JohnLock e o grande caso. escrita por WeepingAngeldb


Capítulo 9
Eu... Te amo também.


Notas iniciais do capítulo

OKAY. É o fim... Eu odeio fins. Eu enrolei pra postar esse capitulo, mas finalmente estou postando.
Estou feliz de ter conseguido levar uma coisa até o fim... Geralmente paro antes de acabar e isso me cutuca. Mas agora não sei o que fazer da vida D: Começar outra fanfic, provavelmente, mas damn, isso me ocupou de uma forma maravilhosa...
Espero que gostem, que achem legal, que tenha valido a pena esperar o fim e tals.
Ai meu coração D:
Bora lá! Boa leitura e sua imaginação já deve estar acostumada com a falsa realidade, mas se não, LIGUE ELA que tudo fica melhor.
Enjoy!



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–Oh! Grand Royale! Esse lugar é fantástico! –o aniversariante estava animado.
–Reserva em nome de quem senhor? –O recepcionista perguntou.
–Sherlock Holmes.
–Me acompanhem, por favor!
Um homem cheio de frescuras os levou até a mesa de dois. Os funcionários usavam um smoking com uma gravata borboleta, bem sofisticado.
–Pedidos?
–John, você é o aniversariante, peça o que quiser.
–Eu quero Salmão defumado.
–O mesmo que ele. –Sherlock falou, entregando o cardápio.
–Sim senhor!
O garçom saiu todo cheio de classe.
John ficou encarando a forma em que o funcionário andava e riu para o homem que o acompanhava.
–Então, John, como classificaria seu aniversário? –juntou os dedos sobre o queixo.
–Perfeito! De manhã até agora.
–Fico feliz de ter sido assim. Juro que se não fosse a Sra. Hudson nada disso teria acontecido.
–Sim, eu sei!
Um silencio que não aparecia á um bom tempo entre os dois, agora reinava, trazendo pra Sherlock os pensamentos que queria deixar de lado.
–Lestrade e a divisão incompetente dele. –bufou.
–Ainda não acharam aquele louco?
–Aqui está sua entrada senhor. –o garçom colocou alguns petiscos na mesa.
–Obrigado –John atacou a comida.
–Ainda não, estou ficando com raiva.
–Não achou aquele cara familiar?
–Quem?
–O garçom.
–Nem olhei pra ele.
–Ok, isso é novo. –disse de boca cheia.
–Garçons, quem os nota? Só estão ali.
–Não olhei muito para o rosto, mas a voz...
–Se alguém quisesse te impressionar certamente não se vestiria de garçom.
–Certo. O que estava dizendo?
–Lestrade... Aliás! Lembrei que ele te mandou um presente. –Sherlock enfiou a mão no bolso interno e só encontrou o vazio. –Droga! Deve ter ficado no outro sobretudo. Eu tenho muitos sobretudos.
–Tudo bem, sem problemas. Depois você me dá.
–Não sabia que tinha tantos garçons trabalhando aqui.
–Essa época é cheio de turistas e contratam um numero maior.
–Sim...
O silencio reinou novamente. E já estavam se perguntando se iam ter que esperar mais de duas horas para comer o prato principal quando avistaram o garçom com frescuras vindo com o pedido.
–Já era hora!
–John! Antes de comer quero te dizer uma coisa.
–Fale!
–Pergunta na verdade...
–Fale logo, Sherlock!
–John. Nós nos conhecemos a muito tempo. Tive momentos incríveis com você, se alguém me perguntar quem é a pessoa mais importante pra mim, com certeza é você. Eu te desejo muitos anos de vida, muita felicidade e quer passar os anos a frente... Comigo? Quer dizer, o que é que chamam a junção de dois homens... Quer casar comigo? Droga, eu não sei fazer isso –murmurou.
Sabe quando John disse que amava Holmes? Aquelas piscadas constantes de nervosismo e a tentativa de raciocinar se isso realmente está acontecendo? John está quieto e pensativo.
–John, está tudo bem?
–Oh, por Deus! Sim! –saiu do silencio para uma mistura de riso e lagrimas –Sim!
–Eu não comprei anéis. Não sei lidar com isso. Mas achei que realmente não precisasse, já que sempre considerei a nossa relação totalmente acima da física.
–Jesus! Sherlock! Eu não sei o que dizer. Droga! Você me deixou sem reação.
–Desculpe!
–Cala essa boca. Não! Quer dizer... A Sra. Hudson te ajudou nisso também?
–Não! Nisso não! E eu fico feliz de meu pedido não ter sido negado.
–Nunca seria. Eu te amo você sabe...
–Desculpe –ainda não conseguia falar o que John queria ouvir e se lamentava por isso –Pode comer agora.
John estava faminto e logo abocanhou a comida. Sherlock sempre fazia uma cerimônia pra comer e ainda não tinha degustado o prato que pediu, estava totalmente distraído olhando para a quantidade de garçons e se assustou.
–JOHN! –gritou.
–O que foi agora? –falou de boca cheia, John tinha mania disso.
–Olha! É o Vincent saindo da cozinha! –Sherlock falou e saiu correndo atrás do psicopata que logo que viu o detetive correndo atrás deu uma risadinha horrorosa. –Ligue para Lestrade!
Watson pegou o celular e se sentia um pouco sonso.
–Lestrade! Vincent Roper Viveash, Grand Royale e redondezas! Agora!
–Estamos a caminho –escutou a resposta desligou o telefone correndo atrás dos dois.
Havia uma correria. Vincent não era muito de esportes e logo se cansou. Sherlock conseguiu pegá-lo e socou a cara dele o deixando no chão. Como de costume, o oftalmologista soltou um sorriso.
Se sentindo sonso e agora com falta de ar, John se apoiou na parede.
–Sherlock! –gritou, como pode.
–Agora não, John! –ele estava se sentindo aliviado e totalmente contente de ter pegado Vincent –Você! Seu bastardo! Finalmente te peguei –tirou o cachecol improvisando uma algema e amarrou Viveash, que estava ao chão, em uma placa de sinalização.
–Não é horrível quando vemos a nossa preciosidade em mãos de pessoas não confiáveis? –resmungou enquanto sangue escorria do seu nariz.
–Sheeeeerl... –John caiu ao chão, seus olhos estavam revirados e estava tremendo.
–John? -Sherlock correu para ajudar seu homem. –O que você fez com ele seu babaca?
–John Watson estava com fome? Ele come de tudo realmente.
O barulho das sirenes vinha em direção á eles. Sherlock levantou John no colo e deixou algumas lagrimas caírem.
–Por favor! Ajuda! –Holmes colocou o aniversariante deitado sobre seu colo nos brancos de trás.
–Vocês levem esse ordinário para a delegacia, tranquem ele e eu chego logo. –Greg entrou e tocou o carro numa velocidade absurda.
–Aquele... Filho da mãe! –as lagrimas caiam –Eu prometi que não ia deixar nada acontecer com John.
–Calma Sherlock! Ele vai ficar bem.
Eles chegaram rápido ao hospital. Sherlock entrou com John nos braços, deitou ele na maca e as enfermeiras o levaram para fazer uma lavagem estomacal, e se fosse necessário, uma cirurgia.
Os médicos conheciam John e fariam de tudo para salvá-lo.
Depois da lavagem, eles não precisaram fazer a cirurgia. Mesmo com esse procedimento o veneno que Viveash deu á John tinha deixado-o em coma.
–Mas como? Vocês precisam salvá-lo!
–Estamos fazendo de tudo. Agora é só esperar que ele acorde. –o medico tentou dar o máximo de conforto à Holmes.
–Posso entrar para vê-lo?
–Claro.
–Sherlock, me de noticias, ok? Preciso ir para a delegacia, aquele idiota está lá e quero puni-lo.
–Sim, Lestrade. O puna! –Sherlock limpou as lagrimas.
–Ele é forte! Enfrentou a guerra e tudo mais, ele vai ficar bem.
–Sim, ele tem que ficar.
John parecia um anjo deitado no meio dos fios. O detetive entrou lentamente, tentando não acreditar no que estava acontecendo.
–Acorde! John, acorde. Por favor! –ele pegou na mão do homem deitado.
Ele não respondia, estava em um sono pesado. Sherlock sentou em uma poltrona confortável ao lado da cama, tirou o casaco e se cobriu com ele. Ficou assim por dois dias seguidos, apenas olhando e desejando que John acordasse e o mandasse calar a boca novamente. Era tudo o que queria.
–Sherlock! –a Sra. Hudson entrou na sala, muito abatida. –ele teve reação?
–Não. –estava abatido também, não dormia desde que tudo aconteceu, apenas ficava ali, segurando a mão de John.
–Eu lhe trouxe mais um sobretudo, umas roupas limpas e comida, você tem que comer.
–Não estou com apetite. –ele levantou e pegou as roupas.
–Tudo bem. Mas vou deixar aqui.
A Sra. Hudson beijou a testa de John e Sherlock nem vira quando ela saiu.
Holmes verificou os bolsos do casaco que a Sra. Hudson trouxe. Lá estava o envelope que Lestrade deu. Colocou em um criado mudo do lado da cama que John estava deitado e adormeceu olhando para seu homem. Adormeceu depois de dois dias e meio.

–Eu falei pra você se cuidar, Sherlock!
–Mas eu sempre me cuido, John!
–Então porque está gripado e fervendo de febre?
–Deve ser porque eu sai do banho e... Fui pra fora... Pelado?!
–O que? HAHAHAHAHAHA, eu não acredi...

Sherlock deu um pulo e acordou quando o som dos batimentos cardíacos de John começou a apitar loucamente.
O grupo de médicos e enfermeiros que estavam cuidando de John entraram correndo com os equipamentos. Pediram para Sherlock se retirar, esse que ficou olhando para os médicos revivendo John pelo vidro transparente entre a sala e as outras. Se sentia agoniado e como se fosse acordar de um pesadelo á qualquer hora, mas estava tentando se conter, se conter da dor que estava passando e tentar ser forte, coisa que sempre foi, por John.
–Suponho que seja minha ultima chance de dizer –ele chorava. Colocou as mãos no vidro a sua frente. –John Hamish Watson, eu te...
–Ele está estável! –pode ouvir o médico gritar.
Holmes fechou os olhos, respirou fundo e escorregou as mãos pelo vidro, com um misto de alivio e agonia.
–Me diz, doutor, ele... Vai acordar?
–Sabe, temos que ter esperança. Muito pacientes acordam do coma apenas com a voz de alguém que signifique muito. Por que não tenta?
O detetive empurrou a porta e limpava o rio de lagrimas que deixava cair, a se John pudesse vê-lo assim...
Caminhou e passou as mãos pelo rosto de John, que parecia tão bem.
–John, se está me escutando, por favor, se focalize na minha voz. Se concentre nela. Não me deixe sem você, eu ainda quero ter mais momentos felizes com você. Você ainda precisa me escutar dizendo o que você quer ouvir desde o inicio. O que você precisa ouvir.
O peito do homem em coma subia e descia com certa dificuldade. E só ficava assim, sem responder á mais nada.
–Desde que você apareceu na minha vida, ela pareceu ter mais sentido. O beco foi o inicio de uma relação mais forte, mas antes nós já tínhamos algo, escondido lá no fundo que com um beijo se provou real.
Fez uma pausa e as lagrimas caiam novamente.
–Vamos lá, John! Não me deixe falando sozinho, me responda.
Sherlock colocou as mãos no rosto de seu parceiro e encostou as testas.
–Não faça isso comigo... As coisas estavam tão bem. Por favor... Você fez muitos milagres mim, faça mais um... Não esteja morto. Faria isso por mim? Eu estava tão sozinho e eu te devo tanto.
Ele segurava as mãos de John, que de um gelo começou a esquentar.
–John, eu... –ele segurava firmemente as mãos de seu homem –eu te amo também...
Ficou minutos em silencio, apenas silencio. Quando resolveu desistir, quando ia desfazer o laço que as mãos juntas criava, sentiu cócegas na palma, e uma provável tentativa de John de manter assim.
–Finalmente –John falou com muito esforço.
–JOHN? JOHN! –começou a beijar o rosto todo de Watson –Não faça isso de novo, fique comigo. Você está bem?
–Sinto minha boca terrivelmente seca –falou pausadamente e em tom baixo.
–A quanto tempo estava me ouvindo?
–Eu ouvi tudo!
–Que? Não me respondeu antes por quê? Queria me ver sofrer?
–Por deus! Não! Eu não tinha força para responder. Não consigo lembrar direito a sensação. Só quando ouvi sua ultima frase, algo me puxou e me deu forças pra responder e agora estou aqui tagarelando sem mesmo ter certeza se estou vivo. -ele estranhou a sala.
–Fale! Fale muito. Nunca mais vou reclamar dos seus assuntos inúteis. Eu não ia suportar ficar sem ouvir sua voz novamente...
–Cala boca! –falhou na tentativa de gritar e quase não se ouvia.
–Ta bom! –Sherlock o beijou –Vou chamar o médico.

~

–John Watson é um homem forte. –o medico falou para os dois enquanto assinava os papeis da prancheta.
–Sherlock me deu forças –agora John se sentia melhor, e soltava breves sorrisos.
–Vou deixar vocês a sós. Devo te dizer Watson que seu amigo ai ficou com você o tempo todo.
O medico saiu, sorrindo. Quando um paciente acorda do coma, não só os amigos e familiares ficam felizes. É como se fosse um serviço bem sucedido, o que realmente era.
–Você está bem?
–Eu estou me sentindo mais... Vivo. Quero me sentar, me ajuda.
Sherlock segurou as costas de John e o ajudou a sentar.
–Seu aniversário não acabou ainda –entregou para o homem que acabara de acordar o envelope que deveria ter entregue antes.
–O que Lestrade vai me aprontar agora... –quando John avistou o que continha dentro do envelope, soltou uma gargalhada fraca e começou a balançar a cabeça.
–O que é? –Holmes ficou curioso e se sentou ao lado.
–Você não vai acreditar. É um maldito cruzeiro.
–O QUE? Ah, eu vou virar um pimentão!
–Você vai ir?
–É claro que vou. Você precisa de umas férias garotão. –passou de leve o dedo na nariz de John.
–Vou te comprar uma sunga de pássaros amarelos.
–Não se atreva.
Depois de um grande susto, a felicidade voltou a estar presente. De agora em diante, o detetive prometeu só resolver casos domésticos.
John precisava de mais alguns dias em observação, mas já estava longe de perigos. E a data do cruzeiro era para quando achassem conveniente.
–E o que aconteceu com... Vincent? –John estremeceu.
–Preso! Vai ficar por lá um bom tempo.
Afinal de contas, apesar de tudo o que aconteceu foi John Watson que salvou Sherlock Holmes. Da solidão, dar dor, da culpa...
–John?
–Sim?
–Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

THE END? It can't be :o
Eu quero muito agradecer as pessoas que acompanharam, as que leram, as que favoritaram, e principalmente as que comentaram. Foi a coisa que mais me deixou feliz.
Eu mudei o fim várias vezes, inicialmente era pra ser Sherlock morrendo :o Mas ai eu pensei em expor mais os sentimentos dele e de que forma ele faria isso se não com a possível perda do seu melhor amigo?
O fim ficou aberto, posso vir a escrever um oneshot com Sherlock e John no cruzeiro, não é? Mesmo com as mudanças que vieram acontecer com o detetive, um cruzeiro ia demandar muita paciência e o que será que ia acontecer? *o*
Visitem meu perfil pra ver mais histórias de Sherlock, em várias situações, hoho.
Pra quem shippa Sherlolly também, comecei escrever uma depois que terminei essa e vou começar a postar. É só acompanhar.
OBRIGADO POR LER! ♥ Kiss Kiss, goodbye :c


(FIC DO CRUZEIRO http://fanfiction.com.br/historia/489205/Damn_this_ship/ )



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