Herdeiros dos Nórdicos -interativa escrita por New Girl


Capítulo 12
XI-Bianca


Notas iniciais do capítulo

Hey povo o/

sei que atrasei mais estava cheia de coisa para fazer,mas pelo lado bom. Até o fim desse capitulo vocês vão saber se tem um traidor ou não u3u



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Depois do nosso pequeno encontro com aquelas coisas todos começaram a desconfiar uns dos outros. Alaska continuava isolada no seu canto,mas até Alan e Alexander estavam isolados. Tentava acreditar que tudo que os elfos haviam falado era uma mentira para nos confundir,mas parecia tão real e fazer algo desse tipo não teria sentido nesse momento.

Estava bastante desconfortável com nossa situação atual,mas por sorte Alexander se levantou e tentou falar com todos ali.

–Podemos voltar ao normal agora?-perguntou o maior. -Digo,estava tudo bem até aqueles elfos falarem algo que nem sabemos se é verdade ou não.

–Mas se for verdade?-perguntou Bifrost.-Um de nós pretende matar os outros.

Me encolhi um pouco e fechei meus olhos tentando afastar aqueles pensamentos da minha cabeça,mas parecia impossível. Era difícil acreditar que alguém ali queria nos matar,mas era difícil não acreditar nisso. Essa pessoa sabia atuar bem pois ninguém desconfiava dela,isso se ela existe.

Suspirei baixo e fiquei apenas escutando os de mais discutirem sobre o traidor,abri meus olhos e fiquei desenhando algumas coisas sem sentido no chão que tinha um pouco de terra. Escutava Alexander tentando convencer os outros de que os elfos podiam estar mentido,Henry também tentava fazer o mesmo,mas não tinha muito efeito. Todos acreditavam no que havia sido dito.

–Bianca?-chamou Alexander e Henry. -Em quem você acredita?

Abaixei minha cabeça e permaneci sentada no chão abraçando minhas pernas e respondi num tom baixo:

–Eu não sei...Do mesmo jeito que eles podem estar mentido,eles podem estar falando a verdade...Acho que deveríamos procurar pelas Nornas e perguntar diretamente á elas...Talvez ajude,mas do que ficar um olhando para a cara do outro.

–Ela está certa!-disse Lena se levantando.-Vamos procurar pelas Nornas e perguntar para elas!

–Pode levar dias.-disse Ann.-Até lá o traidor já pode ter matado alguém.

Apos esse comentário animador de Ann tentamos descansar um pouco,mas tenho quase certeza de que ninguém fechou os olhos aquela noite,se o planos dos deuses era nos enlouquecer estavam conseguindo de uma forma muito cruel.

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Os dias pareciam passar mais devagar e ainda estávamos distantes uns dos outros,mas pelo menos ainda conseguia manter meu bom conviveu com Alexander,que parecia ser o único acostumado com tudo aquilo.

–Como consegue se manter tão calmo? -perguntava enquanto caminhava ao lado do maior.

–Muito tempo com os gregos.-respondia Alexander entre risos.

–Nunca me contou como é com os semideuses filhos dos gregos.

–Bom,quando eu tinha oito anos meus pais se mudaram para Connecticut ,sabe era a uma promoção do emprego e tal e lá eles achavam que seria melhor para mim,mas eu mal coloquei os pés no meu colégio e já fui atacado por uma criatura bizarra e por sorte um garoto me salvo. Se não me engano seu nome era Luke Castellan. Ele tinha doze anos e estudava na mesma escola que eu. Ele era um filho de Hermes e quando fez quatorze anos simplesmente sumiu. Fui encontra-lo de novo no acampamento meio sangue. Ele que me ensinou a esgrimar. -contava Alexander com um pequeno sorriso nos lábios.

–O que houve depois?-perguntava sorrindo.

–Luke virou um traidor e acabou morto.-respondeu Alex tirando o sorriso do rosto. -Depois disso meus pais acabaram morrendo num terrível acidente e eu resolvi voltar para Noruega.

–Oh! Sinto muito.-falava num tom baixo.

–Tudo bem. -respondia o maior tirando uma mecha de cabelo do rosto. -Os gregos eram legais,mas me dar raiva saber que os pais deles se preocupam com eles. Eles tem um acampamento onde estão seguros lá dentro. Ganham armas e nós...Estamos vagando a meses procurando por um lugar seguro e sem armas,só o que a gente acha por ai.

Alexander estava certo. Nossos pais eram cruéis. Haviam destruído nossas vidas para sermos mais fortes e nem nos davam armas ou coisa do tipo e se chegássemos perto de algum humano podíamos ter certeza de que esse humano seria morto por alguma criatura ou coisa do tipo. E pensar que os gregos pelo menos ganham armas. Aquilo irritava bastante,mas não tinha nada que pudesse fazer.

Olhei para Alex e percebi que o maior estava com a cabeça baixa e um olhar distante.

–O que houve,Alex?-perguntei.

–Só com medo.

–Medo de que?

–Que o traidor do nosso grupo tenha o mesmo destino que Luke.

Abaixei a cabeça e quando olhei para frente percebi que havíamos ficado um pouco para trás. Os outros não estavam muito longe,mas quase não os via direito por causa das árvores e a floresta que agora já estava mais escura.

Acelerava um pouco os passo assim com Alexander,mas no minuto que iria começar a correr pude sentir alguma coisa acerta minha cabeça com muita força e me fazer perder a consciência.

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...

Abri meus olhos devagar e no primeiro momento imaginei que estava cega,mas logo me dei conta de que estava apenas com meus olhos vendados. Tentei gritar,mas havia uma mordaça em minha boca. Tentei mover minhas mãos,mas estavam amarradas e minha ultima opção era esquentar a corda que prendia minhas mãos,mas percebi que em minhas mãos estava um par de luvas de borracha que subiam até metade do meu braço.

Unica coisa que me restava fazer era me debater e no exato momento que comecei a me debater senti uma mão retirar a venda dos meus olhos e a mordaça da minha boca,de inicio não enxerguei nada com clareza por ter ficado muito tempo com os olhos vendados e a luz agora irritava bastante,mas em pouco minutos minha visão se acostumou e percebi que estava em um tipo de caverna. Havia luzes ao redor,as paredes eram úmidas e pareciam estar suando. O chão também estava bem úmido e tinha algumas poças de água. Olhei pro meu lado esquerdo e pude ver Alexander,ele ainda estava desmaiado,eu espero, estava do mesmo jeito que estava. Seus olhos vendados,braços amarrados e enrolados em algum tipo de coberto aprova de fogo ou coisa do tipo. Olhei para o outro lado e percebi que parado ao meu lado estava uma mulher de longos cabelos ruivos que caiam por cima dos seus ombros,sua pele era um pouco branca,seu rosto era realmente lindo e era perfeito,seus olhos eram grandes e verdes e pareciam olhos de felinos. Seu corpo era de dar inveja em qualquer mulher,deveria ter mais ou menos uns 18 anos,em suas mãos haviam alguns cortes e no lugar de unhas tinha garras enormes e em pouco momento a garota me fitou com aqueles seus olhos felinos e percebi que ela possuía uma cauda semelhante a de uma vaca,ela não usava roupa alguma e parecia não saber falar,seus seios estavam escondidos pelos seus longos cabelos ruivos e percebi que ela era pequena e fraca demais para acertar Alexander e eu e nos arrastarmos sem sermos vistos pelos outros.

–Me solte!-pedia num tom baixo. Estava com medo de que ela ficasse perigosa quando estivesse assustado ou que outro monstro aparecesse ali.

A garota me olhou um pouco confusa e apenas permaneceu sentada me olhando.

–Você fez isso comigo?-perguntava.

Nenhuma resposta.

Suspirei baixo e nesse momento percebi que Alexander havia acordado e se debatia um pouco.

Me debatia e a garota se assustou um pouco.

–Desculpa.-disse baixo.-Por favor solte eu e meu amigo...

A garota se levantou e caminhou na direção oposta a mim e Alexander e nesse momento percebi que as costas da garota eram a coisa mais bizarra que eu podia pensar. Digo,suas costas eram pura carne podre e um enorme buraco a pele estava em algumas partes rasgada e em outras partes estava coberta por vermes que se mexia entrando e saindo do buraco que existia em suas costas e deixava expostas suas costelas e coluna entre outras coisas que não conheço. Aquilo me causara um grande arrepio,mas piorou no minuto que percebi que a garota agora tinha um punhal de sacrifício em suas mãos. Me debatia mais enquanto a ruiva se aproximava,mas de nada adiantava. A ruiva me vendou de novo a unica coisa que conseguia fazer era grita e nesse exato momento pude escutar os gritos de Alexander. As lagrimas corriam pelo meu rosto ao escutar o som da carne sendo perfurada e ossos sendo quebrados.

–Alexander...-as lagrimas continuavam correndo pelo meu rosto. Logo os gritos de Alexander pararam e nesse momento tive certeza de que o maior estava morto ou fraco demais.

Tremia demais ao escutar os passos se aproximarem de mim e eles ecoavam pela caverna. Estava assustada demais,queria que os outros me salvassem. Eu não consegui nem defender meu amigo e não seria capaz de me defender sozinha. Tremia muito e soluçava. Nesse momento meu pai Thor deve estar gargalhando da minha situação.

Esperava para sentir meu fim ou coisa do tipo,mas pelo contrario senti alguém retirar minha venda e depois pude ver o rosto de Alexander. Seu cabelo negro estava bagunçado demais e seu peito uma mancha enorme de sangue e um enorme corte em seu braço.

–Alexander!

–Você está bem,Bianca?-perguntava o maior me olhando sorrindo.

Tremia um pouco e abria um sorriso.

–S-sim...Agora me tire daqui...Vamos fugir daqui. -gritava.

–Fique calada Bianca.-pedia Alexander.

–Tem outros como aquela garota?

–Não.

–Algo pior?-perguntava já ficando mais assustada.

–Não,Bianca. Só que eu nunca suportei sua voz!-respondia Alexander jogando a venda na minha direção.

–Sempre achei que a filha de Thor fosse um pouco mais experta.-comentava Alexander e naquele momento me dei conta de que o traidor era Alexander!

Tentei me afastar,mas não conseguia muito por estar amarrada e por Alexander segurar meu queixo e me olhar sorrindo com aqueles seus olhos amarelos que agora pareciam mais vivos e mais sombrios. Parecia que algumas veias saltavam de seus olhos ou coisa do tipo,aquele olhar nunca havia visto em ninguém e essa primeira vez estava sendo assustadora demais.

Tentei falar algo,mas minha voz simplesmente insistia em falhar,mas esse não era o pior. O pior foi o momento que Alexander vendou meus olhos mais uma vez e me deu um soco com toda força no meu estomago me fazendo cair no chão e gemer de dor. Não ver nada e ter certeza de que nas mãos de Alexander havia um punhal era uma sensação desesperadora pelo simples fato de estar totalmente submissa ao maior. Estava tentando me mexer ou qualquer coisa,mas não conseguia pelo fato de meu corpo está tomado pelo panico. Estava tão assustada que mal percebi quando o garoto agarrou minha língua. Só me dei conta no momento que um gosto forte de ferro começou a tomar minha boca e pude sentir uma dor indescritível. Estava querendo gritar,mas minha voz não saia e só naquele momento percebi o que Alexander quis dizer com nunca ter gostado da minha voz.

O maior cortava minha língua lentamente e a dor só aumentava,tinha certeza de que o maior pretendia me torturar o máximo antes de me matar,mas de repente o que estava sendo usado para corta minha língua parou e pude escutar o som de algo sendo jogado contra a parede.

–Bianca!-suspirei aliviada ao escutar a voz de Alaska. A albina tirou a venda dos meus olhos e me abraçou com força.

Olhei pro lado e percebi que Henry estava parado um pouco a frente de Alexander,que estava caído no chão,mas ainda tinha aquele sorriso maligno no seus lábios. Estava assustada demais,mas estava bem. Ainda tinha minha língua,nela havia apenas um pequeno corte no canto esquerdo.

Antes que Henry tivesse a chance de acertar outro soco em Alexander uma enorme parede de fogo se formou a frente do maior e logo sumiu revelando que Alexander e aquela garota que tinha suas costas podre também haviam sumido.

Bianca pov off

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Alexander pov on

Se passou apenas dois dias desde que sai do grupo de Bianca e os outros por ser um traidor e essas coisas. Estava parado a frente de uma enorme janela da cobertura de um dos prédios mais luxuosos de Oppaland,observando o bosque que eles deveriam estar se escondendo. Estávamos em plena primavera,mas o frio e nem a chuva paravam por um único momento. Apenas observava o bosque e secava algumas mechas do meu cabelo que ainda estavam úmidas. Estava um pouco perdido em meus pensamentos,mas uma voz masculina me fez perde o foco.

–Pelo visto seu plano falhou.-comentava Oliver que quando me virei pude vê-lo sentado no sofá. O ruivo estava aparentando ter 18 anos,mas ainda usava roupas do século passado e percebi que em sua camisa branca havia uma mancha de sangue.

–Só não esperava que Henry e os outros aparecessem.-respondi enquanto observava o ruivo e abria um pequeno sorriso malicioso em seus lábios e naquele momento percebi o que o mesmo havia feito.-Está me testando?

Oliver ergueu seus olhos e sorriu de uma forma infantil.

–Tsc...Acha mesmo que vou lhe trair? Se eu quisesse já teria lhe matado e sem contar lhe entreguei Liesel e Lucy!

–E depois as libertou.-respondia Oliver.-Tsc...De qualquer forma só fiz isso por mero capricho meu,Alexander.

Fuzilei o ruivo com o olhar e depois voltei a olhar para a janela e abri um pequeno sorriso de canto enquanto colocava minha mão esquerda no bolso do meu casaco:

–De qualquer forma não importa. Já que você está aqui por mero capricho meu!


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