Percy se estendeu até a porta e olhou o corredor de lado a lado. Nada. Mas por alguma razão, ele sabia que tinha sido vigiado. E essa pessoa chegou a ver o que Nico fez? Percy estava começando a ficar louco. Amava Annie. Mais que tudo.
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Leo entrou no quarto de Hazel no minuto em que Percy entrou no quarto fedorento.

– Leo! Vá para o seu quarto! - Disse uma Hazel deitada na cama, mas com as luzes ainda ligadas.

– Percy e Annabeth brigaram. - Falou triste. - Mas eu queria continuar um assunto inacabado com você. - Se aproximou da garota com um sorriso malicioso.

–Pare, Leo... - Hazel murmurou. - Foi só naquele momento. E o momento já passou. - Passou as mão pelos cabelos e pousou os olhos no menino desapontado.

– Não me diga que não sentiu nada. - Leo sentou-se na cama, de frente à Hazel.

– Estou falando sério. - Fechou a cara.

– Eu também estou falando sério! Só essa noite. - Fez uma cara de pidão. - Hazel, eu amo você.

– Acho melhor você ir embora. - Disse levantando-se da cama. - Vá. - Apontou para a porta.

Leo não se mexeu.

– Leo Valdez... É melhor você se levantar da minha cama agora.

– Tudo bem... Eu me levanto. - E levantou-se. - Mas não vou sair tão cedo.

Aconteceu tão rápido que Hazel nem teve tempo de raciocinar. Leo a puxou pela cintura e ela caiu em seus braços. Beijou-a numa ferocidade que nunca mais esqueceria. Hazel percorreu tudo do rosto de Leo com suas mão delicadas. Foram se empurrando até que o garoto sentou-se na cama. Continuavam se beijando até as costas de Leo encostaram os lençóis azuis da cama da garota. Leo tirou o chambre de Hazel com as duas mãos e o jogou em um canto do quarto, sem separar sua boca da de Hazel. Agora a garota estava por cima do filho de Hefesto. O próprio Leo tirou sua camisa, e essa foi a única vez que tiveram uma grande chance de respirar. Antes de voltarem a fazer o que estavam fazendo, Hazel sentou-se em Leo.

– Eu acho melhor parar. - Disse desviando o olhar. Leo estava com uma cara de quem iria explodir em cinco segundos, assim como alguém fica quando não está respirando. Mas era uma cara diferente, parecia que estava gostando de algo. - Leo? O que houve? - Perguntou.

– V-Vo-Você es-está sentada nas mi-minhas partes ín-íntimas - Disse tentando controlar um gemido.

– Ah meu deus! Desculpa. Eu não havia percebido. - Falou envergonhada. - Doeu?

– N-não. Foi uma sensação um pouco diferente dessa.

Era óbvio que Hazel tinha percebido. Não era tão ingênua assim. Dava para sentir... Exatamente o que estava acontecendo ali embaixo.

– Acho que chega, Leo. Não posso fazer isso. Desculpe.

– É verdade. - Falou o garoto, recuperando-se. - Não podemos. Eu vou... Sair. - Levantou-se e foi até a porta.

– Eu espero que isso não faça a nossa amizade ficar diferente, certo? - Hazel caminhou até a porta vestindo o chambre. - E não quero que Frank saiba disso.

– Acabou tudo, né?

– Sim. - Hazel olhava para baixo.

– Tudo bem. - Vestiu a camiseta de qualquer jeito e abriu a porta.

– Bem, talvez não tudo. Mas vai ser muito raro. - Beijou Leo levemente. - Eu também te amo, Leo Valdez.

O garoto deu um sorriso, mas esse logo desapareceu.

– Mas também ama Frank. - Baixou os olhos.

Hazel assentiu com a cabeça e Leo desapareceu da porta, seguindo pelo corredor até chegar ao penúltimo quarto, o seu. Ouviu alguns barulhos no quarto adiante, o de Percy. Seguiu com passos silenciosos e se escorou na parede. Deu uma espiada para dentro do quarto e viu uma fumaça preta por cima da cama. Voltou com pulinhos apressados ao quarto e fechou a porta. Se arrependeu do que viu.