Love Story escrita por AnnieJoseph


Capítulo 27
Me sinto boa o suficiente.


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu sempre fico boba com os comentários rápidos ! fico tão feliz Eu li todos os comentários do novo capitulo e decidi fazer um agrado á vocês, postando outro
Acho que todas vocês sabem, mas eu estou sem PC, e quando pude usar o do meu irmão, corri pra escrever e por isso não terminei de responder os reviews. Tive sorte de me inspirar ! O que uma boa musica não faz, não é ? E o que uma garota apaixonada por uma pessoa que se chama Michael Joseph Jackson não faz. Confesso que chorei escrevendo isso. Não estou imune a pensamentos do tal tipo. É complicado. Só não escrevo mais porque minhas mãos estão doendo.

Quero agradecer a todas, especialmente á Dani, a minha irmãzinha separada na maternidade que me incentivou a escrever esse cápitulo á 00:00. Ela está me dando muita força, e é uma boa amiga em várias horas. Quero agradecer de coração á você Dani ! " Amigas pra isso ! " Amo você querida !
Quero agradecer também a Lady Freak, e seus reviews enooooormes que eu amo ! Assim também como os reviews dá Giil-chan. Adooooro suas histórinhas UHSAUISHAIUS'



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Eu não sei por quanto tempo dormi, e como consegui manter aquela cartinha fixada contra meu peito. Eu só sei, que agradeci a Deus por ter dormido, e finalmente pude ter um poco de paz. Eu sabia que seria despedida, e que também correria o risco de não ver tanto o Michael como queria mas... Ok. Eu preciso ver se Michael já chegou.

Me sentei na cama, olhando a janela. Estava escuro. Me levantei lentamente, sentindo meu corpo doer um pouco pois o jeans pesava.

Apoei minhas mãos no parapeito observando o silencio que reinava do lado de fora. Ao menos uma pessoa, só os animais mais pequenos, é claro. O ventro adentrou a janela, trazendo consigo um refresco na minha mente totalmente carregada. As coisas pareciam desmoronar. Mas eu... Me sinto boa o suficiente pra... Ele.

 

Segurei o ar puro que ali tinha aos montes e me virei em direção a porta. Não sabia se Michael estava ou não em casa, e muito menos que horas são. Andei devagar até a porta do quarto dele que estava aberta. Olhei, e nada. Ele não está aqui.

Continuei o trajeto, descendo as escadas com desanimo. Olhando pros lados, percebi que estava totalmente sozinha. Cômodos enormes e vazios. Corri até a sala com um certo tipo de medo. A mesma também estava vazia. Não há algum barulho sequer em metros, caso contrário eu ouviria. Suspirei, me sentindo uma idiota por ficar com medo. Acho que a casa é grande demais só pra mim, esse vazio é pior.

 

– Oi ?! – Eu berrei. – OOOOOOi ? – Berrei novamente, mais alto.

 

Fixei meu olhar na lareira apagada, me focando em perceber algum barulho. Nada. Segundos se passaram e eu decidi me sentar no chão, apoaindo minhas costas no sofá.

Logo, escuto um barulho baixo, de sapatos em contato com o chão.

 

– Senh... Annie ? – A empregada disse.

 

– Oi... Desculpe gritar assim. É que eu sem querer dormi, e não faço idéia de tempo algum. Você sabe se Michael chegou ? – Eu disse, me levantando.

 

– Oh não, ele não voltou. E são... – Ela olhou no relógio de pulso – 20h e 06. – Disse voltando o olhar pra mim. – Você quer alguma coisa ?

 

– Olha, sem querer pedir muito. Só queria saber se você pode me mostrar uma cozinha pra que eu possa pegar algo pra comer. – Eu sorri sem querer sorrir. – Estou faminta. E também queria saber se posso usar o telefone.

 

Ela me olhou com uma cara surpresa.

 

– Fique a vontade Annie. Eu pego algo pra você comer. O que quer ?

 

– Olha não precisa mesmo...

 

– É o meu trabalho. – Ela me interrompeu.

 

Eu pensei.

 

– Ok. Pode ser uma fruta, e uma água.

 

– Eu trago um suco e frutas. E o telefone, é ali. – Ela apontou para uma pequena mesa, ao lado de um abajur e uma poltrona grande de um lugar, vermelha e totalmente estufada.

 

– Obrigada. – Disse, olhando ela entrar pela passagem que viera. Observei a porta por mais alguns segundos, ouvindo o salto dela fazer barulho e me virei para a poltrona. Disquei o número da minha casa. Um toque, e atendeu.

 

– Alô ?

 

– Mãe ?

 

– Filhaaaaaaaaaaa ! Annie, você quer me matar ? Me diz, você quer fazer isso com sua mãe ?

 

Escutei a voz de Lindsay dizendo “ É ela ? “

 

– Mãe ? Calma. Eu estou bem. Me desculpe.

 

– Você viu o que estão dizendo sobre você filha ? O que está acontecendo com você ?

 

– Mãe. Não ouça o que eles dizem. Por favor, me escuta ok ? Isso tudo bai acabar, eu te prometo.

 

– O que está acontecendo ? Filha, me diz, eu passei o dia todo vendo os jornais...

 

– Não faça isso ! Olha, eu vou sair do emprego e deixar que isso passe tá ? Não se preocupa, amanhã eu volto pra casa.

 

– Você está mesmo em Neverland ?

 

– Sim.

 

– Oh.

 

– Janet te ligou ?

 

– Uhum. Ela é tão doce. Não imaginei que Janet Jackson faria isso. Ligar assim pra cá, dizendo que você iria dormir ai.

 

– Nos tornamos amigas...

 

– Tão rápido ? – Lindsay disse.

Sim, ela estava escutando a conversa, ouvido no telefone.

 

– Mãe, fala pra essa intrometida tirar o ouvido do telefone ! – Eu disse sem paciencia. Me sentando na poltrona.

 

– Ok ok, já espantei ela daqui. Filha ?

 

– Oi mãe...

 

– Tome cuidado... – Ela susurrou.

 

Meu coração novamente apertou. Senti o famoso nó na garganta, me avisando que o choro queria vir.

 

– Tudo bem. Preciso desligar. Ainda vou ligar pra Serena. – Disse.

 

Na verdade, eu ia mesmo ligar pra Serena. Mas esse não era o motivo principal. Eu iria chorar, e é um fato que minha mãe ia perceber isso.

 

– Beijo, até amanhã.

 

– Beijo, amo você. – Disse rápido, já com a voz desafinada.

 

Abaixei a cabeça, ainda com o telefone na mão, e a outra mão, apertando o gancho. Funguei, ignorando as lágrimas que já rolaram. Escuto, um barulho de vidro em contato com outro. Levanto a cabeça por impulso, pensando que seria Michael. Não é. É a empregada.

 

– Obrigada. – Eu disse, fungando, enquanto limpava as lágrimas.

 

Ela me olhou com pena nos olhos.

 

– Se precisar é só me gritar de novo. – Saiu, levando a bandeja.

 

Na bandeja havia morangos, pera e um suco meio vermelho. Olhei aquilo, sentindo minha boca amargar, e peguei a bandeja. Me sentei no chão pra comer, e trouxe o telefone ao chão também. Digitei o número de Serena enquanto mordia a pera.

 

Serena atende depois de 4 toques.

 

– Serena ?

 

– Amiga ! Que saudade ! – A voz dela desafinou.

 

– Oi amiga, tudo bem ?

 

– Sim mas, e você ? Nossa, eu fiquei sabendo mais ou menos do que aconteceu... Estava quase tendo um infarte ! Ainda bem que me ligou ! Pois te ligar, é impossível. Você está mesmo em Neverland ?

 

– Como você sabe ? – Disse com a voz surpresa, e ao mesmo tempo engraçada por estar mastigando o morango.

 

– Liguei pra sua casa. Sua mãe me disse que você estava ai.

 

– Ah sim...

 

– Michael está ai ? – Ela não me deixou terminar.

 

– Não, ele saiu desde tarde. Eu estou desolada Serena. Chorei muito.

 

– Ai Annie, me conte tudo. Estou preocupada. Como eu posso ajudar você ?

 

– Acho que ninguém pode me ajudar.

 

– O que aconteceu ?

 

– Que bom que você não acreditou nos tablóides. – Eu sorri, fungando ao mesmo tempo.

 

– Ah, você tá chorando ? – Ela me repreendeu.

 

– Não. – Eu menti, dando outra mordida no morango. Isso ia disfarçar.

 

– Tá sim.

 

– Ah ok, eu não tenho o direito de chorar ?

 

– Você não tem que ficar triste.

 

– Não ?! – Disse incrédula. – Eu vou perder meu emprego, e ficar longe do homem que eu amo. E de quebra, nem posso sair na rua porque vai ter um bando de fotógrafos registrando minha decadência, e ainda por cima, vão postar no jornal que a garota interesseira não consegue dar o golpe que queria !

 

Ela ficou muda, e respirou.

 

– Tudo bem, desculpa. O que pretende fazer ?

 

– Eu não sei. – Minha voz tremeu. Tomei conciencia da verdade em minhas palavras.

 

Aquilo, fez mais uma lágrima rolar.

 

– É só um trabalho idiota. O que realmente importa é o Michael... Você acha que...

 

– Nos beijamos. – Eu a interrompi.

 

– O QUE ? – Ela aumentou o tom de voz. – Eu entendi errado ?

 

– Não ! – Eu disse nem mesmo acreditando no que disse. – Até eu não estou acreditando... Serena, aconteceu. Aconteceu num momento tão lindo... Estávamos na cachoeira, eu estava no colo dele e de repente... Fixamos o olhar um no outro e ele me beijou ! É claro que eu não fui idiota novamente e desmaiei. Eu o beijei com toda a vontade. Tipo assim, meu primeiro beijo foi com Michael Jackson ! “ Você se lembra do seu primeiro beijo, Annie ? “ “ Sim, lembro. Foi com Michael Jackson.” E ai, agora me diz se eu não tenho motivos pra não acreditar que isso realmente aconteceu ? Que não passa de um sonho ?

 

– Estou sem... palavras ! – Ela deu um grito histérico. – Você gostou né ?!

 

– Mas é óbvio ! A boca dele é a boca mais gostosa do mundo, meu Deus do céu !

 

– Então se isso aconteceu... Significa que ele...

 

– Eu não sei Serena... Sabe, é tão confuso. Apesar de tudo isso ter acontecido, tudo que eu fiz e prejudiquei o Michael... Eu me sinto boa pra ele, sabe ? E isso é tão egoista, é tão ipócrita da minha parte !

 

– Não é não. Você ama ele. E você é boa pra ele. É impressão minha ou você está sendo corrompida contra você mesma pela imprensa ?

 

– Não... Eu preciso pensar. Já que vou sair do emprego mesmo, ou ser mandada embora, não importa. Eu só preciso conversar com ele... Eu tenho medo de falar dos meus sentimentos e ele se afastar... Afinal, eu sou só mais uma fã apaixonada.

 

– Não mesmo, você o conheceu Annie. E ele também. Isso muda tudo !

 

– Eu não sei o que pensar... – Sussurrei, abaixando a cabeça e escondendo os olhos entre os joelhos. Com a mão livre entre os meus cabelos, massageando o coro cabeludo, fechei os olhos, tentando me concentrar.

 

– Vai dá tudo certo. Você vai ver.

 

– Serena... Cara, eu amo o Michael demais. Eu não sei o que vai ser de mim...

 

 Eu também amo muito você. – Uma voz á frente disse.

 

Eu sei que não é de Serena. Na verdade, eu sei perfeitamente de quem é essa voz.

 

– Serena. Preciso desligar. Amo você. – Minha voz falhou.

 

Meu coração parece liberar uma corrente de choque por todos os nervos existentes. Meu olhos abertos, mesmo escondidos pelo meu cabelo, pareciam recusar que eu estivesse projetando a imagem dele em pé na porta, sem ao menos ve-lo de verdade. Mas, eu tenho que fazer isso.

Levantei minha cabeça ainda de olhos fechados. Respirei profundamente, colocando o telefone no chão e abri os olhos.

 

Sim, é ele. Michael estava de pé na porta, exatamente como tinha pensado. No seu rosto, não há sorrisos, mas a mesma ternura que ele sempre passara. Aquele rosto abatido, que reluta em passar um sorriso verdadeiro, de felicidade. Sorrir não é uma tarefa difícil pra Michael. Ele é iluminado. Mas nem sempre isso pode ser bom pra ele. Nem sempre, um sorriso pode ser o sorriso feliz. Um sorriso pode ser, de um conforto, que ele passa, mesmo não se sentindo bem. E isso me faz querer chorar. Isso me faz enxergar como eu o amo mais e mais. É facil perceber o quanto ele se sente mal. Tudo parece está estampado em seu rosto de uma forma que me assusta. Eu queria mesmo correr pra seus braços e dizer que tudo há de ficar bem. Mas não dá pra assegurar.

 

– Michael... – Sussurei, olhando-o. Meus olhos já se encontravam embaçados pelo acúmulo de lágrimas.

 

– Annie... – Seu rosto se contorceu. – Não chore... Por favor, venha comigo. – Ele levantou a mão lentamente, como se quisesse a minha.

 

Eu o olhei, sentindo a lágrima quente descer meu rosto. Me levantei sem tirar meus olhos de seu rosto, e atravessei a sala, em sua direção, sem olhar pros lados, e muito menos pro chão.

A mão dele permanecera estendida. Aquilo me fez gemer. Dor... Uma dor por dentro. Eu não sei explicar o porquê.

Assim que faltasse 1 metro de distancia de Michael, eu corri e segurei a sua mão o mais forte que conseguia, e dei um impulso pra abraça-lo pelo pescoço.

O abraçei o mais forte que conseguia, meu corpo reagira a dor que está sentindo. Meus olhos fechados, tinham espantado as lágrimas dos olhos, mas não a tristeza no meu peito. Eu só tenho medo de uma coisa acontecer... Pois, sinto que é como ganha-lo, ao mesmo tempo em que estão o tirando de mim. E na verdade, é isso que está acontecendo. E o que me dói mais, é saber que eu sei disso, e que não posso fazer nada. Absolutamente nada. Só assistir o meu coração definhar.

 

– Venha... – Ele sussurou, me apertando mais contra seu corpo. – Vamos conversar lá fora.

 

Afastei minha cabeça de seu ombro, agora olhando nos olhos dele. Ele deu um sorriso pequeno, e enxugou minhas lágrimas. Segurou minha mão, e começamos a caminhar em direção á porta principal. Senti meu coração pulsar rapidamente, sem encostar a mão no peito. Minha respiração estava começando a ficar alta assim que o silêncio já estava me deixando contrangida.

 

Andamos mais um pouco, chegando a uma piscina. O local é pouco iluminado, um gramado inclinado para a piscina formava uma espécie de buraco. Michael parou no topo, olhando o reflexo da luz refletida na água da piscina e sorriu levemente. Eu acompanhei o seu olhar, e logo começamos a descer aquele pequeno morrinho gramado.

Ele parou na metade do morrinho, e olhou pra mim. Ele se sentou, e me puxou junto. Sentei ao seu lado, colado com ele. Ele passou um braço pel minha cintura e eu apoei minhas duas mãos em seu joelho inclinado.

 

– Senti sua falta... – Ele sorriu, sem olhar pra mim. Era como se estivesse pensando no que dizia –  Eu não sei por onde começar, está tudo confuso mas... – Sentia agora, os olhos dele em meu rosto, mas não virei meu rosto pra ele, por mais que quisesse. Estávamos próximos demais. Iria rolar um beijo muito fácil. Sorri, pensando nisso.

 

– Eu também senti sua falta. Michael...

 

Shiii... Está tudo bem. Sobre o beijo, eu queria dizer que...

 

– Foi o meu primeiro. – Eu disse, me virando pra ele. Nossos rostos estavam quase se tocando, assim como as bocas também.

 

O ambiente não estava tão claro, mas dava um certo brilho especial nos olhos dele. Aquilo me fez sorrir. Era tão lindo, tão maravilhoso...

Ele me apertou mais contra ele.

 

– Como assim Annie ? – Ele inclinou a cabeça pro lado, pensativo. Não deixava de olhar nos meus olhos com ternura.

 

– Foi o meu primeiro beijo. – Eu murmurei.

 

Ele me observou durante mais tempo, completamente surpreso. Um sorriso enorme se  formou nos lábios.

 

– Não acredito. – Ele disse sem parar de sorrir.

 

– Sério Michael. – Eu sorri sem graça.

 

Ele mordeu o lábio inferior, e se aproximou mais do meu rosto. Mais alguns centímetros, já que estávamos mesmo colados um no outro agora.

 

– E o que você acha... – Ele sussurrou. – Do segundo, ser comigo também ?

 

Eu sorri imensamente, e sussurrei.

 

– Não precisa nem sugerir.

 

Dei a iniciativa, e o beijei com ternura. Respirei, captando o perfume de sua pele, e me envolvi num segundo beijo mais quente, o provocando com uma pequena mordidinha. Aquilo, era a fome de sua boca. Provei do mel, e agora não quero parar mais. E isso vicia, pior do que qualquer droga que existira.

 


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Notas finais do capítulo

Confesso a vocês, que escrevi muito mais coisas sobre todas, só que não deu pra postar nem no primeiro nem nesse ! Eu posto no proximo capitulo, então ! SAUHSAIUSHIAU