O Despertar das Trevas escrita por Severus Gio


Capítulo 11
O ultimo dia de férias... e de paz


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde e boa noite!
Estamos no ar com mais um capitulo rasgadíssimo!!!!!
O Nyah voltou e sei que todo mundo tá feliz com isso, agora vamos lá!
A chapa tá esquentando e vai esquentar mais ainda!!!!
Gente, desculpem qualquer erro de digitação ai, é que eu fiz parte dele de madrugada.
espero que gostem!
Comentem, favoritem e tudo mais!
Boa Leitura!



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Jacob Summers

Inexplicável e insuportável! Havia algo de muito errado com Emilly. E tudo só piorou depois que ela conversou com Lya Olivaras há dois dias atrás. Eu não sabia o que estava ocorrendo, mas eu já a ouvi chorando pelos cantos. Ela anda frágil e quase não come. Não sei o que fazer.

Para piorar tudo, os pesadelos haviam voltado com força total.

Por outro lado, amanhã teríamos que levar Luke para a Estação de King’s Cross e Harry mandou-me logo cedo uma carta por Edwiges que passou voando pelas portas da varando do meu quarto, deixando a carta cair na cama.

Abri-a e comecei a ler.

Caro Jake,

A situação não vai nada bem. Apesar do Ministério em geral ainda não está informado acerca do “Despertar das Trevas”, nos encontramos em uma situação instável. O velho ancião da Suprema Corte está irredutível. Não quer informar a população sobre os ataques e mortes. E não é só isso. As pessoas estão querendo saber como Magnus Arfrig realmente morreu. A senhora que o achou no escritório espalhou boatos de assassinato. Eu mesmo conversei com ela e acho, talvez, que algum servidor de Victor pode estar envolvido. Acho que tem comensais infiltrados no Ministério e que a situação só vai piorar.

Enquanto a carta que me enviou ontem... acho prudente você não dar muita atenção a esses sonhos , Jake. Eles podem lhe deixar cada vez pior. Mas de qualquer modo, organizei uma operação de patrulha. Os melhores aurores estarão nas plataformas de King’s Cross para averiguar qualquer atividade suspeita. Enquanto a Emilly, nunca vi essa tal de Lya... Ginny e Mione ficaram de ir até a praça de Godric’s Hollow as quatorze horas para conversar com Emmie. Revele o segredo de sua casa. Não é seguro usar a rede de flú.

As dez e meia estarei em King’s Cross, nos encontramos lá amanhã.

PS: Amanhã sairá no Jornal Dominical do Profeta a notícia oficial da morte de Arthur. O jornal está sendo manipulado, Jake. Não sabemos o que vão publicar. Estou temoroso por Ron, ele está péssimo, mas creio que vá deixar Rose e Hugo com Mione na plataforma.

Desejando que esteja tudo bem,

Harry James Potter.

Acariciei Edwiges, que havia pousado na cabeceira, e dei-lhe alguns torrões de açúcar de Fluflys, que estavam no criado-mudo. Enquanto ela comia, eu escrevi uma resposta a Harry em um pequeno pedaço de pergaminho.

Harry,

Está bem... assim que mandarmos nossos filhos para Hogwarts poderemos trabalhar mais. Vamos reabrir a Sede da Ordem o mais rápido possível. Enquanto ao velho ancião... deixe comigo. Vou marcar uma reunião geral com o ministério. Não vai ser nada agradável, mas quero você, Ron e Mione juntos comigo e Emmie. Acerca do segredo do feitiço Fidelius... eu poderia manda-lo agora, mas minha carta poderia ser interceptada e não confio muito em feitiços antiespionagem. Estarei na praça as quatorze horas, garanto.

Melhoras para o Ron. Até amanhã.

PS: Cuidado com quem você fala na rua...

Jacob Summers

Edwiges pegou a carta com o bico e saiu voando.

Tomei banho, vesti um calção e uma blusa, pus o robe xadrez, desci para cozinha e comi um pouco de pão com suco. Depois fui aos jardins fortalecer os feitiços de proteção. Ao ir conjurar o “Fianto Duri!” nos fundos do terreno, encontrei Emmie deitada na grama, próximo ao canteiro de flores vermelhas, as Amélias.

Guardei a varinha no meu robe e me aproximei-me, fitando-a de cima. Ela agarrava uma amélia nas mãos, próxima ao peito. Ela se sentou quase que imediatamente, limpando as lagrimas.

— Você deveria ir dormir. — disse ela sem me olhar nos olhos. Me sentei ao seu lado. — Foi uma noite dura para você... os sonhos...

— E para você Emmie? — perguntei, mas ela não respondeu. — Não sei o que está acontecendo. Nem vou força-la a dizer. Mas estou ficando preocupado. Você não come, está com olheiras, se comportando estranho e mal fala comigo ou com Luke.

— Eu só estou cansada. — e de fato sua voz soava fraca.

— Olha para mim. — pedi, tentando manter a calma.

Ela não olhou e não disse nada. O vento frio da manhã fazia-a tremer. Tirei meu robe e a cobri com o mesmo.

— Vamos para dentro Emilly. Não faz bem para você. — pedi, me levantando e estendo minha mão. — Por favor... Não me faça me sentir um lixo por não cuidar bem de você. Vamos.

Ela fixou o olhar em mim. O rosto molhado de lagrimas parecia se recusar a chorar mais ainda. Ela pegou minha mão e entramos em casa pelas porta dos fundos da cozinha. Quando fomos subir as escadas, a sustentei para que não caísse. Abri a porta da sala de estudos e puxei o Chaise do sofá, deitando Emmie no mesmo.

— Vou trazer um pouco de chocolate quente.

— Não precisa... mesmo. — ela disse debilmente, segurando minhas mãos.

— Sim precisa... aliás, hoje à tarde Mione e Ginny vão vir visitá-la.

Saquei a varinha e murmurei “Incêndio!” para acender a lareira. Com outro movimento fechei as cortinas e logo depois desci para a cozinha. Preparei o chocolate quente e coloquei-o numa bandeja com alguns biscoitos para levar a Emmie. Ela se recusara a comer os biscoitos.

— Emmie come um pouco... por favor. — Me sentei no sofá e puxei um Chaise para mim e mimei-a, tentando colocar o biscoito em sua boca. — Você está muito fraca, precisa de carboidratos.

— Desde quando você se tornou um nutribruxo? — ela esboçou um sorriso fraco.

De repente tive uma ideia. Comi um biscoito e tomei um gole de chocolate quente. Umedeci meus lábios com a língua e puxei-a para mais perto de mim, dando-lhe um beijo demorado, caloroso e muito gostoso. Quando o momento começou a esquentar, parei o beijo de repente e me levantei.

— Jake... volta aqui. — ela pediu, nitidamente desejando mais beijos.

— Não Emilly. Acabei de me lembrar que tenho que acordar Luke para me ajudar com o jardim. — inventei a lorota, abrindo a porta da sala.

— Você sempre usa magia para cortar a grama! — ela protestou.

— Hoje é o último dia de Luke em casa. Quero passar um tempo com ele. Tenha um bom descanso. Depois trago um pouco mais de chocolate.

Quando fechei a porta dei um sorriso.

Ela vai comer tudinho, pensei, sei que vai.

Segui pelo corredor e bati na porta cheia de placas de advertência como: “Proibido a entrada de pais desautorizados”, “Elfos domésticos são bem vindos”, “Bruxo Aborrecente e enfurecido dormindo”.

— Luke! Luke acorde! — berrei.

— Só mais dez horinhas... — ouvi seu murmúrio.

Alohomora!!!

A porta abriu-se com um estrondo e eu entrei. Luke dormia na sua cama, que era razoavelmente grande, todo enrolado. Dei uma rápida olhada pelo quarto e esbocei uma expressão de reprovação. Tudo estava virado de cabeça para baixo. Havia papeis de doces jogados por toda parte e algumas portas do guarda roupas estavam abertas com roupas e cuecas penduradas nas mesma, mas o cabideiro estava vazio. Os livros de magia estavam abertos e espalhados no chão. O malão de Hogwarts estava com a tampa escancarada, jogado em um canto com todo o material novo desorganizado. Dentro de um frasco na mesa de cabeceira, a chama azul bruxuleante era a única fonte de luz no quarto escuro.

O quarto de Luke não era grande como o meu, mas era aconchegante e agradável (quando está limpo é claro).

— HORA-DE-ACORDAR!!! — berrei, quase cantando.

Ergui a varinha acima da cabeça e a sacudi. As cortinas abriram-se com violência, permitindo que a luz do sol enchesse o quarto.

— Pai... me deixa. — ele retrucou e colocou um dos travesseiros sobre o rosto. — Só irei a Hogwarts amanhã...

— Mas você vai deixar tudo em ordem antes disso!...— eu disse, irredutível.— Incluindo esse chiqueiro que você chama de quarto.

— Ok... à tardinha eu faço isso. Agora será que dá pra apagar a luz?

— LUKE! LEVANTE-SE!

Ele balbuciou algo, mas não se mexeu. Continuou enrolado com o travesseiro na cara.

— CHEGA!!! — apontei a varinha para o Luke embrulhado nos lençóis. — Accio Lençóis!

Imediatamente os lençóis voaram para minhas mãos, possibilitando-me vê-lo. Estava sem blusa, deixando à mostra o seu físico de jogador de Quadribol. Vestia apenas a calça do pijama e meias. Ele apertou o travesseiro contra o rosto com mais força, balbuciando.

— Francamente... — Com outro movimento da varinha, fiz os travesseiros voarem até meus pés.

— OH DEUS!— ele berrou deitando-se de bruços, se recusando a se levantar. —TENDE PIEDADE DESSE SONAMBULO DESAFORTUNADO!

— Sério Luke... você se parece muito comigo quando jovem. — eu disse sorrindo, balançando a cabeça negativamente. — Só agora vejo como eu era irritante. Pois bem. Vá tomar banho. — pedi mais uma vez, sem sucesso.

De repente, veio a minha mente uma lembrança incomoda, mas gostosa. Foi no natal... em Hogwarts... Podia partilhar com Luke.

— Está bem, pode dormir....

— Amém! — ouvi sua voz abafada pelo colchão.

Levicorpus!!! — exclamei de repente.

Com um estampido, guindei Luke magicamente pelo tornozelo, deixando-o levitando sobre a cama.

— Pai!!! Para com isso! — ele se debatia freneticamente no ar. — Pai! Eu vou tomar banho pai! Me solta por favor!!!

— Você jura? — perguntei fixando-o com o olhar, reprimindo uma risada.

— Pela minha Firebolt novinha, me larga!!!

— Ok... Liberacorpus! — murmurei o contra feitiço e ele caiu de volta na cama. Depois cai na risada.

— Não tem graça! — ele retrucou, se levantando.

— Claro que tem! — eu disse, guardando a varinha no robe. — Agradeça ao meu caro e falecido Prof. Snape. Ele me acordara assim em um dos natais que passei em Hogwarts. — reprimi as gargalhadas, mas permaneci com um leve sorriso. — Agora vá tomar um belo banho para comer. Vou lhe esperar nos jardins.

— Isso é tortura!!! — ele berrou, puxando os cabelos, depois de fitar o despertador. — TOR-TU-RA!!!

— Você tem vinte minutos. — e aparatei quase que imediatamente do quarto.

*****

Sentado aos pés de uma ameixeira que crescia por detrás de minha casa, eu, preocupado com Emmie, dava regulares olhadas para a janela da sala de estudos, que emitia uma fraca luz amarela. Por outro lado, sabia que ela ia se abrir com Ginny e Hermione para o quer que esteja acontecendo. Tinha esperanças que esse momento nostalgia dela em relação a sua irmã se abrandasse.

Como já era de se esperar, Luke se atrasara mais vinte minutos além do que eu tinha estipulado.

— O que o senhor quer? — ele chegou de supetão, vestido em um traje casual, dando uma mordida em uma maça. — D-ergur a Derrora.

Fechei a cara e me levantei.

— Não fale de boca cheia garoto! Olha é educação! — eu disse, tomando sua maça. — Desculpas aceitas. — e dei uma grande mordida.

— Ei! — ele gritou em reprovação, tentando tirar a maça de mim. —Devolve!!!

Grããão! — balbucie, quase engasgando-me.

Corri por volta da ameixeira, com ele ao eu encalço, mas ele fora esperto. Correu ao contrário, puxou a maça das minhas mãos e correu para longe com tal velocidade que me assustei.

— AH! Engula essa! — berrou ele de longe. Apenas ri.

Peguei um punhado de terra adubada e apertei com força. Seu sorriso desapareceu... a maça mordida também.

— AH! Chupa essa manga! — bradei, com a maçã ao meu poder.

— Feitiço de Substituição! — ele retrucou friccionando as mãos para livrar-se da areia, vindo até mim, derrotado. — Seu trapaceiro!

— Uma técnica ótimas contra bobocas. — eu ri, girando a maça rapidamente, fazendo-a ficar inteira novamente. — Pensa rápido! —joguei a fruta como os artilheiros de Quadribol fazem e ele aparou-a no ar. — Boa.

— Agora, por que o senhor me chamou até aqui. — ele perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— Tenho uma surpresa para você. — disse eu, enigmático, andando pelo gramado

— O que? — indagou-me com ar de curiosidade, me acompanhando.

— Calma cara do Quadribol...

— Pai... não gosto de mistérios. — ponderou ele, estreitando os olhos.

Esbocei um sorriso, mas não disse nada. Depois de uns segundos de caminhada, eu disse:

— Vamos desgnomizar e limpar o jardim... sem magia.

— Quê?! — ele retorquiu, pondo-se a minha frente. — Como assim?! Você é o Ministro da Magia, Ordem de Merlin 1ª classe! Membro da Suprema Corte dos Bruxos e embaixador da União Europeia dos Bruxos! Você o bam bam bam do século XXI! Como uma pessoa dessas não vai limpar o jardim com magia?!

— Surpresa! — berrei, rindo de sua revolta.

— Está brincando comigo... só pode estar brincando... — disse ele fazendo o gesto de “relax” com os olhos fechados.

— Vamos... — falei, pondo meus braços sobre seus ombros. — Vai ser divertido.

— Divertido?!

******

Depois de brincarmos de jogar gnomos o mais longe possível, podamos alguns arbustos e adubamos as arvores e os canteiros de verduras e legumes orgânicos, sempre conversando sobre os mais variados assuntos, como Quadribol, feitiços e namoro (ele ficara tímido, mas bastou umas pequenas poucas e boas minhas e de Emmie que ele logo começou a falar). Ficamos sujos até a cabeça. Quando terminamos, sentamos exaustos na grama sob uma árvore quando o sol estava no pico. Era meio-dia.

— Até que não foi tão ruim, não acha? — perguntei.

— É... até que não foi tão ruim. — Luke respondeu, dando um sorriso travesso.

— A tempos que não fazíamos nada juntos.

— Foi o melhor último dia de férias do mês.

Ficamos em silêncio. Fitei o horizonte, pensativo. O que aconteceria se eu contasse a ele a verdade? Não. Seria informação demais. Eu mesmo não queria saber do que estava acontecendo. Luke, vendo-o agora, estava leve e alegre. Será melhor deixa-lo viver feliz enquanto pode.

— O senhor sabe o que a mamãe tem? — ele quebrou o silêncio. — Estou preocupado com ela.

— Está meia nostálgica por causa de Amélia, sua tia, que desapareceu a quinze anos. — respondi, encarando-o. — ainda é difícil para ela, sabe. Tudo aconteceu muito de repente, um ano depois do nosso casamento.

Depois de um duro silêncio, entramos na cozinha pela porta dos fundos e preparamos um pouco de comida. Luke conseguiu preparar um bom caldo nutritivo com bezoar e soja. Quando comemos, Luke subiu para arrumar o quarto e eu levei uma bandeja com frango, arroz integral e caldo nutritivo para Emmie, na sala de estidos..

— Querida, você tem que comer. — insisti pela centésima vez.

— Não, eu não quero. — era virara o rosto como uma menininha mimada.

— Está bem. — Me dei por vencido, mas não totalmente. — Pelo menos você comeu os biscoitos e o chocolate que lhe deixei mais cedo. — pousei a bandeja na mesa e corri meu olhar para o relógio. — Vou buscar Ginny e Mione na praça... ah, ia me esquecendo... sem comida, sem beijos... — e Crack! Desaparatei antes mesmo dela protestar.

—Que susto ! — berrou Hermione, no exato momento que aparatei nas sua frente.

— Você é louco?! — sussurrou Ginny forçadamente, olhando para todos os lados. — Cuidado com os trouxas!

Sim, ela estava certa. Algumas pessoas me observavam com caras intrigadas, e outras olhavam para mim como se eu fosse um louco. Hermione logo percebeu.

— Jake! Você está só de robe e calção de dormir!

— Tirando o fato de estar com os cabelos sujos de terra! — completou Ginny.

— Ah Merlin! — disse eu, frustrado. — Vamos logo!

Fechei o robe e atravessei a praça com Ginny e Mione o mais rapido que pudemos. Depois andamos por algumas ruas, até chegarmos numa área de casas coloniais bem organizadas, onde no final, minha casa se encontrava oculta. —Aqui fica minha casa. — afirmei, ao chegarmos na frente de um terreno malcuidado, com placas de advertência. — Em Godric’s Hollow, no Largo das Amoreiras, número zero. —

Por um momento, nada aconteceu. Então a paisagem a frente começou a desaparecer como se estivesse sendo apagada de um quadro negro, dando vista a uma casa rústica com um amplo jardim.

— Bem vindos... — eu disse, abrindo o pequeno portão da cerca. — Vamos, Emmie está lá em cima.

Deixei-as na porta da sala de estudos e fui tomar um banho bem demorado, seguido de um cochilo.

— Você acha que está acontecendo querido? — ouvi uma voz doce e forte perguntar.

—Claro que está, ele não vai ficar parado... — segunda voz a voz era de Victor Delacroix, certamente. — Ele vai desejar nunca ter nascido.

A voz se distanciou com uma risada diabólica e eu cai da cama. A luz do finzinho de tarde entrava pelas portas da varanda e o vento fazia as cortinas esvoaçarem.

— Fique bem Emmie!

— Amanhã nos encontramos em King’s Cross!

— Ok. Até mais.

Abri a porta do quarto e vi as três mulheres se despedindo.

— Vocês já vão? — perguntei retoricamente.

— Ah sim. — disse Ginny.

— Temos que ajudar os garotos a preparar as malas. — justificou Mione, suspirando.

—Ok então. — pigarreei — Eu, Jacob Olovram Summers dou permissão para Hermione Granger e Ginny Weasley desaparatarem dentro dos limites de minha casa. Podem ir agora. Até amanhã!

— Até! — Disseram as duas em uníssono, dando as mãos e desaparecendo com um crack.

Fixei o olhar em Emmie.

— Melhorou?

— Um pouco. — disse ela dando um sorriso um pouco mais revigorado. — Agora eu não gostei nem um pouco de você proibir que eu lhe beije. — Dei um sorriso. — Você é minha propriedade permanente, ouviu? — ela veio até mim e me beijou demoradamente. — Obrigada. — sussurrou na minha orelha.

Ouvi um pigarro.

— Sério isso? Só cuidado para não me pendurarem na árvore de natal com o traseiro brilhando.

— Luke Summers! — exclamei, porém, sem largar Emmie.

— Tá ok. — ele deu uma risadinha. — Só estava brincando.

E voltou para o quarto.

— Você contou a ele a vez que fizemos o Prof. Flit ficar no lugar da estrela na arvore de natal?

— Talvez um pouquinho.

******

Na manhã seguinte, Emmie estava mais revigorada, mas ainda assim, não parecia a feliz e carinhosa Emmie de sempre. Preparamos o café da manhã juntos, pai, filho e mãe e comemos como uma família normal.

— Hoje sairá no Jornal Dominical do Profeta a notícia sobre a morte de Arthur. — anunciei dando uma olhada pela janela. — Acho que não vai ser nada bom, se eles continuarem encobrindo os fatos. Vão manipular a notícia.

Luke tomou a frente falando que eu era o Ministro, e que mandava em tudo e podia fazer algo. Eu, por outro lado disse que não depende só de mim, mas também da Suprema Corte. Ele, mandou os membros da Corte para um local e Emmie o repreendeu, dando um sermão enquanto comia morangos com chocolate.

Depois que comemos, Emmie foi arrumar-se e eu, que já vestia meu típico sobretudo, com uma camisa branca, colete e o cachecol da sonserina, subi para ajudar Luke com as malas.

— Nada mal. — disse eu ao correr os olhos pelo quarto, que se encontrava razoavelmente arrumado. — Gostei de ver.

O malão já estava pronto com a Fluflys dentro da gaiola sobre o mesmo. Luke pegou a mochila que estava em cima da cama e a colocou em um dos ombros. Olhei para o relógio.

— São dez e quarenta e cinco. Estamos atrasados. — entreguei Flufys a Luke e dei três batidinhas com a varinha no malão, que desapareceu imediatamente. — Vamos fazer a aparatação acompanhada.

— Uhuuu! Legal!

— Só desta vez Luke.

Fomos até a sala de estar, onde Emilly já estava pronta, com o sobretudo fechado que comprara no dia de minha primeira audiência ministerial.

— Você controla Jake. — ela disse assim que pisei na sala.

— Ok. — estendi a mão direita para frente e eles tocaram-na. — Um... dois... três!!!

Crack!!! Aparatamos numa sala de espera vazia de King’s Cross. O barulho dos trens e das pessoas era abafado pelas paredes. Ao lado, o malão de Luke já estava sobre um carrinho de bagagem, pronto para ser levado.

— Vamos.

Mal passamos pela porta e um casal de bruxos que eu conhecia muito bem se juntou a nós.

— Dia Jake. — disse Draco, em seus trajes negros, com o filho Scopius e a esposa Astoria Malfoy. — A operação está de pé. Observe...

Ele estava certo. Havia aurores disfarçados que eu conhecia por todo lugar, observando tudo ao redor. Continuamos a caminhada até a plataforma conversando normalmente, nossosfilho empurrando os carrinhos de bagagem deles logo atrás.

Ao chegarmos na barreira que dividia as plataformas nove e dez, Harry, Ron (ele conversava com Harry com a expressão rígida,), Mione e Ginny já estavam lá com seus filhos, a nossa espera. Nos cumprimentamos e Harry fez um breve gesto para um homem próximo a barreira que se afastou e ficou-os observando com a varinha em mãos.

— Vamos atravessar em grupos de dois. — disse Harry, correndo o olhar para todos os presentes. — Um adulto e um aluno.

— Faltam oito minutos para o embarque, então vamos fazer isso logo. — Ron se posicionou, carrancudo. — Vamos Hugo! — Segundos depois eles desapareceram pela barreira.

— Sua vez Jacob. — disse Draco.

— Vamos Luke.

Me posicionei ao lado de Luke e corri o ajudando a empurrar o carro. Nos materializamos na barulhenta plataforma cheia de alunos e pais exacerbados, tentando embarcar. Ajudei Luke a colocar o malão no vagão bagageiro e o puxei para um local onde ninguém pudesse nos ouvir.

— Luke... eu quero lhe pedir uma coisa. — falei seriamente.

— O que?

— Desculpas. Mantive você como um prisioneiro nessas férias de verão. Não viajamos como costumávamos e nem fomos a casa do lago. Eu tenho sido um péssimo pai, então peço que me perdoe.

— Você é meio exagerado e super protetor desde que me lembro, mas mesmo assim é um bom pai.

— Então você me perdoa? — perguntei, com a garganta seca.

— Claro.

— Quero lhe dar isso. — e tirei o cachecol verde e o enrolei no seu pescoço. — Cuide bem dele.

— Mas... isso não era do vovô?

— Sim era... agora é seu, ok?

— Por que está fazendo isso?

— Não quero que se assuste, mas estou com um mal pressentimento. — disse lentamente, com dificuldade. — Se eu não voltar a vê-lo...

— Do que o senhor está falando? — ele indagou, me encarando.

O apito do trem soou. Faltava pouco para a partida. Puxei Luke para um abraço, o que ele achou totalmente estranho.

— Por favor Luke, fique bem... Eu amo você.

— Pai... eu também amo você.

— Agora vá... vá! As portas já estão sendo fechadas. — larguei-o e deixei-o ir. — Adeus!

— Escreverei toda semana! — gritou ele ao subir na escada da porta. O trem começara a se deslocar lentamente.

Ele deu um aceno para Emilly, que chegara ao meu lado, e desapareceu de vista quando o trem fez a primeira curva.

Emmie limpou um lagrima minha.

— Se eu não sobreviver, você cuida dele para mim, não cuida?

— Vamos todos ficar bem Jake. — disse ela, pousando a cabeça no meu ombro.

Quando atravessamos a barreira de volta ás plataformas nove e dez, Harry, Ron, Mione, Draco e Ginny estavam lá esperando por mim e Emmie. Ron parecia enfurecido. Foi o primeiro a se aproximar, me entregando a edição dominical do Profeta Diário.

— Olhe! — ele berrou, enfurecido. — Veja o que falaram do meu pai!

Desdobrei o jornal. Estava num pequeno quadrado no canto da primeira página.

Assassino trouxa mata funcionário ministerial

Arthur Weasley, o chefe da sessão de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas é assassinado por um trouxa que permanece foragido. “ O Ministério da Magia trabalha com o governo trouxa Inglês incansavelmente para trazer o culpado a prisão”, declarou O Ancião da Suprema Corte dos Bruxos. O Ministro da Magia não se pronunciou sobre o ocorrido.

Senti a raiva enchendo meu peito e a minha mente se rebelando. Um vento frio soprou pela estação e o jornal entrou em combustão instantânea nas minhas mãos. Não o larguei até ele virar poeira de cinzas. Era a gota d’água! Não me importava se algum trouxa tivesse visto aquela cena. Tinha chegado a hora... o mundo precisava saber.

Sem pensar, deixei todos na estação e aparatei...


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Notas finais do capítulo

#Jakeraivoso *O*
Gostaram? comentem ai!



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