CdE - O Barbudo, a Princesa e o Amuleto escrita por Flamethrower


Capítulo 21
Capitulo XX - A faísca do crepúsculo




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Nossa jornada tinha chegado ao final. Como prometido, depois da conversa com Caspie me dirigi a alegre casa cor-de-rosa, onde a Princesa Luna me esperava. Assim que eu abri a porta de ferro, no cômodo da sala só havia o meu mentor, olhando para a janela. A vista da janela era bonita, em direção a um penhasco montanhoso.

— Onde está Luna? — perguntei a ele.

Star Swirl continuou olhando para a janela. Sua barba estava suja, balançando com o vento que vinha da fenda de vitral.

— Ela tem seus afazeres, garoto. — disse o velho inexpressivo.

— O que houve? O que ela disse ao senhor?

Ele bufou. Pensei que ia me dar uma bronca, mas ele apenas me contou, melancólico.

— Ela me fez uma oferta. Uma grande oferta. Ela me ofereceu uma grande parte do reino, se eu ficasse do lado dela. Seu eu a ajudasse ela a.. — ele parou.

Algo não estava bem. Não ia forçar ele a contar a verdade, pois ele não iria se não quisesse.

— Vamos nos preparar para voltar para casa, garoto — sorriu o velho — Temos muito o que fazer, e o que escrever sobre essa viagem.

— Eu não entendi, pai. Por que o senhor confiou toda a missão a mim?

Ele me olhou alegre. Então, falou a melhor coisa que tinha ouvido em dias.

— Garoto, você já está grande, e precisa ter suas próprias histórias para contar. Olha para seu flanco, uma bela de uma marca registra hoje o começo de uma nova vida para você.

Ele levantou suas vestes de pijama, e mostrou seu flanco para mim. No meio do flanco cinza direito, uma espiral com três estrelas formando um triângulo equilátero contava o talento de Star Swirl. Era o simbolo mágico do livro de feitiços que eu tinha visto antes de sair de casa.

— Como você ganhou esta marca? — perguntei curioso.

— Se eu lhe contar, você não vai acreditar. Mas uma coisa eu posso te dizer, garoto: estrelas não são leves o quanto você pensa.

Aquilo encheu minha mente de imaginação. Um milhão de formas diferentes poderiam contar a história da marca daquele unicórnio poderoso. Ele largou sua jornada, e me entregou a responsabilidade do mesmo. Esses dias foram valiosos para mim. Eu não sabia sobre meu destino. Não sabia se minha conexão com Luna ainda estava de pé. Mas só sabia de uma coisa: eu iria me aventurar em terras inexploradas, e escrever textos e histórias sobre tudo o que encontrasse. Eu me inspirava naquele sábio.

. . .

Depois de dois dias, voltamos para casa. Caspie havia de imediado gostado do local, e da vista para o Castelo das Irmãs Princesas. Eu estava sentado a beira de um rio, perto da Floresta Alforriada. Caspie apareceu do nada, e sentou-se ao meu lado e jogou com a boca uma pedrinha no rio. A pedra quicou duas vezes antes de afundar. O céu estava sem nuvens.

— Fiz isso para você — ela me entregou um colar muito curioso, com seus cascos dianteiros.

— O que é isso?

Ela sorriu para mim, e prendeu a jóia no meu pescoço. Sua crina estava cheirando a flores, e eu me senti constrangido com aquela cena. O colar era largo, então me dei conta do que era.

— É um Amuleto de Cristal — ela me contou — Antes que tudo desaparecesse, eu tirei uma lasca de cristal de uma casa e comecei a lapidar.

O amuleto era prateado, com suas correias feitas de metal. O cristal no centro, azul-escuro, preso ao meio do ferro e tinha o mesmo formato dos cristais daquele livro da biblioteca. Era esticado, com as pontas afiadas como um lápis de duas pontas.

— Muito obrigado, Caspienne — conseguir dizer.

Ela deu de ombros e sorriu. E então ela se aproximou de meu rosto, com os olhos fechados. Ela iria fazer aquilo. Tinha chegado a hora que mais desejei. Eu fechei os olhos e me aproximei dela. E então eu levei um golpe no meu tronco e cai de costas no rio.

— Isso foi hilário! — Caspie zombou de mim — Você tinha que ver a sua cara, ha-ha-ha!

— Não teve graça nenhuma! — reclamei.


A água estava gelada enquanto o Sol estava se pondo. Ela mergulhou também, e juntos, ficamos boiando na água, vendo o lindo crepúsculo que surgia no céu.


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