Right Now escrita por Mrs Loki, amanda c


Capítulo 7
No Fundo do Poço


Notas iniciais do capítulo

1º» Capa nova *-* tuts tuts, tá muito linda
2º» Capítulo dedicado as lindas da Tathy BVB e da Miriam, que recomendaram a fic, de um jeito super fofo
3º» Esse capitulo para mim foi o pior que eu escrevi - o pior no sentido de mais triste ok?
4º» Nas notas finais a Bia fez uma homenagem à uma amiga dela, quem quiser ler é só ir nas notas finais e ver como a Bia é um anjo de candura kk



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"I’m half a man at best
With half an arrow in my chest
I miss everything we do"

– One Direction

Point Of View: Zach

– Perrie? - disse assim que ouvi a voz da loira do outro lado do telefone - Preciso conversar com alguém, pode vir aqui em casa?

Ela rapidamente ficou alarmada, talvez notando minha voz triste. Depois de desligar o celular não demorou trinta minutos para a Evans estar em minha residencia.

Desci as escadas arrastando meus pés sobre os degraus da mesma e me encaminhando até a porta, para abrir para Perrie. Ao abrir a porta de madeira os olhos azuis da cantora se arregalaram e sua boca ficou entreaberta. Eu deveria estar terrivelmente péssimo.

– Entre por favor - pedi dando um paço para trás, para que Perrie entrasse em casa. Expliquei tudo o que havia acontecido, pois ela não havia visto o programa, na verdade por causa da banda dela ela estava vendo o minimo de televisão possível.

Perrie me consolou, abraçou e tentou me acalmar, dizendo que se ela talvez não tivesse feito aquilo, que só talvez, realmente me amasse e que haveria uma explicação toda para aquele fato tão absurdo.

– Nas suas fotos, Valerie estava tão feliz - Perrie disse, me fazendo lembrar que tinha foto nossas nas redes sociais, o que só piorava a minha situação.

Depois de longas horas Perrie me ofereceu um copo de wisky e nós dois ficamos bebendo, o que nos fez ficar mais leves e me fez esquecer por breves segundos de Valerie.

Perrie desengonçadamente conseguiu tirar uma foto nossa, pois ela dizia que precisava me mostrar, quando eu ficasse sóbrio, como ela conseguiu me fazer rir.

E agora eu estava em casa, sozinho, apenas com um belo copo de wisky puro em mãos. O cinzeiro no chão, enquanto minhas costas estavam escoradas na parede de um modo relaxado.

Minha casa toda estava desorganizada. Minha mão estava latejando por causa dos cortes, minha cabeça doía por causa do choro constante e meus lábios estavam secos, por eu não beber nada mais além do que wisky e vodka.

Ouvi a campainha de casa e fechei os olhos, respirando fundo e desejando poder ficar sozinho por, no mínimo, cinco minutos. Me levantei, cambaleante, e fui até o interfone, ver quem queria me incomodar.

– Pois não? - resmunguei olhando a parede onde o interfone estava pregado.

Bro, é o Harold... Estamos todos aqui fora, Simon ligou para nós começarmos a ensaiar - sua voz saiu estranhamente falha, por conta do mal contato no interfone, mas eu consegui entender o que ele disse.

Encostei a testa na palma da mão e respirei fundo. Eu poderia perder o emprego se continuasse daquele jeito, eu não iria abandonar meu sonho, já que o conquistei depois de tantas coisas...

– Estou saindo - respondi fixando o interfone no gancho e subindo as escadas para colocar uma roupa limpa, um boné para tentar tampar minha cara feia e um tênis nos pés.

Dez minutos depois já estava do lado de fora de casa, cumprimentando meus quatro amigos e indo para o estúdio, ensaiar algumas musicas.

Os garotos estavam falando sobre alguma coisa que eu não fiz questão de prestar atenção, olhando a estrada pela janela do carro. A cada poste que passava rapidamente pelo carro eu tinha a impressão de ver Valerie, o que estava me deixando irritado. Fechei a mão em punho sobre meu colo e trinquei o maxilar, olhando para um ponto fixo da janela.

Um tempo depois chegamos ao estúdio. Eu não havia aberto a boca um minuto se quer de minha casa até aqui e os quatro me respeitavam por isso. Quando entramos no lugar cumprimentamos algumas pessoas que trabalhavam conosco e eu me sentei no sofá negro de dois lugares, que ficava no canto do estúdio.

– Vamos começar a aquecer a voz cada um de uma vez, ai nós vamos passar a musica, vocês cantaram um por um, e depois de todos lembrarem da letra todos juntos - disse Charlie, que cuidada do áudio das musicas gravadas.

Eu fui o terceiro a aquecer as cordas vocais, que por sinais estavam estranhas, mas aquilo era consequência do cigarro e da bebida. Charlie me entregou a letra da musica e um aperto em meu peito me fez lembrar de Valerie.

A musica que iriamos ensaiar era Half a Heart, e o que só fez o aperto doer ainda mais.

Liam aqueceu as cordas e fora para a cabine contra som, começando a cantar seu pedaço da musica.

Passei a linguá nos lábios umedecendo-os e retirei o boné da cabeça, pois logo iria ser eu que estaria ali dentro da cabine. Meu estomago estava se revirando e meu coração acelerado.

Eu não iria conseguir cantar!

Minhas mãos estavam tremulas e eu não conseguia ler o que estava escrito no papel, mesmo sabendo a letra da musica de cor.

Charlie pediu para Liam repetir uma ou duas partes e então fora minha vez de ser chamado pelo homem mais velho, para entrar na cabine contra som.

Mordisquei o lábio inferior e entrei na cabine me sentando no banquinho de três pernas e me posicionando na frente do microfone. Coloquei o fone de ouvido para ouvir a batida da musica e então Charlie fez o sinal, pelo vidro da cabine, me dizendo para começar a cantar.

– "And being here without you is like I’m waking up to,

Only half a blue sky,

Kinda there but not quite,

I’m walking around with just one shoe,

I’m half a heart without you..."

E então o aperto em meu peito começou a ser cada vez maior, até o momento em que eu não consegui nem se quer respirar. Retirei o fone de ouvido jogando-o para o lado e me levantando do banquinho. Eu não queria estar ali, queria sair do estúdio e ter o contato mínimo de lembrança de Valerie.

– Desculpa, não consigo - rosnei saindo da cabine e ouvindo as vozes de todos que estavam ali me chamarem. Sai do estúdio e caminhei de volta para casa a pé, o que só piorou a situação, pois a cada casal que passava por mim me fazia querer chorar como uma criança.

Ao chegar em casa meus joelhos cederam, me fazendo cair no tapete da sala de estar. Com a porta escancarada, ignorando-a, me levantei, sentindo meus pés dormentes de tanta dor, e subi para o meu quarto, atrás da garrafa de wisky, que lá se encontrava.

Ela estava pela metade e o copo sobre o criado mudo estava vazio. Me sentei na cama, encostando as costas na cabeceira da mesma, e enchi o copo de wisky, bebendo-o em um gole só.

Meus olhos viram a imagem de Valerie na parede e a dor no peito voltou. Quis retirar o coração de dentro de mim e acabar de vez com aquele martírio.

Enchi mais uma vez o copo e bebi sem pudor algum. Aquela imagem de Valerie na parede de meu quarto estava me intrigando, irritando e doendo.

Como um ato sem pensar atirei o copo na parede, que se desfez em milhares de pedaços.

E eu fiquei observando aquela imagem, senti algumas malditas lagrimas escorrerem pelo meu rosto. Eu não desejaria a dor da traição nem para o meu pior inimigo!


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Notas finais do capítulo

Beatriz aqui:

Hum... Bem, não sei como começar, mas vamos lá...

Há exatos dois anos eu conheci uma pessoa muito, mais muito especial mesmo. Foi durante uma aula de inglês e nós duas ficamos conversando praticamente a aula inteira... Desde então, ela se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida. Nós sempre falávamos besteiras, sempre nos divertíamos e sempre conversávamos como duas idiotas.
Hoje eu posso dizer com toda convicção que ela é a melhor amiga que eu poderia pedir. Ela me apoiou quando ninguém mais fez, me deu a mão e literalmente me acolheu. Foi uma conselheira, foi amiga, foi tudo e um pouco mais.
Obrigada por tudo, por não desistir da nossa amizade e por ser sempre tão amiga! Eu espero poder fazer o mesmo para você (:
~Quando ela ler, irá saber que é para ela~