O Despertar das Trevas escrita por Severus Gio


Capítulo 14
O Segredo de Emilly


Notas iniciais do capítulo

GENTE!!!
Há dois meses que não posto aqui! Meus deuses, a deusa dos Ficwiters vai me matar!
Bem, enfim... A minha vida tá de cabeça para baixo... curso de inglês - ENEM - 1° ano do médio - estudos em dobro - problemas familiares - trabalhos - Direção e Roteiro de um curta metragem - edição de uma revista e muito mais é tudo que tem acontecido comigo depois que as ferias acabaram.
Isso justifica minha falta com vocês (ou não), mas "sinbora" para o capitulo revelador de hoje! Prometo bocas babando esperando o próximo (que virá o mais rápido possível, dependendo do meu tempo).
Boa Leitura!



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Por Jacob Summers

A queda continuava dura e interminável. As trevas consumiram toda minha alegria, implantando caos na minha alma. Os sussurros do passado ecoavam na minha mente com tanta voracidade que era como se eu revivesse cada perda. O papai, a mamãe, Kinsley, Severus... todos que algum dia foram importantes na minha vida viraram fumaça... O medo estava me consumindo, me destruindo de dentro para fora... Então aquela voz bela e suave entrou na minha mente.

— Não me abandone... não deixe essas visões lhe derrubar meu amor. Eu estou com você... Acorde, por favor! — Então a queda suavizou-se. As trevas foram expulsas de meu coração e um sentimento forte encheu meu corpo de esperança e força de vontade. — Volte para mim!

Flashes desconhecidos de um homem morto ao pé de uma escada, o grito de uma mulher, um mar de aranhas, um homem ruivo morto e uma menininha loura chorando sozinha em um parque deserto foram as últimas coisas que passaram na minha mente antes da luz atingir meus olhos.

Eu estava caído em um canto da parede do meu quarto. Todo meu corpo tremia e o suor escorria pelo meu rosto. Eu estava coberto até a cintura por um lençol sujo de chocolate que escondia minha nudez. O quarto, muito escuro, estava totalmente destruído, com moveis quebrados e objetos estilhaçados pelo chão. Emilly, inconsciente, estava em cima de mim, com os braços envoltos em minha cintura, como se estivesse me abraçando. Três vultos me circundavam, um deles soluçava muito e estava muito próximo do outro que a abraçava, dando palmadinhas nas costas.

— Funcionou... funcionou Ron. — disse o vulto com uma voz feminina, choroso.

Lumus... — sussurrou o vulto mais baixinho, sacudindo a varinha, revelando o rosto. Era Harry. Ron e Hermione ao seu lado abraçados. Estavam sujos e com olhos vermelhos, como se estivessem acabado de sair de um velório. — Você está bem?

— O que a-aconteceu? — balbuciei, ajeitando Emmie nos meus braços, acariciando seu rosto.

— Você surtou Jake... — soluçou Hermione, largando de Ron.

— A magia dentro de você simplesmente explodiu... eu vi aranhas e... e... — disse Ron.

— Emmie foi incrível. Ela te trouxe de volta. — falou Harry.

Abracei Emmie com força e falei:

— Deixe-nos a sós, por favor. — pedi, passando a mão no rosto cheio de lágrimas.

O trio saiu e fechou a porta. Levantei-me com Emmie nos braços, deixando o lençol que cobria minha nudez cair. Coloquei ela na cama e peguei minha varinha que estava entre os destroços do quarto. Com um movimento da varinha, tudo começou a voar pelo ar, indo para seus devidos locais, se reparando. Ajoelhei-me aos pés da cama e tirei as mechas de cabelo do seu rosto, peguei sua mão e pousei minha testa sobre ela, desabando em choro.

Estava com raiva de mim, dos meus poderes, da minha descendência... Estava com raiva daquele desalmado sem coração do Voldemort. Por que ele fez aquilo com minha família?! Por que a amaldiçoara? Por que, meu Deus, eu tenho que viver vendo quem amo se ferir por minha culpa?!

Calma! Controle-se Jacob! Você tem que se manter são para vencer essa luta. Você vencerá a maldição e destruirá o círculo de Voldemort sobre os Summers. Sim! Eu vou conseguir viver em paz com Emilly. Vou ver meu filho crescer. Sim, eu vou!

Uma ideia estranha me ocorreu.... Tinha que prova-la... Se estivesse certo...

Cobri Emmie com um lençol, limpei as lágrimas, vesti um calção, pus meu robe xadrez e sai do quarto para falar com Ron, Harry e Mione no corredor...

— Quero que me digam o que houve. — disse eu, curto e grosso, acenando a varinha para reparar a destruição ocorrida no corredor. — O que Emmie fez para me parar?

— Ela cantou um feitiço complexo e entrou na fase de sono R.E.M. para te despertar do surto. — disse Hermione inteligentemente.

— Eu vi Ron morto. — Seu corpo tremeu e seus olhos ficaram marejados. Me virei para Ron. — Eu vi as aranhas e... vi seus pais Harry.

Houve um silêncio momentâneo. Todos se entreolharam e Harry disse:

— Nós revivemos nossos medos muito vividamente dentro do seu quarto.

— Mas isso quando Emmie começou a cantar. — observou Ron... o que foi o bastante.

— Hermione e Ron, fiquem com Emmie, ela vai acordar a qualquer momento. Harry... venha comigo.

Entrei determinado na sala de estudos, que estava intacta, e lacrei a porta com um feitiço silenciador.

— Qual o motivo de tanta energia? — Harry perguntou quando apontei a varinha para acender as lamparinas e a lareira.

— Eu não vi só os medos de vocês. Eu vi uma menininha loura chorando sozinha em um parque... Emilly.

— Sim... e o que tem isso?

— Isso é a chave! — exclamei, cada parte do cérebro tinindo com o raciocínio. Corri para as estantes e comecei a tirar os livros das prateleiras a altura da minha cabeça, jogando-os no chão. — Argh! Accio caderno de couro de Emilly!!!

Vários livros de um nível mais alto das prateleiras cairam e um grande caderno em couro de dragão lacrado caiu as minhas mãos. O pus na escrivaninha e me afastei.

— Emilly sempre protegeu bem seu material escolar... me sinto mal em fazer isso, violar sua privacidade, mas uma vez ela me mostrou algo que pode ajudar-nos. — Apontei a varinha para o caderno. — Preciso que você me ajude a quebrar o selo.

— Mas eu não sou muito bom com isso... Hermione talvez...

— Não. Hermione não aprovaria isso. — Fiz um gesto de exclusão com a mão — Só precisamos convergir o feitiço Alohomorra com perfeição, sincronizando o movimento de girar e sacudir entre nossas varinhas e mirar no ponto alvo comum, as cordas.

— Ok.

Nos posicionamos e depois de sete tentativas em que os feitiços ricochetearam e quebraram janelas e quadros conseguimos quebrar o selo. Folheei o caderno e achei algumas anotações complexas, onde havia no canto da página, feita com tinta mais recente, uma pequena letra de música rabiscada e cheia de símbolos de notas musicais. Era uma música antiga. Eu lembrava claramente que ela amava uma cantora trouxa: Christina Perri.

— Eu cantei essa música para ela na festa de casamento, “Be My Forever”.

Eu lembro. — disse Harry, aproximando-se para ver as anotações.

Analisei a relação da letra e dos símbolos e decifrei sua magia. Imediatamente entendi o que ocorreu.

— Harry, ela não estava tentando me despertar. — sussurrei. — Emilly estava trocando os sonhos!

Explodi a porta e corri para meu quarto, onde Emmie já estava acordada, deitada, tomando um copo de chocolate quente, suada e tremendo.

— Por que?! — gritei e Hermione se levantou da borda da cama imediatamente, assustada. Ron, que estava na varanda, correu para ver o que estava ocorrendo. — Emilly, Você tem ideia do que estava fazendo?!

— O que? — ela derrubou o chocolate no chão ao tentar colocar a caneca no criado-mudo. — Jake...

— Você estava trocando nossos sonhos quando cantava para mim! Estava vendo coisas que não devia! O que viu naquela noite depois que Arthur foi assassinado? O que aconteceu depois que Delacroix matou aquele homem no corredor de pedras?!

— Jake! — interviu Hermione. — Ela está fraca...

— Nem vem Hermione! — interrompi ela, encarando-a — Você sabia o que ela estava fazendo... Você e Ginny!

— Não eu...

— Não Minta!!! — e flashes rápidos da sala de estudos vieram à minha mente. Hermione estava sentada ao lado de Emmie que comia biscoitos e contava toda a verdade. — Está tudo no seu olhar!

— Hermione! — Ron a segurou quando está ficou tonta. — Qual é a sua Cara?!

— Legilimência... — sussurrou Hermione.

— Jake se acalme! — pediu Harry, pegando em meu braço.

— Calma?! Você sabe o que está acontecendo?!

Harry calou-se.

— Meu amor... — começou Emmie, se encostando com dificuldades na cabeceira da cama, agarrando os lençóis com os olhos marejados. — Eu queria alivia-lo um pouco...

— Me aliviar?! Me aliviar?! Você por acaso sabe que ver você sofrer é pior que qualquer coisa para mim?! Você já...

— Cale-se!!! — ela berrou, deixando as lagrimas rolarem. — Você é um egoísta! Egoísta! Você por acaso tem noção de que eu também sofro por você?! Por nosso filho?! Você já parou para pensar que não é só você que tem sentimentos?! O mundo não gira em torno de você Summers!!! Eu também amo. Eu também tenho entes queridos! Pense também nos que os outros sentem! Pense em mim, no seu filho!!!

Silêncio. Emilly me encarava, chorando. Eu não sabia o que dizer. Havia raiva, amor, medo, incerteza, verdades... Tudo misturado. E eu não queria, mas fiz. Todas as cores ao meu redor se dissolveram e eu mergulhei nas memórias de Emilly...

O corredor de rochas, sombrio e úmido, se formou ao meu redor e mais uma vez eu presenciei a cena da morte do servo de Delacroix, Travis...

— Sem dor... — disse Delacroix, encapuzado e sombrio, com a varinha erguida. — esse é meu ato de misericórdia... Avada Kedrava.

O corpo do homem, agora imóvel e de olhos vítreos, caíra ao lado de Delacroix. Este, sem piedade alguma, fez um aceno difícil com a varinha e o corpo ganhou vários ferimentos e começou a sangrar.

— Não merece um funeral... Fogo Maldito! — uma serpente flamejante deslizou da ponta da varinha de Victor e enrolou-se no corpo de Travis, transformando-o em pó amarelo. — Enxofre... assim você ficará também Ermack, se me desapontar como seu irmão.

Ermack, o outro servo, continuou a caminhada a frente de Delacroix, ainda tremendo ao ver o irmão morrer. Enfim chegaram a uma grande porta de carvalho negro que Ermack abriu e anunciou a entrada de Victor.

— Victor Delacroix... o Senhor das Trevas... Futuro destruidor da Luz e Mestre das Artes mais Tenebrosas!

Uma multidão de homens de preto aplaudia no grande salão que mais aparentava uma gruta antiga, cheia de colunas de pedra que sustentava um teto repleto de estalactites com pingos de água congelados. Tochas de chama azul, que estavam em toda parte, davam uma iluminação tenebrosa ao salão. No fundo, havia dois tronos de pedra ornamentados com uma caveira e o símbolo da Sonserina gravados na cabeceira. Um dos tronos estava ocupado por uma mulher (que estava deitada no assento com ar de tédio) com um vestido preto bem justo, com um chapéu de pavão e um véu negro sobre o rosto. Delacroix foi até os tronos e estendeu a mão para a mulher. Esta aceitou e levantou-se. Delacroix beijou sua mão e quando ele tirou o véu negro, senti como se tivessem me apunhado no coração. Cabelos incrivelmente loiros, olhos azuis como o céu do amanhecer e pele clara como a neve...

Victor ficou de frente para a multidão de comensais, mostrou a marca negra da mulher e disse:

— Sua Lady das Trevas, Amélia Johnson...


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Notas finais do capítulo

#Não #Vou #Abandonar #A #Fic
Agora que vai ficar quente... nem pensar!



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