O Despertar das Trevas escrita por Severus Gio


Capítulo 1
Meus Piores Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Como vai vocês? Espero que gostem dessa super fic! Esse é só o começo! Vejo a possibilidade de uma 2ª temporada.Boa leitura e Comentem ai Ok?



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Jacob Summers

Londres, Inglaterra.

25 de Agosto de 2019, 18h: 35min.

Era uma tarde de compras para os trouxas... mas não para mim.

Eu estava no Centro Comercial de Londres. As pessoas andavam de um lado para o outro carregando sacolas de compras, comendo aqueles doces congelados na casquinha (como eles chamam isso mesmo? Sorteio? Sorvete? É sim! Sorvete), rindo e conversando.

Me sentei em um banco próximo a loja de roupas femininas que minha esposa Emilly entrara. Tirei o meu chapéu preto e mexi nos meus cabelos negros, deixando-os meios despenteados. Desabotoei meu blazer deixando a mostra minha camisa de botões branca e afrouxei minha gravata. Puxa! Estava um calorão. Fiquei tentado a comprar um sorvete com o trouxa sorveteiro que operava uma máquina estranha ali perto, mas não fui.

Esperei ela por um bom tempo. Não tinha paciência para fazer compras, principalmente se fossem roupas femininas.

Emilly saiu da loja com roupas trouxas e observou um pouco a minha volta. Ela vestia uma calça jeans e um sobretudo preto sobre suas vestes. Veio até mim meio carrancuda, mas eu sempre admira a maneira como seus cabelos loiros esvoaçavam enquanto andava e a beleza dos seus olhos castanhos bem claros.

Ela parou na minha frente e fez uma careta.

– Não acredito que você ficou ai sentado se mostrando para aquelas oferecidas! – Ela retrucou, fuzilando-me com o olhar e colocando as mão na cintura.

– Do que está falando? – Me fiz de desentendido e sorri para ela.

– Delas! – e apontou para duas garotas que não aparentavam ter mais de dezessete anos. Elas estavam me observando como se eu fosse algum ator famoso ou algo do tipo. Nas suas mãos os seus sorvetes derretiam e elas suspiravam.

Puxei Emilly e dei-lhe um beijo caloroso. Depois coloquei o chapéu na cabeça e entrelacei meu braço no dela.

– Assim está bem melhor não é? – eu disse dando um sorriso largo.

– Muito. – ela sorriu de volta e começamos a caminhar pelas ruas. Eu a estava guiando pelo caminho. – Não quero ver você exibindo seus belos e escuros olhos verdes. É tudo Meu entendeu?

Assenti, dando uma gargalhada. Era incrível como ela ficava linda com ciúmes.

– Por que o ciúmes? – perguntei. Isso não era muito “dela”. – Eram só adolescentes sonhadoras.

– Por nada ué. Só estava brincando.

– Brincando? Parecia um ataque de ciúmes bem real.

Ela ficou um tempo em silêncio e quando olhei seu rosto, vi que ela esboçava uma expressão séria.

– Você não sorri a dias... foi bom ver você alegre de novo.

De repente, não me senti mais alegre. Senti um choque na espinha ao me lembrar dos pesadelos que ando tendo... dos segredo da minha família... dos perigos e problemas que estavam por vir... das mortes que ainda vão acontecer... Não! Não pense nisso Jacob! É tortura!

– Emilly... está só começando... eu sinto isso. Eles vem atrás dele.

– Se vierem... nunca acharão. Eu tenho certeza. – Ela parecia confiante. Eu sempre admirara a forma como se controlava. Ela poderia estar desabando por dentro, mas ela sempre conseguia manter o controle sobre si mesma.

– Assim espero.

Caminhamos por mais algumas ruas e entramos numa rua fechada um pouco suja, com latas de lixo reviradas por gatos vira-latas. Ratos passaram por nosso pés e Emilly quase pulou nos meus braços.

– Que nojo! – ela berrou, me agarrando e afogando o rosto no meu ombro.

– Se acalme. – eu disse com calma, afastando-a de mim e segurando nas suas mãos. – Só vim aqui para aparatarmos.

– Então faça logo! – ela fechou os olhos e respirou fundo, apertando minhas mãos. – Vai!

Me concentrei ao máximo no Átrio do Ministério da Magia, Desejei está lá, mas não conseguia... na verdade não queria está lá. Emilly abriu os olhos.

– Jacob? – ela perguntou, com preocupação. – Por que não aparatamos?

– Eu não consigo... – respondi, desanimado. – Ele era meu tutor... Me sinto tomando o lugar dele.

– Quim se sentiria orgulho de você. Tente novamente.

Fechei os olhos e tentei novamente.

– Não... consigo...

– Está bem. Eu te entendo... – Ela apertou minhas mãos e... Crack! Aparatamos no Átrio do Ministério.

Era como sempre. O local estava cheio de bruxos transitando pelo grande salão. As lareiras com console, ligadas as Redes de Flu tiniam com seu fogo verde que aumentava cada vez que uma pessoa saia por elas. O piso de madeira escura encontrava-se muito bem polido.

Assim que nos aproximamos da Fonte dos Irmão Mágicos, todos que nos viram aplaudiram calorosamente. Os fotógrafos e escritores do Profeta Diário, batiam fotos e tentava argumentar algo. Uma mulher vestida em trajes verdes meio espalhafatosos conseguiu se aproximar mais. Uma pena de repetição rápida verde berrante a acompanhava com um bloquinho mágico.

– Algumas palavras para o Profeta Diário! – ela berrou com uma voz irritadiça e aguda tropeçando entre a multidão, o que a fez despentear seus cabelos brancos. Ela soprou alguns cabelos que foram a sua face já idosa e se aproximou de Emilly. – Como se sente como a esposa do Ministro mais Jovem até então?! Aliás, a senhorita é uma auror respeitada! – ela deu uma risadinha irritante e eu puxei Emilly para perto de mim. – Há! Espere querida! Você não falou sobre seu filho...

– Nada a declarar... - Virei as costas para Rita Skeeter. Aquela velha mentirosa e fútil. - Por favor abram espaço!

Forcei um sorriso diplomático, deixei minha postura ereta e acenei para as pessoas.

– Viu? Eles querem que você seja o Ministro. – Emilly sussurrou no meu ouvido.

“Se soubessem dos meus segredos e do passado da minha família, estaria recebendo o beijo de um dementador...”

Aos poucos conseguimos passar pela multidão e chegamos no Hall dos elevadores, que estava vazio.

– Nos separamos aqui. – Ela acariciou me rosto e me deu um rápido beijo. - Eu vou tirar essas roupas trouxas. – e entrou em um dos elevadores. – Nos vemos no tribunal. – e ela se foi.

– Estarei lá. – eu disse, sem expectativa. Não queria está lá. Na verdade... não queria ouvir a notícia que irá destruir minha família.

Entrei em outro elevador e desci até a voz do operador anunciar:

“Nível 9, Departamento de Mistérios”

Caminhei por alguns corredores até chegar a uma escada de mármore negro polido. Antes de descer, um homem me chamou atrás de mim.

– Sr. Summers? – Me virei e vi um velho de olhos azuis com uma capa de cor risca de giz. - O novo ministro?

– Sim... – e apertei sua mão. – E você é?

– Sou Magnus Arfrig, chefe do departamento de mistérios. – Ele se apresentou rapidamente, com um olhar cheio de medo... como se tivesse fugindo de algo.

– Prazer, eu sou...

– Eu sem quem você é! – me interrompeu. – Agora vá! Tem uma audiência para liderar!

Ele saiu correndo e me deixou sozinho.

Respirei fundo e desci as escadas até chegar a uma porta de madeira esculpida, onde uma mulher com os cabelos amarrados em um coque apertado e elegantes vestes marrons me esperava.

– Senhor Summers! – exclamou ela, com um uma expressão meio preocupada. – A audiência já vai começar!

– Hermione, eu tive uns contratempos. Luke incendiou nosso guarda-roupas com as vestes trouxas. – afirmei, me lembrando das chamas vivas e do meu filho que se encontrava agarrado a Emilly... Uma perda de controle sobre a magia... – E tive dificuldades para aparatar. Acho que você sabe o porquê.

– Foi por causa da morte de Kinsley não foi? – perguntou ela, inocentemente. Mas ao ouvir isso, me lembrei das cenas antes da morte dele... Um triunfo que parecia próximo e.... Não! Recuse-se a se lembrar disso!

– Não fale sobre isso... por favor. – pedi, fechando os olhos por alguns segundos, logo depois os abrindo suspirando. Sabia o que Quim diria: “Não seja molenga! Enfrente seus problemas de frente!” – Vamos entrar.

– Desculpe Senhor, mas antes você precisa vestir a toga magistral. – disse Hermione, me observado de cima a baixo e sacando a varinha.

– Eu não passei no meu gabinete e ... – antes que eu pudesse sequer terminar de falar, Hermione fez um rápido movimento com a varinha e uma toga preta com um W bordado em fio de ouro no lado esquerdo do peito apareceu magicamente no meu corpo, cobrindo minhas roupas.

– Você é demais... – A elogiei e acabei deixando-a sem jeito.

– Vamos senhor, os membros da suprema corte e todos do departamento dos Aurores já estão ai. – disse ela, espiando pela porta.

– Espere... quero te pedir um favor.

– Sim? - ela virou-se na minha direção e arqueou as sobrancelhas.

– Não me chame de senhor.

Ela sorriu e pediu que eu esperasse ali enquanto ela anunciava minha entrada.

– É com muito prazer, que lhes apresento o novo Ministro da Magia... Jacob Olovram Summers!

Eu estava muito nervoso, mas tomei uma postura digna e entrei no Velho Décimo Tribunal acenando e saldando as pessoas presentes. Depois subi até a minha cadeira, que ficava bem no alto do pedestal. Nos assentos aos lados, estavam os membros da Suprema Corte vestidos com togas cor de ameixa. O resto dos presentes era nada mais que os integrantes do Departamento dos Aurores. Os aplausos continuavam calorosos.

Ordem! Ordem! – bradei usando o Malhete (martelo do Juiz) para chamar atenção das pessoas. Todos se silenciaram e eu tomei uma posição séria e autoritária. – É uma honra exercer o posto de Ministro da Magia, mas não temos tempo para comemorações. Temos problemas graves a resolver... Sabemos que uma nova ameaça se aproxima... E precisamos estar preparados...

O tribunal continuou em silêncio e toda a alegria da minha chegada se foi. Esse era normalmente um assunto delicado. Então direcionei meu olhar ao homem baixinho, que usava óculos redondos e estava vestido com uma capa negra muito elegante. Ele estava em pé no canto do Tribunal, próximo a porta.

– Harry? – chamei-o, sabendo que boas notícias não viriam... - Alguma informação?

Ele veio até o centro circular do Tribunal. De relance eu vi Emilly entrar no tribunal e se sentar do lado de Hermione.

– Senhor, alguns ex-comensais da morte estão se reunindo. O líder deles acha que está na hora de destruir toda a magia do bem e estabelecer a magia das trevas em todo o mundo bruxo.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, estupefatos com a situação.

– Ordem! Ordem! – bradei usando o Malhete, e todos se calaram. – A questão é que as trevas estão se reerguendo a quase 2 anos e não podemos mais esconder isso da comunidade bruxa.

– O que?! – disse o ancião da suprema corte. – Está louco! O mundo bruxo iria virar um caos!

– É! – aprovou outro. – Temos que abafar o caso e deixar que o departamento dos aurores cuidem disso.

– EU NÃO QUERO QUE AS PESSOAS PENSEM QUE TUDO ESTÁ BEM! POR QUE NÃO ESTÁ! – berrei cerrando os punhos e batendo na minha mesa... eu deveria ter usado o malhete, mas esses velhos me tiravam do sério!

Tudo ficou em silêncio e eu continuei a soltar toda a fúria que estava dentro de mim:

– Vocês são tão duros! Não acreditei quando vi o que publicaram no profeta diário: “O ministro da Magia, Kinsley Shacklebolt, morreu durante um encantamento que deu errado”. Por Merlin, Quim jamais errou um encantamento na sua vida! Ele foi assassinado... assassinado pelo líder desse grupo de ex-comensais da morte! – minha garganta estava seca

– Mas senhor, nós temos que abafar o caso... isso pode ser um impacto ruim na população! – replicou o ancião.

– A população tem de saber!

– Não tem não!

– Ele está certo! – exclamou Harry, chamando a atenção de todos.

– Como? – perguntou o ancião o olhando com um olhar desafiador.

Harry foi até o centro do tribunal.

– Eu tenho algumas coisas importante para declarar. Tenho sua permissão Ministro? – perguntou ele com educação.

– Permissão concedida.

– Eu consegui infiltrar espiões nessa organização das trevas. – Harry começou a falar diplomaticamente. – Eles descobriram que eles dependem de algo em especial para conseguirem destruir a luz. Parece bizarro, mas tem algo a ver com Voldemort... – ao falar o nome de um dos maiores bruxos das trevas, o tribunal estremeceu. – Um poder antigo. Meus espiões estão trabalhando para descobrir mais e...

Fiquei pálido ao associar as palavras: Poder antigo.... Voldemort... Não!

Emilly fez mais do que isso.

– Jacob! – berrou Hermione interrompendo Harry.

Ela estava se esforçando para sustentar Emilly. Ela desmaiara. Pulei do pedestal que ficava meu assento e corri para socorre-la. A coloquei nos braços com cuidado, deixei uma lagrima rolar pelo seu rosto e disse:

– Sessão encerrada! Todos voltem a suas atividades normais. – O malhete bateu magicamente na minha mesa.

Sai com os olhos marejados do tribunal com Emilly nos braços, com certeza absoluta de que meus pesadelos estavam finalmente se realizando...

“Emilly... eu não vou deixar que descubram... eu prometo.”


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Querem saber o que é esse poder e sua relação com Jacob e Emilly? Cliquem ai em baixo e acompanhem a História e não deixe de comentar!Importante: Visualizem meu perfil e leiam o aviso que deixei lá. É muito grande para colocar nas notas.



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