Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 9
Pedra Filosofal- Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEE eu amo quando vocês deixam reviews sério askljaksld olha ta grande o cap e depois me digam se gostaram nas reviews!



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Decidimos ver a única pessoa de quem podemos tirar informações sem fazer muito esforço: Hagrid. Nada contra o gigante, ele é bem legal, só que não sabe guardar segredo.

Já está bem tarde, então é bom que ninguém nos veja, se não, vamos ficar bem encrencados. Sério. Já era fácil de reconhecer meu cabelo quando era loiro, imagina agora que ele é rosa?

Batemos na porta do Hagrid, aonde parecia que não havia ninguém em casa, ou ele não queria que as pessoas entrassem. Acho que a segunda opção, porque ele atendeu a porta meio agitado, como se estivesse pra acontecer alguma coisa. Acredita que ele ia fechar a porta na nossa cara? E só não fechou porque nós dissemos em uníssono:

– Nós sabemos sobre a pedra filosofal.

– Ah... isso... – ele olha para dentro e dá de ombros como se pensasse “o que eu posso fazer?”, e abre a porta. – Entrem.

– Nós achamos que Snape quer roubá-la. – Harry diz assim que entramos, enquanto tiramos nossas capas.

– Snape? Não, ele não iria fazer isso.

– Hagrid, nós sabemos que ele quer a pedra, só não sabemos o porquê! – Harry continua, mas Hagrid ainda tenta tirar aquela ideia da cabeça dele.

– Snape é um dos professores que protegem a pedra, ele não iria roubá-la.

O que foi que eu disse? Ele sempre fala demais. Nós quatro nos encaramos confusos, dizendo ao mesmo tempo “o quê?”. Sério, segunda vez em dez minutos que falamos as coisas juntos.

– É isso mesmo o que ouviram. Agora se não se importam, eu estou meio ocupado.

– Está nos expulsando? – faço uma cara de ofendida.

– Espere aí. – Harry me interrompe, ainda atrás de respostas. Grifinórios são bem curiosos quando querem. – Um dos professores? Tem mais?

– É claro! Devem haver feitiços, encantamentos, tudo protegendo a pedra! – Hermione exclama, seguindo uma lógica.

No momento, eu estou rindo do cachorro de estimação que Hagrid tem, pois o bicho está cheirando o Rony. Está engraçado.

– Exato. Mas ninguém sabe como passar pelo Fofo, a não ser Dumbledore e eu! – ele faz uma pausa raciocinando o que disse. – Eu não deveria ter dito isso.

De repente, o caldeirão da lareira começa a tremer e Hagrid corre imediatamente para pegar o que tem dentro, com aquelas luvas de cozinha, e tira de lá um ovo imenso, colocando-o na mesa.

– Hagrid, o que exatamente é isso? – Harry pergunta.

– Hã... é um... bem...

– Eu sei o que é isso! – Rony e eu dizemos ao mesmo tempo. Rio e deixo ele continuar. – Mas, Hagrid, aonde conseguiu?

– Eu ganhei, de um estranho no bar. Ele pareceu bem feliz ao se livrar dele.

E então, o ovo começa a chocar e adivinhem aonde vai parar o primeiro pedaço da casca que sai voando? Diretamente na minha testa.

– Ai. – levo a mão até aonde a casca bateu, enquanto observo um bebê dragão norueguês nascer. Até que ele é fofo.

– Isso é... um dragão? – Hermione pergunta indignada.

– Não é só um dragão, é um dragão norueguês. Meu irmão Carlinhos trabalha com eles na Romênia. – Rony diz, mas é ignorado.

– Ele é uma graça e olhem! Ele reconhece a mamãe! – Hagrid está afetado pelo nascimento do bebê, pelas barbas de Merlin. – Olá Norberto.

– Norberto? – faço uma careta por causa da péssima escolha pelo nome.

– É claro, ele tem que ter um nome. – e então ele começa a coçar o pescoço do dragão, que cospe fogo em sua barba. – Mas precisa ser treinado.

Enquanto Hagrid tenta apagar o fogo de sua barba, ele vê uma pessoa na janela, nos observando.

– Quem é aquele?

– Malfoy. – digo com desprezo na voz. Ótimo, agora provavelmente estamos encrencados. – Vamos, temos que voltar para o castelo.

Incrivelmente, durante o caminho não encontramos nada, ou melhor, ninguém. Mas claro, é só dizer que está tudo bem que os problemas aparecem, e nesse caso problemas atendem pelos nomes Malfoy e McGonagall.

Entramos todos na sala de Transfiguração e ficamos na frente da mesa da professora. Sento-me numa das mesas (não na cadeira, na mesa mesmo) e espero o sermão começar.

– Nada, eu repito, nada dá o direito de um aluno ficar andando pelo castelo durante a noite. – ela me lança um olhar duro e saio da mesa, ficando de pé, igual aos outros. – Por causa dos seus atos, 50 pontos serão tirados de cada um e...

Eu a interrompo.

– O quê?! 50 pontos de cada um? Professora, a senhora nunca sofreu de insônia? Ou quis dar uma voltinha à luz do luar? Ou...

– Alissa, quieta. – me calo rapidamente antes que eu perca mais pontos, mas pelo menos ela deu um riso de canto. – Continuando, os cinco receberão detenção.

Os cinco receberão detenção. Meu dia acaba de ficar melhor.

– Com licença, professora, mas eu acho que entendi errado. Por acaso a senhora disse, os cinco? – Malfoy pergunta incrédulo.

Começo a rir baixinho.

– O senhor ouviu certo, porque por mais que suas atitudes tenham sido nobres, você também estava fora da cama.

– Nobres? Mas... – levo uma cotovelada na barriga vinda de Hermione. – Ai! Ok, calei.

– Bem, podem ir para seus salões comunais. Amanha o sr. Filch vai levar vocês até a detenção.

Com isso, nos retiramos e vamos dormir. Ótimo, só espero que não nos crucifiquem ao saber dos 200 pontos perdidos.

–---------

Mais uma vez, minha tarde se resumiu em ficar o dia inteiro na biblioteca procurando por alguma coisa, só que dessa vez não era nome de pessoa mas sim de feitiço.

– Ah qual é gente! Vocês estão no terceiro ano, deviam conhecer algum contrafeitiço pra cabelo colorido. – reclamo já quando estou exausta de procurar.

– Talvez soubéssemos.

– Mas como não comparecemos a muitas aulas, não sabemos.

– Ótimo. – bufo, irritada.

Com minha cabeça apoiada na mesa, continuo folheando um dos livros. Não é possível que em três horas não tenhamos achado nada. O tédio faz com que eu comece a murmurar o que estou lendo.

– Faz com que chegue nas mãos daquele que utilizou, corta coisas, protege de feitiços, encerra feitiços anteriormente proferidos, lança piloto da vassoura pra fora... – pauso relendo uma parte: “Finite Incantatem: feitiço que encerra os feitiços anteriormente proferidos.”.

Dou um grito de animação, o que faz com que a Madame Pince (a bibliotecária) me dê uma bronca. Peço desculpas e mostro o livro para os gêmeos.

– Eu achei! Olhem aqui. – aponto com o dedo. – Finite Incantatem.

– Brilhante. – os dois dizem ao mesmo tempo.

– OK, agora vamos tirar essas cores dos nossos cabelos. Mas acho melhor irmos a sala comunal, se ficarmos mais um pouco aqui, é capaz da Madame Pince nos arrastar pela orelha até sairmos. – sugiro e aponto para a bibliotecária, que nos olha ameaçadoramente. Fred e Jorge concordam e nós seguimos caminho até o salão comunal da Grifinória.

Por vontade do destino, ou não, Hermione e os garotos estão lá conversando. Não confio muito em mim mesma desfazendo os feitiços no cabelo dos gêmeos e não confio neles também.

– Hermione sabia que você é minha melhor amiga?

– O que foi Alissa?

– Desfaz um feitiço pra gente? – Fred, Jorge e eu damos nossos melhores sorrisos de inocentes.

– Qual feitiço? – Mione já ficou de pé e está pegando varinha, adoro ter uma amiga que se empenha nas coisas.

– Finite Incantatem. – falamos os três em uníssono.

Hermione faz uma cara de espanto, como se não esperasse que conhecêssemos esse feitiço.

– Hã... Tudo bem eu li sobre ele uma vez em um livro e acho que consigo fazer. – ela aponta a varinha pra mim.

– Por que eu tenho que ser a...

– Finite Incantatem! – Hermione lança o feitiço antes que eu tenha tempo de terminar a frase.

– ... primeira. – faço uma pausa enquanto todos olham surpresos pra mim.

Está bem, então ou eu estou com cabelo loiro, ou ela transfigurou meu rosto em alguma coisa.

– Eu preciso de um espelho, já volto. – subo correndo as escadas até os dormitórios e vou ao banheiro me mirar no espelho.

Graças a Merlin! Eu estou com o cabelo loiro. Senti falta dele.

Volto ao salão comunal, e agora Fred e Jorge não estão mais com os cabelos roxos e verdes, mas sim com seu ruivo natural.

– Hermione, isso foi demais! – dou um abraço de urso nela.

– Ai, Ali. – ela começa a rir e eu a solto. – De nada, agora vamos jantar porque temos detenção logo a seguir.

– Ah, a detenção. – Rony se lamenta.

– Sabe, Jorge e eu só ficamos três vezes de detenção.

– Só? – Hermione diz com total ironia na voz.

– Uma pra cada ano, nem é tanto. – Harry dá de ombros.

– Na verdade, esse ano ainda não ficamos.

– Ok, o papo tá ótimo mas eu realmente estou com fome.

– Como sempre, não é Aissa?

– Ah Harry, eu mereço um desconto, fiquei três horas na biblioteca sem comer nada.

Todos riem e (finalmente) vamos ao Salão Principal.

Mal me sento na mesa da Grifinória e o banquete é servido. É sério, uma das melhores coisas de Hogwarts é a comida.

– Eu queria saber aonde fica a cozinha, deve ser mágico lá. – assim que digo vejo Fred e Jorge se entreolhando. Oh meu Deus, eles sabem onde fica! Vão ter que me contar.

– Eu queria saber também, deve ser ótimo pegar um lanchinho durante a noite. – Rony, o único que me entende, comenta.

Depois de uns dez minutos, vemos Filch e Malfoy vindo em nossa direção.

– Vamos lá pestinhas, hora de cumprirem a detenção.

Sem reclamar, levantamos e os seguimos. O zelador não para de sorrir, é como se gostasse de levar os alunos até a detenção.

– Você gosta de fazer isso não é? Levar pessoas até a detenção, ou dar detenção a elas. – pergunto curiosa me dirigindo ao zelador.

– Gosto, é bom que os travessos recebam punição. – indireta recebida. – Embora, eu tenho de admitir que sinto falta das detenções de antigamente nas masmorras, quando penduravam o aluno pelos pulsos. Os gritos eram os melhores. Mas não tem problema, a Floresta Proibida é um bom lugar para se cumprir detenções.

Então é pra lá que estamos indo, a floresta. Até que eu estou bem curiosa para ver como é lá, já que não posso ir sozinha. E também digamos que não iria querer ir sozinha.

– Turma infeliz essa sua Hagrid. – Filch comenta quando chegamos à cabana do Hagrid, que está chorando. – Ora homem não fique assim, você vai entrar na floresta daqui a pouco, tem que estar sóbrio.

– Na floresta? Achei que estava brincando. Não podemos entrar lá. – Malfoy, com medo, reclama. Ouvimos um uivado de lobisomem ao fundo. – Existem lobisomens lá.

– Com medo Malfoy? – provoco.

– Vai sonhando Snow. Até parece que eu estaria com medo.

– Mas Hagrid, o que aconteceu? – Harry, curioso como sempre, pergunta.

– Eles levaram Norberto para viver em uma colônia. Mas e se os outros dragões não gostarem dele? E se tratarem ele mal?

Filch revira os olhos.

– Pra mim já basta, boa sorte na floresta procurando. – assim ele vai embora.

– Tudo bem. – Hagrid para de chorar e começa a nos dar as instruções. – Tem alguma coisa estranha naquela floresta atacando os unicórnios, nós vamos lá e ver se achamos alguma coisa.

– O quê?! Mas isso é serviço para empregado. Gente inferior.

– Malfoy deixa eu te contar uma coisa: você não é superior a ninguém. – não dá pra acreditar que eu vou ter que passar os próximos sete anos da minha vida estudando com essa criatura.

– Meu pai vai ficar sabendo disso.

– Pode contar, e ele vai ficar do lado da segurança de Hogwarts. Agora chega de enrolação e vamos. – Hagrid fala decididamente e nós nos encaminhamos para floresta, juntamente com o Canino.

Estamos andando e observando, até que o Canino fareja um líquido metálico prata. Hagrid se ajoelha e pega o líquido nos dedos, confirmando o que realmente era.

– Isso é sangue de unicórnio, e estamos procurando quem fez isso. Para facilitar, vou dividir vocês. – ele faz uma pausa pensando em como dividir-nos. – Alissa vai com Hermione, Rony vem comigo e Malfoy vai com o Harry.

– Está bem, mas o Canino vai junto! – o medroso do Malfoy exclama.

– Tudo bem, mas fique sabendo que ele é um covarde. Agora vão, e fiquem de olhos abertos.

Nós dividimos as áreas em que procurar, e Hermione e eu ficamos com o centro. Andamos por no máximo quinze minutos, até que eu escuto um barulho de folhas sendo esmagadas. Paro abruptamente e Hermione também, que já está pegando sua varinha, parece que o barulho está vindo em nossa direção.

De repente, o que quer que estivesse vindo em nossa direção esbarra em mim, me derruba e ainda cai em cima de mim. Grito de susto e pelo impacto. Quando olho o que é, fico surpresa e mais irritada.

– O que pensa que está fazendo Malfoy? SAI DE CIMA DE MIM! – faço uma pausa, enquanto levanto e olho em volta. – Cadê o Harry?

– Uma coisa sinistra estava atacando um unicórnio e eu sai correndo.

– Você é um covarde. – reviro os olhos e olho para Hermione. – Avise o Hagrid.

– O que? Mas... Alissa volte aqui!

Tarde demais, saio correndo por onde Malfoy veio e encontro Harry sendo quase atacado por um vulto envolto com uma capa preta, até que um centauro espanta aquela figura encapuzada.

– Harry! Você está bem? – pergunto ofegando por causa da corrida.

– Estou sim.

– Harry Potter, você deve ir embora. – o centauro se manifesta. – Há muitas criaturas perigosas por aqui. A floresta não é segura a essa hora, especialmente para você.

– O que era aquela coisa de que você me salvou?

– Uma criatura monstruosa. É um crime terrível matar uma criatura tão inocente como um unicórnio, beber seu sangue deixa você vivo mesmo que esteja a beira da morte, mas há um preço terrível por se alimentar de uma coisa tão pura e inocente como um unicórnio. Assim que o sangue lhe tocar os lábios, você terá uma vida amaldiçoada.

– Mas quem ia querer uma vida assim? – Harry pergunta, ainda curioso.

– Não consegue pensar em ninguém?

– Você quer dizer que aquela coisa que matou o unicórnio era Voldemort? – estremeço quando Harry fala seu nome.

– Você sabe o que está escondido no castelo, não sabe?

– Então... Voldemort quer pegar a pedra filosofal!

– Harry pare de dizer o nome dele. – digo aflita. O nome ainda tem grande efeito para os bruxos que cresceram ouvindo quantas coisas de ruim ele já fez.

– Harry, Alissa, graças a Merlin estão bem. Ah, olá Frienze. – Hagrid surge junto com os outros.

– Agora está seguro Harry Potter, tome cuidado por aí.

Depois disso, Hagrid nos deixou são e salvos no castelo. Talvez Filch estivesse certo, detenções como essas são para fazer com que os que gostam de aprontar não façam mais isso, por causa de possíveis traumas na floresta.

Ainda bem que eu não me encaixo nesse contexto.


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Notas finais do capítulo

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