu não estou bêbado e você continua sendo uma vadia. – falou ele e bebeu da garrafa de whisky em sua mão. Sarah ia dizer alguma coisa ou avançar em cima de Dean e só Deus sabe o que aconteceria, mas percebeu que realmente era perda de tempo.

– Me dá essa droga de garrafa. – falou ela tentando alcançar a garrafa. Dean colocou a mão para trás e para o alto. Sarah não alcançaria ali. Ela era considerada alta por ter um metro e setenta e três, mas Dean conseguia ser ainda mais alto que ela, cerca de doze centímetros. – Eu não vou pedir uma segunda vez.

– Se eu não der você vai fazer o que? – perguntou ele embolando ao falar, vez ou outra. Sarah o encarou por um minuto e então acertou um chute fraco na parte de trás do joelho do loiro. Dean, que já não conseguia manter seu equilíbrio, caiu no chão. A loira passou por ele e tomou a garrafa da sua mão, mas ao retornar, Dean segurou no tornozelo dela, enquanto ela andava. O que resultou em uma queda feia e inesperada.

O loiro sorriu e se arrastou até onde Sarah se recuperava da queda e subiu em cima dela. Prendeu os seus braços acima da cabeça e a encarou.

– Você não vai fazer isso comigo e sair assim, como se não tivesse feito nada.

– Depende do que você está falando. – falou ela seriamente. Estava ficando com raiva.

– Das duas coisas. – respondeu o loiro. – Da parte que você diz que me ama e de ter me derrubado.

– Amava. – respondeu ela. – Está no passado.

– Não há nenhuma mulher nesse mundo que deixe de me amar.

– Além de cretino é convencido.

– Eu vou te mostrar que é a verdade. – falou o loiro e antes que Sarah, sequer presumisse o que estava pra acontecer, Dean a beijou. Os lábios dele acariciavam os dela devagar, sentindo cada sensação que o toque proporcionava. Até que Dean caiu para o lado, gemendo depois que Sarah o atingiu com uma joelhada entre as pernas. – Sua filha da mãe.

– Já que você gosta de seguir regras, aqui vão as minhas. – Ela se segurou em uma mesa e se levantou. – Não tente me beijar ou vai parar em um pronto socorro.

...~...

– Dessa vez, eu juro que a mato. – falou Dean gemendo no sofá. Sam trouxe um pacote com gelo e o loiro colocou entre as pernas. – Eu acho que vou precisar de um médico.

– Deixa de ser frouxo. – falou Sarah encostada na parede. Já não estava mais de camisola. Havia tomado um banho e agora usava um short jeans curtíssimo, uma blusa preta e por cima uma jaqueta jeans sem manga. Botas completavam o look. – Eu nem bati com força.

– Eu tentei me redimir, Sarah. – falou Dean. – Deus sabe que eu tentei, mas se você quer guerra, está declarada a guerra.

– Olha como eu estou tremendo de medo. – falou a jovem sacudindo os braços. Antes que pudesse abaixá-los, mostrou os dois dedos do meio para Dean que bufou de raiva.

– Cuidado que todo esse ódio reprimido, pode tomar um caminho bem diferente. – falou Bobby. – Foi assim comigo e com a Karen, minha esposa.

– Tio. – gritou Sarah.

– Eu estou brincando. – falou o velho caçador. – mas me diga, o que foi que o Dean fez para merecer esse castigo?

– Você fala ou eu falo? – perguntou Sarah de braços cruzados e encarando o rapaz.

– Tira esse sorrisinho cínico da cara. – falou o loiro.

– Ele me beijou. – falou ela e Bobby virou rapidamente para ele.

– Ele fez o que?

– Me beijou. – Bobby se aproximou do loiro seriamente.

– Eu estava bêbado. – falou Dean encarando o velho caçador.

– Okay, isso já era para ter sido dito há muito tempo. – falou Bobby. – Nem você e nem o Sam podem se aproximar da Sarah, nesse sentido.

– Em que sentido? – perguntou Sam que até aquele momento, apenas observava a cena.

– Sexualmente falando. – concluiu Bobby e os rapazes olharam para Sarah.

– Por quê? – perguntou Dean.

– Porque a Sarah é...

– Lésbica. – concluiu a jovem e respirou fundo. Dean ergueu as sobrancelhas, fez um bico e depois franziu o cenho. Sam apenas pareceu espantado com a revelação. – Eu sou lésbica.

– Não é nada disso. – falou Bobby.

– Tio, não...

– Sarah é virgem.

– Obrigada por expor a minha vida sexual para eles. – falou a garota e cruzou os braços.

– E ela não pode em hipótese alguma deixar de ser. – concluiu Bobby.

– Porque Bobby? – perguntou Sam curioso.

– Tem algo a ver com os poderes dela. A profecia.

– Todo mundo diz que é por causa dessa profecia, mas sinceramente eu não sei o que um maldito hímen pode interferir nisso. – falou a loira.

– Você tem que se manter pura, para que seus poderes permaneçam puros. – falou Bobby e Dean deu uma gargalhada alta, perdendo o fôlego e respirando fundo para continuar gargalhando. – Qual é a graça?

– Pura? – falou ele ainda rindo. – Fala sério. Essa garota já deixou de ser pura há muito tempo.

– Do que você está falando, idiota? – falou Sarah ficando com raiva.

– Você fuma, bebe e a sua boca parece um esgoto de tanta porcaria que sai daí. Não tem como você ser mais pura, dessa forma. Até eu, com todas as mulheres com quem já sai, sou mais puro que você.

– Sarah é a mais pura de todos que estão aqui. – falou uma voz atrás de Bobby e imediatamente todos se viraram. Deram de cara com o anjo de sobretudo. – Cigarros, palavrões e bebidas destroem o corpo. Sexo, paixão e amor destroem a alma. – Ele se aproximou da mulher e a encarou. – Embora haja uma mancha em sua alma.

– Essa mancha foi por causa de um babaca que eu amei há um tempo. – falou ela e deu uma olhada rápida para Dean, mas só ele percebeu isso.

– O que você está fazendo aqui, Cas? – perguntou Dean gemendo no final, porque tentou se sentar.

– O que houve com você? – perguntou o anjo virando sua atenção para o loiro.

– Acidente de percurso. – concluiu Dean. Castiel se aproximou e tocou na testa dele. Imediatamente a dor foi embora e o loiro estava pronto para outra. – Obrigado.

– Não por isso. – respondeu Castiel. – E então, Sarah, como pretende destruir o mundo?

– Destruir o que? – perguntou a jovem.

– O mundo. – continuou o anjo. – Você está destinada a isso.

– Eu não vou destruir o mundo, Castiel. – respondeu a jovem.

– A última bruxa de Endor trará destruição a todos os homens, mulheres e crianças. Transformará o mundo em cinzas e sangue. – falou o anjo repetindo algumas palavras da profecia. – Você é a ultima bruxa de Endor, não é?

– Sou, eu acho. – respondeu a mulher. – mas eu não consigo fazer mal a uma mosca, Castiel. Como eu posso destruir o mundo?

– Isso foi profetizado há mais de quatro mil anos, então vai acontecer.

– Não vai não. – falou Sam. – Estava escrito também que eu e o Dean diríamos sim para Miguel e Lúcifer e não dissemos.

– Você disse. – falou Castiel.

– Ele pode ter dito, mas eu não e isso é a prova de que podemos ir de encontro ao nosso destino. – falou Dean.

– Não vamos deixar que isso aconteça com Sarah. – falou Sam e encarou a loira que sorriu.

– Eu não vou destruir o mundo, Castiel. – falou a mulher. – É uma promessa. E vou conseguir controlar esses poderes, não se preocupe.

– E por falar em controlar os poderes, temos que começar a te ensinar. – falou Bobby e pegou o diário.

– Alguém tem que ensinar defesa pessoal para ela também. – falou Castiel. – É muito fácil abatê-la.

– Não é não. – falou a mulher e antes que pudesse se dar conta, estava no chão e Castiel a segurava. – Está bem, é fácil me pegar. – O anjo estendeu a mão para a garota e a colocou de pé outra vez.

– Eu ensino para ela. – falou Sam.

– Okay então, é melhor a gente começar. – falou Bobby e o telefone de Dean, tocou.

– Alô. – falou o loiro.

– Dean, é o Mark, eu preciso de ajuda. – falou o homem do outro lado da linha.

– Mark?

– Você e seu pai nos ajudaram há alguns anos, um caso de Poltergeist. – falou o homem.

– Ah! Eu sei sim, como está Mark? Ele não voltou, eu espero.

– Não, ele não voltou. – falou o homem. – O problema é que alguma coisa está acontecendo aqui. Algumas das crianças da cidade estão desaparecendo.

– Desaparecendo?

– É. – concluiu o homem.

– Isso pode ser um caso de algum maluco seqüestrador. Como pode ter certeza que é nosso tipo de coisa?

– Porque uma delas apareceu e trouxe um recado.

– Que recado?

– Que irão matar a todos da cidade se a bruxa de Endor não vier. – Dean levantou a cabeça imediatamente na direção de Sarah. – Disse que vocês saberiam do que eu estaria falando.

– Droga. – sussurrou Dean. - Sabe o quem é que esta fazendo isso?

– Demônios. – respondeu o homem. – Eu estou desesperado Dean. Estou com medo de eles levarem a minha garotinha.

– Não se preocupe, a gente vai ajudar. – falou o loiro. – Tem idéia de quantos deles são?

– Não. Eu sinto muito.

– Ainda está vivendo em Tallahassee? – perguntou Dean.

– Sim. – respondeu Mark e respirou fundo. - E Dean, venham o mais rápido que puderem.

– Estaremos logo ai. – respondeu o loiro e desligou o telefone. – Temos trabalho a fazer.

– Quem era? – perguntou Sam.

– Um cara que eu e o papai ajudamos, quando você estava em Stanford. – respondeu o loiro levantando do sofá. – Ele precisa da nossa ajuda.

– Eu também vou. – falou Sarah.

– Não vai não. – falou Dean.

– É claro que eu vou. O acordo foi que eu ficaria com vocês dois.

– Não dessa vez, virgem Maria. – falou Dean e Sarah olhou para o tio, como se o acusasse pela provocação de Dean.

– Dean, Sarah tem razão. Nós temos que protegê-la. – falou Sam.

– Não a protegeremos se a levarmos, afinal, os demônios que estão naquela cidade, querem exatamente que façamos isso.

– Demônios? – perguntou Bobby.

– Exatamente, Demônios. – concluiu Dean. – Eles querem que levemos a bruxa de Endor até eles.

– Também não podem aparecer lá sem mim. – falou Sarah seriamente. – serão mortos.

– Sarah, não podemos arriscar a sua vida. – falou Sam.

– E eu não vou deixá-los sozinhos nessa. – falou a jovem. – Então acho melhor irem pensando em uma forma de me manter segura. – Sarah deu as costas para os rapazes e subiu para o andar de cima. Pegou a sua bolsa e desceu novamente. – O que vocês estão esperando? Temos uma cidade para salvar.

...~...

Sam, Sarah e Dean seguiram em direção a cidade de Tallahassee, na Flórida, mas pararam por cerca de cinco horas em um lugar onde fazia tatuagens, para que Sarah tivesse um símbolo anti-possessão também. A garota escolheu fazê-lo na nuca, porque assim o cabelo esconderia.

Chegaram na cidade vinte e duas horas depois. Ainda estava amanhecendo quando Dean bateu na porta do amigo Mark.

Antes que pudessem pensar em como fariam para tirar todos os demônios daquela cidade, um balde de água caiu por sobre as suas cabeças, ensopando-os. Só então a porta se abriu e os três foram convidados a entrar.

– Obrigado pelo banho, Mark. – falou Dean.

– Sabe que não posso relaxar. – respondeu ele.

– Desde quando você sabe sobre essas coisas? – perguntou o loiro quando Mark recolocou uma linha de sal grosso na porta.

– Quando a gente descobre que as coisas que sempre tememos quando éramos crianças são reais, a gente meio que fica fissurado em descobrir uma forma de nos manter protegidos delas. – respondeu ele e apertou a mão do loiro. – É bom te ver novamente, amigo.

– É bom sim, mesmo sendo nessas circunstâncias. – falou o loiro.

– Esse deve ser o Samuel. – Ele apertou a mão do moreno. – Seu pai e seu irmão falaram muito de você.

– Sério? – perguntou Sam sem graça. – Nem tudo ruim, eu espero.

– Muito pelo contrário. – respondeu Mark. – E quem é essa linda mulher? A terceira irmã?

– Deus, não. – respondeu Dean. – Eu me mataria se tivesse crescido com a Sarah.

– Desculpe o meu irmão, essa é Sarah Singer. – falou Sam.

– É um enorme prazer conhecê-la, Sarah. – falou o homem e a observou atentamente. – Oh meu Deus, não pode ser.

– Ser o que? – perguntou Sam. O homem foi até a mesinha do telefone e pegou uma foto que estava dentro da gaveta e entregou para o moreno. – Essa é a bruxa de Endor?

– É sim. – respondeu Dean e Sam lhe passou a foto onde estava Sarah comprando alguma coisa em um mercado. A foto foi batida pela câmera de segurança do estabelecimento.

– Eles distribuíram isso pela cidade inteira disse que era para todos ficarem de olho se caso essa mulher aparecesse por aqui.

– Escuta Mark, precisamos realmente saber o que está acontecendo aqui. – falou Sam. – temos que ter certeza que resolveremos o caso, sem colocar a Sarah em risco.

– Eu não sei ao certo o que é, apenas sei que eles querem a garota.

– Okay, a gente vai ter que sentar agora e bolar um plano para nos manter vivos. – falou Dean e respirou fundo. O grupo concordou.

...~...

Sarah estava sentada ao redor da mesa da cozinha, ao lado da filha de Mark. A menina de nove anos conversava com a mulher, como se ela fosse uma irmã mais velha. As duas estavam tão entretidas com a conversa que nem perceberam que Sam estava encostado na porta, olhando para elas.

– É a sua garota? – perguntou Mark.

– Não. – respondeu Sam. – É uma velha amiga.

– Eu pensei que era, já que deu para perceber que o Dean não a suporta e que você é bem mais carinhoso com ela.

– Passamos por muita coisa quando éramos jovens e é como se eu tivesse a obrigação de protegê-la, sabe? Porque aconteceu uma coisa com ela e por mais que ela ache que a culpa foi do Dean, o que em algumas partes realmente foi, ela não teria ido se não se importasse comigo também.

– Isso é amor para mim. – falou o homem e bateu nas costas do moreno.

– Gente, temos um problema. – falou Dean ao perceber que a casa estava começando a ser cercada por várias pessoas, todas com os olhos negros.

Assim que Mark e Sam chegaram na janela para conferir o que o loiro dizia, a porta dos fundos foi posta a baixo e a linha de sal grosso que estava nela, foi desfeito quando um vento forte entrou no lugar.

Um dos demônios pegou Sarah e a garota e apontaram duas facas para os pescoços delas. Sam, Dean e Mark chegaram na cozinha segundos depois.

– Olha só quem encontramos aqui. – falou o demônio e deu um beijo no pescoço de Sarah. – É muito bom saber quando seu plano deu certo.

– Larga ela. – falou Dean levando a mão devagar até as suas costas, onde estava a colt.

– Vocês nunca mais vão ver a vadia loira. – falou o demônio. – É uma promessa.

Ao dizer isso, eles desapareceram no ar, levando com eles a filha de Mark e Sarah.


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Notas finais do capítulo

É isso, meus anjos lindos!!!
Inté a próxima... viu?

Tenham uma noite maravilhosa, cheias de alces e pudins (se é que me entendem... kkkkkkkkk)
Beijinhos ternos de suas Deangirls,

Flávia Rolim e Karol!!!