Choose Your Battles escrita por Ferla, Cami


Capítulo 1
Ataque - prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, este é o primeiro capítulo da fanfic percabeth, Choose Your Battle.Eu espero que gostem, fiquem a vontade para fazer comentários e sugestões para a fanfic.Caso queiram falar com Sakuranee, o meu twitter é @why_otome
Para ter contato com a CamiChan, o twitter dela é @formcdlove
Aproveitem a leitura =3



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— Não! Resista! — eu gritava euforicamente para uma pessoa na qual eu não conseguia identificar o rosto, mas seu corpo estava manchado por sangue, e aquilo estava me dando uma sensação de desespero tremenda.

— Desculpa, querida... continue lutando por mim... — ele sorriu e colocou a mão, que na minha percepção estava quente, em meu rosto como se o ato o machucasse muito, mas fosse necessário. — Eu te...

A mão do homem caiu ao lado do seu corpo, e seu sorriso saiu dali num instante assim como havia chegado.

— NÃO ME DEIXE! — gritei desesperada, sentindo meu corpo suar e tremer, temendo estar sozinha em meio a um campo de batalha, vendo pessoas morrerem como ele, vendo seus olhos sem expressão encararem o horizonte ausente de paz.

Sendo obrigada a levantar em meio ao campo de batalha, eu estava vendo irmãos, primos e amigos morrerem, mas nenhuma dor era comparada a que eu estava sentindo por perder aquele homem, um sentimento estranho que eu nunca havia presenciado.

Encarei os inimigos com ódio, e sai no meio de todos, correndo cegamente com uma espada na mão, pronta para matar o primeiro que aparecesse na minha frente em vingança ao que acabara de me deixar.

Mas sendo o inimigo mais rápido, vi uma flecha vindo na direção do meu coração, já era tarde demais, eu queria que meu amado viesse me socorrer...

15 de março — Idade Média

05:52, Castelo do Reino de Charling

— PERSEU! — gritei desesperadamente. Em seguida, perplexa e com a respiração ofegante, abri os olhos analisando meu grande quarto com cautela.

Ao sentar na minha cama, olhei para a seda que caia a minha volta e senti uma leve tontura desagradável.

— Esse sonho... de novo... — sibilei olhando para minhas mãos suadas. — É apenas um sonho, não sei porque me importo tanto.

Levantei da cama, aos passos cansados, e abri a cortina para analisar a paisagem naquela manhã. O sol estava começando a nascer, e eu via pássaros voarem e cantarem nas árvores que rodeavam o castelo, eles estavam tranquilos como toda manhã.

— Princesa Annabeth, que bom que a senhorita já está acordada — disse Petúnia entrando no quarto, minha empregada desde que me conhecia por gente, sempre gentil e carinhosa comigo.

— Bom-dia, Petúnia.

— Ao julgar pelo seu rosto tenso, eu diria que teve aquele pesadelo novamente — falou enquanto juntava algumas almofadas do chão.

Balancei a cabeça, afirmando.

— Isso tem me incomodado muito, estou começando a me preocupar.

— Vá tomar um banho, princesa. Quem sabe isso clareie sua mente, não é?

Permaneci quieta e sorri delicadamente.

— Espero que sim...

Petúnia sorriu e abriu a porta para o banheiro do meu quarto, em seguida foi para o meu guarda-roupa pegar um vestido.

Tomei um banho rápido, não queria ficar pensando muito em possibilidades para um simples sonho, que, na verdade, estava me assustando pelo fato de eu ter o tido muitas vezes.

Saí da banheira e coloquei um vestido vermelho, não era simples, nenhum vestido meu era, minha mãe dizia que uma princesa deveria sempre estar com vestidos belos e arregados. Ao olhar no espelho, soltei meu cabelo que caiu preenchendo minhas costas por causa de seu comprimento longo, era um loiro bonito, deveria admitir. Meus olhos acinzentados estavam me fitando no espelho com uma profundidade estranha, a qual Petúnia dizia ser um dom.

Ao sair do banheiro, sentei na frente da penteadeira e fiquei observando Petúnia arrumar meu quarto, enquanto eu passava uma maquiagem leve e tentava lidar com meu cabelo. O certo seria Petúnia me maquiar como minha mãe ensinava para todas as criadas, mas ela já sabia que eu não gostava daquilo.

— Francamente princesa, você ainda não aprendeu a pentear o seu cabelo sem quebrá-lo? Você já tem dezenove anos! — disse Petúnia, largando o que estava fazendo para me ajudar. Ela tomou a escova da minha mão e começou a arrumar meus cabelos num coque, preso por uma fita branca. Eu não gostava que Petúnia fizesse aquilo, mas meu cabelo era um caso complicado. — Princesa, o que é essa maquiagem leve?

— Eu prefiro assim, acho mais discreto.

— Deixe disso, é tão lindo damas que se maquiam. Tire e passe um batom vermelho, vai combinar com seu vestido.

Eu suspirei e mexi nas minhas maquiagens para achar logo o tal batom vermelho. Contudo, tinha algo me incomodando.

— Sabe, Petúnia... — disse abrindo o batom e o passando devagar.

— Sim, princesa?

— Eu ando tendo esses pesadelos com mais frequência, por que você acha que isso está acontecendo?

— Pode ser por vários motivos, princesa. Alguns dizem que sonhos são avisos, outros que são o que o nosso subconsciente deseja, há também a teoria de que são acontecimentos de vidas passadas — Petúnia terminou com meu cabelo e olhou para a minha maquiagem. — Está linda.

— Obrigada — sorri e me levantei. — Será hoje a reunião com o reino vizinho, não?

— Sim, mas ninguém sabe o motivo, apenas os seus pais. Alguns guardas me contaram que pensam ser uma guerra secreta.

— O quê? Mas o nosso reino não pode se envolver em algo assim agora, estamos tendo muitos ataques de rebeldes.

— Eu sei... mas podem ser muitos motivos, não vamos pensar no pior, não é? — Petúnia sorriu e voltou a arrumar meu quarto.

Eu fui até a janela, novamente. O céu já estava claro, o dia estava muito bonito quando eu tinha levantado, mas um pouco mais a frente uma nuvem de chuva estava começando a se formar, e eu já não via mais pássaros voando e cantando.

‘’Que pena... eu achei que o dia estaria bonito hoje...’’ pensei, soltando um suspiro.

— PRINCESA! — gritou um guarda, abrindo a porta com força e desviando minha atenção para ele.

— Calma, Angelus. O que houve? — perguntou Petúnia enquanto guardava meu lençol.

— O castelo está sendo invadido! Petúnia, pegue as coisas da princesa e leve-a para um lugar seguro!

Da janela, pude ouvir um grito agudo que eu conhecia, e meus olhos se dirigiram rapidamente para a direção do som.

O grito era de minha irmã mais velha, que deveria estar voltando de sua cavalgada diária, estava rodeada por rebeldes, ela parecia estar implorando por misericórdia enquanto seu rosto se molhava em lágrimas. Porém, notei que seu pedido por preservarem sua vida fora em vão quando uma lança atravessou seu peito, seguido de facadas dos outros rebeldes.

— Helena!? HELENA! SOLTEM A MINHA IRMÃ AGORA!

— Vamos, princesa! — disse Petúnia, me puxando com força enquanto eu lutava para permanecer ali, como se aquilo fosse salvar minha irmã.

— SOLTE-ME, PETÚNIA! QUE DROGA! HELENA ESTÁ MORRENDO!

— Eu vi, princesa — uma lágrima discreta caiu de seu rosto. — Mas nosso dever agora é salvar sua vida.

Petúnia abriu as passagens secretas numa velocidade que eu não pensei que sairia dela.

Descendo as escadas empoeiradas e sujas, meus pensamentos estavam focados em meus pais e nos outros criados. O ataque parecia pior do que jamais fora.

O que não me veio à mente e nunca pensei que viria, era que aquele ataque bem bolado dos rebeldes seria o marco da vida em que eu deixaria de ser protegida por servos e guardas. A partir daquele dia, eu aprenderia a dançar entre lâminas. Eu passaria para o lado rebelde.

Eu conheceria minha verdadeira linhagem.


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