Choose Your Battles escrita por Ferla, Cami


Capítulo 2
Floresta - olhos da maré


Notas iniciais do capítulo

Está ai pessoal, foi um pouco trabalhoso pra mim e pra CamiChan pra fazer esse capítulo, então espero que gostem *u* e por favor deixem comentários, nos incentiva muito a continuar a fic.



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— Rápido! — disse Petúnia assim que eu subi no meu cavalo branco, me dando uma bolsa — Ai tem comida, água, um vestido e uma capa de camponês, coloque-os assim que você chegar na floresta para não ser reconhecida.

— Certo — eu me arrumei no cavalo, e Petúnia se virou, saindo do estábulo. — Petúnia!

— Sim, princesa?

— Obrigada — eu sorri e gritei para o cavalo, que saiu correndo em direção da floresta nos fundos do palácio.

´´Eles organizam um ataque, mas não cuidam dos fundos, que tipo de rebeldes são esses?´´ pensei enquanto olhava para o castelo com cautela, temendo que fosse a última vez que o veria.

Conforme meu cavalo ia adentrando a floresta rapidamente, meu lar ficava cada vez mais longe e junto com essa distância as memórias que eu tinha cultivado durante todos aqueles anos. Então, por fim, o castelo desapareceu no meio de árvores altas que formavam a densa floresta. Aos poucos, a chuva começou a cair fina sobre o último vestido que me sobrara como recordação, e tão rápido como chegou, começou a se transformar numa grande tempestade, onde era possível ver os raios por entre os galhos das árvores.

Ao soar de um grande trovão, que pela proximidade e força do som eu diria que poderia ser um deus me castigando por ter deixado minha família, pois fez meu cavalo dar um grande salto, me derrubando em espinhos que eu agradeci por não serem tão afiados, apesar de terem me causado belos arranhões.

— SERENITY! ESPERA! — gritei enquanto via minha égua correndo floresta a dentro.

Lá estava eu, caída em cima de pequenos espinhos, sem a luz do sol, com uma grande nuvem de tempestade acima de mim, perdida naquele labirinto onde animais selvagens poderiam aparecer a qualquer momento.

Olhando para meu braço, pude ver que a manga do vestido estava rasgada, tingida de um vermelho- vivo, no qual eu notei ser meu sangue.

´´Quando eu fiz isso?´´ pensei ao olhar agoniada para a profundidade do corte. ´´Não posso ficar aqui, nesse ritmo eu vou pegar uma infecção.’’

Levantei do meu encosto que naquele momento era uma grande árvore de tronco espesso, mas encontrei dificuldades em manter o equilíbrio com o peso do vestido. Pensei que provavelmente Petúnia havia colocado algo que cortasse em minha mochila, não me deixaria andar na floresta sem um instrumento de defesa, pelo menos eu esperava isso, então mexi rapidamente entre os panos do vestido de camponês, desejando grandiosamente que tivesse uma faca lá. E felizmente encontrei algo parecido, era pequeno, mas muito afiado, era como uma faca mais comprida.

Apressei-me em cortar a barra do vestido, que já tinha perdido toda a elegância, e agora não passava de lama e folhas.

´´Desculpa Janice, vou ter que acabar com o vestido que você fez mês passado.´´

Com o vestido já cortado, eu adentrei ainda mais a floresta procurando não só por Serenity, mas também por uma saída do que agora para mim era o inferno, porém a perda excessiva de sangue no corte estava começando a fazer o efeito esperado, e aos poucos minha visão começou a ficar embaçada, até chegar ao ponto da escuridão extrema. Perdi a consciência quando já não conseguia mais permanecer em pé, e assim desmaiei no meio da floresta.

# # #

Acordei no mesmo lugar em que havia caído, a chuva já tinha parado e limpado o sangue em meu braço.

Nesse momento notei que já tinha muita sorte por não ter aparecido um predador e feito de mim seu jantar, então levantei o mais rápido possível para trocar o meu vestido pelo mais simples. Porém, eu sempre tive dificuldades com os meus vestidos, o que obrigava minhas empregadas a me ajudarem, e nesse momento eu não tinha uma, complicando ainda mais a minha situação.

— Você quer ajuda... para tirar o vestido?

´´Mas o quê?´´

Olho para frente e deparo com uma figura me observando atentamente, com os olhos fixos em mim e um sorriso irônico. Seus cabelos eram negros e bem aparados, ele parecia ser alto e ter um corpo de físico bom e os olhos esverdeados me lembravam a maré.

— MAS QUEM... QUEM É VOCÊ!? — puxei rápido o vestido, o ajustando em meu corpo, então peguei a faca e com as duas mãos apontei para ele, ameaçando-o.

O sujeito começou a dar risada, então veio até mim despreocupado. Eu sabia que não tinha habilidades em batalha, mas que pessoa em sã consciência chegaria tão perto de uma garota com uma faca?

— O que você pensa que vai fazer com essa adaga? — ele disse irônico, então segurou minhas mãos, e tomou o objeto com facilidade.

— Me devolva! Agora!

— Caso contrário você vai chamar o rei, princesa?

— Você... como você sabe que eu sou a princesa? — perguntei, me afastando com cautela, tendo a certeza de que era um rebelde que tinha me perseguido até a floresta.

— Não é todo dia que encontro uma dama com um belo vestido no meio do nada.

Por algum motivo, enquanto falava ele estava fitando meus olhos com muita atenção, como se estivesse os estudando. Nesse período de tempo eu fiquei quieta, temendo o que poderia acontecer comigo.

— Posso saber o que a senhorita está fazendo aqui? — ele perguntou, ainda sem tirar os olhos dos meus.

— Não te interessa! — virei de costas para o sujeito, desafiadora.

— Tudo bem! Você quem sabe — ele me pegou pela cintura e me jogou sobre seu ombro. — Você é pesadinha hein.

— Ei! EI! ME SOLTA AGORA SEU BASTARDO!

— Bastardo? — ele riu — Isso é xingamento no palácio, princesa?

— Quando eu voltar para o reino eu vou confirmar minha presença no seu julgamento!

— Acho que isso não vai acontecer tão cedo — ele disse ao me jogar em seu cavalo negro.

— ME DEIXA EM PAZ!

— Pode cooperar? O Blackjack está ficando irritado.

— Ah, você fala com cavalos? — perguntei, irônica.

— Digamos que sim — ele falou, em seguida sibilou algo para o cavalo, que seguiu até uma trilha, que eu não teria percebido antes.

A trilha foi seguindo por um tempo indeterminado, e conforme íamos avançando as árvores começavam a acabar, até que, ao por do sol, chegamos num grande acampamento, com muitas barracas em uma extremidade, e em outra o que me parecia ser um centro de batalha, com espadas e outras armas, no meio madeiras que de noite construiriam uma grande fogueira, e grandes mesas que imaginei serem para as refeições. O acampamento era bem cheio, eu chutaria em torno de cento e cinquenta pessoas.

— Leo! — chamou o sujeito ao deixar o seu cavalo com outros.

— Ei chefe, já está de... — o garoto estava afiando uma espada, e quando levantou a cabeça e me viu, ficou quieto, me encarando — Quem é...

— Não importa agora, chame a Clarisse e fale para ela organizar uma reunião na frente da fogueira com o meu grupo, é urgente. E mande a Thalia preparar um banho para a Annabeth.

O garoto, ´´Leo ´´, afirmou com a cabeça e saiu correndo em direção do acampamento.

— Tome um banho rápido e venha ao meu encontro na fogueira, vou te apresentar. — ele disse enquanto prendia a cavalo um toco de madeira.

— O que você quer comigo?

— Tenho meus motivos, mas não precisa se preocupar, você estará segura — ele tirou o casaco e posicionou-o sobre o ombro — A propósito, meu nome é Percy Jackson.

# # #

Após tomar um banho na maior barraca, que eu diria ser do chefe, uma menina de uns 15 anos chamada Thalia me ajudou com o curativo para o meu corte.

— Já têm ano que não chega alguém novo aqui — disse ela.

— Quantos? — perguntei.

— Uns vinte e cinco, eu acho.

— Qual a sua idade!?

— Provavelmente uns noventa, perdi a conta em 1370.

— O QUÊ!?

Ela me olhou assustada e desviou o olhar, então foi para a porta e disse que já voltaria para me buscar.

´´Eu não vou ficar aqui!´´ pensei ao sair da barraca e ver meu ‘’sequestrador’’ em frente de uma fogueira com mais sete pessoas que pareciam estar falando sobre algo sério, então decidi me aproximar escondido e ouvir a conversa.

Por que você trouxe a princesa aqui!? — perguntou Leo.

Tenho meus motivos. Annabeth vai ficar na minha barraca e não quero mais perguntas.

— Percy, você está tendo um caso com a princesa? — perguntou uma garota de pele clara e cabelos longos, castanhos e lisos.

— Claro que não! Você acha que ia deixar meu reino para ficar com ele!? — apontei para Percy.

Todos os olhares que dirigiram para mim, inclusive o de Percy Jackson, que estava me fuzilando.

— Por que você saiu!? — ele perguntou, indignado.

— Eu não sou obrigada a ficar ali dentro.

— Ela está num lugar desconhecido e já recuperou sua autoridade como princesa — sibilou um garoto loiro dos olhos azuis.

— Eu ouvi isso! — eu falei, cruzando os braços.

— Percy, ela vai ficar sabendo da verdade se continuar aqui! — disse outro garoto com uma aparência parecida com o do comentário desagradável.

— Que verdade? — perguntei.

— Você poderia calar a boca, não é Luke? — falou Percy, me puxando pelo braço até a barraca onde eu estava, e antes virou para o grupo — E outra coisa, minhas relações amorosas são por minha conta.


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Notas finais do capítulo

Vou deixar a cena em que Annabeth estava tirando o vestido pra imaginação de vocês, ou seja, ela estava com a roupa íntima ou não? hehe
Até sexta que vem o/



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