A droga do amor. escrita por Escritora Anônima


Capítulo 4
Chegada a hora ou não..


Notas iniciais do capítulo

Olha.. esse capítulo tá demorando pakas a sair .-. mdss eu tava lendo e percebi como a minha história está clichê mas enfim .. T.T



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Eu juro para vocês que conhecia aquela pessoa..Juro mesmo. E não que eu conhecia mesmo? Era a Megan.( como eu pude esquecer dela merda?). É..eu sei , isso é muito clichê. Ou tão clichê quanto aqueles filmes americanos em que a menina deixa os livros caírem no chão e aí vem um bonitão ajuda ela e aí as mãos se tocam e tudo começa aí e blá blá blá.. Enfim, não curto essas coisas. Mas voltando, eu não estava reconhecendo a Megan. Ela estava diferente. Ela estava totalmente diferente. Suas lindas sardinhas haviam "sumido", estava muito magra, magra mesmo. Parecia anoréxica. Estava sem o óculos, com olheiras, sem maquiagem ( o que é algo muito difícil mas eu prefiro ela sem maquiagem. ela não fica superficial fica linda..) e com seus cabelos bagunçados ( o que também é milagre porque ela é muito vaidosa..). Depois disso me vi em um lugar escuro com só uma luz , parecia mais uma sala de cirurgia e acho que era pois eu ouvia "ecos". Mas não eram ecos, eram pessoas falando.. Minto, estavam discutindo e eram vozes graves , logo que eu tentei abrir os olhos , apaguei de novo. Acordei em uma sala toda branca, toda mesma. Sem móveis, portas , nada. Só a sala com teto e paredes todas brancas. Até que quando eu pisco aparece uma porta, toda branca, muito alta, muito grande. Eu saí correndo até ela, e acordei novamente na UTI ou sei lá aonde eu estava.. Só sei que eu via a Megan de novo , ela continuava do mesmo jeito que estava antes.. Eu não entendia nada, minha cabeça estava em crise, mil perguntas sem mil respostas. Eu me perguntava se estava ficando maluco ou estava tendo um "déjà vu" ou havia morrido. Até que deitado com os olhos embaçados eu consegui ver um sorriso. E era um sorriso torto.. Bem do jeito que me deixava maluco. Senti borboletas saindo pelo "buraco" da minha barriga.. Estava feliz por ela estar lá, sorrindo para mim, feliz por me ver "bem" ou melhor respirando. Isso queria dizer que de uma certa forma , ela se importava comigo. Isso me deixou tão feliz que deixei escapar um sorriso, ouvi o riso dela e me senti mal.. Não sabia porquê mas antes quem me deixara o menino mais feliz da minha vida ,agora me fazia chorar e me deixava muito triste. Não sabia o porque mas , eu estava muito mal. Tudo em mim doía. Meu cérebro ardia, meus olhos estavam muito embaçados, meu corpo estava dolorido, sentia um "buraco" na minha barriga. Um buraco mal fechado, que doía quando eu respirava ou tossia ,ou fazia qualquer tipo de força. Ainda estava confuso. Eu estava com a Megan na minha frente e fiquei triste? Pela primeira vez em anos!! Não sei se comemoro ou se me mato. Ela ria pra mim o tempo todo , o que me deixou muito constrangido. Me endireitei na cama, mesmo morrendo de dor no" buraco" da barriga e sorri de volta. Ela virou pro lado, ou seja, ela havia gostado.. Ou estava gostando. Agora que eu estava voltando a enxergar normalmente, via ela de novo como a Megan que eu sempre vejo. Linda , rosada, feliz, engraçada, maquiada, com cabelos perfeitos e ruivos( e pontas rosas :3), sorriso torto , de óculos lindos , magra da forma que sempre foi.. E me perguntei: nossa, a quanto tempo eu dormi? Resolvi que iria quebrar o silêncio e então é como se minha mente "comemorasse" porque perguntei muitas, mas muitas coisas.

– Aonde eu estou? - perguntei curioso.

– No hospital John!! Perdeu a visão também? - perguntou rindo.

– Um pouquinho - devolvi rindo também.

– Primeiro, o que eu faço aqui? O que aconteceu comigo? E porque estou na UTI?- perguntei sem respirar.

– Respira. respira. - falou ela rindo , imitando a enfermeira

– É sério Megan. Se ponha em meu lugar!! Preciso saber- falei triste

– Ok, ok.. É o seguinte: você ficou 20 dias sem sair de casa, comer, conversar, só ficou no seu quarto sozinho querendo se matar de todos os jeitos, mas, você não morreu porque Deus não quis - ela disse igual uma profeta o que me deixou entediado.

– Aham.. "Deus" me salvou sim. Enfim, isso aqui não é um hospital , é uma UTI!!!! Um simples desmaio que eu tive não se deve cuidar em UTI!! - falei nervoso.

– Ei, UTI também é hospital - ela falou se sentindo ofendida o que me deixou mais confuso.

– Pera, pera.. UTI são para casos... casos... casos mais.. casos mais sérios? Então eu estou... doente? - perguntei nervoso

– Ei , ei menino esperto suas perguntas serão respondidas com tempo e calma!!! - ela disse com aquele sorriso lindo.

– Me fala !! - falei quase implorando

– Não posso , John.. Recomendações médicas , vamos mudar de assunto?- falou nervosa.

– Ok.. então porque você estava namorando com o puto do Connor a quase 1 ano e não me falou? que escroto isso - falei muito irritado , o que deixou ela desconfiada..

– Porque eu já pensei que você ficaria assim... -falou abaixando a cabeça

– Assim como? Preocupado com a minha melhor amiga? - falei diretamente.

– Também.. mas preocupado porque? Eu namoro o seu melhor amigo!!! Ele não é idiota - falou confiante.

– Pense o que quiser.. - falou entediado.

– Vem cá John, o que ouve? Connor veio correndo , se sentou na cadeira e começou a chorar feito bebê, dizendo " a culpa foi minha, minha e minha" como assim culpa dele? culpa de que? - ela estava meio tensa. Percebia isso na sua voz

– Não é nada Megan..- falei entediado.

– Me explica John.. - ela pediu.

– Não estou afim Megan, acabei de me recuperar de um baque enorme, tô passando por várias merdas. Minha vontade é me matar - falei com raiva.

– O que ouve? - falou preocupada.

– Vai embora Megan.. - falei friamente.

– John, eu preciso conversar com você. -falou nervosa

– Problema é seu. Preciso descansar, amanhã a gente se fala.- falei entediado.

– John , é serio. eu-eu..- ela estava chorando.

– MEGAN, VAI EMBORA!!!!!!!! - gritei com todas as minhas forças. Senti tudo doer, mas meu coração havia se aliviado. Já havia falado tudo o que queria pro Connor, faltava a Megan. Ficar de falsidade e mentira não era parte de mim, eu não fazia e não queria que fizessem comigo e eles justamente fizeram isso.. Fizeram aquilo que justamente me doía e como doía. Eu não queria mais conversar com ela. Ela tinha de uma certa forma "morrido"para mim. Estava sendo o pior dia para mim.. Ou melhor : a pior época. Eu estava no hospital querendo me matar enquanto esses dois estavam juntos.. Pensei no que o Connor disse.. E era verdade: ele tinha tudo que eu ,um nerd nunca iria conseguir.. Nada , nem ninguém.. Poderia ter vindo de qualquer pessoa( tirando Megan) que não iria doer. Mas ele e a Megan são exceções,e pior, eles sabem como me machucar!!!!! Enquanto eu pensava descobri que amigos são poucos e que podem contar em uma mão, até que um médico entrou no quarto e disse:

– Você está doente ,senhor John... O que anda fazendo hein? - falou com uma voz como se estivesse vendo um bebê.

– Eu não sou um bebê!! Dá para falar como gente grande? - falei irritado.

– Ok.. Cadê seus pais ou familiares ou sei lá , preciso mostrar o seu quadro pra eles. - disse anotando algo no papel

– Eu sou o dono de mim mesmo é somente a mim que você se dirige - falei calmo.

– John , é sério.. - falou impaciente

– Também estou falando sério. Não tenho amigos, meus pais estão mortos à 2 anos e meus parentes? Quem são meus eles? perguntei calmo.

– Ok.. O senhor está doente , seu caso é bom. Mas se não cuidar e não tiver tratamento pode ser tão grave quanto você pensa.

– Pera.. tratamento? - falei nervoso.

– Sim.. muito tratamento- falou tranquilo.

– O que é doutor? Fala logo! - falei calmo.

– John Walther não é? - falou checando a lista

– Sim. - falou calmo.

– Você está com câncer. - ele dizia mais calmo que o normal.

Eu já tinha lido sobre o câncer.. Meu avô e minha tia morreram de câncer e meus pais sempre me diziam que eu tinha uma grande porcentagem de ter também.. Eu estava muito " a vontade" com aquela situação. Agora, era só esperar a morte..Eu não iria me matar então não tinha problemas. Mas , com o passar do tempo as palavras do médico foram entrando ,entrando e entrando até se grudarem na minha mente.. Não conseguia mais parar de pensar que eu, John Walther estava com câncer. Eu não estava bem.. Nada bem, então recebi uma visita inesperada que de uma certa forma me deixou feliz..


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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que parece clichê essa parada do câncer( sim, porque ela é ) mas com o tempo tudo vai começar a fazer sentido... se liguem no próximo capítulo /o



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