Me perdoa - Dramione escrita por Grind


Capítulo 4
Capítulo 4 - Estou desiludido e tão arrependido


Notas iniciais do capítulo

Perdão a demora, eu explicaria o motivo mas vcs nao estão interessados. Eu exclui o capítulo 5 pq, sinceramente, estava uma bosta. Eu escrevi sem planejar exatamente, então eu não consegui continuar, logo, eu precisei fazer umas alterações nesse, por isso eu exclui e postei de novo, para que vocês pudessem ler - o inicio vcs já vao estar familiarizados - e ver que eu voltei, boa leitura ^-^



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Me Perdoa - Dramione / Capítulo 4 - Estou desiludido e tão arrependido

Draco Malfoy

– O que tanto olha para esse telefone? –Eu batucava os dedos ansiosos sobre a mesa.

Flavia, minha secretaria ergueu uma sobrancelha.

– Estou esperando uma ligação.

– Ah vá! - Ela se sentou incrédula na minha frente – Pensei que estivesse tentando o fazer tocar com o poder da mente, fala serio Malfoy. Ligação de quem?

– Se eu falar prometa não espernear, gritar ou contar para o resto da empresa? Ergui uma sobrancelha e ela ficou ainda mais curiosa.

– Prometo, prometo.

– Eu a encontrei.

Os olhos de Flavia se arregalaram e ela colocou ambas as mãos sobre a boca se controlando para não gritar. Ri de sua reação e ela deu saltinhos de alegria depois voltou a sentar em troca de mais informações.

– E ai? Vocês se entenderam? Marcaram um encontro?

– Não, por isso que estou esperando uma ligação.

– Então ela aceitou seu telefone.

– Não exatamente – Passei a mão na nuca e ela riu nervosa.

– Ai pelo amor de Deus Draco, fala de uma vez.

– Nós temos uma filha.

Ela não me respondeu, ficou me olhando seria por alguns segundo, absorveu a informação e a cor sumiu de seu rosto enquanto ela voltava a ficar de pé.

– Ai minha nossa senhora – Ela se apoiou na parede por alguns segundos – Isso só pode ser brincadeira...

– Não é, ela é tão real quanto você imagina.

– Mas... Mas... Como ela pode esconder essa criança? Depois de todo esse tempo? Como isso é possível?

– Ela achou que estivesse fazendo o melhor – Suspirei – Digamos que eu nunca fui um grande exemplo de responsabilidade não é Flavia.

– Digamos que você ainda não é né Malfoy. – Ela torceu o nariz e eu revirei os olhos – É menino ou menina? - Prosseguiu.

– Menina, Emily. Hermione não deixou que eu falasse com ela, por isso eu falei com ela escondido, e agora ela vai me ligar.

–Hum - Um sorriso perverso surgiu em seu rosto - Então é Hermione o nome da ganhadora?

– Ganhadora? – Franzi o cenho sem entender.

– Ué! Olha só pra você, normalmente estaria sério, concentrado em documentos e se quer perceberia a minha presença na sua sala, agora está ai, contando as coisas pra mim, sorrindo como um tolo, parado em frente ao telefone desde que chegou. Passaram o final de semana juntos e-

– Não passamos o final de semanas juntos, nos vimos ontem, segunda, e só, e na metade do dia eu passei mal e só me deram alta de noite.

– Mas ela ficou lá com você?

– Não – Resmunguei – Ela foi embora logo depois que eu acordei, e levou Emily com ela.

Ela fechou os olhos sorrindo.

– Vocês passaram menos de seis horas juntos, e você já está assim, se ficarem um dia no mesmo ambiente eu vou ganhar férias de dois meses.

– Não exagere Flavia – Estreitei os olhos na sua direção e o telefone começou a tocar – Mesmo porquê também seria impossível coloca-a no mesmo ambiente que eu durante um dia.

– Malfoy! O telefone! – Ela gritou e eu atendi de imediato.

– Alô?

Oi! – Uma voz animada disse do outro da linha. – O que está fazendo?

– Estou trabalhando. –Suspirei – Minha secretária está aqui na minha frente ainda sem acreditar.

Flavia riu baixinho e Emily logo em seguida.

Desculpe, não estou acostumada com isso, normalmente eu sempre faço que minha mãe manda. Mas agora ela está na sala conversando com tia Gina e tio Blás, ele nem notou! Costuma deixar a carteira na mesinha do hall de entrada sempre que entra então foi fácil.

Sorri e Flavia logo em seguida, a mesma gesticulava para que eu a trouxesse para que a conhecesse e fizéssemos compras.

– Eu já esperava que ele fizesse isso.

Vocês se conhecem da onde?

– Estudamos juntos.

Flavia saiu.

Espera um minuto, mamãe tá vindo ai– Sussurrou

Ela não colocou o telefone no gancho e eu fiquei em silêncio. Escutei uma porta abrindo e a voz de Hermione

– O que está fazendo?

– Eu estava no telefone com Lilian.

– E como ela está?

– Bem, bem. Esta me falando sobre as coisas que o pai dela pediu e que ela não está afim.

– Hum - Ela deve ter torcido o nariz – Então desce lá correndo pra dizer tchau pros seus padrinhos, depois você volta pro telefone.

– Tá, só me deixa falar pra ela ligar depois e...

– Não, é pra você descer.

Escutei a porta bater e Granger pegou o telefone.

Lilian?

Eu fiquei mudo.

– Malfoy não ligue de novo – Disse seca me fazendo sorrir.

– Não fui eu quem liguei, ela ligou pra mim.

– Não me interessa, ela é minha filha e não quero que você fale com ela.

– É minha filha também - Ralhei

Ela bateu o telefone no gancho e tudo ficou mudo. Bati o meu também com raiva. Ela não podia me excluir desse jeito, não tinha esse direito, nunca teve. Eu me levantei de forma abruta, tirando o blazer da cadeira e o vestindo com rapidez conforme eu saia da sala.

Flavia arregalou os olhos a me ver com tanto nervosismo e antes que dissesse alguma coisa eu a interrompi.

– Preciso que rastreie uma ligação pra mim.

– Mas-

– Agora!

Ela mexeu no computador com rapidez.

– O telefone?

– Minha ultima ligação.

– Está bem

(...)

Desci do carro com rapidez, e só escutei o barulho da porta batendo com força. Caminhei a passos rápidos até a frente da casa e apertei a campainha me apoiando em uma das paredes.

Hermione a abriu enquanto limpava as mãos em um guardanapo me fazendo sorrir, usava um vestido floral na altura dos joelhos, e sapatilhas brancas.

– Ola querida – Disse com um sorriso cafajeste no rosto - Cheguei

Ela arregalou os olhos a me ver e quando foi fechar a porta coloquei o pé, antes que batesse.

– Tarde demais – Coloquei a mão na porta forçando para abrir – Não pode me impedir pra sempre.

– Eu vou chamar a policia.

– Fique a vontade, tenho vários amigos policiais

Ela resmungou me deixando passar.

– Pois fique sabendo que estou super feliz em dizer que Emily não está, ela foi... Bom, não te interessa aonde ela foi – Virou as costas indo em direção à cozinha.

– Melhor assim – Sorri perverso trancando a porta - Assim podemos colocar a conversa em dia.

– Vamos lá, desembucha o que você quer? – Ela cruzou os braços se encostando à mesa de jantar.

– Eu? – Coloquei a mão no peito me fazendo de desentendido enquanto xeretava em uma mesinha encostada a parede – Eu não quero nada, apenas resolver todo esse mal entendido.

Ela franziu o cenho e me virei na sua direção.

– Que mal entendido? – Ela ergueu uma sobrancelha.

Eu me sentei à mesa e ela apenas me seguiu com os olhos.

– Eu ter sumido – Dei de ombros pegando uma maçã da fruteira – Nosso último desentendimento – Prossegui dando mais ênfase a frase – Seu ‘Adeus’ nem um pouco gentil, e se der tempo, chegamos a Emily.

Ela suspirou sentando se a minha frente.

– Deixa que eu esclareça para você então – Ela cruzou as mãos diante de si – Você sumiu porque quis, e porque foi covarde o suficiente a não ir atrás de mim quando eu me despedi. Meu ‘adeus’ não foi nem um pouco gentil, por que adeus não é uma palavra que as pessoas dizem alegremente.

Aquilo me fez sorrir.

– Ainda bem que deu tempo de nós chegarmos a Emily.

– Eu fiz isso por que achei que era o certo. –Ela fechou os punhos com força e eu também. - E ainda acho.

– Acredite minha querida, você errou.

– Oh! – Ela sorriu cínica – Falou o senhor responsabilidade!

– Você não tinha motivos para escondê-la de mim, eu nunca fui nenhum psicopata – Disse entre dentes. - Mesmo que tivéssemos nossas desavenças.

– Assim como também nunca foi ninguém muito presente, eu servia apenas para suas horas livres – Ela bateu ambos os punhos fechados sobre a mesa se levantando com brusquidão.

Ri em desdém.

– Você não sabe o que está falando. - Balancei a cabeça em negativo enquanto me espreguiçava.

– Então me diga Malfoy, me diga quantas vezes você largou um único dia do seu maldito trabalho para bater na minha porta e me chamar pra sair, só um dia!

Eu fechei a mão ainda mais forte, essa mulher me enlouquecia com suas provocações, e não era tão fácil atura-la assim, a vontade que eu tinha era de manda-la ficar quieta e se ela ousasse erguer a voz para mim, e, enquanto retrucava-me a puxaria pelos cabelos socando seu corpo na parede a prendendo com o meu, depois de beija-la ardentemente.

Mas ela sempre era teimosa demais, tudo tinha que funcionar como o mundo certinho em que ela planejava morar.

– Nenhum. – Disse por fim e ela voltou a se sentar.

Ela suspirou pesadamente antes de apoiar os cotovelos sobre a mesa fechar os olhos e massagear as têmporas.

– Pelo amor de Merlin Malfoy, voltou para quê? Atormentar a minha vida? Arrasar Emily com seu jeito arrogante de ser? Fazer a garota passar pelo o que eu passei?

– Não - Ela não se moveu. – Voltei – Prossegui – Para recuperar o tempo perdido.

Ela ergueu os olhos lentamente na minha direção.

– Não dá mais, nossos atos tem consequências, você teve sete anos pra aceitar.

Sorri de canto.

– Não, na verdade não, já que você a escondeu de mim.

– Malfoy – Ela resmungou jogando a cabeça para trás. - Isso não vai levar a nada.

– Você se quer me deu uma chance, saiu toda enraivecida aquela noite preparada para nunca mais olhar na minha cara, achei que era exatamente isso que queria, você fez questão de jogar na minha cara que jamais daria certo algo entre nós dois.

– Pra você é muito fácil falar, você pretendia ficar se escondendo até quando? Eu não iria passar o resto da minha vida com a fachada de solteira me agarrando com você as escuras, porque você não queria manchar seu maldito nome.

– Como se só eu tivesse medo de assumir alguma coisa em público - Ralhei batendo as mãos sobre a mesa e inclinando o corpo para encara-la - Toda vez que eu tinha coragem você dizia que precisaria conversar com o Santo Potter e Weasley antes, que eles teriam que aceitar antes de qualquer coisa.

– Ao contrário de você Malfoy, tenho pessoas que se importam com o meu bem estar. - Ela cerrou os dentes, a face vermelha pela raiva. - Não é como se eu fosse largar você só porque eles te desaprovariam.

– Diz isso por quê acha que é o que eu faria? - Exclamei surpreendido - Achou que se as pessoas não nos aprovassem eu te daria as costas? - Ela me fuzilava com os olhos, mas ainda assim não respondeu. Eu fechei os punhos com força. – Como pode insinuar algo desse tipo pra cima de mim? Depois de todas as juras de amor que eu fiz pra você?

– Não é como se você demonstrasse sentir alguma coisa - Ela desviou o olhar, devidamente constrangida.

– Desculpa se eu não consigo lidar com sentimentos tão bem quanto você Granger, sabe como é não é mesmo? - Minha pergunta soou cínica - Eu não tive a melhor criação do mundo, houve uma guerra decisiva no mundo bruxo e meu pai estava do lado errado. Logo, no meu último ano escolar foi aguentar as risadas e os sarros na minha direção por ser um fracasso, com um pai preso por toda eternidade e uma mãe sem cara pra aparecer em público. Então imagina - Eu dei uma pausa pra respirar mas ela se recusava a olhar pra mim - Eu comecei a gostar de uma garota, e eu achei que ela também gostava de mim, mas era tudo muito confuso pra mim, então, quando ela perguntou seu eu gostava dela, eu não consegui falar, então ela simplesmente me virou as costas!

– Tinha dias que você mal olhava na minha cara! - Ela bateu as duas mãos na mesa, também ficando de pé, o rosto vermelho, mas eu não soube se era pela raiva ou por estar envergonhada - Acha que você é o único que tem direito de ficar confuso? Eu também fiquei está bem, tinha dias que você se quer olhava na minha cara, você simplesmente me evitava, como se eu não fosse ninguém, como esperava que eu me sentisse?

– Eu não-

– Mãe? Cheguei - Escutamos o barulho da porta abrindo e Emily passou por ela. Nós dois olhamos pra ela, que nos viu meio surpreendida. Ela fechou a porta devagar, e só me dei conta do nosso estado.

Estávamos ambos em pé, cara a cara e próximos demais para quem discutia. Um brilho curioso passou no seu olhar.

– Está tudo bem aqui?

Nós nos entreolhamos muito brevemente.

– Eu não sabia que-

– Ele já está de saída. - Hermione a interrompeu e eu a fuzilei.

– Se eu sair - Adverti, os punhos cerrados e em um tom baixo - Ela sai comigo.


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