Juntos Pelo Acaso - 2º Temporada escrita por Thais


Capítulo 7
Capítulo 7 - Tudo pode dar errado e reconciliações


Notas iniciais do capítulo

Oie amores, como vão?

A história logo ta acabando. Sim, vai acabar. É uma shortfic, então acha que só vai ter mais uns três ou quatro capítulos. Ç_Ç

Boa leitura!



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Tudo pode dar errado e reconciliações

POV Cato

Forcei minhas pernas a alcançarem uma velocidade que seria inatingível para mim se não estivesse tão desesperado. Minha raiva era tanta, que empurrei Marvel contra uma das mesinhas com bebidas, mas não fora o suficiente. Ela já havia ido.

– Merda. – murmurei entre dentes, com as mãos na cintura.

Deixei que as mãos de Marvel tocassem em meus ombros e me levassem para dentro na sala de estar. Os olhares que antes estavam focados em minha expressão pasma agora estavam localizados em Glimmer arrastando uma Delly escandalosa pelos cabelos.

Parabéns Cato. Pensei. Agora, um barraco por sua causa.

Suspirei demasiado, passando as mãos pelos meus cabelos. Me afundei na poltrona de couro, desejando me fundir naquele negocio todo.

Delly tinha ultrapassado os limites plausíveis dessa vez. Para quem sabe minha sorte, Glimmer já havia batido nela o suficiente para que eu não precisasse fazer o mesmo, ou pior.

Eu estava procurando por Clove como sempre fazia quando ela resolvia dar uma sumida. E como a estatura de Clove não ajuda muito, eu raramente a encontrava em menos de cinco minutos.

Passei pela piscina, churrasqueira, salão de festas e nada dela.

Estava indo para perto da casa da piscina outra vez, quando Delly surgiu. Não bastou muito para seus olhos me verem e ela abrir aquele sorriso meigamente falso que eu odiava. – Catinho. Você por aqui? – seu hálito cheirava a uma mistura de martini e menta. Tentei me desviar, mas ela foi mais rápida.

– Não toque em mim, por favor.

– Ai, qual é Cato? O que anda acontecendo com você, hein? Parece que nem sabe quem eu sou. Que saco!

– Infelizmente eu sei muito bem que você é – disse tentando sair de perto de Delly. – Será que você pode me dar um pouco de espaço?

– Cato, a gente precisa conversar.

– Não. A gente não tem nada pra conversar e na boa, da pra sair da minha frente? – bufo irritado.

– Catinho, você sabe... Eu te amo. – rolo meus olhos. O cheiro do martini era mais abafado próximo ao meu rosto. – Já pensou em largar da Clove para ficar comigo. Ah, olhe para mim. Sou melhor que ela, não acha?

– Sai de perto de mim. Agora.

A empurrei para poder passar. Mas ela não se contentou. Se jogar contra mim e me agarrar descaradamente foi melhor.

Quando senti sua boca contra a minha, um nojo imenso tomou conta de mim. Joguei Delly contra a parede assim que vi Clove em nossa frente. Ela mordeu os lábios e olhou para baixo. Ela só não fazia isso quando estava com raiva. Fazia quando estava decepcionada.

“Desculpa por atrapalhar sua diversão, Cato. Aproveita e tenha uma boa noite.” Suas palavras socavam minha cabeça.

– Hey cara, não fique nessa fossa, por favor. – Marvel me jogou uma cerveja long neck.

– Você ficaria feliz se visse Glimmer se agarrando com qualquer um?

– Em primeiro lugar: Você não estava se agarrando com ela. Segundo: Delly quem ‘agarrou’ você. Terceiro: ficar ai, chorando como uma adolescente de quinze anos menstruada não vai resolver a situação.

– Obrigada pela parte que me toca – falei baixo, tomando um gole da cerveja. – O que eu faço? E pelo amor de Deus, me fale alguma coisa que preste.

– Clove pode ter meio metro de altura e aquela carinha angelical, mas com raiva... Bem, você sabe com quem está lidando. – Marvel falou, com as sobrancelhas franzidas. Ele havia conseguido não me irritar. – Durma aqui essa noite. O quarto é novo, você vai amar. Amanha de manhã, depois que Clove deixar Prim na escola, você passa lá. Aposto que ela não vai querer olhar na cara de ninguém.

– Se ela não vai querer olhar na cara de ninguém, por que ele iria quer ver justo eu?

– Porque ele te ama seu idiota! Ah Cato, para de ser um bixa. Você vai lá sim!

– Está bem! Eu vou. – ergui as mãos, me alevantando. – Onde que fica o quarto?

– Vem cá. Eu te mostro.

[...]

A noite se passou no pior borrão de minha vida.

Eu estava me comportando pior que garota menstruada e em oito horas dei mais fiasco do que Delly.

A cama era gigante, mas o espaço vazio dentro de mim era muito maior. Me virava para direita e esquerda, na esperança de no mínimo conseguir pregar meus olhos cansados. Gritei palavras desconexas e rasguei várias almofadas caras de Glimmer.

Eu me sentia um lixo. Minha raiva e angustia era tanta, que podia colocar fogo da casa e jogar Delly lá dentro.

Soltei o ar devagar. Meus pulmões assim como todo meu corpo estavam cansados de meus suspiros involuntários. Como eu podia me sentir tão ruim? Se eu já me sentia um completo babaca, Clove estava pior.

Assim que ela colocou os dois pés em casa, minha concepção fez o maior sentido. Clove vestia um moletom cinza e por incrível que pareça, uma camisa minha. Saí do carro e caminhei a passos lentos e tensos até ela.

Quando me viu, sua expressou caiu totalmente. Clove tentou fechar a porta, mas fui mais rápido. – Eu preciso falar com você. – olhei em volta da sala. Havia algumas malas abertas e logo reconheci as roupinhas de Prim. – O que é isso? Clov...

– O que é isso, Cato? Você tem dois olhos e um cérebro pelo que sei muito bom. Acho que já entendeu. Se não, sim, estou indo embora e não me pergunte o porquê!

– Talvez se parasse e me ouvisse iria entender tudo o que aconteceu.

– Entender? Ah, eu nem me venha com essa, cretino filho de uma puta do cacete! Eu vi, Cato. Eu vi você beijando Delly! Quer que eu mude o que eu vi, é? Por favor.

Fechei as malas e subi as escadas, sendo seguido por uma Clove furiosa. Arrumei a roupa no closet e assim que Clove resolveu encostar a mão em mim, a fitei. – Quer mesmo ir embora? Vá. Vá e leve nossa filha. O filho que estamos esperando. Vai Clove, é fácil não? Eu não a beijei! Jamais faria isso. Eu estava procurando por você e ela se jogou em cima de mim!

– E como eu posso acreditar em você! – Clove gritou.

– Por que eu te amo! Droga, Clove. Você sabe disso melhor que ninguém. – Clove olhava para baixo, bufando nervosa. Segurei seu rosto e lhe beijei a testa. – Fica aqui. Com a gente. Comigo. Pra sempre meu amor.

– Já disse que te odeio hoje? – neguei com a cabeça, sorrindo, antes de colar meus lábios ao dela. – Eu te odeio. – Clove disse baixinho. – Mas também te amo.


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