Love Story escrita por AnnieJoseph


Capítulo 22
Uma cadeira de rodas pra um mal jeito.


Notas iniciais do capítulo

Também não corrigi, e digitei rápido - como sempre - por isso pode ter erros. Desculpem gente, é que eu to sem tempo mesmo ! E o calor não ajuda tbm :x

Boa leitura !



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Tudo que eu mais quero é realmente beijar aquela boca. O Michael era muito mau ! Meu estado está deprimente. Parei pra perceber enquanto chegava ao tal médico, que tinha me machuado muito desde que o conheci. Não mentalmente como fisicamente. E isso, tinha lados ruins e bons. Todo amor faz agente sofrer - no meu caso, como não é recíproco... - e isso demosntra pra mim mesma a capacidade que tenho de enfrentar tudo pra me contentar com pelo menos um sorriso dele.
Fisicamente, dói também mas, isso está toda hora me aproximando dele de uma forma diferente, mais amiga. Eu estou mexendo com sua vida de uma forma, eu posso pereber isso. Por mais que aconteça coisas diferentes pra ele - e nem se fale pra mim ! - eu não sei se é certo. Eu posso estar o colocando em maus lençóis ou o trazendo pra um mundo diferente, mas perigoso.

Suspirei. Me surpreendendo com uma lágrima que rolara no meu rosto.

– Chegamos. – Michael anunciou enquanto se levantava com Janet.

A ambulancia já havia parado. Eu não tinha percebi os olhos de Michael no meu rosto antes. Ele olhava fixamente.
Por um momento, me perguntei se tinha sido pega chorando novamente. Eu sabia muito bem que ele não gostava de ninguém chorando. E eu sei também, que isso não é um tratameto especial. Michael era assim com todos, pois seu coração era especial. Nada muito separado, como uma fã idiota poderia achar que ele estava sentindo o que ela sente. É melhor eu ir me acostumando com a realidade antes que eu pire.

Abriram a porta a segundos atrás, e somente agora eu tinha percebido que já me carregavam pra fora da ambulancia. Janet e Michael já tinham saido de vista. "Esse é o preço do show business..."

Eu tentei fechar os olhos por toda a "viajem". Podia escutar buburinhos rápidos, pois esses homens corriam, e se corriam !
Pareciam flechas em busca de seus alvos. Mira e direção perfeita ! Adentramos na tal emergencia, essa tábua que está me segurando, se chocou com a portinha que parecia aqueles barzinhos de faroeste... Finalmente abri os olhos e pensei hesitante, pois o lugar não me parecia com uma emergencia normal. Daquelas que agente vê em filmes, cheia de pessoas em camas separadas por 1 metro e meio de distancia...
Essa "emergencia" era totalmente luxuosa e privada. Eu posso apostar que o quarto - que eu não vou conhecer, pois não vou ficar aqui - está aqui do lado, na portinha que eu estou observando agora.

Um médico jovem estava pronto pra me atender. Ele checou algumas coisas, me perguntando se eu sentia dor e tudo mais, e depois me mandou pra tirar um exame de radiografia. Eu não estive perto de Michael nesse meio tempo, e eu sabia perfeitamente que ele era o culpado de me colocar numa clínica luxuosa, e de me enfiar em tudo quanto é exame que existe. Por mais que eu afirmasse que estava bem, ninguém me escutava. E olha que os médicos nem sabiam que eu tinha bebido !
No final da consulta, eu só estava por fim com o braço em uma tipóia, numa cadeira de rodas com apoio na perna direita. Sabe por que ? Por que eu torci o pulso e dei uma mal jeito BOBO na perna ! Agora sim, eu entendo por que clinicas assim te cobram o olho da cara. Vêem problema onde não tem !
 
– Viu ! Eu disse que não foi nada. – Eu resmunguei.

Estávamos a caminho do estacionamento. Michael empurrava minha cadeira de rodas, e Janet estava ao lado de um guarda-costas super sério e concentrado.
Acho que ele estava preocupado com algo. Pois, os seguranças de Mike eram legais. Ele não contratava qualquer múmia.

– Você não disse isso. – Michael me fisgou em palavras. E o safado ainda tinha um sorriso nos lábios. Eu já sabia disso sem olhar.

Eu virei meu rosto pra ele, olhando pra cima já que estava sentada. E como imaginava, ele estava sorrindo.

– Eu pensei nisso então, ok ? E tem uma pessoa que não quer dizer o que pensa aqui, diferente de mim. – Suspire Annie.

– Desculpe interromper a conversa sr. Michael, mas descobriram o incidente com a senhorita Annie, e já temos fotógrafos na porta do estacionamento. – O tal guarda-costas disse de uma forma baixa, como se falasse pra ninguém escutar. Sim, esse era o propósito.

– Oh droga ! – Murmurei, abaixando a cabeça.

– Ok, vamos. – Michael apertou o passo.

– Isso é ridículo. Eu estou ridícula nessa cadeira de rodas.

– Annie... – Janet murmurou.

– Ok, vou tentar ficar quieta. Eu estou chata, eu sei. Mas é culpa de uma coisa retirada da cana de açucar. – Fiquei observando meu braço enfaixado enquanto dizia.

Janet e Michael riram baixo.
Ficamos calados por segundos que pareciam décadas.

– Devem estar loucos atrás dela. – Janet palpitou.

– Também acho... Ela não foi vista depois da... – Ele hesitou – Confusão. Querem notícias de tudo quando é jeito. – Mike completou.

– Eu não sou a famosa aqui, é claro que é por causa de vocês. – Debochei, revirando os olhos.

– É por você sim. Tanto é que souberam que você está aqui e vieram atrás. – Janet insitiu.

– E eu duvido que se você e Mike não estivessem aqui, eles não viriam.

– Viriam sim. Esqueceu que você é a sequestradora do meu irmão ?

Eu tampei meu rosto com a mão boa, desistindo.
Janet riu.

Chegamos ao estacionamento, em frente ao carro. Me levantei com a ajuda de Janet, enquanto Mike devolvia a cadeira a um funcionário. Olhei pra ele por um segundo e por um segundo e percebi seu rosto entristecido.

– Mi... – Hesite. Eu ia perguntar o que tinha acontecido, mas acho melhor perguntar depois.

Janet me colocou no banco traseiro do carro com um cuidado excessivo. Eu estava bem, mas ela parecia não acreditar nisso. Mike entrou no carro, e eu acabei ficando no banco do meio. Janet está no lado esquerdo, e Michael no direito. Suspirei.
O carro deu partida. Assim que saimos do estacionamento, Janet segurou minha mão. Eu olhei para a mesma, depois pros olhos dela e depois virei meu rosto, escarando os olhos de Mike. Eu mal reparei na confusão que cercava o carro. Eu tenho certeza que não iriam fotografar nada aqui dentro, pois o vidro do carro é totalmente escuro. Então, me sinto segura.

Por mais que tivesse distraida nesses minutos que entrei no carro, eu sabia que meus olhos estavam fixados em alguma coisa. Mas, na minha mente, eu não conseguia processar no que era. É como se eu estivesse ipnotizada, viajando na imaginação escura. Escura ? Sim. Eu não penso em absolutamente nada agora. Apenas fixo meu olhar naquilo. Eu não sei se é uma coisa subliminar mas, sim, é uma coisa subliminar ! É como se aquilo te prendesse de tal forma que, você não conseguisse tirar seu olhar, e não tivesse noção do que está fazendo. É como encarar uma coisa proibída. Uma coisa que te atrái, mas que por mais que você no fundo saiba que deve ou não  fazer isso, você faz. Por que você não responde por sí mesma. Cada sentímetro do meu corpo parece se desligar de tal forma, que não me acho humana. É como saber que eu não respiro, que não tenho noção de tempo, de vida, de universo. É como se perder na imensidão de um simples desentendimento. E por um segundo, por mais que não tenha noção de nada, a única coisa que poderia realmente sentir era de fazer isso pra sempre, de me aprofundar no brilho que enxergo, e desejar que a vida possa me trazer momentos únicos e simples como a maravilha de um sorriso, gerado por uma simples concentração sobrenatural. E nesse exato momento, eu sabia onde meus olhos estavam fixados. Nos olhos dele.
E agora eu sabia. Eu me prendi no seu olhar. Olho, olho... E alí, tinha encontrado o meu refúgio, por mais que fosse momentaneo. Existe algo, que quando eu realmente paro pra olhar-lo, não me deixa parar de olhar. E isso, foi como se desligar do mundo, de depois de minutos... Perceber que eu estava olhando nos olhos dele. E que isso, me prendeu de tal forma que... Eu perdi todos os meus sentidos.

Tomei consciencia  de que estava olhando ele mas, mesmo assim, continuei a olhar. Tinha algo que me prendia nesse olhar, e eu não sabia como reverter a situação. Só que, percebi agora que os olhos dele, também estavam fixados nos meus esse tempo todo.

– Desculpe. – Murmurei totalmente sem jeito. – Me interti. – Meu rosto estava quente, eu sabia que estava muito vermelha agora.

Janet sorriu, e Mike desviou o olhar, mordendo o lábio inferior num pequeno sorriso desajeitado junto. Corei mais ainda.

Abaixei meu olhar, pra minha mão que se entrelaçavam com as de Janet. Ela apertou minha mão, e isso me fez olhar nos olhos dela. Ela sorriu, e voltou a olhar a paisagem pela janela. Eu não tinha entendido o que ela quis dizer, mas permaneci calada. Estou totalmente constrangida. O que Michael deveria estar pensando sobre isso ? Que eu tinha batido a cabeça e que o alcool continuava a me deixar maluca a ponto de encarar-lo por não sei quantos minutos ?
Suspirei baixo, fechando os olhos.

Minutos depois, Janet susurrou no meu ouvido. Falando meu nome baixo.

– Oi Janet ? – Abri os olhos lentamente. Não estava dormindo, mas estava com medo de "ver" a realidade - não que a realidade não fosse boa, mas eu ainda estava contrangida -.

– Chegamos a Neverland... Eu partir nesse carro, pois vou pra casa. – Ela sorriu de um modo que não consegui decifrar – Amanhã agente se vê. Só queria te pedir o telefone da sua casa pra ligar pra sua mãe.

Eu sorri, agradecida.

– Não precisa querida. Eu ligo pra ela, não precisa se incomodar. – À Abracei, já me despedindo.

– Não, você deve descansar. Deixa que eu falo com ela. – Ela insistiu.

Fiquei pensativa, mas concordei com a cabeça. Ela já estava com um papel e uma caneta no colo pra anotar o número. Anotei, e em seguida me virei depois de ter dado um beijo no rosto dela. Michael já tinha saido, e estava escorado na traseira do carro. Assim que ele percebeu que eu estava saindo, estendeu a mão e me ajudou a sair do carro. Cavalheiro...

Descemos já dentro de neverland. O carro tinha entrado até depois do portão por precaução. Assim que olhei em volta soltei um sorriso grande enquanto ouvia o carro dar a ré, e sair pelo portão.

– Bem vinda a Neverland. – Ele me abraçou de lado, o famoso abraço pra me segurar e sorriu também.

Começamos a andar, e ele percebeu que eu ainda estava de salto.

– Ei. – Ele me soltou de vagar, e se abaixou com a mão nos meus pés. – Tire isso, está te atrapalhando.

Eu sorri, e levantei um pouco o primeiro pé pra que ele pegasse o sapato. Fez o mesmo com o outro, fixando o olhar nos meus pés. Ele se levantou e eu peguei os sapatos de suas mãos.

 – Já basta você está me carregando né ! Deixa eu levar isso – Sorri e peguei os sapatos enquanto ele me abraçava novamente de lado.

– Esse lugar é lindo... – Disse olhando em volta.

O caminho de pedras bem colocadas é cercado por cercadinhos de plantas, e fora esse caminho de pedra, tudo era gramado, com muitas árvores. É tão lindo que, me perdi em olhares. Michael parecia feliz, por me ver assim tão maravilhada. Ele gostava de ver as pessoas felizes com isso.
Eu me virei pra ele, ainda sorrindo. Meu cabelo estava um pouco no rosto, então eu o tirei com a mão que estava na tipóia. Olhei novamente em seus olhos, e ai sim, seu olhar encontrou o meu. Ele me observou e sorriu também.

– Obrigada. – Sorri, me aproximando dele, e sem ser hesitante, beijei seu rosto demoradamente. Daqueles beijos que estalam no final, e com um sorriso pra completar.

Michael fez o mesmo, e me apertou no abraço, me fazendo estremecer. Era a coisa mais linda e inexplicável de se sentir de um homem como ele, de um homem que eu amo mais que a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, obrigada por tudo *---------*

I love you ;*