Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 8
Pedra Filosofal- Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

demorei um pouco né, mas o cap ficou grande e EU FUI BEM NAS PROVAAAAAAS enfim é isso mesmo leiam e me digam dps o que acharam



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– MANHÊ! – grito e ela logo aparece na porta do meu quarto.

– O que foi agora Lis?

– Não tenho roupa.

– Como é que é? – ela ri enquanto fala.

OK pode estar engraçada a situação. Por todo o quarto tem roupa jogada, as gavetas do guarda roupa estão bagunçadas se não vazias.

– Eu não tenho roupa. – repito após olhar o quarto.

– Pelo amor de Merlin... – ela reclama e observa algumas das roupas espalhadas. Depois de dar uma boa olhada, pega um vestido preto com renda nos ombros, acima do busto e no começo das costas. – Pronto, usa esse vestido e coloca aquela sapatilha que você tem, preta com um lacinho em cima, sabe?

– Mãe, tá frio.

– A lareira tá ligada. Agora para de ser teimosa e vai colocar o que eu falei.

– Tem certeza? – pergunto ainda confusa por não ter certeza se uso ou não aquilo.

– Absoluta, vai ficar linda. Agora anda logo porque suas primas vão chegar daqui a pouco. – ela sai do meu quarto, mas logo para na porta como se tivesse esquecido de falar algo. – Ah, seus presentes já chegaram.

– SÉRIO? – falo um pouco mais alto do que deveria.

– Sim, mas nada de abrir antes da meia-noite. E arrume seu quarto depois que se trocar.

– Droga. – resmungo e coloco a roupa.

Realmente, minha mãe sabe escolher roupa. Eu fiquei muito fofa! Pego algumas pulseiras douradas, algumas com pérolas outras não, e um brinco de pérola. Passo um gloss rosa bem fraco e coloco uma tiara para prender a franja.

Desço as escadas correndo e sinto um cheiro de comida no ar. Ah, eu amo ceia de Natal!

– Lis você está linda! – meu pai diz pra mim assim que chego na sala. Ele está organizando os presentes, enquanto minha mãe termina de preparar a ceia de Natal. A sala de jantar já está com a mesa pronta.

– Eu disse que você ficaria uma graça. – mamãe diz como se jogasse na minha cara, e depois acrescenta. – Mães nunca erram.

Reviro os olhos e escuto a campainha tocar. Devem ser minhas primas.

– EU ATENDO! – grito antes que alguém se mexesse.

Corro até a porta e, quando a abro, estão meus tios e minhas primas. Abro um sorriso enorme, afinal fazia muito tempo que não os via e estava com saudades já.

– Fleur, Gabi que saudades!– abraço as duas enquanto quase explodo de felicidade. Desvencilho-me delas e abraço meus tios também. Logo após, abro mais a porta e os convido para entrar.

– E ai Ali, como é Hogwarts? – Fleur puxa assunto enquanto sentamos, Gabi, ela e eu na sala de estar. Às vezes eu nem lembro que Fleur não é da Inglaterra, e sim da França, porque não percebo o sotaque dela já que convivo com ela desde que era pequena.

– Fantástico! Eu tenho amigos ótimos e eu estou no time de quadribol!

– Quadribol? Sério? – ela faz uma cara de nojo, eu acho.

– Aham, por quê?

– É tão bárbaro.

– Não é não.

– É sim.

– Não é.

– Eu acho legal. – Gabi se intromete.

Gabrielle não se intrometa. – Fleur rosna para a baixinha. Espero que quando eu tiver catorze anos eu não seja igual a ela. Credo que mau humor!

– Fleur, você está no quarto ano na Beauxbatons certo? Como é lá?

– Ah, meio chato sabe, eles são muito rígidos e tudo mais. Mas é bem legal. Por que você não quis ir pra lá mesmo? Tem muitas veelas lá.

– Pelo mesmo motivo que você disse: é muito rígido. E outra, sempre quis ir para Hogwarts. Sou a única veela por lá, eu acho.

– Deve ser mesmo.

– MENINAS! Venham jantar! – minha tia grita da sala de jantar. Veelas adoram gritar, nunca vi pior. Meu tio e meu pai são os mais alegres da casa, provavelmente. Acho que eu tenho uma teoria sobre veelas: toda festividade nos deixa irritada, ou pelo menos as que já tem preocupações, afinal eu e Gabi estamos tranquilas.

São exatamente 23:00 quando terminamos de jantar. E agora nós temos que esperar para poder abrir os presentes. Vi que tem um com a etiqueta “De Fred e Jorge, para Alissa Snow. Espero que goste do presente.” Boa coisa dali não vem.

– Pai, posso abrir um presente antes? Provavelmente tem pegadinha e eu queria preparar uma melhor pra dar em troco. – peço com a minha cara de cachorro abandonado.

– Ok, mas só esse! E é pra fazer uma pegadinha boa ouviu? – dou um beijo na bochecha do meu pai, chamo minhas primas, pego o presente e vou com elas no meu quarto planejar o que vou fazer e pedir ajuda de Fleur em alguns feitiços, já que ela é mais velha.

Assim que abro o presente, um jato de água é espirrado na minha cara e com ele vêm alguns laçarotes escritos “feliz Natal, madame”. Minhas primas não conseguem parar de rir, e eu também não, mas meu cabelo ficou todo molhado e deu trabalho pra secar.

Espera aí.

Cabelo. ISSO!

– Fleur, por acaso você sabe colocar azaração dentro de algum objeto? – pergunto com meu casual sorriso de quem vai aprontar algo no rosto, enquanto enxugo a água do meu rosto.

– Sei sim, por quê?

– Nada. Já volto, vou pegar chocolates.

Vou discretamente até a cozinha, pego uma caixa de chocolates e subo novamente as escadas.

– Ok, agora coloque o feitiço para mudar a cor do cabelo aí dentro de cada chocolate, se der coloque só da cor roxa e verde, daí na hora que eles comerem... BANG! – eu faço gesto com as mãos como se fosse uma explosão. Depois acrescento. – Não coloque tempo de duração, quero ver a cara deles quando eu chegar.

– Alissa, eu não sei como eles te aguentam. – Fleur diz entre risadas e logo coloca o feitiço em todos os chocolates.

Os embrulho novamente e escrevo com a minha melhor letra:

Para os melhores gêmeos do mundo,

Espero que tenham um ótimo Natal e que gostem dos presentes.

A.S.”

Amarro o bilhete na caixa de chocolates e mando Margo levá-los até Hogwarts. Quase que ela não foi, tive que subornar ela com petiscos. Coruja preguiçosa, credo.

– FELIZ NATAL! – do meu quarto consigo ouvir os adultos gritando lá na sala. Olhamos umas para as outras e saímos correndo até aonde eles estão.

Antes de chegar realmente até a sala, pergunto para Fleur se existe um contrafeitiço.

– Deve existir, mas eu não conheço.

Ótimo, acho que eu vou estar encrencada com eles quando chegar lá e não ter um contrafeitiço para deixar o cabelo deles ruivos novamente.

Esqueço disso e vou abrir os presentes. Dos meus pais ganho um livro de Quadribol, das minhas primas e tios eu ganho um perfume (amo os perfumes que eles me dão, sério) e do Rony, do Harry e da Mione ganho doces. Credo, vou engordar assim.

Meus tios ficam mais um pouco em casa e depois vão embora. Amanhã de tarde tenho que embarcar para ir até Hogwarts de novo.

–-------------

Por incrível que pareça, eu vou em uma cabine com Hermione e estamos as duas lendo. Sem falar nada.

– Eu detesto silêncio, me irrita. – reclamo depois que já chego na metade do meu livro de Quadribol. Ela também está na metade do livro que dei pra ela.

– Eu gosto, mas as vezes fica chato. – ela faz uma pausa e olha pela janela. – Ei olhe, já estamos chegando.

Desembarcamos e nossas malas são levadas até os dormitórios. Mal entro no castelo direito, e vejo duas cabeleiras vindo na minha direção, uma verde e uma roxa.

Fred e Jorge.

Começo a rir histericamente.

– Desfaz isso AGORA. – Fred, que agora tem cabelo roxo, reclama.

– Não que nós não tenhamos ficado lindos desse jeito, mas preferimos o ruivo.

– Então gente, tem um problema... – começo, mas os dois me interrompem, já quase irritados.

Qual?

– Não sei o contrafeitiço. A gente vai ter que descobrir.

– Tá de brincadeira?! – Jorge pergunta incrédulo.

– Pior que não, mas olha pra ser sincera vocês estão até mais bonitos assim.

– E você ainda continua com esse cabelo loirinho aí. – Fred revira os olhos enquanto reclama.

– Mas todo mundo gosta do meu cabelo, até o Filch. – dou um riso de canto e me despeço deles, falando que estou cansada da viagem e que vou ficar no meu dormitório. Não consigo deixar de reparar que eles se encaram de um jeito muito estranho, como se fossem aprontar alguma.

Tomo um banho rápido e deito na minha cama enquanto leio um pouco. Mal percebo quando durmo. Na verdade, eu só percebo quando é de manhã quando eu mesma deixo cair meu livro no chão e ele faz barulho.

Esperta? Um pouco, talvez.

Olho para o lado e não tem mais ninguém dormindo, mas nem está tão tarde assim então significa que eu só estou perdendo o café da manhã.

Droga eu estou perdendo o café da manhã.

De algum jeito eu levanto quase voando da cama até o banheiro começar a me arrumar, quando cometo o erro de olhar para o espelho. Levo as duas mãos a boca como surpresa.

Os gêmeos, de algum jeito, entraram aqui e tingiram meu cabelo de rosa claro.

Meu cabelo está rosa.

– Ai meu deus. – digo surpresa sobre a cor do meu cabelo. Decido que é melhor eu descer, tomar café e procurar um contrafeitiço.

Termino de fazer a higiene matinal, me troco e desço até o salão principal, aonde avisto uma cabeça verde e outra roxa.

– Seus diabinhos, meu cabelo está rosa! – sento ao lado deles reclamando.

– Fizemos isso para você achar o contrafeitiço mais rápido. – Fred diz e dá de ombros.

– Alissa o que aconteceu com seu cabelo? – Harry me encara meio confuso.

– Ah, não gostou do meu cabelo? Esses dois engraçadinhos tingiram meu cabelo enquanto eu dormia! – reclamo ficando irritada e irônica.

– Em nossa defesa, ela tingiu o nosso antes.

– Quieto Jorge, vocês que quiseram comer meus chocolates. – me viro dando bronca nele e vejo os dois rindo. – Enfim Harry, meu cabelo vai ficar algodão-doce até acharmos um contrafeitiço.

– Ei espera aí, nós não, você.

– Fred, vocês vão procurar o contrafeitiço comigo porque vocês enfeitiçaram meu lindo cabelo, agora vamos todos depois da aula ficar na biblioteca.

Para minha felicidade, eles reviram os olhos. Acho que eles têm esse costume quando são obrigados a fazerem coisas que não querem.

Termino de comer meu café da manhã e vou para a aula. Lógico que os professores perguntaram o que havia acontecido com meu cabelo, principalmente a McGonagall.

– Pelas barbas de Merlin! Senhorita Snow, o que aconteceu com o seu cabelo? – essa foi a primeira coisa que ela disse assim que eu pus os pés na sala de Transfiguração.

Eu dei uma risada abafada por causa da cara de surpresa que ela fez.

– Fred e Jorge se vingaram de mim no meu cabelo.

– Presumo que foi você quem deixou o cabelo deles colorido também, certo?

– Certíssimo. – afirmo enquanto sento. Sinto uma bolinha de papel sendo jogada no meu ombro e olho para ver quem foi.

Meu humor estava tão bom.

– Malfoy eu acho que você e seus amigos inúteis sonserinos não conseguem viver sem mim. – lamento enquanto olho para os imbecis que jogaram o papel.

– Há-há – a doninha debocha. – Pelo menos não temos cabelo rosa, aberração.

– É, ela tá parecendo uma metamorfomaga. – um daqueles gordinhos que nunca lembro o nome fala isso.

Todos eles estão rindo, apenas me dou ao trabalho de revirar os olhos e dar o meu melhor fora, antes que a professora, que já está andando em nossa direção, queira se meter na briga e descontar pontos.

– Meu cabelo até pode estar rosa, mas ele estar de uma cor diferente não alterou a minha inteligência, ao contrário de vocês, que mesmo tendo a cor natural do cabelo são uns perfeitos idiotas. E metamorfomagos são muito melhores do que vocês.

Sabe quando todo mundo está prestando atenção na briga e ficam esperando por uma resposta? Então, era o que estava acontecendo, exceto que a resposta que todos estavam esperando nunca aconteceu.

– Menos 30 pontos para a Sonserina! – McGonagall anuncia, o que causa mais raiva nos sonserinos. – Será que eu posso começar a minha aula agora?

E ainda falam que a McGonagall é chata, não dá pra entender isso.

–-----------

Depois da aula, como prometido, eu fui a biblioteca.

Não, os gêmeos não foram comigo e não, eu não procurei por um contrafeitiço. Dessa vez, fui com Hermione, Harry e Rony, ainda tínhamos que descobrir sobre Nicolau Flamel.

– Como pude ser tão burra? – Mione reclama enquanto joga um livro gigante na mesa da biblioteca e se senta. – Eu peguei esse livro a algumas semanas pra me distrair...

– Isso é distração? – Rony diz indignado e ganha um olhar cortante da garota.

– Continuando... eu peguei ele a algumas semanas e, - ela abre numa determinada página. – aqui está. Nicolau Flamel é ao que se sabe o único que tem a Pedra Filosofal.

– O quê? – nós três perguntamos ao mesmo tempo.

– Vocês realmente não leem? Olhem isso aqui. – então ela começa a ler.

O antigo estudo da alquimia preocupava-se com a produção da Pedra Filosofal, uma substância lendária com poderes fantásticos. A pedra pode transformar qualquer metal em outro puro. Produz também o Elixir da Vida, que torna quem o bebe imortal.

Falou-se muito da Pedra Filosofal durante séculos, mas a única Pedra que existe presentemente pertence ao Sr. Nicolau Flamel, o famoso alquimista que comemorou o sexcentésimo sexagésimo quinto aniversário no ano passado, leva uma vida tranquila em Devon, com sua mulher Perenelle (seiscentos e cinquenta e oito anos).”

– É isso o que Snape estava tentando pegar e é isso o que o cão guarda: a Pedra Filosofal.


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Notas finais do capítulo

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