POV´s Annabeth

– Você tem 30 segundos para se explicar mocinha! – Berra ela.

– Eu... eu fui em uma festa com uns amigos.

– Que amigos?! Silena, Piper, Calipso, Beckendorf, Leo, Jason, Lee? Liguei para todos eles e não sabiam onde você estava!

– Eles não são da escola mãe. – Respondo na maior calma.

Estávamos no escritório dela, ela em pé atrás da mesa e eu sentada em uma cadeira.

– Onde os conheceu?

Agora a coisa ficou séria, eu não havia contado que eu tinha dado um tapa na cara de Drew e nem sobre o trabalho comunitário.

– Ahn, por aí.

– Isso é resposta! Quero nomes, quero endereços, quero telefones, nomes dos pais...

– RG, data de nascimento, quantos fios de cabelo tem, e por aí vai.

– Sim! E não e fale desse jeito comigo mocinha! Mas que festa foi essa? Até essa hora? E... – Ela foi se aproximando e começou a cheirar meu pescoço, meu rosto. – E que cheiro de álcool é esse! VOCÊ BEBEU?!

– Mãe...

– ANNABETH CHASE! QUE TIPO DE FESTA FOI ESSA? NÃO! NÃO ME RESPONDA! VAI PARA O SEU QUARTO AGORA E NÃO SAIA O RESTO FIM DE SEMANA!

Subo as escadas o mais rápido possível. Não queria levar mais bronca de Atena.

POV´s Narradora

– Ei, para o que é isso, isso não é fofo caramba. – Diz Nico ainda sonolento enquanto Thalia tentava o acordar puxando seus cabelos.

– Acorda de uma vez dorminhoco, daqui a pouco todos vão embora e teremos que ficar para ajudar Grover. – Fala Thalia.

– O que, não, vamos de uma vez. – Responde Nico já se levantando.

Thalia ri e se levanta também. Eles tentam passar em meio ao mundo de corpos que se espalhavam pela sala.

– Onde está Percy e a garota? – Pergunta Nico.

– Já foram.

– Esse filho da puta está nos trocando por uma filhinha de papai qualquer.

– Filhinha de papai? Aquilo é o demônio das grifes em pessoa. – Responde Rachel que aparecera do nada.

– Não exagera Rachel, mas ela, bem, não é como nós. – Fala Thalia.

– Ela não percebe que Percy não mudaria por ela? Ele é assim e pronto, tem que encontrar alguém que goste dele assim. – Responde Rachel.

– Você? Haha, Rachel esqueça, você teve sua chance. – Rebate Thalia.

– Mas quem cuida da vida dele é ele, então parem meninas. – Fala Grover vindo tropeçando em nossa direção.

– É, não vai adiantar nada vocês ficarem discutindo. – Fala Nico.

POV´s Percy

Patricinha, fútil, superficial. A descrição perfeita. Ela era isso e eu tinha que aceitar, esse conto de fadas que ela mesma criou nunca vai dar certo. Ficava cada vez mais fácil ver que ela nem sempre era aquela princesa que querendo ou não eu criei em minha mente. Tudo bem, Percy se acalme faz pouco mais de um dia que vocês voltaram e já estavam se brigando? Paciência era o que eu mais queria mais não tinha de forma alguma. Eu não tinha vocação para aturar menininha mimada dando ataque de ciúmes.

Vou direto para o galpão, o que fazer para esquecer isso? Pego a guitarra e começo a tocar para me distrair. Mas tocar o que? A música era minha saída para muitas coisas, mas não estava dando certo, só pensava nela. Parecia que tudo girava envolta dela, mas não era assim, não podia ser. Pego um caderno e um lápis e as palavras simplesmente voaram para folha. Uma música. Ela não merecia que eu perdesse meu tempo compondo sobre ela.

Me levanto, saio. Respiro o ar da manhã, era bom.

Foda-se, eu não iria mudar por ela. Quando vejo minha pernas automaticamente me levam a um bar qualquer onde eu compro uma garrafa de vodca. Isso sim me faz esquecer a realidade. Isso sim me ajuda. E eu não iria mudar por ela, não me importava se ela achasse que isso iria me matar. Todos vamos morrer um dia.

Seus ciúmes bobos, ela é mais que isso, mas como quer que alguém goste dela se ela se esforça para parecer uma menininha mimada.

Nunca iriam aceitar ela assim. Como os amiguinhos fúteis dela nunca me aceitarão.

Passo o resto do dia andando por aí, até a hora de ir busca-la, afinal se ela não quiser ir não precisa, mais eu vou.