Me perdoa - Dramione escrita por Grind


Capítulo 1
Capítulo 1 - Me persegue o castigo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas! Eu sou a Grind e está é mais uma das minhas Dramiones, então passem lá no meu perfil se quiserem! ^_^ Bjss e boa leitura!



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Me Perdoa - Dramione / Capítulo 1 - Me persegue o castigo

Draco Malfoy

Bons eram os tempos em que eu podia fazer uma caminhada pelo Beco Diagonal sem me encher de lembranças, fossem elas boas ou ruins. Mas é claro, os tempos mudam. E com elas as pessoas, e infelizmente seus sentimentos.

Não era tão simples passar em determinadas ruas, sem fazer com que um turbilhão de imagens minhas com ela passassem diante dos meus olhos. Imagens, que agora era um dos últimos tesouros que me restava. Tinha tudo acontecido tão rapidamente e tão lentamente que tinha dias em que eu acordava imaginando que tudo não passara de um sonho.

Um ótimo sonho, que alias tinha sido real e não era mais.

Havia a deixado escapar por entre meus dedos, e como um maldito tolo orgulhoso não corri atrás do que me pertencia.

Mas à uma hora dessa ela não estaria pensando em mim e muito menos em tudo o que passamos. À uma hora dessa ela devia estar sorrindo dedicando toda total e absoluta atenção ao senhor Weasley perfeito, com seus cabelos castanhos presos da forma que sabia que ela odiava e ele adorava.

Ridículo.

Onde eu estava com a cabeça? Aquilo era passado, e não se pode voltar no mesmo e achar que pode concertar as coisas.

Não era assim que funcionava.

Como ela mesmo já havia me dito mais de uma vez, tudo o que fazemos tem uma consequência, e a minha maior delas foi perdê-la, deixar que se soltasse dos meus braços da qual eu pretendia acolhe-la tão seguramente, deixar que ela virasse as costas e desse a última palavra.

Algo que em outras circunstâncias eu jamais permitiria.

“Adeus Malfoy, espero que consiga encontrar o que procura.”

Havia sido uma indireta. Em que ela deixava claro que ela havia encontrado o que procurava, e que só faltava eu. Ainda conseguia ouvir sua voz. Seu “adeus” seco e frio, tentando esconder suas emoções que sabia que quando ela saísse do mesmo cômodo que eu viriam a tona. Como previsto, eu tinha sido covarde e orgulhoso demais para tentar qualquer coisa.

Do que isso me era útil agora além de me atormentar?

Agora lá estava eu.

Parado diante do mesmo prédio, na mesma rua, com as mesmas expressões no rosto.

Como se existisse alguma possibilidade de que ela aparecesse aqui também, No mesmo ambiente que você.

Mesmo ambiente. Durante meses após o “rompimento” sempre que existia a possibilidade de estarmos no mesmo ambiente ela me evitava, sumia, 'ficava doente'.

Momentos como em que Blás e Weasley fêmea convidavam-nos dois para ir ao cinema com eles. Ela nunca estava disponível.

Depois de muitas tentativas falhas perdi contato. E quem sumiu foi eu, sem rastros, cartas, desapareci como fumaça. Ninguém me encontrou.

E sete anos depois lá estava eu de novo.

Outra pessoa.

Irreconhecível.

Não possuía o mesmo ar de jovem como no nosso primeiro encontro, mas tinha certeza de que ela não deveria ter uma coisa fora do lugar, um traço a mais se quer em seu rosto.

Vaidosa daquele jeito.

E muito menos estaria esperando por mim. Sete anos era tempo de mais pra pensar em uma única pessoa sem conseguir tira-la da cabeça ou seguir com a vida adiante.

Exceto pra mim é claro, ela era muito mais orgulhosa do que eu pra se submeter a um processo desses.

Respirei fundo, sentindo o ar tomar conta dos meus pulmões. Mas ainda não me parecia o suficiente respirar aquele ar sem a presença do perfume dela. Sem a presença dela.

Soltando o ar insatisfeito me sentei no degrau da calçada, pouco me lixando pra papeis a desempenhar ou a opinião das pessoas que passavam a minha volta, que tinham plena consciência de quem eu era.

Não dependia daquelas pessoas pra viver, de qualquer maneira.

A brisa soprou meu rosto, trazendo aquele som que sempre me fora tão familiar.

O tilintar de uma caixa de música. Uma caixa de música em especial, com uma música diferente das outras. Levantei-me em um sobressalto, caminhando a uma loja de os mais diversos produtos de madeira, seguindo através da trilha sonora cheia de traumas.

Uma venda de usados que não estava lá a sete anos.

Devia ter inaugurado recentemente.

Tranqueiras por toda a entrada da loja ocupando parte da calçada se fazia presente, impossibilitando entrar de uma maneira tranquila. Mesas, cadeiras, caixas armários e espelhos. Tudo em madeira com aquele típico charme de casa antiga.

A música se fez mais alta e presente no minuto seguinte e cheguei à conclusão de que querendo ou não teria de entrar. Desviando de coisas aqui e ali, me encontrei perdido entre prateleiras gigantes, e caminhei até o fundo da loja, escutando cada vez mais perto.

No fim, um senhor com seus oitenta e poucos anos e alguns dentes em falta na boca se encontrava sorrindo para uma garotinha loira, que no momento estava de costas pra mim, mas com algo em mãos.

– É linda. Quanto custa?

– São 10 galeões.

– Com licença.

Interrompi a concentração de ambos, e a garota se virou para mim assustada, me permitindo reconhecer a caixa. Seus olhos azuis focaram em meu rosto e suas bochechas enrubesceram, e senti uma pontada forte no coração.

Voltei minha atenção para o dono da loja, que agora olhava para mim de forma séria.

– Pois não senhor? Deseja alguma coisa?

– Quando custa a caixa de música?

– É minha – A garota a segurou com mais força. –Vi primeiro e vou levar.

Olhei para ela e depois para o senhor novamente.

– Eu pago 20 galeões se quiser.

– Eu pago 30 – Disse convicta.

Nunca que pensei que discutiria por motivos fúteis novamente, não com outra pessoa. Ajoelhei-me a sua frente, e franzi o cenho. Por uma fração de segundo não soube o que dizer, apesar de seu olhar não me intimidar nem um pouco ela não me era estranha.

– Olha. Essa caixa é importante pra mim. A música dela é importante, me traz lembranças boas do passado.

– Não devemos viver do passado – Teve a ousadia de me contra dizer e apertando mais a caixa contra o corpo – E não tenho permissão para falar com estranhos.

Sorri, algo que eu realmente estranhei já que esse ato me parecera tão incomum nos últimos anos. Estendi minha mão para ela.

– Malfoy, Draco Malfoy.

Ela franziu o cenho da mesma maneira que eu minutos atrás e ergui as sobrancelhas, surpreendido, era como ter me visto no espelho enquanto ela esticava a mão para a minha.

– Weasley, Emily Granger Weasley.

Meu sorriso se desfez tão rápido quanto surgiu.


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que tenha ficado bom!! Deem suas sugestões, criticas, elogios, todos são bem vindos! Até!
Kisses
Grind



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