Eu teria que esquecer Percy a qualquer custo, eu tiraria ele da cabeça, eu nunca mais o veria. Bem como eu sou inocente, ou não... Mas nada saiu como eu realmente queria.

As semanas se passaram e eu Lee ficávamos cada vez mais próximos, três semanas tinham se passado. Era tudo para ser um noite normal.

Na hora marcada Lee estava lá para me buscar, fomos ao cinema, tentei me divertir, mas bem não funcionou muito bem, mesmo que tenhamos ido ver um comédia romântica que todos estão falando. O filme era bom, mas não conseguia me concentrar. Lee fazia piadinhas sem graça nenhuma, estava esquisito, e foi só quando realmente cheguei perto de dele, na porta de minha casa, então senti o cheiro de álcool horrível que vinha dele. Lee estava bêbado.

Estávamos na porta de minha casa e eu estava louca para me livrar dele, mas ele não parecia nem um pouquinho ansioso para se despedir.

Ele aproximou mais de mim e cheiro fortíssimo de álcool invadiu minhas narinas, quase desmaiei.

– Não! – Digo antes de ele se aproximar mais para me beijar. – Se afaste.

– Ei, o que foi gatinha. – Disse ele, e antes que eu pudesse impedir ele me beija a força, em quanto a outra mão está ocupada levantando a saia de meu vestido.

– Vai em bora Lee! – Tento gritar, tento me soltar de seus garras, mas ele muito mais forte que eu.

– Que tal continuarmos a noite em seu quarto em Annie. – Fala ele ignorando meus protestos.

– Saia agora daqui! Eu vou gritar para minha mãe! – Isso foi infantil, mas a única coisa que pensei, o única problema era que minha havia me avisado que não estaria em casa hoje de noite.

– Vai gritar para mamãe? Que coisa feia a se fazer Anniezinha.

– Meu nome é Annabeth e pare de me chamar assim!

Ele me beija novamente e não posso dizer que é ruim, mas eu não conseguiria esquecer um bêbado com outro bêbado, o único problema era que eu não conseguiria esquecer Percy nem que quisesse, e ele sempre estava lá para lembrar isso, literalmente...

– Vai embora! Não quero você assim! – Grito mais um vez, mas ele não queria me largar de jeito nenhum.

–Vai deixar ela em paz por bem ou por mal? – Meu coração parou e voltou a bater muito mais forte. Aquela voz que me dava arrepios.

Lee para e olha para trás. Lá estava ele na calçada, não muito longe de nós. Esqueci as três semanas num passe de mágica. Esqueci onde estava, esqueci tudo. Lá estava ele, usava uma camiseta do Nirvana, uma jaqueta de couro preta, calça preta e rasgada e All Star. Ele estava lindo como sempre. Os cabelos negros desgrenhados e mesmo na noite seus olhos verde mar se destacavam, em suas mãos estava um garrafa de cerveja.

– O que vai fazer babaca? – Gritou Lee de volta.

– Não está me reconhecendo Fletcher. – Disse Percy. Ele vai até nós e antes que qualquer Lee perceba já estava no chão, Lee se levanta e tenta revidar o soco, mas Percy é mais rápido e o agarra pelo colarinho da camisa e o joga em direção do carro.

– Seu idiota! – Diz Lee massageando o olho esquerdo.

– Vai embora e deixa ela em paz. – Disse Percy.

Sem falar mais nada Lee entra no carro e vai embora cantando pneu.

Percy se volta para mim e sem falar mais nada me beija com uma intensidade impossível de esquecer.

– Tudo bem, eu não consigo mais ficar sem você, mas isso não quer dizer que se eu realmente atrapalhar sua vida eu não possa sumir do mapa. – Disse ele.

Eu deveria ter me importado com a segunda parte, mas foda-se, ele estava ao meu lado, isso importa, mais tarde cuidaríamos do futuro próximo.