Disturbia escrita por Flávia Rolim, Ana


Capítulo 14
XIV - Exatamente Como Nós... Só Que Não!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amores!!
Gente, eu sei que dei uma sumida, mas me perdoem... minha vida está uma loucura só (semana de prova na faculdade, tirando férias de uma colega de trabalho e escrevendo quatro fics.. tá difícil para mim.. rsrs), mas as coisas estão para mudar... A partir do dia 07 de Abril, estarei de férias do trabalho e terei um mês livre para colocar tudo em dia e fazê-los me perdoar pelo sumiço... :)

LUANA: Obrigada Lua por sua linda recomendação. Gente, meu coração dá pulos de alegria quando vocês fazem isso... Não sabem a felicidade imensa que me invadem quando eu entro no Nyah e vejo "... recomendou sua história Disturbia"... minha respiração começa a acelerar a partir dai, meu coração dá um salto enquanto estou lendo e choro feito um bebê no final... vocês são uns amores na minha vida e agradeço de coração por tudo... Lua, sua linda, dedico esse capítulo a você, viu?



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Já haviam se passado duas semanas desde que Sam, Dean e Sarah deixaram a casa de Bobby para voltarem às estradas dos EUA. Haviam tido êxito no caso em Florence, Alabama. Era um espírito vingador que estava atacando mulheres que, por alguma razão, maltratavam os seus filhos. Desde aquele dia, não houveram casos interessantes o suficientes para que eles se deslocassem dali ou se existia, outros caçadores já estavam na pista.

– Eu trouxe café. – falou Sam cruzando a porta do quarto e encontrando Dean e Sarah ainda dormindo em suas respectivas camas.

– Que horas são? – perguntou o loiro erguendo as vistas e encarando o irmão. O rosto ainda estava inchado de sono, os cabelos completamente assanhados e a voz rouca demais.

– Seis e meia. – respondeu o mais novo e entregou um copo para o irmão.

– Cara, estamos oficialmente de férias. – Dean deu um gole no café. – Você pode acordar um pouco mais tarde, sabia disso?

– Acho que já estou acostumado a acordar cedo. – ele sorriu. – Sarah está bem?

– Porque ela não estaria?

– Acordei de madrugada e ela estava tendo pesadelos. Suava bastante e gemia.

– Perdi essa.

– Como é que é?

– Ouvir a Sarah gemer. – o loiro sorriu. – Eu perdi. Seria uma carta na manga para implicar com ela.

– Vê se cresce, Dean. – Sam deu a volta na cama da jovem e se abaixou. Tocou na testa dela e só então percebeu que ela estava quente. – Dean, ela está doente.

– Como assim? – o loiro se levantou.

– Está queimando em febre. – Sam tirou as cobertas de cima da garota e tentou acordá-la, mas parecia que Sarah estava lutando para acordar. Não conseguia focar em uma coisa, estava tonta e parecia que ia desmaiar.

O moreno pegou a garota no colo e a levou para o banheiro. Colocou-a embaixo do chuveiro de água gelada, para fazer a febre abaixar. Quando Sarah sentiu a água fria tocar sua pele, despertou de vez e agarrou Sam com força. Envolveu os braços ao redor dele e se encolheu no peito do mais novo, mas conseguiu ver Dean ficar desconsertado na porta, quando aconteceu isso.

– Sente-se melhor? – perguntou Sam.

– O que aconteceu comigo?

– Você teve febre.

– Eu me sinto bem. – respondeu a garota. - exceto por essa ardência em meu braço.

– Onde? – Sam puxou o braço da garota para ver o que estava acontecendo. Havia um símbolo gravado próximo ao seu punho. Era uma linha reta que, a partir de certo ponto, se ramificava. – Isso estava ai ontem?

– Não. – respondeu Sarah surpresa.

– Vista alguma roupa seca e venha para o quarto, temos que conversar. – falou o rapaz e deixou o banheiro. Entregou a bolsa para Sarah e colocou roupas secas no quarto, mesmo com Dean dizendo que não queria ver aquela cena. Enquanto se trocava, explicou tudo ao irmão que não se demorou em buscar alguma referencia sobre aquilo, no diário que Bobby lhe entregara.

Cinco minutos depois, a garota saiu do banheiro. Usava um vestido na cor creme, de frente única, e com estampas de flores vermelhas.

– Achei. – falou Dean se levantando da cama e trazendo o diário consigo.

– O que? – perguntou Sam terminando de abotoar a sua camisa.

– Aqui diz: “Hoje Margô não se sentiu bem, acordou com uma febre forte e dois símbolos em seu braço. Um deles é o símbolo do espaço tempo e o outro é o controle dimensional. Agora ela consegue viajar para qualquer realidade, seja ela no presente, passado, futuro ou alternativo”.

– Ai meu Deus! – A garota sentou na cama. – Espera, só tenho um símbolo.

– Talvez o outro apareça ainda. – falou Dean.

– Esse que eu tenho é qual dos dois? – O loiro olhou o símbolo no braço da garota e comparou com o que tinha desenhado no livro.

– O símbolo do controle dimensional.

– E o que esse faz?

– Existem teorias de que há várias dimensões paralelas a nossa e que vivemos em todas elas. – Sam se intrometeu na história.

– E para que eu quero isso? – falou Sarah, mas então sentiu uma dor forte de cabeça e ela se encolheu no lugar onde tava. Os irmãos correram até ela e a amparou. Até que uma onda saiu de seu corpo e atingiu a tudo e todos no raio de cinquenta metros.

Quando tudo acabou, Sarah encarou os rapazes seriamente, tentando entender o que houve.

– Okay, no diário não diz nada sobre isso. – falou Dean.

– Talvez devêssemos ligar para o Bobby e ver se ele sabe alguma coisa. – falou Sam.

– Ótima idéia. – Dean largou Sarah e pegou o celular que estava no casaco. Discou o numero do caçador e aguardou.

– Alô. – falou uma voz feminina.

– Ah, oi! É da casa de Bobby Singer?

– Sim.

– Poderia chamar para mim, por favor.

– É ela que está falando.

– Desculpa amorzinho, mas Bobby Singer é um homem.

– Olha cara, eu acho que me conheço bem para saber que eu sou uma mulher, agora se me der licença, tenho coisas melhores para fazer. – Dean ouviu o telefone ser posto no gancho, mas não antes da mulher deixar um “bolas” lhe escapar pelos lábios. O loiro encarou o seu telefone por alguns segundos e confirmou o numero para ter certeza de não ter errado.

– Temos que ir. – falou ele correndo e pegando as malas.

– Ir? Para onde?

– Para Salvation. Acho que Bobby pode estar com problemas.

– Dá para você explicar? Temos um assunto mais urgente em nossas mãos. – Sam apontou para Sarah que apenas encarava os dois.

– Uma mulher atendeu o telefone e disse ser Bobby Singer. Pode ser qualquer coisa. Demônios é a nossa primeira pista. – O mais novo arregalou os olhos.

– Temos que ajudar o meu tio. Eu fico para depois. – Sarah se levantou e arrumou sua mala. Sam fez o mesmo e os três partiram rapidamente para Salvation, tentando entender o que estava acontecendo.

~.~

O impala parou ao lado da casa do velho caçador e já de cara, os três perceberam algumas mudanças.

As coisas estavam mais organizadas.

É claro que ainda tinham as carcaças dos carros no pátio, ainda tinham calotas presas na parede, ainda tinha aquele ar de ferro velho, mas não se via as ferramentas espalhadas ou panos sujos de graxa. O mais impressionante foi que no meio de tudo aquilo, havia um jardim. Muito bem cuidado por sinal.

Os jovens se olharam apreensivos e Dean puxou logo a sua arma da cintura. Caminhou até a porta e a abriu.

– Bobby, está em casa? – Ele chamou a primeira vez. Sam também pegou sua arma e Sarah foi posta atrás do maior. Proteção. – Bobby.

– Dá para parar de gritar? Eu já ouvi. – falou uma mulher se aproximando, mas assim que viu os dois rapazes com as armas apontada para ela. Paralisou no lugar.

– Olá, amorzinho. – Dean encarou a mulher seriamente.

– O que estão fazendo na minha casa? – perguntou a mulher.

– Essa não é a sua casa.

– É claro que é. – ela encarou os três seriamente, esperava achar uma forma de sair da mira deles. Até que suas vistas parou no braço da jovem, justamente na tatuagem que ela agora carregava consigo. – Onde conseguiu isso?

– Não responda, Sarah. – mandou Dean.

– Essas marcas só aparecem em homens. – falou ela. – Os homens da minha família.

– Oh meu Deus, vamos falar de famílias agora.

– Dean, cala a boca. Eu acho que já sei o que aconteceu.

– Então, por favor, sou todo ouvidos.

– Esse símbolo no braço de Sarah é o símbolo do controle dimensional, não é?

– Onde quer chegar? – perguntou a jovem.

– Acho que você nos mandou para uma dimensão alternativa. Onde os papeis são trocados.

– Papeis trocados? – Dean encarou o irmão por um segundo.

– Oh meu Deus! – falou a mulher que estava sobre a mira das armas.

– Abaixa a arma, Dean. – falou Sam. – Essa é a Bobby Singer.

– Você pirou?

– Nessa dimensão, ele é uma mulher...

– Se eu sou um homem na dimensão de vocês e ela tem essa marca, então isso faz dela a versão feminina do Scott, meu sobrinho.

– Cara, eu estou ficando com dor de cabeça. – falou o loiro e respirou fundo. – vamos parar de papo furado.

– Você deve ser a versão masculina da Deanna. Cabeça quente igual ela. – Bobby abaixou as mãos e olhou para o moreno. – E você é a versão masculina da Samantha. – Ela encarou Sarah com preocupação. – O que você andou fazendo, menina?

– Nada! – respondeu a garota passando na frente do grupo e abaixando a arma de Dean. – Nos ajude a chegar na nossa dimensão, Bobby.

– Desde quando uma mulher tem o apelido de Bobby? – O loiro encarou a mais velha ali.

– Desde quando sua mãe resolve colocar o seu nome de Robbie. – respondeu a mulher e seguiu na direção da geladeira. Pegou três cervejas e um refrigerante.

– Sério? Até aqui? – resmungou Sarah quando Robbie lhe entregou o refrigerante.

– Pode ser de outra dimensão, mas ainda assim, você é a minha sobrinha e não vai beber cerveja na minha casa.

– O que vamos fazer agora, Bobby? – perguntou Sam.

– Vamos esperar os outros chegarem.

– Outros? – perguntou Sarah.

– É! A Deanna, a Samantha e o Scott, eles já estavam a caminho antes de vocês chegarem. Acho que precisam de ajuda para descobrir o que é uma tatuagem que apareceu no braço do meu sobrinho.

– Agora você sabe.

– O que me admira é que, já que esse é a dimensão contrária a de vocês, não seria lógico que vocês trocassem de lugar?

– Já tentou ligar para eles? – falou Sam imaginando se o que Robbie havia dito, de fato havia acontecido.

– Já! – respondeu ela. – eu estava no telefone com a Samantha quando vocês invadiram a minha casa.

– E quando eles vão chegar? – perguntou Dean e ouviram o barulho do impala, do lado de fora.

– Acho que acabaram de chegar. – respondeu ela e todos seguiram para lá.

– Cara, eu nunca pensei que viveria para ver dois impalas no mesmo lugar. – falou a loira de cabelos longos, recém chegada.

– Okay, Deanna, temos trabalho para fazer. – Uma morena, também de cabelos longos, desceu do carro e colocou uma mochila nas costas.

– Eu agradeceria se não me chamasse de trabalho, Sam. – respondeu por fim, um rapaz alto, de cabelos escuros e olhos azuis intensos.

– Me desculpe, Scott. – Ela sorriu. – Não é você o problema, é...

– Tudo bem, não precisa se explicar. – o homem se virou para olhar a loira examinando o carro ao lado. – Dee, dá para você parar de ter um orgasmo com esse carro e seguirmos?

– Liga para ele não. Ele não nos entende. – falou ela.

– Seu baby já está com ciúmes. – brincou Samantha e encarou a porta da frente e as quatro pessoas que estavam lá. – E ai, Bobby?

– Ele sabe que é único na minha vida. – respondeu a loira e finalmente se deu conta de que não estavam sozinhos.

– E ai? Garotos... – respondeu Robbie. Scott pegou a sua mochila e seguiu na direção dos outros. -... entrem, eu tenho uma coisa para lhes contar. Descobri para que serve essa marca em seu braço.

~.~

– Como assim pode nos levar para outra dimensão? – perguntou Samantha deixando a bolsa em um canto qualquer do escritório de Bobby e se sentando no sofá.

– Eles são a prova viva disso. – falou a mulher e apontou para os outros três mais atrás.

– A propósito, quem são eles? – perguntou Deanna pegando uma cerveja e trazendo uma para Sam.

– São vocês. – Robbie sorriu quando percebeu a cara do seu sobrinho e das duas garotas.

– Isso é uma piada? Porque você nunca foi boa com isso. – A loira sentou ao lado da irmã.

– Nisso ela tem razão. – Dean falou baixinho e Sam lhe jogou um olhar fulminante. O irmão tinha a mania de comentar coisas idiotas na hora errada.

– Isso é o que acontece quando você usar esses poderes, Scott. – Bobby puxou Sarah e a colocou de frente para o rapaz. – Esta é você, de uma dimensão diferente.

– Oi! – falou a loira e estendeu a mão na direção do rapaz.

– Você está de brincadeira, não é?

– A mesma marca no braço e a mesma cicatriz no pescoço. – falou Bobby e a garota mostrou para o rapaz.

– Isso não prova nada.

– Eu não tenho tempo para isso. – Sarah levantou a mão e tentou fazer fogo, mas sem êxito. Ela se virou para os dois rapazes mais ao fundo. – Meus poderes se foram.

– O que? – falou o loiro.

– Eu não consigo – ela olhou em volta e estendeu a mão para um copo com água. - potestate aqua.

– Certo, é melhor a gente respirar fundo e tentar entender o que está acontecendo. – falou o moreno.

– Aham! Como se fosse fácil, Sam. – gritou o loiro. – Não é você que tem uma cópia sua que anda por ai com um short jeans tão curto, que quase mostra o útero.

– Esse deve ser você, Dee. – falou Scott.

– Calma, Dean. – falou o irmão. – tudo vai se resolver.

– Talvez não possa haver dois bruxos poderosos sobre o mesmo teto, no caso, sobre a mesma dimensão. Talvez o Scott anule os poderes da Sarah. – a mais velha dali foi para a biblioteca.

– Okay, se você sou eu, me conte uma coisa que aconteceu que só eu poderia saber. – falou Scott e Sarah respirou fundo.

– Em 1995, eu acabei colocando fogo na casa, porque brinquei com o maçarico de cozinha. Os bombeiros vieram, mas a cozinha e metade da sala haviam sido queimadas. Contei que eu não fazia idéia do que havia acontecido e que estava dormindo, na hora que aconteceu.

– Bingo! – falou ele.

– Meu Deus, você sempre foi um perigo. – Dean e Deanna falaram ao mesmo tempo.

– Vão se catar. – Scott e Sarah responderam, também ao mesmo tempo. Samantha e Sam apenas sorriram. Não havia sombra de dúvidas que eles eram as mesmas pessoas.


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi curtinho, mas prometo recompensar no próximo!!!

Os atores escolhidos:
— Samantha Winchester - Missy Peregrym
— Deanna Winchester - Teresa Palmer
— Scott Edward Miller Singer - Dean Geyer

Então é isso, amores!
Os vejo em breve!!

.-. Flávia Rolim e Karol!!!



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